Quinta D’Or realiza duas mil cirurgias robóticas
Tecnologia é utilizada principalmente para cirurgias de próstata e bariátrica

 

O cirurgião Victor Dubeux (esq.) e sua equipe, a supervisora de enfermagem do Centro Cirúrgico, Fernanda Dornellas, e o gerente médico Romolo Guida (dir.)

 

Da Redação

Uma prostatectomia, mais conhecida como retirada da próstata, foi a cirurgia robótica número dois mil do Quinta D’Or. Desde 2016 o hospital, situado na Zona Norte do Rio de Janeir, conta com o equipamento robótico e responde por cerca de 15% de todas as intervenções robóticas realizadas na Rede D’Or. De janeiro a julho deste ano, o hospital já realizou 315 procedimentos contra 389 ao longo de 2020. Diretor do Quinta D’Or, Marcus Vinicius Santos explica que o robô garante mais precisão e é bem menos invasivo do que cirurgias tradicionais, o que reduz o risco de infecções, bem como o tempo de internação. “Hoje as intervenções na próstata e bariátrica respondem pela maioria das cirurgias robóticas realizadas”, relata.

Mortes por covid-19 de pessoas vacinadas são raras, diz especialista
Médicos defendem eficácia de todas as vacinas disponíveis

 

Da Agência Brasil

A morte do ator Tarcísio Meira na última quinta-feira (12), por complicações da covid-19, reacendeu o debate sobre a eficácia da vacinação para controlar a pandemia. Aos 85 anos, o ator estava completamente imunizado desde abril, quando tomou a segunda dose da CoronaVac. O episódio gerou nova onda de desinformação nas redes sociais, com falsas narrativas de que “não adianta tomar vacina”. A Agência Brasil conversou com especialistas que foram taxativas na defesa da imunização em massa como a principal estratégia para que o país saia da crise sanitária.

“Nenhuma vacina disponível no Brasil, a da Pfizer, a Janssen, AstraZeneca ou a CoronaVac asseguram 100% de proteção. As pessoas continuam precisando de cuidados, como uso de máscara e distanciamento social. Mas a efetividade das vacinas é indiscutível. Basta ver que nos países com vacinação avançada, como Israel e Inglaterra, mesmo com aumento de casos por causa da variante Delta, o número de internações e mortes são proporcionalmente muito menores, resultado direto da imunização”, diz a médica Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

Um estudo recente da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp) avaliou o efeito das vacinas contra o novo coronavírus na população brasileira e concluiu que 91,49% das pessoas que morreram pela infecção, entre maio e julho deste ano, não tinham tomado vacina ou não estavam totalmente vacinadas com as duas doses ou dose única, no caso do imunizante da Janssen.

A mesma pesquisa demonstrou que 84,9% das pessoas imunizadas que morreram no país tinham algum fator de risco para a covid-19 e 87,6% tinham 70 anos ou mais. A incidência de agravamento de quadros em pessoas idosas, mesmo que vacinadas, tem uma explicação biológica. A imunossenescência é o processo de envelhecimento e desregulação da função imunológica no organismos de idosos, o que contribui para o aumento da suscetibilidade a infecções por vírus e bactérias, além do desenvolvimento de doenças como o câncer e a redução da resposta vacinal imunológica.

“Nos idosos a partir dos 60 anos, há o que a gente chama de imunossenescência. O nosso organismo, fisiologicamente, perde a capacidade, ante a exposição de um antígeno, seja a doença ou a vacina, de gerar resposta imunológica adequada”, explica a médica Lorena de Castro Diniz, coordenadora do Departamento Científico de Imunização da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai). “Além da imunossenescência, é muito raro um idoso acima dos 60 anos não ter uma comorbidade, como cardiopatia ou diabetes. Então, com esses dois aspectos, aumentam as chances de evoluir gravemente frente ao vírus da covid”, acrescenta.

Mesmo com maior suscetibilidade à eficácia das vacinas, a imunização de idosos é crucial para protegê-los. Lorena Diniz faz uma analogia com a guerra para explicar como as vacinas colaboram nessa estratégia. “Se a gente estiver numa guerra, com homens treinados, a chance de a gente ganhar é muito maior do que chamar pessoas da reserva que não foram treinadas para vencer o combate”.

Para ganhar essa guerra, no entanto, a cobertura vacinal na maior parte da população é fundamental. “A vacina em si é somente um produto. A estratégia mesmo é a vacinação. Vacina sem vacinação não adianta nada. Não adianta apenas você se vacinar, as outras pessoas também precisam disso para gerar proteção coletiva”, ressalta Isabella Ballalai.

A médica lembra, por exemplo, o caso do vírus do sarampo. A doença que foi considerada erradicada no Brasil em 2016, com direito a certificação pela Organização Mundial da Saúde (OMS), voltou a atingir a população em 2019, revertendo esse status. O motivo foi a vacinação abaixo do esperado.

