Inflação da Cesta Básica: valor ultrapassa R$1.000,00 no RJ

Cesta básica (Imagem: UOL)

A cesta básica, compreendida por um conjunto de gêneros alimentícios, apresentou variação percentual positiva de preços no mês de fevereiro de 2024, em relação ao mês anterior, em todas as cidades analisadas. Tal constatação decorre da pesquisa efetuada mensalmente pela Plataforma Cesta de Consumo HORUS & FGV IBRE, que reúne 18 produtos alimentares, em oito capitais do país: Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

A cidade do Rio de Janeiro figura na liderança com a cesta básica mais cara entre as oito capitais analisadas, conforme exposto na Tabela 1 do release, superando, pela primeira vez, o valor de mil reais. Em contrapartida, Belo Horizonte e Fortaleza registraram os menores preços médios. Belo Horizonte se mantém como a cesta básica mais barata sendo 13% inferior ao preço médio de Fortaleza, a segunda cesta mais barata.

Dos 18 produtos atribuídos à cesta básica pela Plataforma Cesta de Consumo HORUS & FGV IBRE, o grupo compreendido por legumes apresentou inflação de dois dígitos, na maioria das capitais compreendidas pela pesquisa. Já os produtos como massas alimentícias secas, frango, feijão, arroz e manteiga, apresentaram, em média, uma aceleração de preços mais branda nas oito capitais analisadas, quando comparado com o grupo dos legumes.

Cabe destacar que o arroz, há seis meses consecutivos, tem apresentado a tendência de elevação nos preços médios, influenciado por intercorrências climáticas decorrentes do fenômeno do El Niño sobre a nova safra. O clima desfavorável também tem afetado outras áreas produtoras, responsáveis pelo cultivo de frutas, legumes e verduras.

Em que pese o cenário de avanço no preço médio da cesta básica verificado no mês de fevereiro de 2024, o preço da carne suína, em média, apresentou um recuo em cinco das oito capitais cobertas pela Plataforma Cesta de Consumo HORUS & FGV IBRE. Comportamento similar foi percebido nos preços médios do óleo de soja, leite UHT e açúcar, conforme apresentado na Tabela 3.

Quando se considera os últimos seis meses, verifica-se que o custo médio da cesta básica apresentou uma variação positiva de preços da ordem de 11,4% a 22,7% nas oito capitais da pesquisa, conforme apresentado na Tabela 4.

Com relação à cesta de consumo ampliada, que abrange o grupo de bebidas em geral, produtos de higiene, itens de limpeza, bem como os gêneros alimentícios, foi constatado um avanço no seu preço médio nas oito capitais abrangidas pela pesquisa.

A partir desses dados, percebe-se, assim, que o comportamento da cesta de consumo ampliada seguiu a mesma tendência da cesta básica, com avanço nos preços médios em todas as capitais pesquisadas, impactando diversos outros produtos consumidos pela população.

Dos 33 elementos da cesta de consumo ampliada, o grupo de azeite, creme dental, sucos, creme de leite e xampu tiveram tendência de alta, conforme representados na próxima tabela do release.

Em face a esse cenário, a Plataforma Cesta de Consumo HORUS & FGV IBRE presume que, dentre os fatores conjunturais que impactam o custo médio de aquisição da cesta básica no mês de fevereiro de 2024, a sazonalidade climática exerceu influência significativa. Consequentemente, esses movimentos têm onerado a mesa do consumidor, especialmente, os mais vulneráveis em termos de renda mensal, que geralmente, tendem a gastar a maior parte de seu orçamento doméstico com alimentação.

Azul terá quase 2 mil voos extras na alta temporada de julho
Companhia contará com novas rotas, como os voos para Bariloche, além do aumento de frequências durante o período, principalmente para destinos na região Nordeste

A Azul, maior companhia aérea em número de voos e destinos atendidos no Brasil, terá 549 voos extras para a alta temporada das férias de julho, entre 29 de junho e 4 de agosto, além de 1.408 voos dedicados da Azul Viagens, operadora de Turismo da companhia, totalizando 1.957 operações extras. Um crescimento de 138% na comparação com o ano passado, que teve 822 voos no mesmo período. Ao todo, serão ofertados mais de 3 milhões de assentos. Os destaques são as novas rotas do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, para Ilhéus e Porto Seguro, na Bahia.

“Os Clientes já começam a partir de agora a pensar no destino das férias escolares de julho, que é um período de grande procura por transporte aéreo. Com isso, também antecipamos o reforço na oferta de assentos para os destinos com mais demanda”, explica Vitor Silva, gerente geral de Planejamento e Estratégia de Malha da Azul.

