O relator da comissão especial que analisa a reforma da Previdência na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA), disse hoje (14), na abertura dos trabalhos, que deve entregar seu relatório sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287 no dia 16 de março, daqui a cerca de um mês.
A partir da apresentação de seu parecer, segundo Maia, os debates serão aprofundados para a votação do texto pela comissão.
Pelo cronograma de trabalho apresentado pelo relator nesta tarde, a comissão especial fará nove audiências públicas sobre temas ligados à reforma do sistema previdenciário. A primeira está marcada para amanhã (15), com participação do secretário da Previdência, Marcelo Caetano.
A oitava audiência, prevista para o dia 14 de março, será um seminário internacional, com representantes do governo brasileiro e da Organização Ibero-americana de Seguridade Social, do Banco Mundial, da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal), além do economista Fabio Giambiagi, especialista em Previdência.
A última audiência, no dia 15 de março, será destinada à discussão de aposentadoria especial de policiais e professores.
A Caixa Econômica Federal divulgou, na manhã desta terça-feira (14), o calendário de saques do FGTS inativo. Os pagamentos serão realizados entre março e julho. Beneficiários nascidos nos meses de janeiro e fevereiro poderão procurar as agências da Caixa de 10 de março a 9 de abril.
Quem nasceu em março, abril e maio vai sacar o dinheiro entre 10 de abril e 11 de maio. Trabalhadores nascidos nos meses de junho, julho e agosto vão receber entre os dias 12 de maio e 15 de junho; nascidos em setembro, outubro e novembro, de 16 de junho a 13 de julho; e nascidos em dezembro, de 14 a 31 de julho.
A Caixa criou em seu site uma página especial e um serviço telefônico para tratar das contas inativas. O banco orienta os trabalhadores a acessar o endereço www.caixa.gov.br/contasinativas ou ligar para 0800-726-2017, para que possam, de forma personalizada, saber valor, data e local mais convenientes para os saques. Os beneficiários também podem acessar o aplicativo FGTS para saber se têm saldo em contas inativas, mas é necessário lembrar que os saques só podem ser feitos em contas que foram desativadas até 31 de dezembro de 2015.
Para reforçar os atendimentos, a Caixa vai abrir as agências os primeiros sábados dos cronogramas mensais de pagamento (com exceção de abril, mês que a data coincide com a Semana Santa). As datas serão 18 de fevereiro, 11 de março, 13 de maio, 17 de junho e 15 de julho.
Como sacar o FGTS inativo
Os beneficiários terão quatro opções para recebimento dos valores de contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço: quem tem conta-corrente na Caixa poderá pedir o recebimento do crédito em conta, por meio do site das contas inativas. O saque também pode ser feito em caixas eletrônicos. Para valores de até R$ 1.500, é possível sacar só com a senha do Cartão do Cidadão, mesmo que o beneficiário tenha perdido o documento. Para valores de até R$ 3.000, o saque pode ser feito com Cartão do Cidadão e a respectiva senha.
Os valores do FGTS inativo também podem ser retirados em agências lotéricas e correspondentes Caixa Aqui. Neste caso, o beneficiário vai precisar do Cartão do Cidadão, da respectiva senha e de um documento de identificação.
Há, ainda, a possibilidade de retirar o dinheiro diretamente nas agências bancárias. Os documentos necessários são o número de inscrição do PIS (Programa de Integração Social) e o documento de identificação do trabalhador. É recomendado levar também o comprovante da extinção do vínculo (carteira de trabalho ou termo de rescisão do contrato de trabalho).
Beneficiários por estado
O estado com maior número de beneficiários é São Paulo (10 milhões), seguido de Minas Gerais (3,3 milhões) e Rio de Janeiro (2,8 milhões). A faixa etária com maior número de beneficiários é entre 25 e 29 anos. Confira o número de pessoas, por estado, que poderão receber sacar o FGTS de contas inativas.
Edson Bueno, fundador da Amil, morreu em Búzios no Rio de Janeiro esta manhã. O empresário faleceu devido a um infarto fulminante.
A Amil, criada a partir da experiência em uma modesta empresa gestora de hospitais na Baixada Fluminense parecia que era a vida de Bueno. Em 2012, Bueno vendeu a empresa para a americana United Health, por US$ 4,9 bilhões. Ele ocupava a posição de Chairman do UnitedHealth Group para a América Latina e era membro de seu Conselho desde 2012, quando associou-se à organização.
Trajetória
A trajetória de Edson de Godoy Bueno começou na cidade de Guarantã, no interior de São Paulo, onde nasceu. De origem humilde, vendeu frutas de porta em porta e, aos 10 anos, tornou-se engraxate para ajudar a família. Inspirado no Dr. Moacyr Carneiro, então o único médico de Guarantã, escolheu a medicina e mudou-se para o Rio de Janeiro, onde cursou a UFRJ.
Ainda estudante, conseguiu emprego na Casa de Saúde São José, localizada em Duque de Caxias, da qual se tornou sócio. Em 1971, antes de se formar como cirurgião-geral, Edson já era dono desse hospital. Em 1976, ao lado de um grupo de jovens médicos, criou a Rede Esho (Empresa de Serviços Hospitalares) para administrar três hospitais.
Em 1978, Edson e seus companheiros fundaram a Amil Assistência Médica Internacional. O desejo de fazer o negócio expandir internacionalmente foi concretizado em 2012, com a venda do controle da Amil para o UnitedHealth Group – um dos maiores grupos de saúde do mundo. Nessa operação, Edson Bueno tornou-se o principal acionista individual da companhia e membro do seu Conselho de Administração.
Atualmente, Edson Bueno, além de desempenhar a função de Chairman do UnitedHealth Group para a América Latina, era vice-presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) e presidente do Conselho Diretor do Instituto de Estudos em Saúde Suplementar (IESS) – plataformas nas quais trabalhava para aperfeiçoar o sistema de saúde brasileiro.
Especialistas apontam que clientes estão migrando de cooperativas para convênios
As empresas de medicina de grupo —que fazem a maior parte de seus atendimentos em redes próprias—, ampliaram em 1,2% o número de beneficiários em 2016, segundo a ANS, que regula o setor. Entre as modalidades de operadoras de planos de saúde, essa foi a única que cresceu no ano passado. A carteira das cooperativas médicas, como as Unimeds, caiu 5,4%.
“Há uma migração de cooperativas para convênios”, afirma Lício Cintra, diretor-presidente do grupo São Francisco, de Ribeirão Preto, que aumentou em 18,6% o total de clientes em 2016.
A crise das Unimeds contribuiu para esse movimento, segundo Cintra.
O custo dos convênios também teve influência, principalmente no setor empresarial —com a crise, caiu o valor dos benefícios concedidos a funcionários, o que beneficiou planos mais baratos.
“A média de preço da medicina de grupo é de 30% a 40% mais baixa que a de planos em que o cliente tem liberdade para escolher onde fazer seu atendimento, como os seguros”, afirma Jorge Pinheiro, presidente da Hapvida.
A operadora aumentou em 9,6% a venda de planos coletivos (empresariais) no ano.
No caso da São Francisco, cresceu o total de empresas que contratam planos, mas caiu número de funcionários por companhia, diz Cintra.
“Com uma retomada do emprego, o número de beneficiários deverá crescer de forma significativa, sem necessidade de um esforço nosso de buscar novos clientes.”