Covid-19: variante Delta avança no Rio de Janeiro
Variante é responsável por 56,6% dos casos na cidade

 

Da Agência Brasil

A vigilância genômica do vírus Sars-CoV-2, causador da covid-19, na cidade do Rio de Janeiro aponta que a variante Delta (B.1 617.2), surgida na Índia, já é responsável por 56,6% dos casos da doença no município.

O anúncio foi feito pelo secretário Municipal de Saúde, Daniel Soranz, em sua conta no Twitter.

Na sexta-feira (13), a prefeitura já havia anunciado que a cidade é o epicentro da variante Delta no Brasil. A análise genômica, que identifica as variantes do novo coronavírus, é feita por amostragem.

Apesar do apelo do secretário para que as pessoas evitem aglomerações e exposições desnecessárias, já que a variante Delta é mais transmissível que as outras, no fim de semana a Secretaria de Ordem Pública interditou duas festas clandestinas, uma com 2 mil pessoas e outra com 600.

Vacinação

Nesta semana, a prefeitura do Rio de Janeiro pretende concluir a aplicação da primeira dose da vacina contra a covid-19 na população adulta do município. Após o atraso na entrega de doses na semana passada, que fez com que a imunização inicial fosse suspensa por dois dias, hoje (16) receberão a primeira dose as pessoas de 22 anos.

Seguindo a lógica de imunizar uma idade por dia, a previsão é de que na sexta-feira (20) seja a vez das pessoas com 18 anos. Mulheres devem comparecer aos postos pela manhã e os homens na parte da tarde.

A repescagem será feita todos os dias para pessoas com 30 anos ou mais, pessoas com deficiência e gestantes, puérperas e lactantes com 18 anos ou mais. A prefeitura orienta que quem estiver fora do dia previsto no calendário por idade, se vacine na parte da tarde.

O Ministério da Saúde informou que fará uma “compensação gradual dos quantitativos de vacinas enviados de modo complementar”, para que todos os estados finalizem a imunização “sem que haja benefícios ou prejuízos a suas respectivas populações”.

Segundo a pasta, na semana passada foram entregues 576,1 mil doses ao estado do Rio de Janeiro e no fim de semana mais 308,8 mil. “Desde o começo da campanha contra a covid-19, foram entregues 17,3 milhões de doses ao estado do Rio de Janeiro”, informou o ministério.

A cidade abriu hoje um novo posto de vacinação, no Palácio Pedro Ernesto, sede da Câmara Municipal, localizado na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro, para reforçar a estrutura da saúde nesse momento com grande público por idades, na faixa dos 22 aos 18 anos.

Iniciativa FIS reunirá especialistas para debater a segurança das atividades rotineiras
O evento terá transmissão pelo YouTube

 

 

Da Redação

A pandemia pela Covid-19 alterou de forma significativa a vida econômica, profissional e principalmente as relações pessoais. Algumas ações culturais como aperto de mãos e abraços começaram a ser mudados com o distanciamento. Mesmo que de forma lenta, a vacinação está avançando no país e expectativas sobre o retorno à normalidade são feitas.

Para debater acerca do assunto, a Iniciativa FIS (Fórum Inovação e Saúde) realizará na próxima segunda-feira, 16 de agosto, às 18h o Webinar com o seguinte tema: Já Podemos retomar com segurança as atividades rotineiras? – O Dilemas da Covid. O painel terá como moderador o presidente da Iniciativa FIS, Dr.Josier Vilar e será totalmente gratuito para o público.

De acordo com Vilar, a ciência ainda tem muitas dúvidas sobre a evolução e controle dessa epidemia. Por isso, ele recomenda cautela e a utilização de medidas já conhecidas como o uso de máscaras e distanciamento social que ainda são essenciais.

“Não devemos criar uma expectativa de dia certo para o retorno as atividades, pois a situação sanitária tem de ser avaliada toda semana. Vamos seguir a ciência dos dados. É o melhor que fazemos pela sociedade e por nossa família”, enfatiza Vilar.

O Secretário Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Alexandre Chieppe, afirma que a secretaria faz um acompanhamento muito próximo do cenário epidemiológico, por conta da circulação da variante Delta. Ele ressalta que o mais importante é avançar com o calendário de vacinação e ao mesmo tempo, manter todo o cuidado. “Além disso, não podemos esquecer de manter as medidas de prevenção, como uso de máscaras e álcool em gel, lavagem das mãos e distanciamento social independentemente da variante em circulação”, concluiu.

O Webinar terá exibição no canal de Youtube da Iniciativa FIS. Também estarão presentes nesse bate-papo: a vice-presidente do Sabin Vaccine Institute, Denise Garret; Coordenador Executivo do Centro de Covid no Estado de São Paulo, João Gabbardo e a Secretária de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo, Patrícia Ellen.

Serviço:

Webinar: Já Podemos retomar com segurança as atividades rotineiras? – O Dilemas da Covid

Data: 16/08/2021

Horário: 18h

Link de acesso: https://bitlybr.com/VzHYA