País tem 201 óbitos por covid-19 e 5.717 casos confirmados
Casos confirmados chegam a 5.717, segundo boletim

 

Da Agência Brasil

O número de mortes em razão do novo coronavírus chegou a 201, nesta terça-feira (31), conforme nova atualização divulgada hoje pelo Ministério da Saúde. O resultado marca um aumento de 26% em relação a ontem (30), quando foram registrados 159 óbitos.

As mortes ocorreram em São Paulo (136), Rio de Janeiro (23), Ceará (sete), Pernambuco (seis), Piauí (quatro), Rio Grande do Sul (quatro), Paraná (três), Amazonas (três), Distrito Federal (três), Minas Gerais (duas), Bahia (duas), Santa Catarina (duas), Alagoas (uma), Maranhão (uma), Goiás (uma), Rondônia (uma) e Rio Grande do Norte (uma).

O número de novas mortes, 42, foi o maior da série histórica. O maior quantitativo de óbitos em um dia até então tinha sido 23, no dia de ontem (30).

Em relação ao perfil, 41,4% eram mulheres e 68,6%, homens. Em relação à idade, 89% estavam na faixa acima de 60 anos. Em relação às complicações de saúde, a maioria (107) apresentavam cardiopatia,  75 tinham diabetes, 33 pneumopatia e 22 alguma condição neurológica.

Já os casos confirmados saíram de 4.579 para 5.717. O resultado de novas 1.138 pessoas infectadas em um dia foi mais que o dobro do maior registrado até agora, de 502 novos casos no dia 27 de março.

Os estados com mais casos são São Paulo (2.339), Rio de Janeiro (708), Ceará (390), Distrito Federal (332) e Minas Gerais (275). A menor incidência está em estados da Região Norte, como Rondônia (oito), Amapá (10), Tocantins (11) e Roraima (16).

O índice de letalidade, que estava abaixo de 2% no final de semana, ficou em 3,5% no balanço de hoje, o mesmo registrado ontem.

As hospitalizações saíram de 757, ontem, para 1.075, hoje.

Manutenção do isolamento

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, argumentou que a pandemia não entrou na curva ascendente porque houve “conscientização de todo mundo”. Mas a situação de hoje reflete a dinâmica de 14 dias atrás. “Não temos nem sete dias que estamos ficando em casa. Por isso que é importante manter”, defendeu.

Mandetta reforçou a importância das medidas de isolamento social, mas acrescentou que o governo discute as condições para uma movimentação de abertura, o que chamou de “condicionantes”.

Entre elas, o abastecimento dos profissionais de saúde com equipamentos de proteção individual (EPIs), que ainda são insuficientes, de acordo com levantamentos que vêm sendo realizados por entidades como o Conselho Federal de Medicina e a Associação Médica Brasileira. O ministro informou que foi finalizada compra de 300 milhões de kits desses equipamentos.

“No momento vamos fazer o máximo de distanciamento social, o máximo de permanência nas residências para que, quando chegarmos no momento de estarmos preparados, vamos monitorando pela epidemiologia. Vai ser um trabalho de precisão. Nem tão amarrado que possamos ser arrastados, nem tão acelerado que possamos cair numa cachoeira”, declarou.

Sistema de monitoramento

Mandetta anunciou que o governo colocará em funcionamento um sistema de monitoramento dos brasileiros que chegará a 125 milhões de pessoas. A plataforma, baseada em inteligência artificial, entrará em contato com os brasileiros na base de dados do governo e obterá informações sobre a condição de saúde.

“O conjunto dessas informações será usado para que a gente antecipe quem é risco, onde está, o nome e isso deve ser grande ferramenta de gestão de pessoas”, informou o titular da pasta.

O governo divulgou os dados sobre o avanço de covid-19 em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto. Participaram o ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto; da Economia, Paulo Guedes; da Saúde, Luiz Henrique Mandetta; e da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

Força Nacional vai atuar na prevenção e combate ao novo coronavírus
A medida vai vigorar por 60 dias, mas poderá ser prorrogada

Da Agência Brasil

Equipes da Força Nacional de Segurança Pública vão participar das ações de prevenção e combate à pandemia do novo coronavírus (covid-19) em todo o país. A autorização do Ministério da Justiça e Segurança Pública para que parte do efetivo da tropa seja empregada no apoio às ações do Ministério da Saúde foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União desta segunda-feira (30).

Portaria nº 151 estabelece que a Força Nacional poderá ajudar os profissionais da área de saúde para que possam atender, com segurança, as pessoas com suspeita de estarem infectadas pela covid-19. Os agentes também poderão reforçar, nos estados e no Distrito Federal, as medidas policiais de segurança, que garantam o funcionamento dos centros de saúde (hospitais, UPAs etc), a distribuição e o armazenamento de insumos médicos e farmacêucos e de gêneros alimentícios e de produtos de higiene.

“Em caráter episódico”, a Força Nacional também poderá ser utilizada para auxiliar no controle sanitário em portos, aeroportos, rodovias e centros urbanos; para evitar saques e vandalismos e protegendo os locais onde estejam sendo realizados testes rápidos para a detecção da doença, bem como na aplicação das medidas coercivas previstas em lei.

