Rio de Janeiro vai receber a nona edição de Congresso Internacional de Oncologia
Serão dois dias de debate sobre os avanços em diagnóstico e tratamento de câncer

 

Congresso de Oncologia chega a sua nona edição

 

Da Redação

Por ano, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), mais de 700 mil novos casos de câncer são diagnosticados no Brasil. Ainda que a estimativa do INCA impressione, representa, por exemplo, mais do que a população de Aracajú, capital de Sergipe, a medicina tem registrado contínuos avanços em diagnóstico e tratamento de câncer, assegurando novos horizontes e excelentes perspectivas para os pacientes. As últimas novidades e os temas mais atuais na oncologia serão debatidos na IX edição do Congresso Internacional Oncologia D’Or, que acontece nos dias 12 e 13 de abril,  no Centro de Convenções do Windsor Oceânico, na Barra da Tijuca.

Presidente da Oncologia D’Or, Paulo Hoff destaca que o evento é pensado para proporcionar aos congressistas uma imersão do que há de mais moderno na oncologia, bem como a oportunidade de atualizar o conhecimento. Para isso, serão mais 50h de programação distribuídos em quase 40 mesas ou módulos temáticos. Ao todo, serão mais de 250 palestrantes, incluindo convidados internacionais, como George Netto, professor de Patologia e Medicina Laboratorial na Escola de Medicina de Perelman, na Pensilvânia e Kevin Kalinsky, diretor do departamento de Hematologia e Oncologia da Escola de Medicina da Universidade de Emory, em Atlanta.

As contribuições da tecnologia e inovação para diagnósticos mais precisos e tratamentos mais eficazes estão entre os principais destaques do Congresso. São mesas que vão tratar de questões de tecnologias recentes, como o uso de testes biomoleculares e aplicação da biópsia líquida, que permitem identificar melhor o tumor e proporcionam uma terapia mais adequada.

Haverá espaço para falar sobre o uso de intervenções cirúrgicas. É o caso da cirurgia bariátrica, que é uma alternativa na prevenção de cânceres de pâncreas, estômago, esôfago e colonrretal. Também serão discutidas questões que ainda precisam ser desmistificadas, como o uso da canabis medicinal para tratamento da dor nos pacientes e a decisão pela adoção dos cuidados paliativos.

As inscrições para o evento são gratuitas e voltadas para médicos, acadêmicos e profissionais da área oncológica ou demais profissionais de outras áreas da saúde, e devem ser realizadas pelo site do congresso.

Saúde integral do homem é tema de um evento aberto ao público promovido pela Oncologia D’Or
As inscrições são gratuitas, mas as vagas são limitadas

 

A Oncologia D’Or vai encerrar a campanha de novembro azul para promover um bate papo sobre a saúde do homem na próxima quinta-feira (30), às 18h30, no auditório do Centro de Estudos CopaStar, em Copacabana, no Rio de Janeiro. A ideia do encontro é promover informação de qualidade, numa roda de conversa descontraída voltada para homens, sobre questões como espiritualidade, sexualidade masculina, bem como a importância de hábitos saudáveis e da realização periódica de exames para rastreamento do câncer d e próstata e outras doenças. A proposta do evento é ressaltar que o cuidado com a saúde precisa ser o ano inteiro e não apenas em novembro. Um dos destaques será uma conversa com oncologistas sobre dúvidas e mitos do câncer de próstata. Ainda hoje, a falta de compromisso com o cuidado da saúde, vem sendo uma barreira para que os homens consigam melhorar a saúde e prevenir o câncer de próstata, que é uma doença que atinge mais de 70 mil brasileiros por ano, pois é o tumor de maior predominância entre os homens. As inscrições são gratuitas e limitadas, e podem ser realizadas pelo link: https://oncologiador.rds.land/papo-pela-vida-novembro-azul-rj .