As principais rotas atendidas serão de Congonhas para Porto Seguro, que terá 24 voos extras, e Ilhéus, com 16 voos extras. A companhia terá, ainda, o aumento de frequência nos voos saindo de Confins (MG), que será o aeroporto que mais receberá voos extras no período, para destinos como Aracaju (CE), Campina Grande (PB), Fortaleza (CE), Jericoacoara (CE), Parnaíba (PI), João Pessoa (PB), Ilhéus (BA), Maceió (AL) e Rio de Janeiro – Santos Dumont (RJ).

Já o aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), principal hub da Azul, contará com voos extras para Boas Vista (RR), Maceió (AL) e Porto Alegre (RS), além da rota para Bonito e Corumbá, no Mato Grosso do Sul. Além disso, a companhia terá reforço nos voos entre Salvador e Ilhéus, na Bahia; entre Recife (PE) e Rio de Janeiro – Galeão (RJ) e entre o aeroporto de Guarulhos (SP) e Porto Alegre (RS).

Voos dedicados da Azul Viagens

A Azul Viagens, operadora de Turismo da Azul, terá 30 novas rotas para voos dedicados, além do aumento de frequência em outras 11, para atender a demanda de Clientes para a alta temporada de julho. Em comparação com o mesmo período do ano passado, haverá um aumento de cerca de 63% na oferta de assentos, com mais de 200 mil lugares.

“Acreditamos muito no potencial turístico dos destinos, que possuem uma boa infraestrutura hoteleira, paisagens incríveis e atendem a diversos tipos de públicos. Recentemente, fizemos um tour nas principais capitais do Nordeste, onde tivemos importantes encontros e reuniões, para fechar parcerias com autoridades e promover ações, como o treinamento dos agentes de viagens. A região novamente será o grande destaque do período, e as iniciativas serão essenciais na promoção e crescimento destes destinos”, explica Giulliana Mesquita, gerente de Produtos da Azul Viagens.

Entre os destaques da alta temporada de julho, estão os destinos de Maceió (AL), Natal (RN), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Caldas Novas (GO), Recife (PE), Salvador (BA) e Florianópolis (SC), que terão voos exclusivos saindo do interior de São Paulo, da capital paulista, Belo Horizonte (MG), Uberlândia (MG), Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ) e Goiânia (GO).

Além das novas rotas, também teremos aumento de capacidade nos voos com destino a Porto Seguro (BA), que passará a ter saídas diárias de Belo Horizonte durante o período, além do aumento de oferta de voos com origens em Campinas (SP), São José do Rio Preto e Uberlândia.

Voos para Bariloche

A alta temporada de julho também contará com a estreia de mais um destino internacional da Azul, a cidade de Bariloche, que fica no norte da Patagônia argentina, na região dos lagos andinos. Os voos entre Campinas (SP) e Bariloche serão inaugurados em 30 de junho e terão seis frequências por semana, às terças, quartas, quintas, sextas, sábados e domingos.

As vendas para os voos da alta temporada de julho já estão disponíveis nos sites da Azul, Azul Viagens, na Central de Vendas da Azul e nas agências de viagens parceiras. Os Clientes que voam com a Azul desfrutam de toda a experiência proporcionada pela companhia em suas viagens pelo país, com snacks e bebidas à vontade.

BC deverá reduzir a taxa Selic em 0,50 p.p, até agosto, projeta Paraná Banco Investimentos
Se os juros dos países desenvolvidos, principalmente os EUA, continuarem no patamar atual por muito tempo, é improvável que o nosso Banco Central possa reduzir a Selic abaixo de 9%

Banco Central do Brasil (Foto: Reuters/Amanda Perobelli)

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) se reúne, na próxima terça-feira, 19 de março, para decidir sobre a taxa Selic. De acordo com o Paraná Banco Investimentos, a taxa terá mais uma redução de 0,50 p.p., passando para 10,75%.

Segundo Pedro Oliveira, tesoureiro do Paraná Banco Investimentos, o BC deve adotar um tom mais cauteloso nesta reunião, retirando o comprometimento de novas quedas de mesma magnitude nas próximas reuniões, trazendo mais tranquilidade para o colegiado diminuir os ritmos de corte, caso necessário. Isso porque a inflação vem surpreendendo negativamente as expectativas do próprio Banco Central, que nos últimos três meses (dezembro, janeiro e fevereiro) foi acima do projetado pela instituição.

O cenário internacional ainda é incerto, com os Bancos Centrais das principais economias sem saber ao certo quando irão começar os cortes de juros. Se os juros dos países desenvolvidos, principalmente os EUA, continuarem no patamar atual por muito tempo, é improvável que o nosso Banco Central possa reduzir a Selic abaixo de 9%.

