Equipe de neurologia do Hospital Quinta D’Or é recertificada pelo padrão canadense de atendimento a casos de AVC

Hospital recebe certificação inédita no Brasil

O Hospital Quinta D’Or é uma das únicas duas unidades hospitalares certificadas com a Acreditação Canadense, do Canadian Council on Health Services Accreditation, na América Latina. No dia 16 de fevereiro recebeu a recertificação, selo que confere que os protocolos de assistência aos pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC) são de alta performance, assegurando a qualidade e a segurança.

– Desde o início da implementação do protocolo de qualidade o hospital vem melhorando significativamente seus indicadores. A Certificação Canadense credencia todos os processos que visam o atendimento mais rápido e preciso, minimizando as sequelas e reduzindo óbitos em casos de AVC – declara a supervisora de qualidade do Hospital Quinta D’Or, Sandra Portella.

O fator “tempo” é um dos principais influenciadores para que os pacientes acometidos pelo Acidente Vascular Cerebral (AVC) tenham melhores condições de recuperação. É fundamental que a equipe de assistência médica seja apta a identificar os sinais e sintomas para imediatamente iniciar o protocolo de atendimento específico para cada caso: isquêmico ou hemorrágico.

– A agilidade no atendimento a pacientes com AVC é determinante e requer comprometimento da equipe multiprofissional, afim de obter a melhor evolução clínica do paciente, reduzindo o tempo de internação e aumentando as chances de evolução sem sequelas. No Quinta D’Or a equipe está capacitada a realização do diagnóstico imediato, para iniciar o tratamento o quanto antes. Além disso, o hospital conta com tecnologia e infraestrutura de ponta para exames de diagnóstico e cirurgias minimamente invasivas, além de especialistas habilitados para o processo de reabilitação – esclarece o neurologista do Hospital Quinta D’Or, Dr. Pedro Varanda.

O Acidente Vascular Cerebral deriva da alteração do fluxo de sangue ao cérebro e é caracterizado por dois tipos, o isquêmico e o hemorrágico. O AVC isquêmico ocorre devido a uma obstrução de vasos sanguíneos, e o hemorrágico em decorrência da ruptura do vaso. A estimativa é que uma em cada seis pessoas no mundo sofram AVC, sendo o isquêmico responsável por cerca de 80 a 85% dos casos.

Existe uma classificação de gravidade dos casos de AVC, e, para tanto, o paciente é submetido a avaliação clínica (feita pela equipe médica), e também radiológica (através da tomografia ou ressonância de crânio). Esta conduta permite identificar e mensurar os riscos ao paciente.

– Confirmado o diagnóstico, é iniciado o tratamento. No caso de isquemia cerebral, dependendo do tempo de chegada do paciente a unidade hospitalar, pode-se utilizar medicações visando desobstruir o vaso acometido e/ou realizar procedimento endovascular, para retirada do coágulo que está obstruindo a circulação. Caso o tempo não permita, é iniciado tratamento conservador com a realização de exames, medicações de prevenção e início precoce de reabilitação é instituído com equipe multidisciplinar. Para os casos de sangramento cerebral, após se determinar o fator causal, pode ser necessário procedimento neurocirúrgico, endovascular, realizado em uma sala especial de hemodinâmica, ou tratamento conservador multidisciplinar – ressalta o neurologista.

Forte dor de cabeça está entre os sintomas do AVC

AVC mais frequente antes dos 40 anos

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o AVC é uma das principais causas de morte e de sequelas no mundo, e a terceira causa de morte no Brasil. O Ministério da Saúde divulgou, ainda, que pessoas com menos de 40 anos estão cada vez mais propensas a ter casos de AVC. O estresse é um dos grandes responsáveis, assim como o histórico familiar e os maus hábitos (fumo, álcool, sedentarismo), e outros fatores de risco, como a hipertensão, diabetes e o colesterol.

Em caso de dor de cabeça súbita e de intensidade muito forte, é indicado a procura de atendimento hospitalar. Embora nem todos os casos possam ser diagnosticados como AVC, sempre é importante uma avaliação de especialista, já que o tempo de diagnóstico interfere diretamente na assistência.

Sinais e sintomas

O organismo emite alguns alertas que contribuem para o diagnóstico ágil dos quadros de AVC, sendo que a associação de alguns destes servem de maior alerta para a procura imediata por atendimento médico de emergência.

