Setur-RJ e Seinfra começam os trabalhos locais para os projetos de sinalização turística
O turismo de proximidade e para o interior do estado apresentou alta na pandemia

 

 

Da Redação

A Secretaria de Estado de Turismo (Setur-RJ) e a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Obras (Seinfra) começaram, nesta segunda-feira (22/03), os trabalhos para o mapeamento dos locais que receberão sinalização turística nas regiões do Estado. Os técnicos da TurisRio e do Instituto Estadual de Engenharia e Arquitetura (IEEA) iniciaram por Barra Mansa, no Vale do Café, estendendo para Rio Claro, Volta Redonda, Pinheiral e Barra do Piraí. Os projetos serão produzidos de acordo com as demandas de cada município, pelos técnicos do IEEA.

Com o cenário da pandemia, a necessidade de implantação das placas de sinalização das regiões, que já era importante, se tornou urgente, uma vez que o turismo de proximidade e para o interior do estado apresentou alta.

O secretário de Estado de Turismo, Gustavo Tutuca, destacou que a implementação da sinalização turística é uma ação que consta do planejamento estratégico da sua gestão e um dos projetos de qualificação do turismo no interior para o pós-pandemia.

“Uma das reivindicações dos municípios do interior que chegou até nós foi o déficit de sinalização turística no interior do estado. Nós temos um compromisso de parceria com os municípios para ajudar a construir produtos de qualidade para serem vendidos aos turistas que vêm ao nosso estado. Melhorar o nosso poder de informação e sinalização é fundamental para termos um turismo no interior cada vez mais qualificado”, afirmou Tutuca.

O secretário de Estado de Infraestrutura e Obras, Bruno Kazuhiro, reforçou o apoio da secretaria para o desenvolvimento do turismo nas regiões. “Os projetos de sinalização serão entregues seguindo um padrão nacional. Essa é uma ação fundamental para os municípios receberem os turistas com mais facilidade e segurança. O IEEA e a SEINFRA irão auxiliar o Turismo em tudo que estiver ao nosso alcance”, explicou.

Índice de atividades turísticas cresce 7,6% em novembro, aponta IBGE
Alta na movimentação econômica do setor é registrada pelo sétimo mês consecutivo no país

 

Vista da Baía de Todos os Santos, em Salvador. A Bahia foi o estado que registrou o maior crescimento na atividade turística

 

O índice de atividades turísticas no país cresceu pelo sétimo mês consecutivo. Entre outubro e novembro do ano passado, o índice subiu 7,6%, impulsionado pelos serviços de alojamento e alimentação, que avançaram 9,1%, e pelo segmento de transporte aéreo, que teve alta de 6,8%. No acumulado dos últimos sete meses analisados o setor já registra um ganho de 120,8%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta quarta-feira (13.12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e reforçam a contribuição do turismo ao desenvolvimento econômico nacional.

O ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, credita os resultados à retomada do turismo em todo o país, de forma segura e responsável. “O índice de atividades turísticas cresceu pelo sétimo mês consecutivo, a taxa de desemprego interrompeu, no trimestre agosto-outubro, uma sequência de quedas, e a movimentação nos aeroportos de todo o país tem aumentado dia após dia. Esses são fortes indicativos de que a retomada está em andamento e que o setor está se recuperando”, avalia o ministro.

O sétimo aumento seguido do indicador foi registrado em nove das 12 unidades da Federação onde ele é investigado, com destaque para Bahia (11,8%), Pernambuco (11,8%), São Paulo (11,0%), Goiás (9,9%) e Rio de Janeiro (5,4%). Veja abaixo:

Pesquisa Mensal de Serviços – Volume de Atividades Turísticas

Variação outubro/novembro 2020

UF Variação
BA 11,8
PE 11,8
SP 11,0
GO 9,9
RJ 5,4
CE 3,6
ES 1,5
PR 1,2
RS 0,2
BR 7,6

Fonte: IBGE/PMS

Para o ministro do Turismo, “o índice pode ser considerado uma resposta positiva das ações tomadas pelo governo federal para dar sobrevida ao setor”. Desde o início da pandemia, o governo federal atuou para reduzir os efeitos negativos da Covid-19 no turismo, incluindo o impacto nos empregos. As ações envolveram iniciativas como a Medida Provisória 936, que permitiu a flexibilização de salários e jornadas de trabalho; a MP 948, que regulamentou as relações de consumo no segmento; e a MP 963, que garantiu R$ 5 bilhões à concessão de empréstimos por meio do Fundo Geral de Turismo (Fungetur), entre outras providências.

RETOMADA DO TURISMO

Em continuidade às ações de apoio ao setor, em novembro do ano passado, o Ministério do Turismo lançou o movimento Retomada do Turismo. Trata-se de uma aliança nacional, coordenada pelo Ministério do Turismo, para acelerar a retomada de forma responsável e segura e reúne 32 instituições do poder público, iniciativa privada, terceiro setor e Sistema S.

O objetivo é reduzir os efeitos da pandemia de Covid-19. Para isso, está em execução um conjunto de ações e programas, que vão desde o reforço na concessão de linhas de crédito para capitalizar empresas do setor e preservar empregos até obras de melhoria da infraestrutura dos destinos turísticos.

