Após quase um mês internado, paciente vence o coronavírus e vai para a casa
Internado em estado grave, médico tem alta no Dia da Enfermagem

A manhã de hoje foi de comemoração em nosso Hospital ❤️ Depois de 25 dias internado, o paciente Kim Theodoro Cabral venceu o novo coronavírus e teve alta para a casa. Ele saiu da unidade hospitalar sob aplausos dos profissionais da assistência, além de cartazes celebrativos. Para nós, é motivo de felicidade momentos como esse e demonstra o nosso maior compromisso: CUIDAR

Posted by Unimed Volta Redonda on Tuesday, May 12, 2020

 

Da Redação

Kim Theodoro da Silva Rolim Cabral, 28 anos, é mais uma pessoa a fazer parte da estatística que aumenta as esperanças no meio dessa pandemia. Depois de quase um mês internado no Hospital Unimed Volta Redonda devido ao coronavírus Covid-19, ele recebeu alta, nessa terça-feira (12), e pôde ir com sua família para casa. Kim deu entrada no hospital no dia 14 de abril, com um quadro grave de pneumonia viral provocada pelo Covid-19. Médico residente e sem registro de comorbidades, o caso dele mostra bem a gravidade dessa doença.

Foram 25 dias de internação, em alguns deles houve a necessidade do uso do respirador mecânico. Aos poucos foi registrando discretas melhoras, o que permitiu a transição para respiração espontânea. Ele retorna para casa, onde manterá um acompanhamento médico. Na saída, sob aplausos da equipe médica, fez questão de registrar em um pequeno cartaz que venceu a doença. Para ele, é fundamental seguir as recomendações das autoridades médicas.

“Minha mensagem é para que as pessoas nunca desistam, o jogo sempre pode virar. Não façam aglomerações e fiquem em casa o quanto puderem”, reforça Kim, que revela o quanto foi difícil a experiência como paciente. No início, ele não sentiu os sintomas. Mas resolveu procurar o hospital, ao perceber que o que era um mero desconforto evoluiu para uma dificuldade de respirar. “Eu tive medo nos primeiros dias de internação. Fui sedado e quando acordei foi um choque descobrir que fiquei tão grave”, conta.

Para o presidente da Unimed Volta Redonda, Luiz Paulo Tostes Coimbra, cada caso de cura motiva ainda mais a equipe, pois é resultado da qualidade do atendimento que está sendo prestado e também reforça ainda mais o Jeito de Cuidar Unimed, que é justamente a cultura de entregar um atendimento diferenciado aos pacientes.

“Comemorar as altas de pacientes de longa permanência é uma ação que incorporamos antes mesmo da pandemia. Acreditamos que reforça o nosso propósito de Cuidar da saúde e bem-estar das pessoas, prezando sempre pelo nosso Jeito Unimed de Cuidar. Nesse caso, a comemoração teve um significado ainda maior, com a vitória do Kim sobre o coronavírus, no mesmo dia em que é celebrado o Dia do Profissional de Enfermagem. Com certeza, foi um momento importante e especial para todos”.

Hospital de Campanha do Parque dos Atletas abre as portas
Unidade Lagoa-Barra passou a operar com 200 leitos

Hospital do Parque dos Atletas terá 50 leitos de UTI e 150 de enfermaria

 

Da Redação

Nesta segunda-feira (11), com cinco dias de antecedência em relação ao prazo inicial, o Hospital de Campanha do Parque dos Atletas, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, abriu as portas. Ao longo da semana, a unidade terá 100 leitos operacionais e, em 22 de maio, contará com 200 leitos, sendo 50 de UTI e 150 de internação, voltados para atender os pacientes do SUS, vítimas da Covid-19. A antecipação permitirá atender mais brevemente a população e mais pessoas poderão ser internadas.

O hospital terá duração de 120 dias, a partir de sua abertura, com possibilidade de atender mais de duas mil pessoas. A Rede D’Or está à frente da construção e gestão da unidade, enquanto o Governo do Estado responde pelo terreno onde ocorre a iniciativa. Os custos do hospital estão orçados em R$ 50 milhões e serão divididos pelos seguintes patrocinadores: Movimento União Rio, Rede D’Or, Stone Pagamentos, Mubadala, Qualicorp, SulAmérica Seguros, Vale e Banco BV.

Unidade Lagoa Barra passa a operar com sua capacidade plena

Unidade Lagoa-Barra
Também nesta segunda, a unidade Lagoa-Barra, no Leblon, Zona Sul da cidade, passaou a oferecer 200 leitos. Inaugurado com uma semana de antecedência, no último dia 25, o hospital já opera com 160 leitos. A Rede D’Or está à frente da gestão de ambas unidades, que contam com estrutura de alta complexidade como respiradores e monitores cardíacos, assim como tomógrafo digital, ultrassom, ecocardiógrafo e análises clínicas.

