Os desafios para a saúde e o judiciário com a pandemia
Especialistas apontam o diálogo e parcerias público privado como soluções para a crise

Presidente da Andes, Marcelo Buhatem comentou sobre o impacto da pandemia no Judiciário

 

Da Redação

O impacto da crise provocada pelo coronavírus e as perspectivas pós-pandemia foram o cerne do webinar promovido, nesta terça-feira, pelo Consultor Jurídico, com o apoio da EuroCom. O presidente da Associação Nacional de Desembargadores (Andes), Marcelo Buhatem; o presidente da Federação Brasileira de Hospitais (FBH), Aldevânio Francisco Morato; o vice-presidente da Qualicorp, Pablo Meneses e o diretor de Negócios e Marketing da Unimed Seguros, Luiz Paulo Tostes Coimbra, debateram os efeitos do atual cenário no Judiciário e na Saúde.

Todos concordam que o país enfrenta uma crise sem precedentes, que só poderá ser superada através do diálogo e do trabalho em conjunto. O presidente da FBH destacou a importância de parcerias público-privado tanto no combate à pandemia, bem como no atendimento normal de pacientes do SUS. “Hoje, 62% dos atendimentos de pacientes do SUS são feitos por hospitais da rede privada”, observou Aldevânio.

Entretanto, ele alertou que a rede privada passa por um momento delicado. O medo da contaminação e o adiamento de cirurgias eletivas proposto pelo ministério da Saúde fez despencar a ocupação de muitos hospitais, o que provocou queda de 40% nas receitas. “Já procuramos instituições como BNDES para buscar linhas de crédito voltadas para os hospitais, pois muitos correm o risco de fechar. E o Governo precisa entender que isso vai afetar diretamente o sistema de saúde público”, ressalta o presidente da FBH.

Para o vice-presidente da Qualicorp, o momento atual também exige que as empresas pensem “fora da caixa”, para buscar soluções em um cenário que não era imaginado por nenhuma organização. No caso da administradora de benefícios, a prioridade foi garantir emprego e renda dos colaboradores e corretores, permitindo que todos pudessem continuar desempenhando suas funções através de home office. “Também desenvolvemos ações de apoio ao poder público, destinando R$ 14 milhões em projetos como a criação de hospital de campanha e abertura de leitos voltados para pacientes da rede pública”, conta Pablo.

Priorizar os colaboradores também foi uma das ações destacadas pelo Luiz Paulo, que também é presidente da Unimed Volta Redonda. Ele explicou que, com a pandemia, a cooperativa pode mostrar a capacidade de agir rápido para cuidar ainda mais das pessoas, fortalecendo as relações, sempre mantendo o suporte ao negócio. Entre os pilares que nortearam as ações da Unimed para enfrentar a crise estão: proteção ao funcionário; assistência ao cliente; medidas de proteção ao negócio, com ações para coibir a inadimplência e manter a produtividade no home office, entre outras; apoio à comunidade. “Trabalhar em conjunto é um dos princípios fundamentais do cooperativismo. Assim minimizaremos a crise e vamos cuidar das pessoas”, afirma.

Para o presidente da Andes, o Judiciário conseguiu, na medida do possível, se adaptar à realidade imposta pelo Covid-19. Em abril, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), regulamentou a realização de sessões virtuais ou audiências por videoconferência durante a pandemia. Para alguns tribunais, que já possuíam um parque tecnológico preparado, explica Marcelo, o processo de adequação foi mais rápido. “Mas, de uma forma geral, a Justiça manteve a prestação de um bom serviço”, elogia Marcelo. No entanto, ele teme que os julgamentos virtuais se tornem uma rotina, mesmo após o fim da pandemia. Para o presidente da Andes o trabalho remoto dos juízes deve ser somente em situações de exceção.

O desempenho dos profissionais de saúde ao longo dos últimos quatro meses também mereceu elogios. O presidente da FBH afirmou que os hospitais brasileiros estão dando um exemplo para o mundo no combate ao coronavírus. “Enquanto Nova York registrou um aumento de 400% de mortes, São Paulo, por exemplo, foi de 40%. Isso é mostra a qualidade do trabalho dos profissionais de saúde”, destacou.

Judicialização preocupa

Um ponto temido por todos é o risco de haver crescimento no número de ações nos tribunais devido à atual crise. Para o presidente da Andes, os tribunais, hoje, já lidam com uma enorme quantidade de processos, justamente devido à cultura da judicialização, que também onera o país. “Cada ação custa cerca de 4 mil e 300 reais”, relata Marcelo. Ele avalia que muitos casos são questões que poderiam ter acordo entre as partes, o que evitaria um desgaste das empresas e diminuiria a influência do judiciário em setores como a saúde. “É preciso uma solução que obrigue as partes a buscar, no primeiro momento, o diálogo”, defende Marcelo, que teve suas palavras corroboradas pelo vice-presidente da Qualicorp, empresa responsável pela gestão de planos de saúde, setor que costuma ser um dos mais afetados pela judicialização. “É preciso evitar o conflito nos tribunais se queremos evitar a intervenção do judiciário. Para isso, é necessário buscar o diálogo”, afirmou Pablo.

