BNDES vai adquirir até R$ 10 milhões em créditos de carbono
Objetivo é a redução da emissão de gases do efeito estufa

 

Da Agência Brasil

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fará uma chamada pública para aquisição de até R$ 10 milhões em créditos de carbono. A prioridade será para títulos de reflorestamento, energia e o chamado Redd+ (redução de emissões provenientes de desmatamento e degradação florestal).

O objetivo do banco é estimular o desenvolvimento de um mercado voluntário desse tipo de títulos no Brasil e, com isso, contribuir para a redução da emissão de gases do efeito estufa.

O crédito de carbono é um instrumento que permite remunerar iniciativas de descarbonização da economia, como projetos de restauração florestal e uso de energia limpa entre outras medidas para reduzir emissões de gases do efeito estufa.

Gases poluentes

Esses créditos são transformados em títulos que podem ser vendidos para outros agentes que emitem mais gases poluentes do que o permitido. Agentes voluntários também podem comprar os créditos para ter acesso a fontes de financiamento verdes ou por outra decisão estratégica.

Segundo o BNDES, a estimativa é que o mercado voluntário precise crescer mais de 15 vezes até 2030 para cumprir as metas do Acordo de Paris, que pretende atingir o equilíbrio entre emissão e remoção dos gases causadores do efeito estufa até o ano de 2050.

Dasa: subsidiária Ímpar conclui aquisição de 97,6% do Hospital Paraná
A empresa irá pagar R$ 208 milhões pela compra

 

Da Redação

A Diagnósticos da América (DASA3) comunicou a conclusão pela sua subsidiária Ímpar Serviços Hospitalares da aquisição de 97,68% do capital social da Marimed Serviços Médicos, responsável pela operação do Hospital Paraná, na cidade de Maringá (PR).

O Hospital Paraná é o maior da cidade, com 165 leitos, certificação ONA e atendimento em todas as etapas de cuidado ao paciente.

A Ímpar irá pagar, em dinheiro, R$ 208 milhões, dos quais 70% no ato do fechamento da operação e 30% irão compor a parcela retida.

O preço da operação, segundo a companhia, está sujeito a ajuste com base na variação de dívida líquida da Marimed e a parcela remanescente dependerá de outras condições usuais neste tipo de operação.

Technos lucra R$ 18 milhões no 4º tri e fecha seu melhor ano desde 2016
Fabricante de relógios atingiu lucro líquido de R$ 28,1 milhões em 2021, revertendo o prejuízo de R$ 28,2 milhões de um ano antes

 

Por Felipe Laurence, do Valor Econômico

A fabricante de relógios Technos registrou lucro líquido de R$ 18 milhões no quarto trimestre, mais de seis vezes do que um ano antes. As receitas entre outubro e dezembro somaram R$ 113,9 milhões, queda de 3,46% na comparação com o mesmo período de 2020. A companhia destaca a recuperação das vendas e o sucesso de sua estratégia comercial.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) nos três meses finais de 2021 alcançou R$ 29,6 milhões, alta de 51,7% na comparação anual. Retirando efeitos não recorrentes, o indicador teve alta de 11,7%, a R$ 27,6 milhões. A margem Ebitda foi de 24,2%, alta de 3,3 pontos percentuais em um ano.

“O resultado positivo do quarto trimestre de 2021 consolidou o sucesso da reestruturação e a performance recorde de um ano repleto de superações e conquistas dos colaboradores do Grupo Technos, mesmo diante de um cenário externo bastante volátil e conturbado”, diz a companhia.

Em 2021, a Technos teve lucro líquido de R$ 28,1 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 28,2 milhões de um ano antes. O Ebitda saltou 37 vezes, a R$ 59,5 milhões, sem ajustes, e 10 vezes, a R$ 63,2 milhões, ajustado. A margem Ebitda no ano foi de 20,1%. As receitas entre janeiro e dezembro somaram R$ 314,4 milhões, alta de 28,5% ante 2020.

A Technos diz que os números são consequência direta das ações internas de recuperação de vendas e margem bruta, bem como da implementação bem sucedida de um plano agressivo de geração de eficiências que já vem ocorrendo há dois anos. A companhia destaca que esse é o seu melhor resultado desde 2016 e reduziu a dívida líquida a R$ 36,4 milhões.

Sobre 2022, a empresa pondera que o conflito entre Rússia e Ucrânia, além das instabilidades no Brasil, vão continuar a pressionando, em especial na cadeia de suprimentos, inflação de preços e custo de capital. Diz que vão complementar os ganhos de eficiência, com aceleração de vendas, para contornar tais efeitos.

