Trigo pode ser favorecido por temperaturas acima da média, destaca EarthDaily Agro
Sul do Brasil deve registrar temperaturas entre 2°C e 7°C graus acima da média nos próximos dias

Mapa do tempo no Rio Grande do Sul (Imagem: Divulgação)

A umidade do solo manteve-se em patamar satisfatório na zona do trigo em quase toda a região Sul do país, responsável por cerca de 87% da produção do cereal do Brasil. Apenas o Oeste e o Norte do Paraná apresentaram umidade mais baixa e as temperaturas ligeiramente acima da normalidade na segunda quinzena de julho.

De acordo com o sensoriamento remoto realizado pela EarthDaily Agro, empresa de monitoramento agrícola com uso de imagens de satélite, embora a seca tenha persistido na maior parte do Brasil, especialmente no centro do país, a região Sul recebeu algumas chuvas. Em Santa Catarina, a precipitação acumulada superou os 30 milímetros nos últimos dez dias. No entanto, em comparação com a média histórica, a chuva ficou abaixo da normalidade em quase todos os estados.

Felippe Reis, analista de culturas da EarthDaily Agro, aponta que, no extremo sul do país, a temperatura mínima média ficou próxima de 0°C, chegando a 1,8°C grau. As previsões indicam temperaturas baixas, com mínimas abaixo dos 5°C graus, nos próximos dias. “Com base na análise dos modelos europeu e americano sabemos que as chuvas serão abaixo da média na maior parte do país.  Teremos chuva acima da média apenas no Rio Grande do Sul”, comenta Felippe.

Na zona do trigo, a umidade do solo deve diminuir significativamente no norte do Paraná e em São Paulo até o dia 10 de agosto. Essas regiões já apresentam umidade do solo abaixo da média. Contudo, os modelos climáticos europeu (ECMWF) e americano (GFS) indicam temperaturas variando de 2°C a 7°C acima da normalidade, situação favorável para o desenvolvimento das plantações de trigo.

No Rio Grande do Sul, os índices de vegetação (NDVI) continuam abaixo da média, mas as plantas mostram bom desenvolvimento, favorecido pela umidade do solo acima da média.

No Sul e Leste do Paraná, o NDVI do trigo não apresentou evolução significativa nos últimos dias. Já nas regiões Oeste e Norte do estado, as condições do índice de vegetação continuam ruins, com NDVI bem abaixo da média e umidade do solo baixa.

Novo Plano Safra oferece redução de 2% em impostos para produtores orgânicos
O projeto tem como objetivo ampliar o alcance da agricultura sustentável e democratizar acesso às produções

Nesta quarta-feira (03), o governo anunciou uma redução de 2% no valor dos impostos de produtores que utilizam recursos orgânicos. O Plano Safra 2024/2025 foi apresentado com foco na sustentabilidade, com o objetivo de amplificar o acesso da população à itens livres da ação de pesticidas e com maior qualidade.

O aporte contará com ajustes para a viabilização de uma linha de crédito com juros diferenciados, cujo intuito é incentivar e expandir a produção orgânica nacional. Para Francisco Carvalho, gerente comercial da Hydroplan, rede que atua há 25 anos com foco em uma agricultura benéfica ao ecossistema, essas mudanças trarão benefícios à longo prazo ao cenário nacional. “Essas medidas são essenciais para promover a sustentabilidade e fortalecer o mercado de orgânicos no Brasil. Com juros mais acessíveis, pequenos e médios produtores terão a oportunidade de investir em tecnologias e práticas agrícolas que respeitem o meio ambiente, resultando em um aumento significativo da produção e na qualidade dos alimentos oferecidos à população”, aponta.

Carvalho reforça que, além disso, a expansão da produção orgânica contribuirá para a preservação dos recursos naturais e para a saúde do solo, promovendo um ciclo de desenvolvimento sustentável nas áreas agrícolas. A importância desse movimento é refletida nos números do Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos, que contabiliza mais de 25,4 mil registros, com projeções de um aumento cada vez mais considerável.

Essa expansão se solidifica com o lançamento do Programa Ecoforte, que contará com R$ 100 milhões de receita para promover o fortalecimento e a ampliação das redes de agroecologia e produção orgânica. Com valor recorde para o ciclo entre 2024 e 2027, sua estrutura visa o fortalecimento e a ampliação de redes, cooperativas e organizações socioprodutivas e econômicas de agroecologia, extrativismo e produção orgânica. Desse modo, espera-se que a produção de alimentos saudáveis, aliada à sustentabilidade ambiental, dilate significativamente.

Plano Safra terá R$ 225,59 bilhões em créditos para agricultores

O governo anunciou hoje (18) a liberação de R$ 225,59 bilhões em créditos para financiamento de pequenos, médios e grandes agricultores pelo Plano Safra 2019/2020. Do total, R$ 31,22 bilhões são para o Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf). O crédito estará disponível a partir de 1° de julho.

Do valor do total do plano, R$ 222,74 bilhões vão para o crédito rural, R$ 1 bilhão para subvenção ao seguro rural e R$ 1,85 bilhão para apoio à comercialização.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, comemorou os valores anunciados. “Investir na agropecuária é uma aposta na interiorização do desenvolvimento, na geração de emprego e renda, na segurança alimentar, no superavit da nossa balança comercial, na nossa prosperidade como nação”, disse.

Crédito rural

Dos recursos destinados ao crédito rural, R$ 169,33 bilhões vão para o custeio, comercialização e industrialização. Para investimento, são R$ R$ 53,41 bilhões.

Na parte de custeio, comercialização e industrialização, os juros para o Pronaf, que reúne os pequenos agricultores, são de 3% a 4,6% ao ano. Para o Pronamp, que reúne os médios agricultores, os juros serão de 6% ao ano e para os demais produtores, de 8% ao ano.

Nos programas de investimento os juros vão de 3% a 10,5% ao ano.

PIB tem crescimento de 1% em 2017 e fecha ano em R$ 6,6 trilhões

O Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas no país, fechou o ano de 2017 com crescimento de 1%, na comparação com 2016. Em valores correntes, o valor do PIB em 2017 atingiu R$ 6,6 trilhões.Em 2015 e em 2016, o resultado ficou negativo em 3,5%.

Os dados foram divulgados hoje (1º), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com os resultados das contas nacionais trimestrais e o fechamento do ano.

Em 2017, contribuíram para o resultado as altas de 13% na agropecuária e de 0,3% nos serviços, além da estabilidade nas indústrias. O resultado da agropecuária foi o melhor do ano em toda a série, iniciada em 1996.

O PIB per capita subiu 0,2% em termos reais, ficando em R$ 31,587. A taxa de investimento no ano foi de 15,6% do PIB, abaixo dos 16,1% de 2016. Já a taxa de poupança aumentou, indo de 13,9% em 2016 para 14,8% em 2017.

Na série com ajuste sazonal, o resultado do último trimestre do ano foi de crescimento de 0,1%, na comparação com o terceiro trimestre. Em relação ao quarto trimestre de 2016, o crescimento foi de 2,1%.