Cerimônia de abertura do IX Congresso Internacional Oncologia D’Or, em abril desse ano.
Da Redação
Terceiro carcinoma mais incidente no Brasil, com 72 mil casos estimados para o ano de 2024 segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o tumor da próstata é um tipo de câncer urológico, que se refere àqueles que atingem o sistema urinário e reprodutor – sendo o último apenas em homens. Para apresentar o que há de inovador em diagnóstico e tratamento dessas doenças, o Rio de Janeiro receberá a nona edição do Simpósio Internacional de Uro-oncologia Oncologia D’or, nos dias 5 e 6 de julho. As inscrições estão abertas através do link www.eventosoncologiador.com.br/uro2024/inscricoes para médicos, acadêmicos, residentes ou demais profissionais da saúde que desejarem participar.
O evento receberá palestrantes de todas as regiões do Brasil e convidados internacionais renomados. Jonathan Haas, médico e professor estadunidense, apresentará a radioterapia estereotática (SBRT), que pode reduzir o tempo de tratamento em câncer de próstata para até cinco sessões. Outro destaque será o tratamento adjuvante em câncer de rim, que consiste na realização de imunoterapia após a cirurgia, diminuindo o risco de reincidência.
“Estamos muito felizes em retornar à Cidade Maravilhosa reunindo os principais oncologistas, patologistas, urologistas, radiologistas e oncologistas de todas as partes do Brasil para compartilhar conhecimento em prol da população”, destaca Mariana Bruno Siqueira, oncologista da Oncologia D’Or e coordenadora do simpósio.
“Será uma ótima oportunidade para discutirmos casos clínicos desafiadores de pacientes reais na uro-oncologia. Tenho certeza que serão dois dias incríveis e de muito aprendizado para todos que estiverem presentes”, finaliza Karina Moutinho, também coordenadora do evento.
Serviço: IX Simpósio Internacional de Uro-oncologia Oncologia D’Or Data e hora: 05/07, de 8h30 até 17h45, e 06/07, de 9h até 16h15.
Local: Hotel Hilton Copacabana – Avenida Atlântica, 1020 – Rio de Janeiro. Inscrições: www.eventosoncologiador.com.br/uro2024/inscricoes
A cardiopatia congênita é um problema na estrutura do coração presente no nascimento. Ela se origina de uma alteração no desenvolvimento embrionário do coração, afetando tanto a estrutura quanto a função do órgão. Existem diversos tipos de cardiopatias congênitas, com diferentes graus de gravidade. Algumas podem ser leves e não causar sintomas, enquanto outras podem ser graves e exigir tratamento especializado.
Quais são os defeitos congênitos mais comuns no coração?
Os sintomas da cardiopatia congênita variam de acordo com o tipo e a gravidade do problema. Alguns deles são:
– Cianose: coloração azulada da pele, lábios e mucosas, devido à baixa oxigenação do sangue.
– Fadiga fácil: cansaço excessivo, mesmo durante atividades leves.
– Falta de ar: dificuldade para respirar, principalmente durante exercícios físicos.
– Sopro cardíaco: ruído anormal no coração, percebido durante a ausculta médica.
– Sudorese excessiva: apesar de inespecífica, mas principalmente quando predomínio cefálico.
Quais as causas da cardiopatia congênita?
As causas ainda não são totalmente compreendidas.
Entretanto, alguns fatores podem contribuir para um bebê nascer com essa condição, como, por exemplo, genética, infecções durante a gravidez, alguns medicamentos, doenças maternas, gravidez de gêmeos e fertilização in vitro, entre outros.
Quais são os defeitos congênitos mais comuns no coração?
Alguns deles são:
– Comunicação interventricular (CIV): formação de um orifício na parede que separa os ventrículos direito e esquerdo do coração, permitindo que o sangue oxigenado se misture com o sangue desoxigenado.
– Comunicação interatrial (CIA): existência de orifício na parede que separa os átrios direito e esquerdo do coração, permitindo que o sangue oxigenado se misture com o sangue desoxigenado.
– Persistência do canal arterial (PCA): um vaso sanguíneo que conecta a aorta à artéria pulmonar permanece aberto após o nascimento, permitindo que o sangue desoxigena-do flua para a aorta.
– Estenose pulmonar: estreitamento da válvula pulmonar, o que dificulta o fluxo de sangue do ventrículo direito para os pulmões.
– Tetralogia de Fallot: é uma combinação de quatro defeitos cardíacos: CIV (comunicação interventricular), estenose pulmonar, aorta sobreposta e hipertrofia ventricular direita.
Quais são os tratamentos disponíveis?
