Pandemia redefiniu o papel social das empresas
Presidente da ABRH Brasil e o vice-presidente da Qualicorp avaliam que a crise fez emergir uma atenção maior das organizações pelo coletivo

 

Da Redação

Na tarde desta quinta-feira (28), a Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH Brasil) promoveu uma live para debater o impacto da pandemia nas organizações. O presidente da ABRH Brasil, Paulo Sardinha, e o vice-presidente da Qualicorp, Pablo Meneses, debateram o que esperar das organizações conforme as flexibilizações forem ocorrendo e qual será o papel delas nessa retomada. Também participaram do encontro os jornalistas Felipe Barreto e Ana Claudia Guimarães.

Para ambos, o mundo pós-pandemia vai exigir uma nova postura das organizações. Pablo observou que, entre as mudanças, está acontecendo uma redefinição da importância social das empresas. Ele avalia que, mais do que nunca, o olhar da direção de uma organização em relação aos colaboradores não pode ser de “nós” e “eles”, mas sim de unidade.

O vice-presidente da Qualicorp citou como exemplo a própria empresa, que desde o início da quarentena optou por colocar todos os 1.834 colaboradores em trabalho home office. Essa mudança permitiu que a empresa avaliasse a possibilidade de manter essa modalidade de trabalho mesmo após o fim da pandemia. “Observamos que houve um ganho de qualidade de vida com a possibilidade da pessoa estar mais perto da família, redução do estresse com a perda de tempo no trânsito. Agora estamos desenvolvendo um projeto que dê plenas condições do nosso colaborador trabalhar em casa”, conta Pablo.

Paulo avalia que esse senso de coletividade será fundamental na recuperação após a crise. Será uma situação em que as vidas vão estar fragilizadas com toda a dor provocada pela doença, e as empresas estarão enfraquecidas também devido à situação econômica. Para o presidente da ABRH Brasil, a maior parte dos gestores assimilou o saber de que as empresas terão um papel fundamental no processo de reconstrução. “É preciso ter um mundo melhor, não por inércia, mas porque as pessoas vão tomar decisões em prol do coletivo, que melhorem o ambiente ao nosso redor”, defende.

O forte apoio que empresas privadas têm dado ao sistema público de saúde no combate ao coronavírus foram apontados como exemplos dessa percepção do papel social das organizações. Somente a Qualicorp destinou mais de R$ 14 milhões em ações como a construção do Hospital de Campanha do Parques dos Atletas e a reforma de leitos da Santa Casa de Misericórdia em São Paulos. Ambas iniciativas em parceria com outras empresas e destinadas a atender exclusivamente pacientes do SUS. Preservar essa cultura de atos de generosidade é visto como fundamental para que se tenha uma nova postura da sociedade. “Nós temos que ser pessoas melhores, tanto no sentido profissional quando pessoal, para termos um mundo melhor”, afirma o presidente da ABRH Brasil.

Associação Brasileira de Recursos Humanos promove live sobre o papel das empresas em momentos de crise
O presidente da ABRH-Brasil e o vice-presidente da Qualicorp vão compartilhar experiências e propor soluções

 

Da Redação

A pandemia do coronavírus provocou graves consequência na economia mundial. O custo global da crise provocada pelo Covid-19 pode chegar a US$ 8,8 trilhões. O Brasil, por exemplo, registrou uma queda de 9,1% na produção industrial e se estima que o PIB diminua em 7,7% neste ano. Em meio a este difícil cenário, a Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH Brasil) promove, nesta quarta-feira (10), às 14h, uma live, com o presidente da própria ABRH Brasil, Paulo Sardinha, e o vice-presidente da Qualicorp, Pablo Meneses, para debater, justamente, como as empresas podem contribuir para minimizar os efeitos da crise.

Ambos vão poder compartilhar suas experiências profissionais de gestão em momentos de adversidade, além de discutir os desafios que a pandemia trouxe, bem como ações que podem ser implementadas pelas organizações. A conversa com os dois executivos também vai dar destaque para situações presentes no dia a dia das organizações. aproveitar o momento para agregar valor e se destacar no mercado, que iniciativas podem ser implementadas em prol dos colaboradores, o que mudou na gestão de pessoas com a pandemia e como o RH pode ser protagonista. São mais algumas das questões que serão abordas ao longo da live.