As ações deverão ser sempre planejadas juntamente com o Ministério da Saúde e coordenadas com as autoridades responsáveis dos governos estaduais e do Distrito Federal. Caberá à Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, definir o total de agentes a ser empregado nessas ações.

Inicialmente, a medida vai vigorar por 60 dias – ou seja, até o dia 28 de maio-, mas poderá ser prorrogada, de acordo com a necessidade. Durante esse prazo, os agentes que estejam atuando em outras missões de apoio aos estados e ao Distrito Federal poderão ser realocados.

Terapia online é alternativa para evitar adoecimento emocional em meio à pandemia
Startup registrou um crescimento de 318% no número de novos pacientes utilizando a plataforma

Apesar do Brasil estar tomando todas as medidas necessárias para conter o Coronavírus Covid-19, o excesso de notícias e informações, combinado com o isolamento social, leva a um crescimento de sentimentos, como o medo e a ansiedade. Durante períodos como este também não é incomum surgirem transtornos psíquicos decorrentes da preocupação excessiva e é justamente neste momento que a terapia online surge como uma solução de rápido acesso.

De acordo com um estudo realizado pela a revista East Asian Arch Psychiatry, após o coronavírus que provocou pânico no mundo entre 2002 e 2003, com quase 800 mortes pela Sars (Síndrome Respiratória Aguda Arave), 42% dos sobreviventes desenvolveram algum tipo de transtorno mental: 54,5% manifestaram estresse pós-traumático e 39% tiveram depressão. No entanto, mesmo antes da pandemia, o Brasil já era considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) o País mais ansioso do mundo, com 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população) convivendo com o transtorno.

Com o avanço crescente e rápido da doença, o Conselho Regional de Psicologia de São Paulo decidiu suspender, durante a pandemia, o cadastro no e-Psi, obrigatório para a prestação de serviços online. A entidade já havia registrado mais de duas mil solicitações em um período de poucos dias. “Pensando nessa resolução, resolvemos lançar o Plano Trimestral gratuito para os psicólogos que estavam aderindo à plataforma. Sabemos que ferramentas já conhecidas de videoconferência podem não oferecer a segurança e o sigilo necessários para uma consulta de saúde; nesse sentido, percebemos que era importante disponibilizar nosso consultório virtual para todos os psicólogos que tivessem interesse em migrar atendimento presencial para o virtual. A iniciativa é para ajudar o profissional que, do dia para a noite, se viu obrigado a atender online”, conta Tatiana.

Com isso, o cadastro de psicólogos cresceu 835% em apenas uma semana e, desde então, a busca de pessoas por apoio emocional e sessões de terapia também não parou de aumentar. “Para nós, o período tem sido de muito trabalho e dedicação por parte de todo o time Vittude. Eles têm sido incansáveis e eu sou grata por ter uma equipe engajada em nosso propósito! Estamos em home office desde o dia 13 de março, com o objetivo de proteger a saúde do time e de seus familiares”, comenta a empreendedora.

Para ajudar a conscientizar as pessoas e dar apoio emocional neste momento de maior sensibilização da população, a Vittude está produzindo diversos tipos de conteúdo, como o Diário de Quarentena, que além das orientações oferece, também, um cupom para o usuário agendar a primeira consulta de forma gratuita, incentivando a terapia online.

Nas redes sociais, a startup também realiza lives diárias (às 20h) com seus psicólogos para discutir temas relevantes: “Como manter a saúde mental em época de isolamento” e “Como não pirar na quarentena”, por exemplo. Além disso, a Vittude criou o projeto social Sozinhos Nunca, onde o usuário tem acesso a consultas de até 50 minutos por um valor acessível. O site da startup, que já registrava a marca de 2 milhões de visitantes únicos por mês em períodos normais, observou um crescimento de 318% no número de novos pacientes utilizando a plataforma.

Senado vota hoje auxílio de R$ 600 para autônomos e informais
Sessão remota está prevista para as 16h

Da Agência Brasil

O Senado vota hoje (30) o pagamento de um auxílio emergencial por três meses, no valor de R$ 600, destinado aos trabalhadores autônomos, informais e sem renda fixa. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), havia confirmado a data da votação em postagem no Twitter, na última sexta-feira (27).

Alcolumbre continua se recuperando após ser diagnosticado com o novo coronavírus. Quem tem comandado as sessões remotas é o vice-presidente, senador Antonio Anastasia (PSD-MG). A sessão está prevista para ocorrer às 16h. Antes, às 10h, os líderes se reunirão, também remotamente, para discutir outras votações prioritárias da semana.

Pelas manifestações de senadores nas redes sociais, a expectativa é que a medida seja aprovada sem objeções. Inicialmente, na primeira versão do relatório, o valor proposto era de R$ 500. Após negociações com o líder do governo, deputado Vitor Hugo (PSL-GO), o Executivo decidiu aumentar para R$ 600 e a proposta foi aprovada na Câmara dos Deputados na última quinta-feira (26).

O auxílio é voltado aos trabalhadores informais (sem carteira assinada), às pessoas sem assistência social e à população que desistiu de procurar emprego. A medida é uma forma de amparar as camadas mais vulneráveis à crise econômica causada pela disseminação da covid-19 no Brasil, e o auxílio será distribuído por meio de vouchers (cupons).