Os tratamentos da cardiopatia congênita dependem do tipo e da gravidade do problema. Algumas condições podem ser tratadas com medicação, como diuréticos, beta-bloqueadores e anticoagulantes. Em outros casos, a cirurgia pode ser recomendada. O cateterismo cardíaco, por exemplo, é um procedimento minimamente invasivo para a correção dos defeitos.
Qual a importância do diagnóstico precoce durante a gravidez para o tratamento?
O diagnóstico precoce de cardiopatias congênitas durante a gravidez é crucial para melhorar o prognóstico da criança, reduzir o risco de complicações, oferecer mais opções de tratamento e diminuir a ansiedade dos pais. Se você está grávida e tem histórico familiar de cardiopatia congênita ou está preocupada com a saúde do coração do seu bebê, converse com seu médico sobre a possibilidade de realizar exames pré-natais específicos.
Como o Hospital e Maternidade Brasil lida com o tema?
Neste mês de conscientização sobre a doença, celebrada em junho no Brasil, a equipe de Cardiopatia Congênita do Hospital e Maternidade Brasil está preparada com excelentes profissionais para o diagnóstico e tratamento. O problema afeta cerca de 8 mil bebês a cada ano, tornando a comunicação sobre o assunto cada vez mais relevante para a sociedade. Temos o propósito também de combater possíveis discriminações, apoiar as famílias e promover a inclusão dos pacientes.
A medicina preventiva é um ramo da Saúde dedicado à prevenção de doenças. Os médicos que atuam nesta área promovem bem-estar, melhora na qualidade de vida e longevidade aos pacientes.
Como é feito o rastreamento preventivo?
O rastreamento preventivo é realizado por meio da solicitação de exames para pacientes sem sintomas com o objetivo de identificar doenças que, se diagnosticadas em estágios iniciais, têm maior probabilidade de evitar complicações e alcançar resultados mais eficazes no tratamento.
Quais são as principais doenças rastreadas e os exames?
– Câncer de Mama: mamografia
Indicada para mulheres acima de 40 anos. Cabe ressaltar que é de suma importância também exames periódicos ginecológicos a partir da menarca (início do ciclo mens-trual), principalmente na fase sexual ativa.
– Câncer Colorretal: colonoscopia e anuscopia
Exames indicados para pessoas a partir dos 45 anos. En-tretanto, se houver história familiar positiva para este tipo de doença, o rastreio é recomendado antes desta faixa etária (a partir da descoberta da doença na família).
– Diabetes: glicemia de jejum e hemoglobina glica-da
Exames indicados, em especial, para diabetes tipo 2.
Apropriados para pacientes sem sintomas a partir dos 45 anos, pessoas com excesso de peso e que tenham um dos seguintes fatores de risco: histórico familiar ou hipertensão arterial.
– Doenças cardiovasculares: exame de colesterol
Indicado para todos a partir dos 40 anos, para identificação de possíveis alterações e prevenção de doenças cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio, por exemplo.
Quais são os benefícios da medicina preventiva?
Há inúmeros benefícios, como, por exemplo, a detecção precoce de doenças; redução de riscos à saúde; promoção de bem-estar (por meio de incentivo de hábitos saudáveis): longevidade e qualidade de vida, entre outros.
Quais são as principais especialidades médicas envolvidas no trabalho preventivo?
Os profissionais médicos são líderes dentro da área da saúde e devem trabalhar com prevenção. Dentre as diversas especialidades médicas podem ser citadas: Medicina de Família e Comunidade, Medicina do Trabalho, Clínica Médica, Gastroenterologia, Cirurgia Geral, Cirurgia do Aparelho Digestivo, Dermatologia e Endocrinologia, entre ou-tras.
Qual o diferencial do Centro Médico Bartira na medicina preventiva?
O Centro Médico Bartira conta com profissionais de excelência técnica, capazes de oferecer qualidade no atendimento prestado à população. Além disso, dispõe de inúmeros exames (laboratoriais, ecocardiograma, MAPA, holter, colonoscopia e endoscopia, entre outros) e agendamento prático e rápido para a realização de consultas com as mais diversas especialidades. O Centro Médico Bartira possui um corpo clínico engajado em proporcionar humanização, respeito ao outro, segurança e responsabilidade social. Realizar medicina preventiva para o Bartira é contribuir para uma sociedade com menor risco de adoecimento, maior qualidade de vida e longevidade.
Vegetação seca de Brasília no inverno do Centro-Oeste (Foto: Reprodução/TV Globo)
Da Redação
O período da seca, marcado pela baixa umidade, chegou em Brasília e com ele o aumento de casos de doenças respiratórias como rinite alérgica e asma. Uma das alternativas para prevenir as doenças de trato respiratório é a lavagem nasal, mas é preciso atenção ao colocar em prática a técnica considerada, por muitos, simples.