No caso da unidade Lagoa-Barra, o investimento total é de R$ 45 milhões. A Rede D’Or está arcando com R$ 25 milhões e R$ 20 milhões estão sendo custeados pela Bradesco Seguros, Lojas Americanas, Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) e Banco Safra em partes iguais.

Live vai debater os impactos jurídicos e psicossociais em tempo de pandemia
Evento será transmitido pelo YouTube na segunda-feira

Especialistas vão avaliar possíveis efeitos do coronavírus na sociedade

 

Da Redação

Pablo Meneses será um dos participantes da live

Os impactos jurídicos e psicossociais em tempo de pandemia serão debatidos em live, nesta segunda-feira (11), às 16h, promovida pelo Instituto de Liberdades Públicas e Ensino Jurídico Paulo Rangel (ILPEJPAR) e com o apoio da Qualicorp. O encontro terá a participação do desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro Paulo Rangel, que vai analisar os reflexos do atual momento no Direito Penal, e do procurador do Ministério Público Federal José Panoeiro, que vai abordar o papel do MP no combate à corrupção durante e após o coronavírus.

Também vão participar a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva e o diretor executivo da Qualicorp, Pablo Meneses. Ela vai falar sobre os reflexos da crise nas mentes e relacionamentos, enquanto ele vai debater as boas práticas nas relações público-privadas em tempos de pandemia. O evento será transmitido pelo canal do Instituto no YouTube – https://www.youtube.com/watch?v=inV5kqK3qHE.

Novo estudo identifica preditores de disfunção cerebral em pacientes de UTI
Pesquisa analisou dados de mais de 600 pacientes para identificar fenótipos de pacientes com delirium e disfunção cerebral aguda.

A disfunção cerebral aguda (DCA) é uma das disfunções orgânicas mais comuns em pacientes internados nas unidades de terapia intensiva (UTI). Suas manifestações mais graves, a exemplo do delirium, implicam em múltiplos efeitos adversos, desde o aumento da morbimortalidade, como do tempo de internação e dos custos para o sistema de saúde. Considerando que no presente momento não há uma intervenção que possa curar efetivamente a DCA, um novo estudo buscou identificar previamente a chance de pacientes de UTI desenvolverem o delirium por tempo prolongado (maior que 48 horas), podendo assim identificar os pacientes mais graves e propensos a receber intervenções que possam evitar o desenvolvimento do quadro.

Para identificar padrões que pudessem guiar esta predição, os médicos estudaram dados clínicos e biológicos de 629 pacientes submetidos à ventilação mecânica em UTIs. “Partimos da premissa inicial de que a duração ou a carga de delirium, e não simplesmente a presença, poderiam influenciar o desfecho desses pacientes. Como os grupos eram muito heterogêneos entre si, utilizamos novos modelos estatísticos que permitiram avaliar a predição e a duração do delirium através de características individuais dos pacientes. Depois, nós os dividimos em grupos mais homogêneos e com isso pudemos identificar características clínicas e biológicas, que ajudaram na fenotipagem de cada grupo”, afirma o Dr. Vicente Cés de Souza-Dantas, médico do Centro de Terapia Intensiva do Hospital Copa Star e principal autor do estudo.

Segundo o médico, a divisão em fenótipos foi possível devido à aplicação de um modelo de 4 variáveis, que analisou nos pacientes o escore de gravidade da doença aguda na UTI (SAPS II), a internação por patologias clínicas, o diagnóstico de sepse (inflamação grave e generalizada causada por uma infecção concomitante) e a PCR sérica basal. Esta última consiste na proteína C-reativa (PCR), cuja dosagem foi diretamente associada a uma maior duração da DCA nos pacientes internados. Ainda foi identificado um subfenótipo de pacientes que, mesmo em uso da ventilação mecânica e sendo considerados de alto risco para o desenvolvimento da DCA, não desenvolveram delirium em nenhum momento do estudo, evitando com isso o uso desnecessário de intervenções pra o tratamento da DCA.

Com a aplicação do método, o estudo conseguiu dividir os mais de 600 pacientes em 3 subfenótipos, cada um com características e desfechos clínicos diferentes e segmentados principalmente pela duração da DCA. “Acreditamos que a classificação desses pacientes em subfenótipos bem definidos possa auxiliar tanto na prática clínica diária como nos critérios de seleção para futuros ensaios de intervenção farmacológica”, afirma o autor.

O Dr. Vicente Cés de Souza-Dantas também é pesquisador colaborador da Pós-Graduação em Terapia Intensiva do IDOR e médico da UFRJ e associado à AMIB, ao ILAS e a BRICNET. Ele ressalta que estudos como este são essenciais, já que não dispomos de tratamentos efetivos para a disfunção cerebral aguda e é necessário dar a devida atenção ao desenvolvimento de estratégias preventivas, pois estas podem gerar potenciais diferenças na qualidade de vida e na própria longevidade dos pacientes agudamente enfermos.