Governo Federal prorroga até outubro prazo para reembolso de passagens aéreas
Prazo, que ia até o dia 31 de dezembro, foi estendido para o final de outubro

O consumidor que precisar pedir o reembolso de voos eventualmente cancelados por conta da pandemia de Covid-19 ganhou mais prazo. Isso porque, o Governo Federal prorrogou até o dia 31 de outubro deste ano as regras para o reembolso de passagens aéreas. O objetivo da medida é garantir o direito dos passageiros e a sobrevivência das empresas aéreas, que foram fortemente afetadas pela pandemia em 2020.

As regras continuam as mesmas. As companhias aéreas têm o prazo de 12 meses, a contar da data do voo cancelado, para realizar a devolução do dinheiro, caso o passageiro solicite. O valor será atualizado com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e, quando cabível, oferecer assistência material. Além disso, a legislação dá ao consumidor o direito de obter crédito do valor correspondente ao da passagem aérea, sem incidência de qualquer penalidade contratual.

De acordo com a Secretaria-Geral da Presidência da República, a expectativa é de que a medida melhore a programação pelo consumidor e pelas companhias aéreas num período de insegurança, contribuindo para manter recursos na forma de créditos no sistema de aviação civil, aliviando o fluxo de caixa das empresas em um momento de crise aguda.

Em 2020, o Ministério do Turismo atuou para a edição da Medida Provisória nº 948 que, posteriormente, se tornou lei, e que regulamentou o cancelamento e a remarcação de serviços, reservas de eventos dos dois setores em decorrência da pandemia. A legislação previa a remarcação destes serviços no prazo de até 18 meses, contado da data do encerramento do estado de calamidade pública. O crédito poderia ser utilizado pelo consumidor no prazo de até doze meses, também contado do prazo de encerramento do estado de calamidade pública.

RETOMADA DAS AÉREAS – O segundo semestre de 2020, em especial o fim do ano, foi de recuperação para as empresas aéreas. Dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) mostram que do início da pandemia – abril – até o mês de novembro do ano passado, o número de passageiros circulando nos aeroportos aumentou mais de 11 vezes, saindo dos 838,4 mil e indo para 9,83 milhões. O índice também foi crescente em relação ao número de voos. De acordo com a agência, foram 85,2 mil pousos e decolagens contra 11,8 mil, no mesmo período.

Festividades de fim de ano devem movimentar mais de 4,3 milhões de viajantes no país
Terminais rodoviários também terão boa movimentação no período

As festas de Natal e Ano Novo movimentarão milhões de pessoas pelos aeroportos do país. Segundo estimativa realizada pelo Ministério do Turismo, mais de 4,3 milhões devem viajar pelo Brasil no período que compreende a última sexta-feira (18.12) até o próximo dia 4 de janeiro de 2021. Entre os terminais aeroportuários que terão mais movimento estão o de Brasília (DF) e o de Viracopos (SP), com 565 mil e 528 mil passageiros, respectivamente.

Entre as regiões mais buscadas pelos viajantes para o fim de ano, segundo um levantamento do site MaxMilhas, está o Nordeste. Seis capitais da região: Recife (PE), Fortaleza (CE), Salvador (BA), João Pessoa (PB), Natal (RN) e Maceió (AL) apareceram entre as dez primeiras da lista. Liderando o ranking estão São Paulo (SP) e o Rio de Janeiro (RJ), que apresentam maior movimentação.

As festividades do final do ano, junto com o mês de dezembro, vêm para marcar um cenário de recuperação do setor aéreo que sofreu perdas significativas nos últimos meses. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), há uma projeção de retomada de 80% da capacidade doméstica na comparação com dezembro de 2019.

O Ministério do Turismo recomenda uma série de medidas para uma viagem segura. Por meio do selo “Turismo Responsável”, iniciativa que estabelece boas práticas de biossegurança para 15 atividades do setor. A iniciativa estabelece protocolos específicos para a prevenção da Covid-19 e busca auxiliar na retomada segura das atividades do setor tanto para turistas quanto para trabalhadores. O selo está disponível para meios de hospedagem, parques temáticos, restaurantes, cafeterias, bares, centros de convenções, feiras, exposições, guias de turismo, dentre outros e pode ser obtido de maneira rápida e segura pelo site.

Em maio, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) também implementaram medidas voltadas às empresas aéreas e aeroportos. Além do permanente uso de máscaras por passageiros e funcionários, do distanciamento de dois metros entre pessoas e da higienização de terminais e aeronaves, são indicadas a utilização de EPI (Equipamentos de Proteção Individual) por trabalhadores, conforme a situação; o incentivo a campanhas de comunicação e a divulgação de avisos sonoros, entre outras ações.

TERMINAIS RODOVIÁRIOS – As rodoviárias do país também terão a movimentação de milhares de pessoas. No Rio de Janeiro (RJ), mais de 335 mil passageiros embarcarão ou desembarcarão na capital carioca. Já em São Paulo (SP), os terminais de Tietê, Barra Funda e Jabaquara receberão 480 mil. Em Belo Horizonte (MG), serão 320 mil pessoas. Na região Centro-Oeste, a rodoviária da capital do Brasil terá a movimentação de57,6 mil e Campo Grande (MS) 40,5 mil. No Nordeste, Fortaleza e Natal receberão 28 mil e 40 mil, respetivamente. Em Porto Alegre, são esperadas 20 mil pessoas para o período.