Portaria publicada no Diário Oficial da União estabelece mil vagas
Local foi fechado para visitação no início da pandemia

 

O Jardim Botânico foi inaugurado em 13 de junho de 1808, por dom João VI, como área para aclimatação de espécies vegetais originárias de outras partes do mundo

 

Da Agência Brasil

O Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) completa 214 anos nesta segunda-feira (13), com o desafio de recuperar o público perdido durante a pandemia de covid-19. Assim como aconteceu com outras atrações de lazer da cidade do Rio, o local  foi fechado para visitação no início da pandemia, em março de 2020, e só reabriu em julho daquele ano. Aos poucos, os visitantes voltaram mas ainda não se atingiu o patamar de antes da doença.

Dados da própria instituição mostram que, de janeiro a maio deste ano, o JBRJ recebeu 173,1 mil visitantes. O número mostra aumento de 51% em relação ao mesmo período de 2021, quando o Jardim Botânico recebeu 114,6 mil. Mas ainda está 22% abaixo do patamar registrado nos cinco primeiros meses de 2019, ou seja, antes da pandemia, quando o local teve 221,7 mil visitantes.

“Esse número de visitação, que ainda não recuperou o patamar pré-pandemia, se deve muito também ao turista estrangeiro. Antes da pandemia, até cerca de 40% do nosso público era formado por pessoas de fora do país. Como esse retorno [do turismo internacional] ainda não se deu 100%, ainda não chegamos a esse patamar”, explica a presidente do JBRJ, Ana Lúcia Santoro.

Segundo ela, o número de visitantes cariocas e de outros lugares do Brasil já foi retomado. Por isso, enquanto o turismo internacional não retorna aos níveis pré-pandemia, a estratégia do Jardim Botânico é focar nos brasileiros, aumentando a presença da instituição nas redes sociais, por exemplo, e criando novas atrações (ou mesmo retomando antigas).

“É um resgate do Jardim Botânico do Rio, como local para cariocas, fluminenses, brasileiros. A gente tem melhorado as nossas mídias sociais, para ampliar esse alcance e divulgar nossos serviços, como as novas trilhas”, conta Ana Lúcia.

Atrações

Aproveitando as comemorações dos 214 anos, o JBRJ inaugura hoje, por exemplo, a trilha das palmeiras. Os visitantes poderão, com a ajuda de mapas ou de aplicativo, receber informações sobre cerca de 20 espécies desta família botânica, em 15 canteiros do arboreto (área de exibição pública da coleção de plantas vivas do jardim).

Outra atração em comemoração do aniversário será uma exposição do caule da primeira palmeira-imperial plantada no país, em 1809, como presente ao príncipe regente dom João VI. A planta, que tinha quase 39 metros de altura, foi destruída por um raio em 1972, mas parte de seu caule acabou sendo preservada.

Há cerca de um mês, o JBRJ também reabriu ao público o orquidário, que estava fechado desde o início da pandemia. O espaço, que passou por reforma no valor de R$ 300 mil, contém mais de 7,5 mil orquídeas, entre nativas, exóticas e híbridas. Apenas no primeiro dia de visitação, o espaço recebeu 2,2 mil visitantes.

Também estão sendo investidos mais R$ 370 mil na reforma da estufa de plantas insetívoras (mais conhecidas como carnívoras) e do telhado do bromeliário, além da instalação de nova estufa de secagem no herbário.

Livro aponta o caminho para o estilo de vida mais saudável
Em “Saúde É Prevenção”, Gilberto Ururahy e Galileu Assis refletem sobre efeitos da pandemia e como podemos evitar doenças por meio de hábitos saudáveis e exames preventivos

 

Gilberto Uruahy: “A principal mensagem do livro é que estilo de vida saudável mais exames preventivos é igual à longevidade com autonomia”

 

Da Redação

Os médicos Gilberto Ururahy e Galileu Assis lançam o livro “Saúde É Prevenção”, pela editora Rocco.  Fundadores da clínica Med-Rio Check-up, pioneira em check-up executivo no Brasil, os médicos, a partir da experiência de mais 30 anos trabalhando com medicina preventiva, traçam um guia para que todos possam seguir um estilo de vida saudável – com alimentação balanceada, atividade física regular, sono reparador — com foco em prevenir ao invés de remediar.

