O Hospital 9 de Julho (H9J) inova mais uma vez na área robótica com o lançamento da sala inteligente para cirurgias. Foram investidos R$ 2 milhões na estrutura, que permite o rápido deslocamento do médico entre duas salas cirúrgicas agilizando a realização de procedimentos em sequência. Segundo o Dr. Alfonso Migliore Neto, diretor Geral do Hospital 9 de Julho, esse pioneirismo atende à crescente demanda por robótica. “Estamos sempre em busca do que há de melhor em Medicina para o paciente e tecnologias que tornam tratamentos mais assertivos, como no caso da robótica, e que agilizam o atendimento, como a sala inteligente, estão alinhados com esse objetivo” explica o médico.
A sala inteligente é um ambiente amplo, subdividido em duas salas cirúrgicas. Para o Dr. Migliore, esse é o grande diferencial desse lançamento. “Antes o cirurgião precisava esperar toda a finalização de uma cirurgia até a nova preparação da sala para o próximo procedimento. Agora, isso não é mais necessário” reforça o médico.
Outro diferencial é a redução do tempo para os processos cirúrgicos. O Dr. Migliore explica que a equipe cirúrgica consegue otimizar o tempo que seria investido na transição entre duas cirurgias. “O tempo gasto pela equipe é o de higienização, troca de pinças e preparação do próximo paciente, o que normalmente é muito rápido”, destaca o especialista.
Números da robótica
O H9J foi o primeiro hospital privado a alcançar mais de duas mil cirurgias robóticas em cinco anos. Desse total, 75% foram feitas em homens -o principal procedimento foi a retirada do câncer de próstata (Prostatectomia). O Dr. Migliore explica que o crescimento da procura por essa cirurgia foi de sete, em 2012, para 327, em2017 Para o médico, as indicações têm aumentado graças a redução dos casos de impotência e incontinência urinária, efeitos comuns nas operações tradicionais para retirada de câncer de próstata. “O procedimento por meio de robô tem 20% a mais de chance de recuperar a ereção e 5% a menos de risco de ter problemas futuros como incontinência urinária”, explica o médico.
Já as cirurgias robóticas em mulheres representam 25% com destaque para a histerectomia, retirada do útero. Segundo o Dr. Migliore a intervenção está entre as primeiras porque é parte do tratamento de problemas ginecológicos como miomas, sangramento uterinos e câncer.
Quando falamos da idade de homens e mulheres que procuram esse tipo de cirurgia, a faixa etária de maior aderência à cirurgia robótica é de 41 a 60 anos (54%), seguido por 20 a 40 anos (32%) e acima de 61 anos (14%). Para o Dr. Migliore, essa faixa de idade mostra que os adultos têm procurado mais cuidados médicos do que antigamente e já optam por tratamentos mais modernos e minimamente invasivos.
A cirurgia geral está em segundo lugar (37%) com procedimentos como septação (bariátrica), gastroplastia endoscópica (redução de estômago por endoscopia) e hérniorrafia (hérnia), estão em segundo lugar (37%) no ranking dos procedimentos robóticos mais realizados.