Aeroportos da Infraero terão mais de 650 mil passageiros na Páscoa
Estão previstos 4,9 mil pousos e decolagens até o dia 10

Da Agência Brasil

Os aeroportos da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) devem receber 651,8 mil passageiros no período dos feriados da Páscoa, entre os dias 6 e 10 de próximos. São 21 aeroportos com voos comerciais regulares administrados pela companhia. A projeção foi feita a partir das programações informadas pelas empresas aéreas.

O número é 54% maior em relação ao movimento do ano passado, quando 422,3 mil pessoas embarcaram e desembarcaram nos terminais no período de 14 a 18 de abril.

Agora, estão previstos 4,9 mil pousos e decolagens no período, quantidade 40% superior em comparação aos 3,5 mil voos realizados em 2022.

Movimentação

Os dias com maior movimentação devem ser quinta-feira próxima (6), com 159,6 mil passageiros e 1.209 pousos e decolagens, e segunda-feira (10), com 160 mil passageiros e 1.216 movimentos de aeronaves estimados.

No Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, a movimentação deve alcançar 333 mil passageiros em 585 voos previstos. Os números representam expansão de 54% e 58% em relação ao ano passado, respectivamente.

A Infraero recomenda que os passageiros cheguem aos aeroportos com antecedência mínima de uma hora e trinta minutos para voos domésticos e três horas para voos internacionais.

RJ: hotéis da capital e do interior têm 90% de reservas para carnaval
Município na Região dos Lagos está com 100% de vagas ocupadas

Da Agência Brasil

Pesquisa divulgada hoje (17) pelo Sindicato de Hotéis e Meios de Hospedagem do Rio de Janeiro (HotéisRIO) revela que a rede hoteleira da capital fluminense registra, até o momento, média de 91,52% dos quartos reservados no período do carnaval, que vai de 18 a 21 de fevereiro. A região de Ipanema e Leblon foi a mais procurada, com 95,88%, seguida por Flamengo e Botafogo, com 91,91%, Leme e Copacabana (91,19%), Barra da Tijuca e São Conrado (91,04%) e centro (90,49%).

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado do Rio de Janeiro (ABIH-RJ), no interior do estado, a média é de 92,65% dos quartos reservados para o carnaval. No topo da lista, está o município de Arraial do Cabo, na Região dos Lagos, com 100% de ocupação, seguido por Miguel Pereira, com 99,30%.

Em seguida, aparecem Angra dos Reis, na Costa Verde, com 96,01%; Rio das Ostras, com 95,3%; Cabo Frio, com 95,2%; Armação dos Búzios, com 94,2%; Itatiaia e Penedo, com 92,1%; Nova Friburgo, com 90,2%; Teresópolis, com 89,8%; Paraty, com 89,7%; Valença e Conservatória, com 89,3%; Vassouras, com 89,2%; e Petrópolis e Macaé, empatados com 88,4%, cada.

Otimismo

O presidente do HotéisRIO, Alfredo Lopes, mostrou-se otimista com o feriado de carnaval. Segundo Lopes, a hotelaria carioca espera que a ocupação no período alcance 100%, pois ainda há reservas chegando. “Como aconteceu no réveillon 2022/2023, o percentual de estrangeiros apresenta aumento e deve ficar em torno de 35%, com destaque para norte-americanos e argentinos, seguidos de franceses e chilenos”, disse Lopes.

Entre os turistas nacionais, predominam os de São Paulo e Minas Gerais, embora Rio Grande do Sul, Paraná, Distrito Federal, Goiás e o próprio estado do Rio de Janeiro tenham participação expressiva, acrescentou o presidente do HotéisRIO.

