Sites e aplicativo do Ministério da Saúde sofrem ataque cibernético
Certificado de vacinação contra covid-19 ainda está indisponível

 

Da Agência Brasil

O site do Ministério da Saúde e a página e o aplicativo do ConecteSUS, que fornece o Certificado Nacional de Vacinação Covid-19, foram invadidos por hackers, nesta madrugada. A página do ministério já voltou a funcionar, mas ainda não é possível acessar os dados sobre a vacina contra covid-19.

Também foi afetado o e-SUS Notifica, que recebe notificações dos estados e municípios sobre a síndrome gripal suspeita e confirmada de covid-19. Esse sistema ainda está fora do ar. Outro sistema afetado foi o Programa Nacional de Imunização (SI-PNI).

A autoria do ataque cibernético foi assumida por “Lapsus$ Group”. O grupo disse que os dados dos sistemas foram copiados e excluídos. “Nos contatem caso queiram o retorno dos dados”, dizia a mensagem dos autores do ataque nas páginas do ministério.

“O Ministério da Saúde informa que, na madrugada desta sexta-feira (10), sofreu um incidente que comprometeu temporariamente alguns sistemas da pasta, como o e-SUS Notifica, Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI), ConecteSUS e funcionalidades como a emissão do Certificado Nacional de Vacinação Covid-19 e da Carteira Nacional de Vacinação Digital, que estão indisponíveis no momento”, diz o ministério, em nota.

O ministério acrescentou que o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e a Polícia Federal foram acionados pela pasta para apoiarem nas investigações sobre o caso. “O Departamento de Informática do SUS (Datasus) está atuando com a máxima agilidade para o restabelecimento das plataformas”, acrescentou, em nota.

Inflação oficial é de 0,95% em novembro
É a maior taxa para um mês de novembro desde 2015 (1,01%)

 

Da Agência Brasil

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, foi de 0,95%, em novembro deste ano. Foi a maior taxa para um mês de novembro desde 2015 (1,01%). Em novembro de 2020, a alta de preços foi de 0,89%.

Apesar disso, a inflação oficial de novembro ficou abaixo da observada em outubro de 2021 (1,25%). O IPCA é de 9,26% no ano e 10,74% em 12 meses. A inflação acumulada em 12 meses é a maior desde novembro de 2003. Os dados foram divulgados hoje (10), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Sete dos nove grupos de despesa pesquisados tiveram inflação em novembro, com destaque para os transportes com alta de preços de 3,35%.

“Os preços da gasolina subiram 7,38% em novembro, na esteira dos reajustes que foram dados nas refinarias no final de outubro. Além disso, tivemos altas expressivas do etanol, do diesel e do gás veicular”, disse o pesquisador do IBGE, Pedro Kislanov.

O peso da gasolina

A gasolina foi o item que mais contribuiu para a inflação em novembro. O etanol subiu 10,53%, o óleo diesel, 7,48%, e o gás veicular, 4,30%.

Outro impacto relevante no IPCA de novembro veio dos gastos com habitação, que aumentaram 1,03% no mês, por conta da energia elétrica (1,24%), que, desde setembro, permanece com bandeira de escassez hídrica.

A alimentação teve deflação (queda de preços) de 0,04% no período, puxada pelo comportamento dos preços da alimentação fora do domicílio, que recuaram 0,25%.

Outro grupo com deflação foi saúde e cuidados pessoais (-0,57%), consequência, em grande parte, da queda nos preços dos itens de higiene pessoal (-3%).

Os demais grupos tiveram as seguintes variações de preços: despesas pessoais (0,57%), artigos de residência (1,03%), vestuário (0,95%), educação (0,02%) e comunicação (0,09%).

Audiência sobre piso nacional de enfermagem reúne mais de 250 lideranças da saúde
Debate sobre o tema interessa entidades do setor, que alertam sobre o risco de hospitais fecharem

 

 

Representantes do setor hospitalar solicitam que o projeto do piso seja mais debatido

 

Da Redação

Mais de 250 prestadores de serviço filantrópicos e privados foram a Brasília nesta quarta-feira (08) para acompanhar a audiência pública da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, realizada para discutir o Projeto de Lei nº 2564/2020, que estabelece o piso salarial nacional de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. Entidades do setor, como a Federação Brasileira de Hospitais (FBH) e a Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB), defendem a importância de debater amplamente o PL e entender o impacto que provocará no setor. Estudos das duas entidades projetam que o aumento de custos decorrente do piso vai tornar insustentável a operação de centenas de estabelecimentos de pequeno e médio porte, bem como de hospitais sem fins lucrativos em todo o país. O texto, aprovado no Senado e que aguarda a votação na Câmara dos Deputados, define um piso salarial de R$ 4.750,00 mensais para enfermeiros; 70% desse valor para técnicos de enfermagem e 50% para auxiliares de enfermagem.

“Achamos muito importante a iniciativa de reconhecer o papel da enfermagem, mas estamos muito preocupados, porque o projeto não indica novas fontes de custeio, nem considera as diferenças regionais”, afirma Mirocles Véras, presidente da CMB. De acordo com levantamento da entidade, que representa 1.824 hospitais filantrópicos com atendimento ao Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o país, há estados em que o piso nacional de enfermagem vai representar um impacto de mais de 100%. É o caso, por exemplo, de Pernambuco, Acre e Paraíba, em que o projeto de lei vai impor um aumento, respectivamente, de 114%, 126% e 131%. Mesmo no estado do Rio de Janeiro, que já tem piso regional e apresenta uma das maiores médias salariais do país, haverá um aumento de 17% nos salários de enfermeiros e de 74% nos de técnicos.

O presidente da FBH, Adelvânio Francisco Morato, lembra ainda que 56,5% dos hospitais privados atendem a rede pública, ou seja, são prestadores de serviços, que, principalmente no interior do país, acabam se tornando a única opção de assistência hospitalar. “Sem ter como pagar o aumento de custos, muitos vão encerrar as atividades. Além do desemprego, veremos diversas cidades desassistidas”, afirma. Morato explica que esses hospitais já sofrem com o baixo pagamento da Tabela do SUS, que há anos está defasada em relação à inflação do setor.

Morato ainda alerta que centenas de prefeituras do interior do país não terão condições de pagar o piso nacional, pois não tem receita para pode absorver o aumento que é proposto pelo piso nacional. “Por isso é fundamental que o tema seja bem debatido. Não é possível votar um Projeto de Lei de tamanha importância, sem compreender o seu real impacto”, ressalta.

Surto de gripe na cidade do Rio de Janeiro tem mais de 20 mil casos
Município suspende imunização por falta de doses da vacina

 

Da Agência Brasil

O surto de influenza A na cidade do Rio de Janeiro já provocou a contaminação de cerca de 21 mil pessoas nas últimas semanas, segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde. Diante da situação da doença, muitas pessoas procuraram postos de saúde para se imunizar.

Com isso, o município tem enfrentado também falta de doses da vacina e decidiu, na última sexta-feira (3), suspender a imunização até que cheguem novos lotes.

Ainda não há previsão de retomada da vacinação contra a gripe nos postos da cidade.