“O Judiciário está nas cordas e apanhando”
Entrevista com o novo Presidente da Associação Nacional dos Desembargadores, Marcelo Buhatem

 

Marcelo Bunhatem: “Não é possível o magistrado se aposentar recebendo 40% a menos de seus vencimentos”

 

Da Revista Justiça & Cidadania

Em virtude da renúncia do Desembargador Bartolomeu Bueno (TJPE) e de seus respectivos vice-presidentes, a Associação Nacional dos Desembargadores (Andes) elegeu nova diretoria no início de junho. O Desembargador Marcelo Lima Bunhatem (TJRJ) é o novo Presidente, tendo como vices os colegas Luiz Eduardo Guimarães Rabello (TJRJ), Eduardo Pugliesi (TRT6) e Jurandir de Souza Oliveira (TJSP). Nessa entrevista, o Desembargador Bunhaten fala das prioridades da gestão, das vicissitudes do trabalho no segundo grau de jurisdição e da sua visão sobre o atual momento do Poder Judiciário.

Em sua campanha, o senhor disse que pretende conferir legitimidade à Andes para a propositura de Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs). Qual é o objetivo e de que forma a Andes vai buscar essa legitimidade?

Marcelo Lima Bunhatem – O estatuto da Andes é bem antigo e não acompanhou as orientações jurisprudenciais do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a legitimidade para a propositura das ADIs. O objetivo é levar ao Supremo, quando for necessário ou solicitado por seus integrantes, pleitos atinentes e pertinentes ao segundo grau. Temos uma batalha grande a respeito de aposentadorias e outras discussões relativas a diversos direitos e vantagens que eventualmente poderão ser excluídos em reformas futuras, notadamente em relação às propostas de emendas constitucionais que tratam dos tetos federais e subtetos estaduais. Essa legitimidade é importante não só para isso, mas também para que possamos atuar como amicus curiae em eventuais demandas propostas pela Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra), pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e assim sucessivamente.

O senhor pretende promover outras mudanças no estatuto ou na estrutura representativa da entidade?

MLB – Precisamos criar representações da Andes não apenas regionais, mas também em cada tribunal. Aliás, enviamos recentemente um ofício a todos os presidentes de tribunais informando o resultado da eleição e solicitando cooperação para que a Andes seja mais representativa nos estados. Como é uma entidade de classe de cunho nacional e esse País tem quase nove milhões de quilômetros quadrados, 27 estados e seus Tribunais de Justiça, Tribunais Regionais Federais e Tribunais Regionais do Trabalho, é uma tarefa que precisamos dividir com os colegas. Não dá para estar em todos os lugares ao mesmo tempo, mas dá para colocar um representante da Andes em cada tribunal, além de representantes regionais.    

Outra bandeira de campanha está relacionada à queda dos vencimentos após a aposentadoria. Qual será a atuação da Andes nesse sentido?

MLB – Essa é a principal luta a ser travada nos próximos anos. Não é possível o magistrado se aposentar recebendo 40% a menos de seus vencimentos, ao passo que a Constituição Federal é clara no sentido do princípio da paridade, principalmente para quem entrou antes da Emenda Constitucional nº 41. Precisamos encontrar um meio termo, inverter essa pauta, explicar ao parlamento a necessidade de manter uma aposentadoria digna. Depois de 40 anos de serviço público, não é admissível o membro da magistratura perder 40% de sua renda. É demais. Soma-se a isso o fato inegável de que nos últimos dez anos a magistratura tem experimentado o achatamento da curva salarial por conta da ausência de reposição inflacionária, por várias razões, dentre as quais motivos financeiros. Acaba havendo um desvirtuamento de outras verbas, que são inseridas no subsídio. Essa também é uma boa discussão a se fazer. Existia até uma ADI da AMB que pedia ao Supremo a recomposição salarial dos membros da magistratura, apontando perda de quase 47%, se não me falha a memória. Esse também é o motivo pelo qual o magistrado acaba se aposentando com um subsídio muito baixo.

O que mais falta ser conquistado pela categoria?

MLB – Há algo que as outras associações já oferecem que é o serviço jurídico gratuito para seus membros, notadamente na área administrativa, junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e, eventualmente, junto aos órgãos especiais dos tribunais. Infelizmente, isso é da natureza da pessoa que se destaca no trabalho e acaba sendo acionada pela parte, pelo advogado, inúmeros são os casos. Sob a atual administração, a Andes pretende fornecer esse serviço gratuitamente, somente na área administrativa, pelo menos por enquanto.

