A Associação Nacional de Desembargadores (ANDES) promove na sexta-feira, às 17h, webinar Orçamento do Judiciário: Exigências Constitucionais, Sociais e Limitações Fiscais. Vão participar o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas; o ex-presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), desembargador Henrique Calandra; o ex-presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, desembargador Nelson Missias de Morais; o presidente da ANDES, desembargador Marcelo Buhatem e o diretor cultural da ANDES, desembargador Rógerio de Oliveira. O evento será transmitido no Youtube, através do link https://youtu.be/ReX4OscKMug.
Gilberto Ururahy alerta para o crescimento de doenças crônicas como diabetes e hipertensão
Da Redação
Conforme o número de casos de Covid-19 vai diminuindo, as pessoas se sentem mais seguras de retomar a sua rotina. Prova disso é que a MedRio Check-up vem registrando, desde junho, aumento no número de atendimentos. Somente na primeira semana de agosto, a demanda foi 20% maior do que a da última de julho.
De acordo com o diretor médico da MedRio, Gilberto Ururahy, as empresas estão preocupadas com o impacto do isolamento nos funcionários e têm investido, nesta retomada, na realização dos exames preventivos. Levantamento da clínica com o público que realizou check-up no primeiro semestre mostrou um cenário crítico, que comprova os efeitos da quarentena na saúde das pessoas.
Por exemplo, 35% da população examinada estava com esteatose hepática, normalmente gira em torno de 20%. Foi registrado 12% de burnout entre os executivos, quando a média costuma ficar em 5%. A taxa de diabetes passou de 7% para 10% e a de hipertensão foi de 18% para 31%. Também chamou a atenção o elevado percentual de pessoas com mal colesterol (70%), 20 pontos percentuais acima do que foi registrado em 2019.
Em live promovida na tarde desta terça-feira (11), a Qualicorp e a SulAmérica Saúde apresentaram um novo portfólio de planos de saúde coletivos por adesão, de caráter inédito e repleto de novidades. Participaram do anúncio o CEO da Qualicorp, Bruno Blatt; o vice-presidente Comercial, de Inovação e Novos Negócios da Qualicorp, Elton Carluci; a vice-presidente de Saúde e Odonto da SulAmérica, Raquel Giglio e o head técnico de Saúde e Odonto da SulAmérica, Juliano Tomazela.
“É um dia histórico para esta parceria de longa data. E hoje damos um passo inédito e inovador”, celebrou Raquel Giglio.
De acordo com Juliano Tomazela, o corretor vai se surpreender com os preços. “Podem conferir. Estou certo que vamos crescer em regiões em que não temos ainda tanta representatividade”, assegurou o representante da seguradora.
O novo portfólio de planos de saúde por adesão possui preços mais competitivos. No caso de contratos familiares, com pelo menos um dependente, cada mensalidade terá 9% de desconto. Ao final do ano, será uma economia maior do que o valor de uma mensalidade, por exemplo. Mesmo quem não contratar um plano por adesão familiar, terá à disposição produtos com valores atrativos e novos serviços agregados, como o plano odontológico e serviços de telemedicina (programa Saúde na Tela).
Já Bruno Blatt destacou que o lançamento histórico do novo portfólio é um exemplo de que a empresa não parou mesmo com a pandemia. “O anúncio de hoje vem ao encontro do Novo Jeito Quali de Ser, que buscamos implementar assim que assumimos a gestão. Nós queremos cada vez mais dar protagonismo ao corretor e atender as suas demandas. Quem estiver perto vai ter mais serviço e benefícios, bem como produtos diferenciados”, destacou o executivo.
E mais novidades estão a caminho nos próximos meses. De acordo com Elton Carluci, “a Qualicorp e SulAmérica já possuem a melhor bonificação do país, pagamos o dobro no Rio de Janeiro e em São Paulo. Agora estamos com um projeto que vai abranger todas as praças”.
Exemplo de sucesso
A live ainda teve a participação especial do empresário Flavio Augusto, fundador da Wise Up e dono do time de futebol Orlando City. Ele compartilhou um pouco de sua história. Nascido e criado na Zona Oeste do Rio de Janeiro, Flavio buscou no setor de vendas a oportunidade de começar a carreira e se tornar um empresário. De vendedor de relógios, que ia até o Paraguai comprar a mercadoria, ele se tornou dono de um dos principais cursos de idioma do país. Flavio ressaltou que o vendedor não pode ter receio de aproveitar a crise para crescer. “Eu não gosto da crise, não desejo uma situação como a atual. Mas eu vou crescer na crise. Esse deve ser o pensamento”, observou.