  • Forte dor de cabeça, com aparecimento súbito e, possivelmente, acompanhada por vômitos
  • Dormência na face, nos membros inferiores e superiores – geralmente em um dos lados do corpo
  • Dificuldade de movimentação, podendo evoluir para perda de equilíbrio e paralisia
  • Restrições na fala e na compreensão
  • Dificuldade para enxergar

Avaliação médica antes da atividade física reduz riscos de lesões e complicações

É preciso saber os limites do corpo para não sofrer com lesões

Grande aliado da saúde física e emocional, o esporte é responsável pelo desenvolvimento de diversas habilidades, sendo indicado para qualquer faixa etária para preservação da saúde. Um grande leque de opções é oferecido para diferentes perfis, porém, a escolha pela atividade que será praticada deve estar alinhada à outras questões como, por exemplo, doenças pré-existentes, limitação física e idade. Os limites do corpo devem ser respeitados e a consulta médica antes do início de qualquer esporte deve ser uma regra para evitar lesões musculares e/ou danos permanentes à saúde.

– Através da avaliação médica é possível identificar algumas inconformidades como hipertensão arterial, problemas cardíacos, pulmonares, entre outros. Caso alguma doença seja diagnosticada será preciso visitas regulares ao médico, além de acompanhamento do profissional de educação física que irá prescrever a atividade correta, respeitando o histórico de cada aluno. Vale ressaltar que o uso associado de estimulantes, energéticos e anabolizantes pode provocar arritmia cardíaca – detalha Dra. Olga Ferreira de Souza, coordenadora do serviço de arritmia e eletrofisiologia da Rede D’Or São Luiz.

Além das doenças pré-existentes, é preciso ficar atento à algumas patologias como hérnia de disco, condromalácea patelar (desgaste na cartilagem do joelho), lesões no menisco e no ombro, que exigem atenção especial no momento da prática esportiva. Em caso de hérnia de disco, por exemplo, o indicado são atividades sem impacto como natação, hidroginástica, alongamento e exercícios de fortalecimento da musculatura abdominal, paravertebral e do posterior de coxa.

É fundamental estar alerta aos sinais que o corpo dá através da dor. As lesões musculares são comuns nos esportes e, geralmente, são relacionadas a contusões ou traumas, lesões musculares, ligamentares ou sobrecargas articulares.

– As lesões musculoesqueléticas representam até 55% de todas as lesões. Geralmente é reconhecida por ser uma dor mais generalizada e aguda. É necessário interromper a atividade imediatamente e procurar atendimento médico, pois o quanto antes o paciente for atendido suas chances de recuperação são potencializadas. Porém, nem toda dor representa lesões graves, pois é comum a presença desse incômodo quando iniciamos alguma atividade, após longo tempo inativos – comentou o ortopedista do Hospital Rios D’Or, Rodrigo Rezende.

Brasileira cria teste que detecta HIV em tempo recorde

Rapidez do exame criado pela brasileira vai permitir que o tratamento comece mais cedo (Joan Costa/CSIC/Divulgação)

Uma cientista brasileira criou um novo teste que pode revolucionar o diagnóstico de HIV. Priscila Kosaka e um time de pesquisadores do Conselho Nacional de Investigação da Espanha (CSIC) desenvolveram um biossensor que pode detectar o vírus da Aids durante a primeira semana após a infecção.

Geralmente, o exame tradicional só deve ser feito após um mês de exposição a alguma situação de risco, como sexo sem camisinha ou compartilhamento de agulhas. A espera se deve à janela imunológica, um período em que o corpo ainda não produziu anticorpos suficientes para serem encontrados, segundo o site do departamento de IST, Aids e Hepatites Virais do governo brasileiro.

Há duas maneiras de se detectar o HIV no sangue. A primeira é a partir da identificação do RNA viral com testes de amplificação de ácido nucleico. Com esse exame, existe um limite de detecção de 20 a 35 cópias de RNA por mililitro de sangue, uma concentração que pode ser encontrada duas semanas após a infecção. Apesar de muito sensível, esse exame é extremamente caro.

A segunda técnica consiste em detectar uma proteína do HIV-1, a p24, quando ela alcança 10 picogramas por mililitro de sangue. Essa concentração pode ser atingida aproximadamente entre três e quatro semanas após a infecção. O que Kosaka e os pesquisadores fizeram foi pegar esse último teste e aprimorá-lo.