A Andes vai buscar realizar ações articuladas com outras entidades representativas dos magistrados, com a Associação dos Magistrados da Justiça Militar da União (Amajum), a AMB ou a Anamatra? Quais são as questões que dividem e quais são as que aproximam os magistrados de 1º e 2º graus?

MLB – A Andes evidentemente vai se ombrear sempre que puder e for solicitada à Amajum, à AMB e à Anamatra. Até porque nossos associados eventualmente também pertencem a essas associações. Hoje as questões estão muito conexas. Já tivemos momentos em que houve uma distensão de pleitos entre a Andes e as demais, principalmente a AMB, que é uma entidade nacional com 90% de seu quadro composto por juízes de primeiro grau. No segundo grau há algumas vicissitudes que nos diferenciam um pouco das questões de outras associações como, por exemplo, o fato do desembargador estar muito mais próximo de se aposentar do que o juiz que acabou de entrar, e por isso estar mais preocupado com a aposentadoria. Mas há outras questões de processamento administrativo, diferenças salariais, implementação de verbas de modo errôneo no passado, coisas que podem ser trabalhadas em conjunto por magistrados de todos os graus. No passado houve sim certa distensão, notadamente em relação à PEC da Bengala, da aposentadoria compulsória dos magistrados aos 75 anos. Porém hoje não vejo nenhuma distensão, nenhuma questão que divida as instituições. Nós nos aproximamos e estamos aí para, efetivamente, nos ombrear a todas elas como mais um braço na luta corporativa e institucional. 

Em sua opinião, qual papel o Judiciário deve cumprir para contribuir na retomada do desenvolvimento pós-pandemia?

MLB – O Judiciário cumpre esse papel todos os dias, está aberto às demandas da pandemia e do pós-pandemia. Estamos prevendo uma avalanche de ações, com discussões, sob o pálio dos contratos, da cláusula rebus sic stantibus, da equação econômica financeira dos contratos. Isso tudo já está chegando ao Judiciário, vide a discussão relativa às mensalidades escolares e as várias decisões de juízes mandando fechar ou abrir determinados municípios. No meu entender, o Judiciário saiu do seu quadrado, acabou indo para um octógono, está nas cordas e apanhando. Esse é um ponto importante a ser discutido, até que ponto o Judiciário caminhou para o ativismo, o que se discute nos últimos quatro anos mais do que nunca. Posso dizer, contudo, que o Judiciário sempre tenta contribuir. Há visões diferentes sobre determinados temas, sou crítico de algumas delas, mas os tribunais acabam fazendo sua contraposição na bem-vinda discussão e implementação do chamado segundo grau de jurisdição, dos check and balances, no qual são revertidas algumas decisões que ao meu ver não têm muito sentido.

O outro passo é que o Judiciário acabou aprendendo a trabalhar remotamente, o que não vejo como uma boa solução. O Judiciário precisa estar perto do jurisdicionado, os advogados necessitam despachar, apresentar razões, contrarrazões, memoriais, usar a tribuna. Precisamos ter um meio termo nesse novo Judiciário após a pandemia. Enquanto durar esse período mais crítico é razoável que se façam sessões virtuais, como se está fazendo, mas tão logo acabe, rezo para que se volte ao status quo. O jurisdicionado precisa conhecer o rosto daquele que vai decidir a sua vida.

Webinar vai debater os efeitos da pandemia no Judiciário e na Saúde
Com transmissão pelo Facebook da EuroCom, evento vai reunir o presidente da Associação Nacional dos Desembargadores e o diretor médico da Med-Rio Check-Up

 

 

Da Redação

Os efeitos provocados pela pandemia vão estar em destaque no webinar “Saúde sem máscara”, que a EuroCom promove no dia 15 de julho, às 16h, com transmissão pela página no Facebook (@EuroComunicacao). O evento contará com a participação do presidente da Associação Nacional dos Desembargadores (Andes), Marcelo Buhatem, e do diretor médico da Med-Rio Check-Up, Gilberto Ururahy.

O novo coronavírus tem provocado consequência que vão além do combate à própria doença. O custo global da crise provocada pelo Covid-19 pode chegar a US$ 8,8 trilhões. No Judiciário, o distanciamento social produziu efeitos marcantes, como atendimentos presenciais limitados, processos paralisados, prazos suspensos, digitalização de autos físicos e a estruturação de canais de comunicação virtual da sociedade com os órgãos judiciários. O presidente da Andes alerta que a flexibilização também tem gerado impacto no Judiciário, com liminares de alguns tribunais de revogar decisões de reabertura do comércio feitas por prefeitos e governadores. “Porém, o presidente do STF, Dias Toffoli, já se pronunciou que essa decisão não cabe ao Judiciário, pois não tem conhecimento técnico para isto”, explica.