CNC estima que carnaval movimente R$ 8,1 bilhões em todo o país
Resultado deve ficar 26,9% acima do obtido no ano passado

Da Agência Brasil

O carnaval deste ano deverá movimentar R$ 8,18 bilhões em receitas, um resultado 26,9% acima do obtido no ano passado. A estimativa foi divulgada hoje (25) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Segundo o economista da CNC, Fabio Bentes, o setor de turismo vem se recuperando nesse ritmo nos últimos meses, nas comparações anuais. No setor de serviços, especialmente no turismo, por conta da demanda reprimida, a questão da retomada da circulação tem sido forte nesses comparativos anuais. “E isso deve acontecer no carnaval deste ano”, disse Bentes, em entrevista à Agência Brasil.

O carnaval é a data comemorativa mais importante do turismo. “Até quem não gosta de carnaval acaba gastando dinheiro em viagens para o interior, para fora do Brasil”, destacou o economista. Mesmo com o fim das restrições de circulação de pessoas, adotadas no período mais crítico da pandemia de covid-19, o volume de receitas no carnaval de 2023 deve ficar 3,3% abaixo do registrado em 2020, quando o turismo faturou R$ 8,47 bilhões. “É uma evolução que só não igualou o carnaval de 2020 [período anterior à pandemia] porque as condições econômicas pioraram entre o carnaval de 2022 e o de 2023”.

Juros e preços

Um desses fatores é o aumento dos juros, que afeta aqueles que optam por pacotes turísticos financiados, bem como os reajustes de preços, principalmente de passagens aéreas, que subiram 23,53% nos últimos 12 meses encerrados em dezembro, em comparação a 2021. Também aumentaram serviços muito demandados nesta época do ano, como hospedagem (8,21%) e pacotes turísticos (7,16%), cujos reajustes ficaram bem acima da variação do nível geral de preços medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de +5,79%.

“Se a gente estivesse com situação mais favorável ao consumo, seguramente o setor de turismo conseguiria, pelo menos, empatar o volume de receitas no carnaval de 2023”, afirmou o economista.

Com o cancelamento do carnaval em diversas regiões do país nos dois últimos anos, por causa da pandemia, o volume de receitas no carnaval de 2021 caiu 43% em relação ao de 2020, ficando 24% em 2022, abaixo do resultado do carnaval pré-pandemia.

Segundo a pesquisa da CNC, outro termômetro importante do nível da atividade turística foi a entrada de visitantes estrangeiros que, em fevereiro de 2020, ficou em 672 mil, caiu para 254,2 mil em 2022 e 36,1 mil, em 2021, de acordo com dados da Polícia Federal.

Setores

Os setores que responderão por quase 84% de toda a receita a ser gerada no carnaval deste ano são o de bares e restaurantes, com movimentação estimada em R$ 3,63 bilhões; o de empresas de transporte de passageiros, R$ 2,35 bilhões; e serviços de hospedagem em hotéis e pousadas, R$ 0,89 bilhão. “Os dois primeiros, porque são o que chamamos de consumo simultâneo, concomitante ao feriado. Quer dizer, ninguém compra alimento em um restaurante ou viaja muito pagando antecipadamente”.

Na parte de transportes, Fabio Bentes disse que, devido ao aumento dos preços das passagens aéreas, as pessoas estão optando por viagens de ônibus ou de carro próprio. “Isso explica porque alimentação e transporte vão responder por quase três quartos da receita gerada durante o carnaval de 2023.”

Vagas

A pesquisa da CNC mostra que a demanda por serviços turísticos deve responder pela criação de 24,6 mil vagas temporárias voltadas para o carnaval. De acordo com a CNC, cozinheiros (4,4 mil), auxiliares de cozinha (3,45 mil) e profissionais de limpeza (2,21 mil) serão os mais procurados para trabalhar no período. Bentes afirmou que a contratação de temporários neste carnaval segue dinâmica parecida com a do faturamento. “Isso faz todo sentido porque turismo é muito intensivo em mão de obra. Se vai ter um aumento na frequência dos hotéis, eles têm de contratar. O mesmo vale para restaurantes e para o setor de transportes.”