Para Gilberto, a pandemia impôs uma necessidade ainda maior de ser falar em hábitos de vida saudáveis e prevenção. Por quase dois anos o mundo parou, e a pandemia afetou a rotina das pessoas, prejudicando a qualidade de vida. O resultado desse cenário é uma piora nos índices de saúde. “Hoje vemos mais um efeito da pandemia, que é o aumento do caso de doenças crônicas, que, em sua maior parte, tem relação direta com os hábitos do dia a dia”, relata.

Porém, observa Gilberto, nem sempre é fácil mudar o estilo de vida. E o livro oferece orientação para mudar esse cenário, que é extremamente preocupante, ainda mais quando se observa que estudos apontam que 73% das mortes nas grandes cidades estão ligadas aos maus hábitos, como sedentarismo e má alimentação. “A principal mensagem do livro é que estilo de vida saudável mais exames preventivos é igual à longevidade com autonomia”, reflete.

Com dados e estudos diversos, os autores propõem que exames periódicos, conhecimento sobre os fatores de risco e tratamentos precoces são necessários para o bom funcionamento do nosso corpo, além da identificação de situações estressantes capazes de nos fragilizar e, muitas vezes, até levar a distúrbios físicos e psíquicos como depressão, ansiedade, síndrome do pânico, entre outros.

SAÚDE É PREVENÇÃO – Gilberto Ururahy e Galileu Assis
Formato:
16 x 23 cm
Nº de páginas: 192
Preço: R$ 54,90

Jornalista Bruno Thys lança o livro O Canto do Violino
Ficção e realidade se misturam nesta novela ambientada entre o Rio atual e a Europa do século passado

 

 

O jornalista Bruno Thys lança, no dia 7 de junho, às 19h, na Livraria da Travessa de Ipanema, Zona Sul do Rio de Janeiro, o livro O Canto do Violino. A obra marca sua estreia no universo da ficção literária. Um homem compra um violino usado. Dentro do tampo do instrumento, ele encontra objetos e sai em busca de seus significados, numa jornada de surpresas e emoções. Esse é o ponto de partida para um enredo que mistura ficção e realidade, permeado de suspense, em que a personagem central é a própria vida, suas provações, silêncios, dores e superação. O autor nos apresenta uma história instigante e desafiadora, com diversas camadas de leitura, repleta de segredos, desvendados ao longo das páginas. É um livro denso – ambientado no Rio de Janeiro dos dias de hoje e na Europa do século passado –, mas de leitura fácil, escrito com cuidado e delicadeza.

Nas palavras de Nilton Bonder, rabino, escritor e dramaturgo, que assina o prefácio, “Bruno nos conduz a uma viagem a suas próprias raízes: a herança judaica de seus antepassados no Leste Europeu, a música e o Rio de Janeiro”. É um passeio por uma sinfonia de emoções humanas, tendo o repertório clássico como trilha dos momentos mais sublimes e também aterrorizantes da existência humana. Para narrar a história, o autor conta com uma emocionante polifonia de vozes. O canto do violino se reveste de importância maior nestes dias de afloramento do que há de pior no ser humano.

Bruno Thys é um experimentado e talhado jornalista. Carioca do Bairro Peixoto, é apaixonado por sua cidade, por livros, por música e pintura. Começou a carreira em 1980, no “Jornal do Brasil”, onde foi de estagiário a editor. Foi um dos fundadores da “Veja Rio” e do jornal “Extra”. Dirigiu o segmento de produtos populares da Editora Globo, empresa que edita os jornais e revistas do Grupo Globo. Comandou o Sistema Globo de Rádio – CBN, Rádio Globo e emissoras musicais. Tem prêmios relevantes, entre eles o Esso. É sócio da Editora Máquina de Livros.

O Canto do Violino chega às principais livrarias e sites no formato impresso e em e-book, disponível em mais de 20 plataformas digitais.

Nova presidente da Academia Brasileira de Ciências toma posse hoje
Helena Nader quer maior aproximação com o Congresso Nacional

 

Da Agência Brasil

A presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Helena Nader, toma posse  hoje (4) à noite, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, para o triênio 2022-2025. Nos planos de Helena está uma maior aproximação com o Congresso Nacional, a continuidade da formação educacional dos jovens e a correção dos valores das bolsas para pesquisadores científicos.

A solenidade ocorrerá durante Reunião Magna da ABC. Biomédica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Helena foi eleita no dia 29 de março, com 398 votos a favor e 22 abstenções, e é a primeira mulher a presidir a entidade em seus 105 anos de existência.