O evento será transmitido pelo Facebook da Associação (ABRHBrasil).

Jean-François van Boxmeer deixa a direção da Heineken após 15 anos
Executivo fez um vídeo com um depoimento de despedida

Da Redação

No dia primeiro de junho, Jean-François van Boxmeer, que ocupou o cargo de diretor executivo da cervejaria Heineken por 15 anos, foi substituído pelo chefe da região Ásia-Pacífico da empresa, Dolf van den Brink, que assume por período de pelo menos quatro anos.

Boxmeer fez um vídeo para registrar o carinho pela empresa, bem como a sua trajetória e os avanços alcançados ao longo de sua gestão. No depoimento, ele faz questão de enaltecer o novo diretor e de destacar que acredita no futuro da empresa. No fim, Boxmeer demonstra técnica ao servir uma tulipa de chopp a um colaborador e, como se despedisse de todos os funcionasse, encerra brindando com ele.

Em 2019, o lucro da empresa foi de 2,16 bilhões de euros, com crescimento de 13% no lucro líquido, na comparação com 2018. O mercado brasileiro foi um dos destaques, como aponta reportagem do Valor.

As vendas no país aumentaram mais de 10% no quarto trimestre – globalmente, o crescimento orgânico no volume de vendas foi de 4,1%. E o país já é o maior consumidor do principal produto da marca, que é a cerveja Heineken.

Live debate os cenários para saúde e gestão de pessoas depois da pandemia
Especialistas destacam o papel das empresas para mudança de comportamento

Expectativa é de que haja mudança no comportamento das pessoas no pós-pandemia

 

Da Redação

Na tarde desta quinta-feira (28), a Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH Brasil) promoveu uma live para debater o impacto da pandemia na saúde e na gestão de pessoas. O presidente da ABRH Brasil, Paulo Sardinha, e o diretor médico da Med-Rio Check-Up e especialista em medicina preventiva, Gilberto Ururahy debateram as perspectivas e o papel das organizações na consolidação de uma cultura que valorize a prevenção, a partir da crise que o mundo enfrenta. Também participaram do encontro os jornalistas Felipe Barreto e José Carlos Tedesco.

Gilberto observou que um dos pontos mais críticos do coronavírus é justamente a gravidade com que incide em pessoas com comorbidades, a maioria doenças crônicas que poderiam ser prevenidas com a incorporação de hábitos de vida saudáveis. Para ele, além das transformações na economia, nas formas de trabalho e no comportamento das pessoas, o cuidado com a própria saúde também passará por profundas transformações.

“As pessoas vão compreender a importância de ter uma alimentação equilibrada, praticar exercícios físicos regularmente e ter um sono adequado. A realização de exames de rotina, bem como de check-ups anuais, também vai fazer parte da agenda das pessoas”, avalia.

Para o diretor da Med-Rio, as próprias empresas vão passar por transformações e terão que investir ainda mais em prevenção, por perceberem o peso que a saúde traz para o próprio negócio.

O presidente da ABRH também avalia que as organizações terão uma participação fundamental para que haja uma mudança de mentalidade na sociedade. Ele cita por exemplo a responsabilidade das empresas no momento que se adotar a flexibilização, pois serão ambientes vitais no processo de reingresso das pessoas na rotina tradicional. Para ele, é fundamental que todo esse cenário vivido até aqui provoque uma mudança de visão da educação e saúde. “E como o trabalho é um dos principais ambientes de socialização, é preciso que as empresas entendam e se tornem células de excelência nessa retomada gradativa”, explica.

Paulo ainda aponta a necessidade de que a tecnologia também passe a beneficiar todos e, para isso, é preciso que a sua incorporação seja mais democrática na Educação e na Saúde. “É o momento de superar as divergências para achar um caminho convergente”, defende o presidente da ABRH Brasil.