Livro transforma em poesia a aspereza de um campo de concentração
Em seu livro “Do Chão para o Chão”, a artista plástica Helena Lopes transforma em arte imagens do chão de um campo de concentração na Polônia

 

A artista plástica Helena Lopes lança no dia 8 de julho o livro “Do Chão para o Chão”, em uma tarde de autógrafos na Villa Mandaçaia Projetos, em São Paulo. Na obra, a autora evoca o passado, ao registrar imagens do chão de um campo de concentração na Polônia. Helena conta que viajou para conhecer Budzyn, terra natal de sua mãe. Depois, viajando por outras partes do país, chamou a sua atenção as propriedades do chão do antigo campo de concentração, hoje transformado em museu, que, diferentemente do restante do lugar, não havia sido reparado. “O chão armazena os caminhos do tempo”, observa a autora. No dia do lançamento, ainda haverá uma exposição com os registros fotográficos feitos pela artista.

Ela vislumbrou no campo de concentração cartografias compostas pelos acontecimentos que sobrepuseram, conferindo ao chão singularidade e complexidade, formada por linhas, colorações, espaços. O psicanalista David Léo Levisky evidencia que o livro emociona ao carregar a mesma sensibilidade presente nas gravuras e pinturas da artista plástica, transformando as fissuras do cimento árido corroído pelo tempo em imagens sensíveis e poéticas. “Dores, cinzas e esperanças emergem das profundezas da alma da autora e mobilizam imagens e vozes nos viventes espectadores”, afirma.

As imagens são acompanhadas de textos que expõem o turbilhão de emoções que a artista sentiu ao revisitar as suas origens. Para o pintor Sergio Fingermann, suas palavras têm a capacidade de nos tornar companheiros de sua viagem, que nos dá conta que ficamos numa espécie de errância de tempos e de espaços, encantados pelos poderes das imagens e convocados a refletir sobre a nossa própria sensibilidade frente ao mundo. “A viagem de Helena nos leva para um lugar que só existe quando nos deixamos encantar e fascinar, mesmo que o cenário seja de horror”, reflete.

Sobre a autora

Pintora, gravadora e professora. Formada em Artes Plásticas pela Universidade de Brasília, dedicava-se à gravura em metal. Sua primeira exposição ocorreu em 1980. Entre 1980 e 1990 participou da edição de três álbuns de gravuras editados em Brasília. Em 1986 recebeu uma bolsa de estudos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico para desenvolver o projeto Cerrado: Fonte Geradora de Imagens em Gravura em Metal. Esse projeto durou quatro anos, quando interrompeu suas atividades docentes na Faculdade Dulcina de Morais para dedicar-se integralmente ao projeto. Como professora, ao lado de Stella Maris Figueiredo Bertinazzo, fundou o Ateliê de Gravura, embrião do que mais tarde viria a ser o Núcleo de Gravura do Instituto de Artes da Universidade de Brasília.

Lançamento do livro “Do Chão para o Chão”
Dia 08/07 – 15h
Local: Villa Mandaçaia Projetos – Rua Mateus Grous, 634, Pinheiros – São Paulo

Shopping Parque da Cidade recebe exposição interativa sobre a história do jazz
A mostra The Jazz Club, idealizada por Fe Mota, é gratuita e contará com uma apresentação musical e pintura ao vivo; em cartaz até 31 de julho de 2023

O Shopping Parque da Cidade recebe a partir desta sexta-feira, 23, a exposição interativa The Jazz Club, que ocupará o espaço cultural do empreendimento, localizado no Piso Térreo, enquanto o Piso 1 receberá um cenário extra com mais curiosidades sobre o ritmo musical nascido em Nova Orleans, nos Estados Unidos.
Ao total, a mostra exibirá 12 telas que retratam artistas consagrados como Anita O’Day, Aretha Franklin, Billie Holiday, Miles Davis e Nina Simone, além de curiosidades e informações sobre a história do gênero.

“O Shopping Parque da Cidade inova mais uma vez e traz essa mostra tão especial sobre a apaixonante história do jazz. Estamos muito contentes em poder oferecer esse overview para nossos clientes e convidamos adultos e crianças para se divertirem e aprenderem sobre esse ritmo tão emblemático”, conta Neliana Pucci, gerente de Marketing do Shopping Parque da Cidade à frente do calendário cultural diversificado do lifestyle center. 

Outro detalhe especial é que a exposição idealizada pela artista Fe Mota será totalmente “instagramável” para que os visitantes possam registrar todo o passeio. A mostra seguirá em cartaz até 31 de julho e no dia 29 de julho às 18h será realizada uma apresentação de jazz com a banda Guitarraleão, seguida de uma pintura ao vivo performada por Fe Mota, no Espaço Cultural, no Piso Térreo.

Serviço:

Exposição The Jazz Club – Shopping Parque da Cidade

Quando: de 23 de junho até 31 de julho de 2023

Horário: Segunda a sábado das 10h às 22h e aos domingos e feriados das 12h às 20h
Local: Pisos Térreo e 1 do Shopping Parque da Cidade – Av. das Nações Unidas, 14.401
Gratuita

Apresentação da banda Guitarraleão e pintura ao vivo por Fe Mota
Quando: de 29 de julho de 2023
Horário: às 18h
Local: Piso Térreo do Shopping Parque da Cidade – Av. das Nações Unidas, 14.401
Gratuita

O melhor da arte em São Paulo: loja na Alameda Gabriel transforma o showroom em galeria de arte
Pelos próximos 3 meses, os amantes da arte e design terão a oportunidade de admirar as obras em primeira mão na Vermeil.

