Governo publica metas de redução de emissão de gases de efeito estufa
Metas valem para comercialização de combustíveis

 

Da Agência Brasil

O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou hoje (8) Diário Oficial da União (DOU) uma resolução que define as metas compulsórias anuais de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa para a comercialização de combustíveis. As metas definidas valem para os próximos dez anos e estão inseridas no âmbito da Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio).

Em 2022, a meta fixada é de 35,98 milhões de unidades de Crédito de Descarbonização (CBIO), emitido para produtores e importadores de combustíveis. Cada unidade equivale a uma tonelada de gás carbônico que não foi liberada na atmosfera, ou sete árvores em termos de captura de carbono.

Segundo o MME, o cálculo para a emissão do certificado é feito a partir da diferença na emissão de gases de efeito estufa decorrente do biocombustível produzido, como o etanol, o biodiesel e a bioquerosene, entre outros.

Para receber o crédito é preciso comprovar que a produção de biocombustíveis é feita de forma eficiente. Cabe à Agência Nacional de Petróleo (ANP) emitir o certificado.

A normativa também estabelece intervalos de tolerância, com o limite mínimo e máximo das metas, que começam a valer a partir de 2023.

Para 2023, a meta é de 42,35 milhões de unidades de CBIO, com intervalo inferior de 33,85 e superior de 50,85. Para 2024, a meta é de 50,81 milhões de CBIOs (com intervalos de 42,31 e 59,3). Para 2025, a meta aplicada é de 58,91 milhões (com intervalos de 50,41 e 67,41). Em 2031, a meta esperada é de 95,67 milhões de CBIOs, como limite inferior de 87,17 e superior de 104,17.

A resolução mantém ainda as metas compulsórias para os anos de 2019, 2020 e 2021 estabelecidas em uma resolução de agosto do ano passado. Para este ano, a resolução estabeleceu como meta compulsória 24,86 milhões de CBIOs.

Criado em 2016, o Renovabio tem por objetivo expandir a produção de biocombustíveis no país, com base na previsibilidade, na sustentabilidade ambiental, econômica e social.

Brasil avança no Ideb, mas apenas ensino fundamental cumpre meta
O principal indicador de qualidade da educação brasileira é medido a cada dois anos

O Brasil avançou no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) em todas etapas de ensino, mas apenas nos anos iniciais do ensino fundamental, do 1º ao 5º ano, cumpriu a meta de qualidade nacional estabelecida para 2019. Os resultados foram divulgados hoje (15) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Medido a cada dois anos, o Ideb é o principal indicador de qualidade da educação brasileira. O índice registrado nos anos iniciais no país passou de 5,8, em 2017, para 5,9, em 2019, superando a meta nacional de 5,7 considerando tanto as escolas públicas quanto as particulares. Nos anos finais do ensino fundamental, do 6º ao 9º ano, avançou de 4,7 para 4,9. No entanto, ficou abaixo da meta fixada para a etapa, 5,2. No ensino médio, passou de 3,8 para 4,2, ficando também abaixo da meta, que era 5.

O Ideb é calculado com base em dados de aprovação nas escolas e de desempenho dos estudantes no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb). O Saeb avalia os conhecimentos dos estudantes em língua portuguesa e matemática. O índice final varia de 0 a 10.

O índice tem metas diferentes para cada ano de divulgação e também metas específicas nacionais, por unidade da federação, por rede de ensino e por escola. A intenção é que cada instância melhore os índices para que o Brasil atinja o patamar educacional da média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Em termos numéricos, segundo o Inep, isso significa progredir da média nacional de 3,8, registrada em 2005 na primeira fase do ensino fundamental, para um Ideb igual a 6 em 2022, ano do bicentenário da Independência. Para os anos finais do ensino fundamental, a meta nacional é 5,5 e, para o ensino médio, 5,2. Esta é a penúltima divulgação do Ideb antes do fim das metas previstas. A próxima será em 2022, referente a 2021.

Quando a mudança nem sempre é o melhor caminho

Elencar prioridades e comprometer-se com mudanças são posturas fundamentais a quem quer renovar a carreira, conseguir novo emprego, ser promovido ou colocar ideias em prática. Esses desejos são recorrentes em todos os encerramentos e começos de ciclos e, em geral, envolvem promessas determinadas. O paradoxo é que, em grande parte dos casos, as metas são cumpridas apenas em parte ou até abandonadas, o que gera um círculo vicioso de frustrações. “A pessoa pode achar que está fazendo tudo certinho e a culpa pelas coisas não andarem está em fatores externos, como crise econômica, chefias, mesmo o acaso. Mas muitos podem se surpreender com as respostas a tais dúvidas”, explica Ana Carolina Lynch, psicanalista com formação em treinamento empresarial e consultora em gestão de pessoas.

Uma delas que pode gerar certo desapontamento é que talvez não seja a hora de concretizar mudanças, mas firmar as bases para que venham no médio prazo ou em um segundo ano. “Não conseguir algo específico não significa que a vida está parada, a pessoa fracassou ou nada foi feito. Muitos acham que precisam fixar metas todos os anos, como se tudo o que foi feito nos 365 dias anteriores devesse ser revisto. Nem sempre, e também não podemos mudar tudo anualmente. Isso é irreal, seria muito estressante”, explica Ana Carolina.

Pequenas conquistas precedem grandes transformações

Segundo a consultora, o importante, primeiramente, é descobrir aonde se quer chegar e depois organizar o passo a passo, que pode mudar ou se adaptar segundo fatores externos, incluindo eventuais riscos. “É preciso desenvolver a capacidade de fixar metas possíveis, saber lidar com espera, prazos e aprender a identificar oportunidades que indiquem readaptação dos planos. Pequenas conquistas, por vezes, podem ser mais interessantes do que viradas bruscas, precedendo transformações maiores que requerem experimentação”, diz.

Até recuar faz parte da jogada e não há mal nas reavaliações, quando admitimos que a tática  inicial não era tão ideal e precisava ser revista: “Não há qualquer demérito nesse movimento. Ao contrário, indica abertura, humildade e maturidade para reconhecer falhas. Até na guerra, o recuo é elemento estratégico e já contribuiu para algumas vitórias. O importante é não perder os planos e buscar aconselhamento ou assessoria especializada quando necessário. Ninguém precisa assumir o encargo de avançar solitariamente”, observa a Ana Carolina.

E uma vez concretizadas, todas as etapas devem ser celebradas como um marco, um rito de passagem frutífero. “Sentir-se contente consigo mesmo faz parte do processo de conquistas e as fortalece”, reforça a especialista. Para Ana Carolina, quem não comemora os desafios vencidos perde a amplitude de que foi bem-sucedido: “É preciso injetar alegria no dia a dia, e nada mais oportuno que ela venha a reboque das vitórias”.