A lavagem nasal é considerada uma manobra essencial para uma melhor respiração. Além de promover a limpeza nasal e a fluidificação, o método ajuda na descongestão e prevenção de doenças do trato respiratório. Porém, a lavagem mal-sucedida pode causar infecções e inflamações no ouvido, como a Otite Média Serosa.
A Otite Média Serosa é uma condição na qual ocorre acúmulo de líquidos na orelha média, a câmara do ouvido situada atrás da membrana do tímpano. De acordo com o otorrinolaringologista do Hospital DF Star, da Rede D’Or, Marcelo Maruyama, é uma condição comum que afeta principalmente crianças. “Esse acúmulo pode causar diversos sintomas como sensação de ouvido tampado, perda de audição, zumbido, sensação de pulsação nos ouvidos e, em alguns casos, até dor. A Otite Média Serosa também pode predispor a infecções de repetição nos ouvidos (otites médias agudas de repetição), pois o líquido parado fica sujeito a contaminações por bactérias patogênicas, que podem gerar inflamação e, consequentemente, dor e febre”, explica.
Segundo Maruyama, a lavagem nasal como causa de Otite Média Serosa tem sido discutida e observada nos consultórios, particularmente com o surgimento de opções no mercado de lavagens nasais com alto volume. “Existem várias evidências de que a lavagem nasal, quando realizada corretamente, pode ser inclusive útil para prevenir a Otite. Mas, ela deve ser feita da maneira correta, particularmente observando a posição da cabeça e a pressão com que a solução entra nas cavidades nasais. A pressão realizada deve ser sempre gentil, mesmo que a solução demore mais para penetrar as narinas. A lavagem nasal, quando realizada de forma inadequada, pode fazer com que o líquido da lavagem penetre as tubas auditivas e chegue às orelhas médias. Na grande maioria dos casos, isso gera apenas um desconforto momentâneo, já que o adequado funcionamento das tubas consegue drenar a solução. Quando as tubas não estão funcionando bem, o líquido da lavagem pode persistir por mais tempo nas orelhas médias. Além disso, se a lavagem nasal carregar patógenos para as orelhas médias, pode ser que o indivíduo venha a ter uma infecção aguda”, explica o médico.
Marcelo Maruyama, otorrinolaringologista do Hospital DF Star.
Durante o período da seca, os casos de otite média aumentam, pois as mucosas respiratórias ficam mais agredidas e sujeitas a inflamações e infecções, que são causas de mau funcionamento das tubas auditivas e acúmulos anormais de líquidos na orelha. “Além disso, trata-se do período em Brasília em que circulam mais viroses respiratórias. Para quem já teve problemas nos ouvidos realizando lavagem nasal, pode ser recomendado que utilizem lavagens com menor volume como, por exemplo, os dispositivos de jato contínuo que também são encontrados facilmente nas farmácias. Se o intuito é apenas aliviar o incômodo com o ressecamento das mucosas, outras opções são os dispositivos em spray ou em gel. Também é importante que após as lavagens a pessoa deixe drenar bem a solução e não assoe com muita força, pelo mesmo motivo que não se deve realizar lavagens com muita pressão. É claro que, igualmente ou talvez mais importante que a hidratação das mucosas com lavagens e umidificação externa, é a hidratação por via oral”, afirma Marcelo Maruyama.
A Otite Média Serosa geralmente se resolve espontaneamente em algumas semanas ou meses. No entanto, em alguns casos, a doença pode persistir por um período mais longo. Na maior parte dos casos, o tratamento é conservador, objetivando-se a desobstrução da tuba auditiva. Algumas medicações podem ser úteis para fluidificar as secreções, descongestionar o nariz e tratar infecções e alergias das vias respiratórias. Também pode ser indicada fonoterapia, com a realização de exercícios que ajudem a ventilar a orelha média. Porém, o otorrinolaringologista explica que alguns casos falham ao tratamento clínico e deve ser indicado um procedimento cirúrgico, que consiste na realização de uma microperfuração no tímpano, aspiração do líquido retido e inserção de um tubo de ventilação na perfuração.
Para prevenir não somente a Otite Média Serosa, mas também outras afecções respiratórias neste período de seca, o otorrinolaringologista do Hospital DF Star, Marcelo Maruyama indica que se atente aos hábitos de vida saudáveis, objetivando o bom funcionamento das defesas naturais e do sistema imunológico; manter-se hidratado; usar a técnica adequada para lavar o nariz; higienizar as mãos com frequência; evitar locais aglomerados e sem ventilação; usar máscara como uma barreira adicional de propagação das viroses respiratórias, e consultar um médico regularmente.