“Infelizmente, o efeito da queda dos juros só irá refletir no bolso dos brasileiros alguns meses à frente, isto porque os empréstimos são precificados pela expectativa de quanto vai estar os juros daqui 1 ou 2 anos. Com os desafios fiscais do Governo, que projeta novamente um déficit fiscal em 2024, a expectativa de juros no longo prazo está acima de 10%, fazendo com que os empréstimos aos brasileiros se mantenham com a mesma taxa, mesmo com a queda da Selic.”

Sobre o IPCA, que apresentou alta acima do esperado em fevereiro, Oliveira explica que é normal o mês de fevereiro ser de alta inflacionária, principalmente pelo setor de educação, que reajusta suas mensalidades no início do ano. Porém, a inflação de serviços segue acima dos 5%, o que preocupa e pode ser o principal desafio para o Banco Central continuar o ritmo de queda na Selic, sendo assim o IPCA de 2024 deve fechar em torno de 3,9%, acima do centro da meta do BC.

Em relação ao câmbio, o dólar deve terminar o ano de 2024 em torno de R$ 4,90, a depender muito da competitividade de investimentos no exterior. Se os juros americanos continuarem altos e as bolsas americanas continuarem subindo, teremos uma saída de investimentos do Brasil, que pressiona a nossa moeda.

Para os investidores, Oliveira diz que a renda fixa ainda é a melhor opção, porém recomenda-se os papéis pós-fixados neste cenário de incerteza quando a Selic no longo prazo.

Dia do Consumidor: O papel do CX nos negócios
*Por Ingrid Imanishi

*Ingrid Imanishi é Diretora de Soluções Avançadas da NICE.

Cada vez mais importante para o varejo, o Dia do Consumidor tem ganhado espaço e muitos já consideram a data, celebrada no dia 15 de março, como a Black Friday do primeiro semestre. De acordo com dados do Google Trends, ferramenta que mostra os termos mais buscados na internet, o desejo pela data cresceu 96% este ano, em comparação com 2021.

Neste contexto, as empresas precisam focar no Customer Experience (CX) para ajudar os clientes em toda a jornada. Caso surja algum imprevisto no processo de compra ou consumo, é importante que as marcas tenham a mentalidade de que o CX não é apenas uma parte do negócio, ele é o próprio negócio.

Segundo a pesquisa Global Consumer Pulse, feita pela Accenture Strategy, há uma perda surpreendente de R$401 bilhões em função de experiências insatisfatórias, principalmente durante as interações. O momento crucial do negócio é quando o cliente expressa suas necessidades e a empresa consegue ampará-lo e atendê-lo de forma rápida e eficiente, o que reflete no aumento dos índices de fidelização.

No entanto, nem todas as empresas estão preparadas adequadamente para lidar com este panorama, mesmo diante das oportunidades de negócios apresentadas pelos canais online. Expandir e criar experiências requer uma perspectiva voltada para o futuro e prontidão para o que está por vir, principalmente com a Inteligência Artificial (IA), ferramenta que pode se tornar um fator decisivo no CX. Mas depender exclusivamente da IA não é suficiente. É necessário abordar a complexidade que gera atritos para clientes, agentes e empresas.

O desafio está na baixa utilização dos dados disponíveis, na falta de insights sobre a jornada do cliente e na identificação dos pontos em que os consumidores enfrentam as maiores dificuldades. No ambiente dinâmico de hoje, as pessoas transitam por vários canais durante sua jornada de relacionamento com as marcas. Interações desconectadas e soluções fragmentadas criam obstáculos.

A adoção de uma plataforma CX totalmente em nuvem, omnichannel, multiskill e potencializada por IA torna-se não apenas uma escolha estratégica, mas uma necessidade imperativa para as empresas. Essa tática quebra as barreiras tradicionais, permitindo uma interação fluida em todos os canais, resultando em uma experiência do cliente verdadeiramente integrada e eficiente.

A convergência da tecnologia em nuvem com a Inteligência Artificial não só aumenta a capacidade de prever e atender às demandas dos clientes, mas também impulsiona a automação e a eficiência operacional. Estamos diante de uma era em que a excelência em CX é definida pela capacidade de oferecer não apenas um serviço de qualidade, mas uma experiência global, moldada pela inovação tecnológica e pela compreensão profunda das expectativas. Ao adotar essa abordagem avançada, as organizações não apenas se destacam na competição, mas estabelecem um novo padrão para o atendimento, colocando o cliente no centro de suas operações. Essa estratégia é essencial para o sucesso das vendas.

No Dia do Consumidor, ao celebrar a importância dos clientes, é importante também refletir sobre o papel da evolução no CX. Não se trata apenas de atender às expectativas, mas de superá-las. Ao abraçar o poder da Inteligência Artificial e enfrentar as complexidades de frente, as empresas podem elevar sua experiência do cliente e, consequentemente, sua lucratividade. Afinal, na conjuntura empresarial contemporânea, o CX não é apenas um departamento – é o coração pulsante das organizações de sucesso.