Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer, são esperados aproximadamente 74 mil novos casos de câncer de mama para 2023-2025. É o tipo de câncer mais prevalente nas mulheres em todo o mundo. Aproveitando a campanha do Outubro Rosa, realizada há mais de 30 anos, a oncologista da Oncologia D’Or Monica Schaum reforça a importância da prática de atividade física e de um estilo de vida saudável para prevenir a doença.
Adotar hábitos de vida saudáveis, evitando o sedentarismo e a obesidade, contribui para a redução das chances de desenvolver a doença. Monica alerta que todas as mulheres estão sujeitas ao câncer de mama e, mesmo sem história familiar da doença, devem se cuidar. “A doença tem múltiplas causas, mas ser mulher é um dos fatores mais relevantes. Sabemos que existe câncer de mama em homens, mas estatisticamente isso ocorre apenas em 1% dos casos. Dito isso toda mulher tem potencialmente risco de desenvolver esse tipo de tumor”, destaca a oncologista, que ressalta a importância da mamografia para o diagnóstico precoce da doença. Quanto mais cedo o diagnóstico, maior a chance curativa. O exame deve ser realizado a partir dos 40 anos em todas as mulheres e pode ser antecipado em casos específicos.
São fatores de risco para desenvolver o câncer de mama: primeira menstruação precoce, menopausa tardia, ausência de gestação ao longo da vida, etilismo, obesidade, sedentarismo, história familiar de câncer e reposição hormonal prolongada no pós menopausa. Hoje, a reposição hormonal vem sendo empregada com muita frequência para alivio dos sintomas do climatério e com o objetivo de melhorar a qualidade de vida das mulheres. É muito importante o acompanhamento médico e individualizar caso a caso, pesando prós e contras da terapia hormonal.
Novidades no tratamento animam especialistas e pacientes
A análise molecular da doença através do material de biópsia trouxe novos horizontes na hora de definir o melhor tratamento, pois permite individualizar melhor o comportamento biológico dos tumores e selecionar de forma mais acurada as terapias. Um exemplo é a menor indicação de tratamento quimioterápico em alguns tipos de tumores. Na radioterapia, as novas técnicas também permitem que os pacientes sejam tratados de forma mais precisa e com menos sessões. “Evoluímos de tratamentos que duravam um mês para terapias que são concluídas em cinco dias, em determinados casos”, celebra a oncologista.
Na doença metastática, novas drogas como os ADCS (anticorpo droga conjugado) vêm revolucionando o tratamento e podem ser oferecidas a um grupo crescente de pacientes. “Hoje nossos pacientes vivem mais. No câncer de mama Her2 positivo temos quase 40% das pacientes vivendo oito anos. Os estudos não param de produzir novas oportunidades de tratamento que não só prolongam a vida das pacientes, como adicionam qualidade de vida. São áreas que vêm com muita força e certamente irão mudar a história do câncer”, finaliza Monica.