Seminário vai debater os rumos do Direito
Evento virtual reunirá juristas para avaliar as mudanças provocadas pela pandemia

 

Presidente da ANDES vai abrir o evento

 

 

Da Redação

O presidente da Associação Nacional de Desembargadores (ANDES), Marcelo Buhatem, abre nesta sexta-feira (05) o seminário virtual O Novo Rumo do Direito. O evento, promovido pelo Tribuna Diária, vai até domingo (07) e reunirá juristas, desembargadores e advogados, que debaterão o impacto da pandemia no Direito. A proposta é avaliar as mudanças e rumos do Judiciário com a crise provocada pelo coronavírus. Mais informações pelo link https://doity.com.br/agora-do-direito-tribuna-diaria-o-novo-normal-do-direito#schedule.

Desembargadores e juristas destacam avanços recentes na legislação eleitoral
Webinar realizado pela ANDES debateu a importância de uma reforma eleitoral

 

 

Da Redação

Apesar da legislação eleitoral precisar avançar em muitos pontos, a Emenda Constitucional 111, promulgada em setembro, e o novo Código Eleitoral, que aguarda votação no Senado, projetam mudanças positivas para o país. Essa foi avaliação feita durante a live promovida nesta terça-feira, sobre a Reforma Eleitoral, pela Associação Nacional de Desembargadores e que contou com a participação do presidente da ANDES, o desembargador Marcelo Buhatem, do ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Admar Gonzaga, dos desembargadores Anna Graziella Neiva (TRE-MA) e Carlos Santos de Oliveira (TJRJ) e do juiz Valdemir Ferreira (TRE-PI).

O presidente da ANDES avalia que o texto do Código Eleitoral apresenta pontos polêmicos, entre a determinação de quarentena de quatro anos para que juízes, membros do Ministério Público, policiais federais, rodoviários federais, policiais civis, guardas municipais, militares e policiais militares possam disputar as eleições. Para a desembargadora do TRE-MA, havia a necessidade de se rever o Código Eleitoral, pois o que está em vigência foi criado na década de 60. “Ele trata de uma democracia em uma época em que ela nem existia”, observa Anna Graziella, que ressalta que o texto aprovado pela Câmara se propõe a trazer o código de processo eleitoral e também o viés penal eleitoral, atualizando assim a uma necessidade que surgiu em decorrência dos julgamentos da Lava Jato. “As ações vieram descambar para a justiça eleitoral, para tratar inclusive de corrupção e caixa 2, que sequer existiam na legislação eleitoral”, destaca.

O ex-ministro do TSE relatou que tinha receio do retorno do sistema de coligações. Ele avalia que essa forma de aliança é um desserviço para a democracia, pois estabelece a união de partidos conforme o interesse daquele momento eleitoral, sem haver uma preocupação com a convergência de programas.

Para Gonzaga, a lei que permite as federações de partidos, promulgada no fim de setembro, é um caminho para que o futuro ofereça condições de que essas legendas se aglutinem de forma mais permanente. De acordo com a Lei, as federações de serão formadas por partidos com afinidade programática, durando pelo menos os quatro anos do mandato. Se algum partido deixar a federação antes desse prazo, sofre punições, tais como a proibição de utilização dos recursos do Fundo Partidário. “Com as federações, os partidos vão se organizar de certa forma, a se aglutinarem em fusões ou incorporações. Isso vai reduzir o espectro partidário, permitindo uma melhor uma visão da orientação política de cada partido, em benefício do eleitorado na hora de votar”, avalia o ex-ministro do TSE.

Os desembargadores Carlos Santos e Anna Graziella concordaram que a Emenda Constitucional 111 vai ajudar a promover a diversidade. De acordo com o texto, para fins de distribuição entre os partidos políticos dos recursos do fundo partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), os votos dados a candidatas mulheres ou a candidatos negros para a Câmara dos Deputados nas eleições realizadas de 2022 a 2030 serão contados em dobro.