No exame, o soro (material obtido a partir da coagulação do sangue) é depositado no biossensor, que já está preparado para encontrar qualquer partícula de proteína p24. “O sensor é como um trampolim de piscina. Ele vibra com uma determinada frequência quando há algo sobre ele”, explica Priscila Kosaka, em entrevista a EXAME.com. Desse modo, é possível medir a massa das proteínas.

Em seguida, nanopartículas de ouro são colocadas sobre o sensor. “Elas possuem ressonâncias ópticas que fazem as proteínas brilharem”, diz Kosaka. De acordo com a cientista, a combinação da estrutura mecânica do biossensor com as nanopartículas de ouro faz com que o exame seja 100 mil vezes mais sensível à proteína p24 do que o teste tradicional. “A especificidade é tão alta que a taxa de erro é quase mínima.”

Todo esse processo leva menos de cinco horas para ser feito e os resultados clínicos podem ser obtidos no mesmo dia.

O que impressiona, no entanto, é o tempo necessário para que o teste seja feito. A nova tecnologia possibilita que o exame seja feito apenas uma semana após a exposição ao HIV. Nesse período, segundo Kosaka, a quantidade de vírus no sangue cresce rapidamente.

Assim, ao saber da contaminação, o paciente poderá iniciar o tratamento antes de a carga viral aumentar. Esse início precoce da terapia antirretroviral pode beneficiar na contagem de células CD4, que organizam a resposta imunológica do corpo. “Logicamente, a detecção também é crítica para a prevenção da transmissão do HIV”, conta a cientista.

Uma grande aplicação do teste, de acordo com Kosaka, é para os bancos de sangue. Como o exame de HIV é grátis e necessário antes da doação de sangue, muitas pessoas que estão com dúvida se têm ou não a doença fazem o teste.

No entanto, com os diagnósticos atuais, se o indivíduo foi contaminado há menos de um mês, o exame não irá sempre detectar o vírus. “A nossa tecnologia irá evitar que outra pessoa receba sangue contaminado.”

Além disso, o biossensor também está sendo aplicado na detecção precoce de certos tipos de câncer, como leucemia mielóide, câncer de pulmão e câncer de mama.

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Consumo de combustíveis no Brasil caiu 4,5% em 2016, segundo ANP

Postos venderam 135,436 bilhões de litros de combustível no ano passado

A retração da economia brasileira levou o consumo de derivados de petróleo no país a cair 4,5% no ano passado em relação a 2015. Esta é a segunda queda consecutiva do indicador, que entre 2014 e 2015, teve retração de 1,9%.

Os dados foram divulgados hoje (16) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) durante o Seminário de Avaliação do Mercado de Combustíveis 2017 (Ano-Base 2016), realizado na sede da agência, no Rio de Janeiro.

De acordo com a ANP, no ano passado, as vendas de combustíveis no mercado brasileiro totalizaram 135,436 bilhões de litros. Em 2015, foram comercializados 141,811 bilhões de litros.

O consumo de etanol hidratado registrou a maior queda nas vendas em 2016, com retração de 18,3%, passando de 17,863 bilhões de litros em 2015 para 14,586 bilhões de litros.

A venda total de etanol (que inclui o anidro – que é misturado à gasolina – e o hidratado – injetado diretamente no tanque) teve queda de 9%, passando de 28,796 bilhões de litros para 26,201 bilhões de litros.

No caso do diesel, em 2016 houve retração de 5,1% na comercialização de óleo diesel B (com adição de biodiesel), passando de 57,211 bilhões de litros para 54,279 bilhões de litros. Já as vendas de biodiesel caíram 5,1% – de 4,005 bilhões de litros em 2015 para 3,799 bilhões de litros.

Os dados indicam, no entanto, que a venda da gasolina C, com adição de etanol, cresceram 4,6%, com 43,019 bilhões de litros comercializados em 2016.

Gás natural e GLP

A agência também divulgou os números relativos ao consumo de gás natural e Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o gás de cozinha. As vendas de gás natural veicular (GNV) cresceram 3,2 % em 2016, passando de 4,820 milhões de metros cúbicos (m³)/dia para 4,976 milhões de m³/dia.

Já a comercialização de GLP aumentou 1,1%, passando de 13,249 bilhões de litros para 13,398 bilhões de litros.

As vendas de querosene de aviação (QAV) fecharam o ano passado com queda de 8%, com 6,765 bilhões de litros ante 7,355 bilhões de litros vendidos em 2015.