Procons registram quase 2 milhões de atendimentos em 2021
Questões ligadas a bancos foram as que mais geraram demandas

 

Da Agência Brasil

Os Institutos de Defesa do Consumidor (Procons) registraram 1.823.797 atendimentos em todo o país, em 2021. Os dados constam do levantamento Consumidor em Números 2021, divulgado pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacom).  A média é de 150 mil atendimentos mensais.

Já os atendimentos feitos pela plataforma Consumidor.gov.br somaram 1.434.101 reclamações finalizadas. Juntos, os dois canais totalizaram mais de 3,2 milhões de atendimentos no ano passado.

No casos dos Proncons, as reclamações representaram a maior parte (78,9%), com 1.440.411 atendimentos. Na sequência, estão consultas e orientações prestadas aos consumidores pelos Procons, com 343.030 atendimentos (18,8%).

Os dados, divulgados nesta segunda-feira (14), mostram ainda mais 40.356 atendimentos classificados como Extra Procon, que representam 2,2% do total e se referem a orientações nos casos em que não há relação de consumo.

Os setores que mais levaram os consumidores aos Procons foram os serviços financeiros, com 21,6% dos atendimentos; operadoras de telecomunicações, com 17,4%; Varejo e Comércio Eletrônico, com 10,6%; Concessionárias de Energia Elétrica, com 5,2% e Indústria, com 3,1% dos atendimentos registrados.

Questões relacionadas aos bancos foram os assuntos que mais geraram demandas dos consumidores. Os dados mostram que, em 2021, foram 184.209 atendimentos relacionados aos bancos comerciais, o que representa 10,3% do total de atendimentos.

Nas sequência, vêm questões relacionadas à telefonia celular (9,7%0, com 172.791 atendimentos; energia elétrica (5,7%), com 102.169 atendimentos; na quarta posição temas relacionados ao cartão de crédito (5,3%), com 93.662 atendimentos; e telefonia fixa (4,7%), com  84.150 atendimentos.

Plataforma

Entre os principais problemas relatados pelos consumidores estão as cobranças, que representaram 37,1% das reclamações e 660.952 atendimentos; em seguida, problemas com contrato, com 16% das reclamações, totalizando 285.457 atendimentos; e problemas de vício ou má qualidade de produto ou serviço, com 241.819 atendimentos, representando 13,6% do total.

Além dos atendimentos nos Procons, o boletim traz dados relativos à plataforma Consumidor.gov.br. Lançada em 2014, a ferramenta já registrou mais de 5 milhões de reclamações e conta com uma base de 3,5 milhões de usuários cadastrados e mais de 1.148 empresas credenciadas.

Segundo o boletim, em 2021, foram 1.434.101 reclamações finalizadas e 183 novas empresas cadastradas.

“Atualmente, 78% das reclamações registradas na plataforma são solucionadas pelas empresas participantes, que respondem às demandas dos consumidores em um prazo médio de 7 dias”, diz o documento.

No ano passado, os bancos, financeiras e administradoras de cartão (29%), as operadoras de telecomunicações (21,1%), o comércio eletrônico (7,4%), transporte aéreo (7,1%); empresas de pagamento eletrônico (4,5%) foram os mais reclamados pelos consumidores que acessaram a plataforma.

Dentre ooutros assuntos mais reclamados, destacam cartão de crédito/débito/loja, com 9,2% das reclamações e 131.647 atendimentos. Em seguida vem crédito consignado/cartão de crédito consignado/RMC (para beneficiários do INSS), com 7,7% do total de atendimentos e 110.211 reclamações.

Em seguida aparecem assuntos relacionados a transporte aéreo” (7,5%), com 107.960 atendimentos, seguido de bancos de dados e cadastro de consumidores (5,7%), com 81.945 atendimentos e, ainda, as reclamações relacionadas à telefonia móvel pós-paga  (5,3%), com 75.765.

Com relação às principais queixas apresentadas pelos na plataforma Consumidor.gov.br, questões relativas a cobranças e contestações aparecem como as mais reclamadas em 2021, totalizando 52,1% das reclamações. Problemas relacionados a contrato/oferta aparecem com 23,8%; seguido de atendimento/SAC, com 19,1%. Em quarto, aparecem problemas relacionados à Informação, com 6,9% e, em quinto lugar, problemas relativos à entrega do produto”, com 5,3% das reclamações.