A desembargadora ressaltou que a subrepresentatividade feminina ainda é uma realizada na política brasileira. Ela relatou que pesquisas mostram que o Brasil tem o terceiro pior índice de representação feminina no parlamento em todas as Américas. Em sua avaliação, a Emenda 111 veio em uma excelente hora, com uma abordagem que talvez promova uma mudança significativa. “Além de trazer um enfrentamento nas candidaturas fictícias, a legislação vem com o viés de incentivar o estímulo a participação feminina”, afirmou.

Na avaliação do desembargador do TJRJ, outra conquista que a Emenda 111 traz é o estímulo a participação popular, com a determinação da realização de consultas populares sobre questões locais junto com as eleições municipais. “Essa norma é bem-vinda, pois promove uma otimização da estrutura da justiça eleitoral”, elogia.

STF determina retorno de Roberto Jefferson à prisão
Ex-deputado foi preso em agosto e depois transferido para um hospital

 

Da Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que o ex-deputado federal Roberto Jefferson retorne à prisão. A decisão foi tomada devido a informações recebidas de médicos de que a situação de saúde de Jefferson melhorou e ele tem condições de receber alta imediatamente.

O ex-deputado foi preso preventivamente, por decisão do STF, em agosto deste ano, sob a acusação de que ele estava usando vídeos em suas redes sociais para atacar poderes da República e o estado democrático de direito.

Em 4 de setembro, Moraes havia autorizado a transferência de Jefferson da prisão para um hospital particular para que fosse submetido a tratamento médico.

Defesa

Por meio de nota, o PTB, partido presidido por Jefferson, disse considerar que ele já cumpriu “tempo suficiente de prisão” e afirmou temer que suas condições de saúde se agravem caso ele permaneça por mais tempo na penitenciária.

A defesa de Jefferson afirma que solicitou a prisão domiciliar e que se pronunciará após o julgamento do caso. “O julgamento virtual do caso e do habeas corpus do Presidente do PTB está marcado para acontecer entre os dias 15 e 22 de outubro, quando nos manifestaremos publicamente”, diz a nota.

Um ano antes de eleição, TSE abre código-fonte de urnas eletrônicas
Ato costuma ocorrer seis meses antes do pleito, mas foi antecipado

 

Da Agência Brasil

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realiza hoje (4) em sua sede, em Brasília, a cerimônia de abertura dos códigos-fonte dos sistemas eleitorais, conforme foram preparados para utilização nas eleições gerais marcadas para outubro de 2022.

A solenidade, que contará com pronunciamentos e inspeções ao setor de tecnologia do TSE, está sendo tratada pelo tribunal como o pontapé inicial do Ciclo de Transparência Democrática – Eleições 2022.

Os códigos-fonte são a transcrição dos softwares em linguagem digital, contendo todas as especificações sobre o funcionamento dos sistemas eleitoras, incluindo as urnas eletrônicas.

A abertura dos códigos-fontes é uma solenidade obrigatória realizada pelo TSE antes de cada eleição. Na ocasião, os códigos-fonte podem ser inspecionados por representantes técnicos dos partidos políticos, do Ministério Público, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), das Forças Armadas, da Polícia Federal e de universidades, entre outras instituições.

O ato costumava ser realizado sempre seis meses antes de cada eleição, mas para as eleições de 2022 foi antecipado pelo TSE, por meio da alteração, aprovada em plenário na semana passada, da resolução que regulamenta os procedimentos de fiscalização e auditoria do sistema eletrônico de votação.

A antecipação foi feita “com o intuito de aperfeiçoamento das boas práticas e da necessidade de se ampliar a transparência do processo eleitoral”, disse o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso.

Além de presidentes de partidos, neste ano o TSE convidou para acompanhar a solenidade os 12 integrantes da Comissão de Transparência das Eleições, criada pelo tribunal e composta por parlamentares e autoridades de órgãos como Tribunal de Contas da União (TCU) e Ministério Público.

Será feita uma visita técnica à sala-cofre e à sala onde serão abertos os códigos-fonte dos sistemas eleitorais, no prédio da Secretaria de Tecnologia da Informação do TSE.

Devem estar presentes ainda autoridades eleitorais de entidades como a Organização dos Estados Americanos (OEA), o Idea Internacional e a União Interamericana de Organismos Eleitorais (Uniore).