Falando à Agência Brasil, a nova presidente da ABC disse que pretende continuar “com o trabalho de excelência que tem sido feito pelas últimas diretorias”. Atuando como vice-presidente da ABC desde 2019, a pesquisadora vai assumir a cadeira do físico Luiz Davidovich. O químico Jailson Bittencourt de Andrade, professor aposentado da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e atuante no Centro Universitário Senai-Cimatec, ocupará a vice-presidência. Serão ao todo 13 diretorias, das quais oito comandadas por mulheres, incluindo a da presidente.

Congresso

Helena disse que a ABC pretende ter uma presença mais incisiva dentro do Congresso Nacional, tanto com deputados, como com senadores. Ela destacou que, como a ciência é transversal, ela quer visitar todos os ministérios. “Todos os ministérios dependem de ciência. Por exemplo, o Ministério da Infraestrutura é pura ciência. Quando você pensa em organização de porto, é ciência; é tecnologia da informação (TI), é inteligência artificial (IA). O mesmo acontece com a saúde”. Para isso, haverá uma divisão de trabalho.

Helena Nader deseja também que a ABC tenha uma presença muito forte na discussão da educação. “Por mais ciência que se tenha, sem educação, não vai adiantar. Se não tiver educação, não vai acontecer. Se olhar o que ocorreu com a pandemia (do novo coronavírus), deixou o país nu”, apontou.

Enem

A pesquisadora disse que o número de inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) caiu. Isso significa que menos jovens terminaram o ensino médio e menos jovens estão buscando a continuidade de formação. Helena vai buscar expoentes dessa área entre os membros da ABC e também de fora, porque ela diz que a sabedoria e o conhecimento não estão concentrados em uma única pessoa, mas em várias.

Helena Nader declarou que vai continuar a luta pelo aumento da demanda de pós-graduação. A ideia é esclarecer que o pós-graduando, que acabou uma universidade, está fazendo seu mestrado e depois o doutorado, e não pode continuar recebendo bolsas com valores na faixa de R$ 1,2 mil a R$ 1,3 mil, porque muitos desses jovens são arrimo de família e têm a bolsa como única opção de renda, com dedicação exclusiva. “Nós vamos continuar nessa luta para reverter isso, porque estamos há seis ou oito anos sem correção no valor da bolsa. O que não falta são coisas para a gente trabalhar”.

Mulheres

Para Helena, a participação feminina em ciências tem aumentado no Brasil, mas não é majoritária em todas as áreas. A meta é que alcance, pelo menos, 50%, igualando a presença masculina. “As mulheres não atingem os cargos mais altos, porque têm uma segregação. Mas isso não é só na ciência; em outras áreas também”, constatou. Ela disse que ao procurar um emprego, a mulher escuta, na maior parte das vezes, se é casada e se pretende ter filhos. “Ninguém pergunta isso para o homem. Então, na corrida de obstáculos, ela já parte com um handicap (vantagem) muito baixo. Ela tem que provar muito mais do que o homem. A gente vai continuar trabalhando muito para reverter isso. Vai continuar sendo prioridade”.

Atualmente, Helena Nader é co-presidente da Rede Interamericana de Academias de Ciências (IANAS) e membro do conselho administrativo do International Science Council (ISC). Aumentar o intercâmbio da ABC com entidades de outros países é uma das metas da nova presidente da ABC.  Está na pauta da nova presidente da ABC a realização de reuniões online com jovens da graduação e da pós-graduação de todo o Brasil e, depois, da América Latina. Um encontro presencial está programado para o início de 2023.

Reunião magna

A posse de Helena Nader ocorrerá durante a Reunião Magna da ABC, que será realizada a partir de hoje e se estenderá até 5 de maio, em formato híbrido: presencialmente no Museu do Amanhã (RJ) e online no canal da ABC no YouTube. O tema da Reunião Magna é O Futuro é Agora.

Na avaliação de Helena, o Brasil está jogando fora uma janela de oportunidades que vai se extinguir. “As pessoas falam daqui a 40 anos; mas 40 anos é amanhã”. Segundo a pesquisadora, em 2070, a população maior de 65 anos vai aumentar e o número de jovens vai diminuir. “Começam a declinar. É nessa janela que o país tem que investir porque o velho tem todo o direito à aposentadoria, à sua saúde. Mas isso tudo o Brasil só vai poder dar se estiver preparado”.