As conquistas da reforma trabalhista

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Capanema: “Reforma vai reduzir informalidade”

A partir de novembro, passa a vigorar a reforma trabalhista. A expectativa é de que as mudanças adequem o Brasil às novas realidades do mercado de trabalho. O consultor jurídico da FIRJAN, Pedro Capanema, avalia que em médio prazo já serão percebidos os efeitos positivos da legislação. “As mudanças vão contribuir diretamente para reduzir a informalidade e a alta rotatividade nas empresas presentes atualmente no país”, defende.

Capanema destaca o fato de a reforma estabelecer a modalidade de trabalho intermitente, que permite contratar por jornada ou hora de serviço. “Criou-se uma nova categoria que gera menos custos e isso vai estimular as empresas a contratar e, por consequência, tende a reduzir a informalidade”, considera. Aqueles que precisam conciliar faculdade com o emprego ou só trabalham no fim de semana, a partir de agora, contam com o resguardo da lei para essas situações.

Uma importante novidade, segundo o consultor da FIRJAN, é a possibilidade da dispensa de comum acordo, que permite que o empregado leve uma parcela do FGTS, mas sem ter direito ao seguro-desemprego. E nesse caso, a empresa paga somente parte da multa. “Isso vai diminuir casos de profissionais que pulavam de emprego em emprego, para pegar o benefício do INSS”.

Para a diretora jurídica da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-RJ), Magda Hruza Alqueres, a reforma traz mais protagonismo para o profissional de RH, pois abre mais espaço para negociação entre empresa e empregado e é justamente o setor que vai mediar esse diálogo. Assim, o RH passa a ser, mais do que nunca, fundamental na interlocução em acordos e transações acerca de direitos, jornadas de trabalho e formatos de contratações. “Os profissionais de RH vão desenvolver todas as habilidades e aprimorar as ferramentas de negociação e terão que atuar de forma estratégica”, pontua. A ABRH-RJ, inclusive, vem promovendo fóruns e cursos para orientar sobre as mudanças na lei e o impacto no dia a dia dos recursos humanos.

Ela cita como exemplo a questão de local insalubre para atuação de mulheres grávidas ou lactantes, que foi definida em benefício da mãe. “A mulher terá liberdade para escolher médico de sua confiança e não o da empresa, para atestar se ela pode ou não trabalhar. Caso não possa, ficará afastada o tempo necessário e receberá o salário-maternidade”, explica.

Outra conquista é a regulamentação do teletrabalho (home office), com a definição das normas dos contratos, com determinação dos custos para quem exerce essa modalidade, como contas de luz, telefone, internet, entre outros. “Principalmente os mais jovens são favoráveis ao home office, mas antes havia uma enorme insegurança jurídica. E isso impedia muitas empresas de oferecerem essa opção para os empregados”, relata Magda.

*Matéria publicada na coluna Gestão de Pessoas, da ABRH-RJ

Conselhos que valem ouro na busca do emprego

O número de 14 milhões de pessoas fora do mercado assusta e o cenário se torna ainda pior quando se verifica que o tempo médio para conseguir um novo emprego tem sido de oito meses. Alcançar a recolocação é uma tarefa ainda mais árdua para quem permaneceu por um longo período em uma mesma empresa e não tem mais o hábito de redigir um currículo ou participar de uma entrevista. Buscar orientação que auxilie no desafio de recolocação torna-se, assim, uma necessidade para muitas pessoas. Em função desse cenário, a área de Responsabilidade Social da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-RJ) desenvolveu o RecolocaRH.

O projeto oferece suporte para quem busca recolocação no mercado, além de auxiliar empresas a minimizar os impactos causados pelos desligamentos.

“Esse momento de transição e recomeço não é uma etapa fácil. E conduzir isso sozinho torna o processo mais doloroso”, avalia a diretora da ABRH-RJ Patricia Pacheco.

A iniciativa é realizada no formato de workshop. Os participantes são auxiliados a traçarem um planejamento da sua carreira, com técnica, dicas e foco, e orientados quanto à melhor forma de atingir seus objetivos. Também é proposta a avaliação de alternativas, tais como empreender, tornar-se um profissional autônomo ou trabalhar com consultoria.

A primeira edição aconteceu no último dia 5 e reuniu 20 profissionais. O evento foi exclusivo para associados, incluindo empresas, que puderam indicar ex-funcionários para participar.

“O trabalho é feito em parceria com a Right Management. Enquanto a empresa participa com a sua expertise em orientação de transição de carreira, a ABRH-RJ desenha o melhor modelo para atender a demanda dos associados”, explica Patricia.

O primeiro workshop apresentou algumas surpresas para os organizadores. A expectativa inicial era de que os participantes fossem priorizar orientações como produção de um currículo adequado, dicas de comportamento em entrevistas ou o uso de canais de divulgação do perfil profissional.

“Porém, percebemos, na verdade, um grande interesse pelo apoio emocional para lidar com esse momento de transição, bem como por orientações de planejamento, isto é, como se organizar para enfrentar esse período e atingir o objetivo profissional traçado”, revela Patricia.

Próxima turma

O projeto prevê a promoção de uma edição por mês. A próxima será no dia 2 de agosto e já há participantes inscritos. Entretanto, as empresas associadas ainda podem enviar suas indicações de ex-funcionários, assim como os profissionais filiados podem se inscrever enviando um e-mail para o relacionamento@abrhrj.org.br.

Livro traz exemplos reais do papel do RH nas empresas

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Livro reúne cases finalistas do Prêmio Ser Humano

A Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-RJ) lança em parceria com a Qualitymark Editora a 5ª edição do livro “As melhores práticas em gestão com pessoas”, que reúne cases finalistas do prêmio Ser Humano 2016, bem como o trabalho acadêmico vencedor do mesmo . Para profissionais e estudantes de RH, o livro permite fazer benchmarking com iniciativas que realmente trazem  efeitos positivos para dentro das empresas.

“Quando observamos as práticas expostas no livro, vemos empresas de diversos setores da economia. E isso contribui para o desenvolvimento do RH, pois são exemplos de que todos os perfis de empreendimentos podem e devem desenvolver a Gestão de Pessoas. As experiências de sucesso compartilhadas comprovam que investir em pessoas é uma necessidade que independe do tamanho e área de atuação da organização”, avalia José Carlos de Freitas, diretor da ABRH-RJ responsável pela publicação.

Esse volume traz práticas e casos relacionados à comunicação, ao coaching, à avaliação de performance, à inclusão social, à seleção por competências, à qualidade de vida, à responsabilidade social, ao programa de cargos e salários, à educação corporativa, à geração e à retenção e desenvolvimento de pessoas, além de temas atuais do mundo do trabalho que destacam indicadores e resultados quantitativos e qualitativos.

O livro somente está a venda na ABRH-RJ. Os interessados devem entrar em contato pelo (21) 2277-7751.

Serviço:
As melhores práticas em gestão com pessoas
Organizadora: Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-RJ)
Qualitymark Editora, 232 páginas
R$ 40,00

Confira imagens do RH-RIO

O RH-RIO 2017 reuniu mais de 2 mil pessoas nos dias 6 e 7 de junho, no Centro de Convenções do Windsor Oceânico, na Barra da Tijuca. Confira algumas imagens do congresso.

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1 Julio Fonseca, da Invepar, a jornalista Luciana Casemiro e a futurista Rosa Alegria, na magna que abriu o congresso. 2 O estrategista digital Carlos Nepomuceno afirmou que é preciso ter mudança de mentalidade nas organizações. 3 Felipe Paiva, da Artisan, João Cândido , da ABRH-RJ, e Renato Senna, da Merck, provocaram o público sobre o papel da liderança. 4 Conrado Schlochauer, da Affero Lab, Desiê Ribeiro, da Vale, e Georges Riche, da Globosat, encerram o congresso falando sobre as transformações no RH
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1 O deputado federal Arolde de Oliveira parabeniza a ABRH-RJ. 2 Uso da mediação nas empresas foi destaque na mesa que reuniu a diretora jurídica da ABRH-RJ, Magda Hruza, o desembargador Cesar Cury e a coordenadora do CBMA, Mariana Freitas. 3 Inara Pilate e Leonardo Leão mostraram como o Facebook incorpora a tecnologia na comunicação interna. 4 Luiz Costa Leite, a professora da FGV Carmen Migueles e a futurista Rosa Alegria no Fórum Executivo realizado durante o congresso
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1 Ao lado de Paulo Sardinha (à dir.), o superintendente do SESI-RJ e diretor regional do SENAI-RJ, Alexandre dos Reis, prestigia a edição de 2017. 2 Luiz Costa Leite, Leyla Nascimento, secretária geral da World Federation of People Management Associations e Marco Dalpozzo, da Comatrix. 3 Paulo Sardinha, Fábio Maia, diretor comercial da Amil, Luis Calçada e o diretor da ABRH-RJ Roberto Godinho