Especialista em medicina preventiva, Gilberto Ururahy deve destacar no webinar o risco de haver um aumento no número de casos de doenças crônicas após o fim da pandemia. Ele observa que o medo da contaminação por Covid-19 afastou pacientes de consultas médicas e exames de rotina, bem como de tratamentos em andamento. Com isso, muitas pessoas não têm noção de como está a própria saúde. “Isso traz um grande risco, pois algumas das principais doenças crônicas, como a hipertensão e a diabetes, são silenciosas, ou seja, os sintomas só se manifestam quando a doença já está em um estágio mais avançado”, explica.

Dados da própria Med-Rio reforçam o alerta. Comparação feita entre pacientes que fizeram check-up em maio com os que realizaram antes da pandemia registra, por exemplo, que a taxa de diabetes passou de 7% para 10% e a de hipertensão foi de 18% para 31%. Também chama atenção o aumento do sobrepeso, normalmente gira em torno de 65%, mas saltou para 75%. Outro dado preocupante foi a elevada parcela de clientes com alta da taxa de colesterol (70%), antes da pandemia o índice ficava em 50%.

Mediação é o melhor caminho para evitar judicialização da saúde, dizem especialistas

 

Do Conjur

Para evitar o crescimento dos litígios provocado pela epidemia do novo coronavírus, empresas, clientes e Judiciário devem buscar uma forma de incrementar a mediação. Essa foi a tese defendida por especialistas durante debate online na TV ConJur.

Participaram da discussão o desembargador Cesar Cury, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro; Pedro Benedito Batista Jr. médico e diretor-executivo da Prevent Senior; Pablo Meneses, vice-presidente de Operações e Relacionamento da Qualicorp; e Paulo Sardinha, presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH). A mediação foi feita por Carlos Tedesco, jornalista da EuroCom.

O pano de fundo foi o aumento das disputas levadas ao Judiciário durante a situação de calamidade, assim como a previsão de crescimento dos litígios depois que a epidemia passar.

11 milhões
O desembargador Cesar Cury deu uma ideia do cenário no TJ-RJ: a corte já tem mais de 11 milhões de processos. “São esperados novos pedidos de recuperação judicial em torno de 60%. Os processos em relações de família também aumentaram muito, assim como as tutelas de urgência. A média tá em torno de 60%, alguns setores com um pouco mais, outros com um pouco menos”, afirma.

Ele acredita, no entanto, que com medidas de conciliação e mediação é possível diminuir o número de litígios. “De uns anos para cá, vimos uma convergência de discursos [entre as partes dos processos e o Judiciário] e um encontro de pontos em comum para tratar dessa super judicialização”.

Paulo Sardinha também comentou a necessidade de diminuir as disputas judiciais. De acordo com ele, a judicialização não é boa para ninguém e apenas as saídas negociadas serão capazes de gerar reequilíbrio entre as partes.

“Se entregarmos nossas discussões à Justiça, teremos um longo e penoso caminho que não irá atender a ninguém na sociedade. Devemos trabalhar com a renegociação, em todas as áreas — negociação e mediação. Teremos que olhar para a mediação com muito carinho, para reconstruir as relações que se romperam”, diz.

Planos de saúde
As operadoras de planos de saúde também viram de perto o aumento no número de ações. Os litígios, segundo Pablo Meneses, fizeram com que muitas empresas do setor adotassem mecanismos para ouvir melhor os clientes.

“Estamos tentando diminuir as disputas por meios alternativos de resolução de conflitos, criando canais internos. Se nosso cliente tem algum problema, ele entra em contato conosco. Também temos uma ouvidoria, que funciona como canal recursal. Além disso, buscamos corrigir nossos erros. As organizações erram, mas podem errar uma vez, não devem repetir o erro”.

Ainda de acordo com ele, evitar a judicialização é melhor para a empresa e para o cliente. “É necessário buscar a conversa. A organização precisa observar seus erros e dar ao cliente o que lhe é de direito. Por outro lado, se não for responsabilidade da empresa, é necessário ver que ela tem razão”, afirma.

Pedro Benedito diz que o aumento dos processos parte da percepção, por parte dos clientes, de que eles não estão sendo corretamente assistidos e que suas necessidades não estão sendo atendidas.

“Mais de 80% dos pacientes que procuram a judicialização não tiveram contato com os profissionais da empresa ou buscaram apenas vias de suporte. É preciso utilizar a tecnologia como forma de adequar a proximidade com o paciente. A proximidade das operadoras, das associações e do Judiciário é uma necessidade clara”, diz.