A cidade de São Paulo é conhecida por sua diversidade cultural e é o lar de algumas lojas que apresentam o melhor do design brasileiro e internacional. Uma dessas lojas é a Vermeil, localizada na Alameda Gabriel Monteiro da Silva e conhecida pela comercialização e produção de moveis de luxo em madeira, personalizáveis e sob demanda. Recentemente, a loja recebeu uma série de obras de arte da renomada galeria Livia Doblas.

Com chegada das obras, o showroom se tornou uma grande exposição, combinando móveis de alto padrão com as peças de arte, que incluem pinturas, esculturas e fotografias, o que torna a Vermeil um local indispensável no roteiro de artes e design de São Paulo.

É essencial para o mercado as exposições de arte em lojas de design de luxo, se tornando  uma forma de aproximar o público do universo da arte contemporânea, além de enriquecer o ambiente e promover a cultura.

Peças expostas da galeria Livia Doblas na Vermeil (Foto: divulgação)

Os clientes da Vermeil agora têm a oportunidade de admirar essas obras em primeira mão e até mesmo adquirir algumas delas para sua própria coleção até julho. Os preços variam dependendo da obra e do artista.

A loja é conhecida por seu atendimento personalizado e equipe experiente, pronta para ajudar os clientes em suas escolhas. Com a adição das obras de arte a experiência de compra na Vermeil se tornou ainda mais exclusiva e sofisticada.

 

Ministra prorroga execução da Lei Paulo Gustavo até dezembro de 2023
Pedido foi feito pelo partido Rede Sustentabilidade

Da Agência Brasil

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, atendeu a um pedido do partido Rede Sustentabilidade e prorrogou até 31 de dezembro de 2023 o prazo para execução da chamada Lei Paulo Gustavo (PLC n° 195, de 2022).

Em vigor desde julho de 2022, o texto aprovado pelo Congresso Nacional estabeleceu regras a serem cumpridas pela União para ajudar, com recursos financeiros, que estados e municípios implementassem ações emergenciais para socorrer trabalhadores do setor cultural prejudicados pelas consequências da pandemia da covid-19.

O governo federal chegou a vetar a Lei Paulo Gustavo e também a Lei Aldir Blanc (Lei n° 14.399), que, em julho deste ano, instituiu a Polícia Nacional de Fomento à Cultura, mas o Congresso Nacional derrubou os vetos presidenciais, restituindo a obrigação da União repassar R$ 3,86 bilhões do Fundo Nacional de Cultura (FNC) para estados e municípios fomentarem atividades culturais.

Repasses financeiros

Na sequência, o governo federal editou a Medida Provisória n° 1.135, alterando trechos das leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc, adiando os repasses financeiros e condicionando a ajuda à disponibilidade orçamentária.

Na Ação Direta de Inconstitucionalidade que ajuizou no STF, o Sustentabilidade alega que o governo federal não só não “diligenciou tempestivamente”, ou seja, não se empenhou de forma apropriada, “para o cumprimento integral da execução orçamentária no setor cultural ainda em 2022”, como, mesmo que o tivesse feito, “possivelmente não haveria tempo hábil para haver a integral e adequada execução [orçamentária] até o dia 31 de dezembro [hoje]”.

Com base nos fatos narrados pelo Sustentabilidade, em sua decisão, a ministra Cármen Lúcia classifica a conduta do governo federal como “indolência administrativa”.

Ela lembra que, no início de novembro, o plenário da Corte já tinha aprovado, por maioria, a suspensão dos efeitos da MP 1.135/2022, mantendo a eficácia das duas leis anteriormente aprovadas pelo Poder Legislativo, mantendo a obrigatoriedade dos repasses da União aos estados e municípios.

Recursos

Além de autorizar a execução da Lei Paulo Gustavo por estados e municípios até 31 de dezembro de 2023 ou até que o Congresso Nacional conclua a apreciação da Medida Provisória n° 1.135, a ministra determinou que os órgãos federais competentes, especialmente os ministérios da Fazenda e do Turismo (responsável, atualmente, por conduzir a política nacional para cultura) efetuem, até hoje (31), o empenho global dos recursos destinados à Secretaria Especial de Cultura (Secult), sob pena de responsabilidade administrativa de quem impedir que isso seja feito.

“Não fosse permitida a dilação do prazo previsto inicialmente nas normas legais e descumprido pela ação do Poder Executivo federal, teria se esvaziado o objeto e a finalidade da legislação formulada como “o conjunto de ‘ações emergenciais destinadas ao setor cultural a serem adotadas em decorrência dos efeitos econômicos e sociais da pandemia da covid-19”, disse a ministra em sua decisão.

Em função do curto espaço de tempo para o cumprimento da decisão desta quinta-feira (29), a proximidade do término do período orçamentário de 2022, a ministra determinou que os valores destinados a cada ente federado favorecido sejam inscritos em restos a pagar.