Ele citou como o exemplo o próprio setor de saúde, que é um dos mais demandados com a pandemia. Para o corretor, observou Flavio, é o momento de oferecer um serviço que a população está precisando. “Mas é preciso ter a cabeça boa e saber se adaptar ao home office. Buscar, por exemplo, criar um espaço onde tenha tranquilidade para trabalhar. Se a internet de casa não é boa, então investe em um plano melhor. Você depende disso para trabalhar. O setor de vendas pode te levar a um lugar melhor, mas você não pode se abater com as dificuldades”, afirmou o empresário.
Marcelo Buhatem, Rogério de Oliveira, Felipe Deiab e Sérgio Cavalieri discutiram sobre o futuro do Judiciário
A crise provocada pelo novo coronavírus provocou reflexos em todos os setores da sociedade. No Judiciário, por exemplo, conhecido por sua estrutura tradicional e secular, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), regulamentou a realização de sessões virtuais ou audiências por videoconferência durante o período da pandemia por Covid-19. Mas será que esse cenário permanecerá mesmo após o fim da pandemia, como será o “novo normal” do Judiciário. Essas questões foram discutidas em webinar realizado na tarde desta sexta-feira (07), promovido pela Associação Nacional de Desembargadores (ANDES). No debate, que teve a participação do presidente da ANDES, Marcelo Buhatem, do desembargador aposentado e ex-presidente do TJRJ Sérgio Cavalieri, do procurador do TCE/RJ Felipe Deiab, além do desembargador e diretor cultural da ANDES, Rogério de Oliveira, pode-se observar que há quem considera que os julgamentos virtuais chegaram para ficar, mas também os defensores da retomada da rotina antes da Covid-19.
Cavalieri, por exemplo, acredita que o “novo normal” do Judiciário passa pela manutenção de audiências virtuais e do trabalho remoto. Para ele, a solução implementada para manter os tribunais em funcionamento não será apenas algo pontual de uma necessidade momentânea, mas sim um novo modelo de trabalho que vai permanecer. “Não defendo o afastamento total do juiz da comarca, mas não será necessário que ele esteja presente todos os dias. A tecnologia da informação nos trouxe facilidades que a Justiça precisa aproveitar”, defendeu.
O desembargador aposentado elogiou o desempenho do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro no atual momento e destacou que isso é resultado de um trabalho que já vinha sendo feito ao longo de várias gestões, que perceberam como era importante informatizar o judiciário. “Investiu-se em tecnologia e, por isso, a Justiça estava preparada, apesar de nunca ter se imaginado que enfrentaríamos uma pandemia como essa”, relata Cavalieri, que foi presidente do TJRJ de 2005 a 2006 e lembra que havia muita resistência contra o projeto de informatizar os tribunais. “Sempre dissemos que era um caminho sem volta”, relembra.
Buhatem reforçou os elogios à eficiência do Judiciário nos últimos meses e destacou que somente o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) despachou mais de 255 mil processos desde março. Entretanto, ele vê com ressalvas a perspectiva de se manter julgamentos virtuais ou trabalho remoto de juízes mesmo após o fim da pandemia. Nessa discussão, o presidente da ANDES avalia que é preciso considerar que vivemos em um país de tamanho continental, onde em muitos municípios a presença física do juiz é a própria representação do Poder Judiciário, fator este que não tem o mesmo valor nos grandes centros.
“Os julgamentos por vídeo conferência e o trabalho remoto dos magistrados foram as opções viáveis para assegurar o direito à Justiça. Mas é preciso pensar com cuidado como balancear isso quando essa crise passar”, pondera.
Deiab concordou com a avaliação do presidente da ANDES. Segundo ele, é preciso reconhecer que a informatização da Justiça foi fundamental para que os processos não parassem. “Entretanto, faz falta o contato presencial, pois a letra fria muitas vezes esconde a vida como ela é”, observou o procurador do TCE, citando como exemplo casos de divórcio, em que conversar com o casal e saber a história de vida, proporciona uma nova visão sobre o caso.
Para o diretor cultural da ANDES, o futuro do Judiciário passa por incorporar cada vez mais as tecnologias de informação e, assim, diminuir a necessidade da presença física nos tribunais. Ele prevê que as futuras gerações vão se surpreender quando for comentado que, no passado, era preciso ir aos tribunais para acompanhar um julgamento. No entanto, não significa que não há questões a serem aperfeiçoadas. “Se por um lado o trabalho remoto reduz os custos para a sociedade, por outro ele exige que o juiz utilize a estrutura que tem em casa, como luz e internet. Talvez seja necessário pensar uma forma de compensar isso”, observa.
Homenagem a Sylvio Capanema
O webinar também foi marcado por uma homenagem ao desembargador Sylvio Capanema, que faleceu em junho vítima da Covid-19. O ex-presidente do TJRJ Sérgio Cavalieri relembrou um texto que havia feito na ocasião da aposentadoria de Capanema, em 2008. Além do trabalho como magistrado, ele também se destacou como advogado, professor e foi vice-presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ).