A pressão de salvar vidas

O presidente do Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Laboratórios e Estabelecimentos de Saúde do Estado de São Paulo (SindHosp), Francisco Balestrin, esteve presente no CONARH, principal congresso brasileiro de recursos humanos, realizado na Expo São Paulo, para acompanhar as novidades na gestão de pessoas. Em conversa com o presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH Brasil), Paulo Sardinha, Balestrin observou que, as boas práticas de gestão de pessoas são essenciais para assegurar o bem-estar dos mais de 4,7 milhões de profissionais que atuam saúde. Ele ponderou que lidar diretamente com a vida das pessoas torna a saúde um dos setores de maior pressão profissional.

Quando a mudança nem sempre é o melhor caminho

Elencar prioridades e comprometer-se com mudanças são posturas fundamentais a quem quer renovar a carreira, conseguir novo emprego, ser promovido ou colocar ideias em prática. Esses desejos são recorrentes em todos os encerramentos e começos de ciclos e, em geral, envolvem promessas determinadas. O paradoxo é que, em grande parte dos casos, as metas são cumpridas apenas em parte ou até abandonadas, o que gera um círculo vicioso de frustrações. “A pessoa pode achar que está fazendo tudo certinho e a culpa pelas coisas não andarem está em fatores externos, como crise econômica, chefias, mesmo o acaso. Mas muitos podem se surpreender com as respostas a tais dúvidas”, explica Ana Carolina Lynch, psicanalista com formação em treinamento empresarial e consultora em gestão de pessoas.

Uma delas que pode gerar certo desapontamento é que talvez não seja a hora de concretizar mudanças, mas firmar as bases para que venham no médio prazo ou em um segundo ano. “Não conseguir algo específico não significa que a vida está parada, a pessoa fracassou ou nada foi feito. Muitos acham que precisam fixar metas todos os anos, como se tudo o que foi feito nos 365 dias anteriores devesse ser revisto. Nem sempre, e também não podemos mudar tudo anualmente. Isso é irreal, seria muito estressante”, explica Ana Carolina.

Pequenas conquistas precedem grandes transformações

Segundo a consultora, o importante, primeiramente, é descobrir aonde se quer chegar e depois organizar o passo a passo, que pode mudar ou se adaptar segundo fatores externos, incluindo eventuais riscos. “É preciso desenvolver a capacidade de fixar metas possíveis, saber lidar com espera, prazos e aprender a identificar oportunidades que indiquem readaptação dos planos. Pequenas conquistas, por vezes, podem ser mais interessantes do que viradas bruscas, precedendo transformações maiores que requerem experimentação”, diz.

Até recuar faz parte da jogada e não há mal nas reavaliações, quando admitimos que a tática  inicial não era tão ideal e precisava ser revista: “Não há qualquer demérito nesse movimento. Ao contrário, indica abertura, humildade e maturidade para reconhecer falhas. Até na guerra, o recuo é elemento estratégico e já contribuiu para algumas vitórias. O importante é não perder os planos e buscar aconselhamento ou assessoria especializada quando necessário. Ninguém precisa assumir o encargo de avançar solitariamente”, observa a Ana Carolina.

E uma vez concretizadas, todas as etapas devem ser celebradas como um marco, um rito de passagem frutífero. “Sentir-se contente consigo mesmo faz parte do processo de conquistas e as fortalece”, reforça a especialista. Para Ana Carolina, quem não comemora os desafios vencidos perde a amplitude de que foi bem-sucedido: “É preciso injetar alegria no dia a dia, e nada mais oportuno que ela venha a reboque das vitórias”.

Conheça os vencedores do Prêmio Ser Humano

A importância de investir na gestão de pessoas foi celebrada, nesta quinta-feira (23), durante a 37ª edição do Prêmio Ser Humano – organizado pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-RJ) no auditório da FIRJAN, no Centro. Na categoria Média e Grande Empresa, o case vencedor foi a “Universidade Estendida e o Desenvolvimento de Capacidades de seus Parceiros: Uma Estratégia de Negócio”, da Gas Natural Fenosa. Entre as Organizações Setor Público, a vencedora foi a Dataprev, com o projeto “Hackathon: Inovação e Conhecimento com foco no cidadão”. O programa “Mina de Idéias”, com foco em inovação, fez a New Steel, em sua primeira participação, vencer entre Micros e Pequenas Empresas. Já a monografia “A análise dos fatores críticos em gestão de pessoas para a implementação da responsabilidade social em uma Instituição Federal de Ensino” fez a estudante da UFF Rita de Cassia de Jesus receber o PSH na categoria Trabalhos Acadêmicos.

Durante a apresentação dos finalistas, o diretor da ABRH-RJ e coordenador do PSH, José Carlos Freitas, destacou a qualidade de todos os cases selecionados. “Não é por acaso que costumamos falar na ABRH-RJ que todos são vencedores, pois a qualidade das práticas relatadas pelas organizações torna muito difícil o trabalho da comissão julgadora de apontar o melhor”, celebrou.

O presidente da ABRH-RJ, Paulo Sardinha, também elogiou a qualidade das práticas implementadas pelas organizações finalistas e observou que o prestígio do PSH pode ser observado pelo fato de ter empresas que têm participado mais de uma vez, ao mesmo tempo que todo ano há novos participantes. “Há sempre empresas que voltam a inscrever novos cases, isso quer dizer que estamos falando de organizações que se mantêm ao longo do tempo, com ambiente estável e com boas práticas que se transformam em cases. Mas, também houve organizações que participaram pela primeira vez, mostrando que há renovação”, destacou Sardinha.

O exemplo da Gas Natural Fenosa mostra que a persistência traz resultado. Depois de ficar dois anos entre os finalistas do PSH, ela venceu pela primeira vez a categoria Média e Grande Empresa. “O reconhecimento é importante, pois confirma que você está no caminho certo, principalmente quando essa validação é feita de forma qualificada. Ter o reconhecimento pela ABRH, após uma comissão julgadora avaliar o nosso projeto frente a outros, coloca o resultado numa situação ainda mais representativa”, celebra André Luiz Franco Braga, Diretor de Pessoas, Organização e Cultura.

A equipe da Dataprev também não escondia a felicidade pela premiação. A gerente do departamento de Gestão de Carreira, Lucilia Ferreira, revelou que o reconhecimento do PSH reforçou o excelente momento que o setor vem tendo dentro da organização. “É bacana é saber que os projetos que são desenvolvidos com hackathon, que nós organizamos, viraram negócio. Nesta semana, por exemplo, o Governo anunciou a carteira de trabalho digital, que foi um dos projetos desenvolvidos dentro do programa no ano passado. Saber que de fato estamos gerando resultado, não somente para a organização, mas também para o cidadão. Isso nos traz muita alegria”, afirmou.

O gerente de Gente & Gestão da New Steel, Mario Mota, não escondeu o orgulho de receber o PSH. Para ele, o que torna o feito ainda mais simbólico é o fato da empresa ainda estar em regime de startup. Mas ele já faz planos de voltar a participar de novas edições e disputar o PSH em outra categoria. “Quem sabe no futuro receberemos o Prêmio Ser Humano outra vez, mas já na categoria Média e Grande empresa”.

Universidade Veiga de Almeida promove IX Fórum Interdisciplinar de Gestão com Pessoas

No próximo dia 4, o campus Barra Marapendi da Universidade Veiga de Almeida recebe o IX Fórum Interdisciplinar de Gestão com Pessoas – crise, desemprego, inquietação: o que a área de gestão de pessoas tem a dizer sobre isso?.

Formada em Psicanálise, coach e especializada em treinamento profissional, Ana Carolina Lynch apresentará a palestra ‘A Importância do Desenvolvimento da Resiliência no Ambiente Organizacional’. Professora da instituição e proprietária da Ana Carolina Lynch Consultoria, a especialista destaca que tal habilidade é fundamental nos dias atuais, principalmente devido às inúmeras mudanças no mundo corporativo, com níveis de cobrança por resultados cada vez mais elevados e acúmulo de tarefas pelos profissionais.

O campus fica na Avenida General Felicíssimo Cardoso, 500, Barra da Tijuca. Os interessados devem se dirigir ao auditório do Bloco A, 3º andar.