O economista disse que as 24,6 mil vagas esperadas para este ano quase encostam nas 26 mil criadas no carnaval de 2020. “O destaque negativo foi 2021, quando não houve carnaval, e as 6,4 mil vagas criadas foram para serviço de alimentação, em especial, delivery, que movimentou um pouco o mercado de trabalho em fevereiro, mas de forma diferente, e não aquela a que estamos acostumado, com blocos nas ruas.”

Em 2023, o Brasil terá o primeiro carnaval normal após a pandemia.

Na série histórica, o maior número de vagas temporárias durante o carnaval foi criado em 2014, quando a proximidade dos festejos, realizados em março, com a Copa do Mundo de Futebol, em junho, estimulou a contratação de um contingente significativo de trabalhadores, em torno de 55,6 mil pessoas.

Comércio

Animado com o aquecimento do movimento nas lojas especializadas em produtos para o carnaval, principalmente devido ao grande número de foliões que vão desfilar nos blocos, o comércio carioca espera aumento de 3,5% nas vendas até o fim da festa.

É o que mostra a pesquisa do Clube dos Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) e do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro (SindilojasRio), que ouviu 200 empresários da capital fluminense durante a semana de 9 a 13 deste mês.

O presidente das duas entidades, Aldo Gonçalves, disse acreditar que os produtos para o carnaval vão contribuir de maneira significativa para o aumento das vendas nos meses de janeiro e fevereiro.

“O lojista está animado, e a presença do grande número de turistas nacionais e estrangeiros na cidade estimula e movimenta o comércio”. Gonçalves ressaltou que um fenômeno que tem colaborado muito para o aumento da venda de produtos para esse período é o grande número de blocos carnavalescos. “Por não usarem fantasias padronizadas, os blocos contribuem bastante para as vendas de adereços, fantasias, chapéus, fitas, camisetas, bermudas, shorts e sandálias”, afirmou Gonçalves.

Ministra quer reduzir preço de passagens para incentivar o turismo
“Fortalecer o turismo significa gerar renda e emprego” disse

Da Agência Brasil

A nova ministra do Turismo, Daniela Carneiro, disse hoje (2), em Brasília, durante a cerimônia de transmissão do cargo, que buscará a recomposição orçamentária da pasta, reduzida, segundo ela, em mais de 70%. Para incentivar o turismo no Brasil, citou, entre os objetivos de algumas políticas a serem adotadas, a redução do preço “exorbitante” das passagens aéreas.

“Um ponto de atenção para nossa gestão é a recomposição orçamentária. Nosso grupo de transição se surpreendeu com o orçamento anual para 2023, previsto em R$ 19 milhões. Uma redução de impressionantes 74%. Vamos trabalhar para mudar essa realidade, contando com o apoio dos parlamentares para essa missão”, disse a ministra.

Ela lembrou que o segmento envolve mais de 50 atividades econômicas que, até a pandemia, representavam cerca de 8% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional [a soma de todas as riquezas produzidas no país]. “Este é um percentual impossível de ignorar e que pode e deve ser ainda maior, alcançando a estatura de todo o potencial brasileiro, um país que é o único do mundo a ostentar seis biomas”, acrescentou.

Impactos positivos

A ministra defendeu que o Brasil promova – de forma sustentável – o turismo, gerando impactos econômicos positivos também para as comunidades locais.

“Um outro aspecto [que deveremos desenvolver] para fortalecimento do turismo é resolver com urgência o problema do valor exorbitante das passagens aéreas, o que dificulta o incentivo ao turismo. Vamos trabalhar [com] os demais ministérios para solucionar essa questão”, frisou.

A ministra Daniela Carneiro destacou, ainda, a necessidade da promoção de um turismo mais inclusivo, para que todas as pessoas, independentemente de suas habilidades ou deficiências, tenham acesso a serviços e atividades turísticas.

“Fortalecer o turismo significa gerar mais renda, emprego e combater a fome. E fomentar o turismo regional é levar mais desenvolvimento para todos que ali vivem. É mais qualidade de vida e mais dignidade para nossa população”, finalizou.