Inteligência Artificial no SUS será tema de palestra global sobre câncer

Segunda maior causa de mortes no mundo, o câncer tira a vida de mais de 10 milhões de pessoas anualmente segundo dados da OMS, ficando atrás apenas dos problemas cardiovasculares. Para conscientizar sobre o inevitável aumento no número de casos e promover soluções, a London Global Cancer Week, patrocinada pelo Institute of Cancer Research, em Londres, vai reunir os principais oncologistas e pesquisadores do mundo para debates e palestras no mês de novembro. O evento contará com a participação do brasileiro Daniel Herchenhorn, coordenador científico do Oncologia D’Or, que vai apresentar, à distância, dados inéditos sobre o uso da Inteligência Artificial no Sistema Único de Saúde brasileiro.
Amanhã (14 de novembro) o oncologista apresentará dados que refletem a desigualdade no diagnóstico e tratamento da doença de próstata no Brasil, refletindo no diagnóstico tardio e nos diferentes tratamentos ofertados. Os dados de mais de 700 mil pacientes estão sendo coletados e tabelados por Inteligência Artifical de forma a facilitar sua leitura e permitir um estudo mais detalhado sobre como mudar o cenário no país e no mundo. “A ideia é que, no futuro, possamos analisar esses dados em outros tumores e assim consigamos debater como resolver essa desigualdade”, destaca Herchenhorn.
Daniel Herchenhorn, do Oncologia D’Or.

Outubro Rosa: praticar atividade física e manter estilo de vida saudável são chaves para prevenir câncer
Oncologista ressalta que, mesmo sem histórico familiar da doença, todas as mulheres devem estar alertas para o câncer de mama

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer, são esperados aproximadamente 74 mil novos casos de câncer de mama para 2023-2025. É o tipo de câncer mais prevalente nas mulheres em todo o mundo. Aproveitando a campanha do Outubro Rosa, realizada há mais de 30 anos, a oncologista da Oncologia D’Or Monica Schaum reforça a importância da prática de atividade física e de um estilo de vida saudável para prevenir a doença.

Adotar hábitos de vida saudáveis, evitando o sedentarismo e a obesidade, contribui para a redução das chances de desenvolver a doença. Monica alerta que todas as mulheres estão sujeitas ao câncer de mama e, mesmo sem história familiar da doença, devem se cuidar. “A doença tem múltiplas causas, mas ser mulher é um dos fatores mais relevantes. Sabemos que existe câncer de mama em homens, mas estatisticamente isso ocorre apenas em 1% dos casos. Dito isso toda mulher tem potencialmente risco de desenvolver esse tipo de tumor”, destaca a oncologista, que ressalta a importância da mamografia para o diagnóstico precoce da doença. Quanto mais cedo o diagnóstico, maior a chance curativa. O exame deve ser realizado a partir dos 40 anos em todas as mulheres e pode ser antecipado em casos específicos.

Dra. Monica Schaum, oncologista do grupo de mama da Oncologia D’Or Rio de Janeiro.

São fatores de risco para desenvolver o câncer de mama: primeira menstruação precoce, menopausa tardia, ausência de gestação ao longo da vida, etilismo, obesidade, sedentarismo, história familiar de câncer e reposição hormonal prolongada no pós menopausa. Hoje, a reposição hormonal vem sendo empregada com muita frequência para alivio dos sintomas do climatério e com o objetivo de melhorar a qualidade de vida das mulheres. É muito importante o acompanhamento médico e individualizar caso a caso, pesando prós e contras da terapia hormonal.

Novidades no tratamento animam especialistas e pacientes

A análise molecular da doença através do material de biópsia trouxe novos horizontes na hora de definir o melhor tratamento, pois permite individualizar melhor o comportamento biológico dos tumores e selecionar de forma mais acurada as terapias. Um exemplo é a menor indicação de tratamento quimioterápico em alguns tipos de tumores. Na radioterapia, as novas técnicas também permitem que os pacientes sejam tratados de forma mais precisa e com menos sessões. “Evoluímos de tratamentos que duravam um mês para terapias que são concluídas em cinco dias, em determinados casos”, celebra a oncologista.

Na doença metastática, novas drogas como os ADCS (anticorpo droga conjugado) vêm revolucionando o tratamento e podem ser oferecidas a um grupo crescente de pacientes. “Hoje nossos pacientes vivem mais. No câncer de mama Her2 positivo temos quase 40% das pacientes vivendo oito anos. Os estudos não param de produzir novas oportunidades de tratamento que não só prolongam a vida das pacientes, como adicionam qualidade de vida. São áreas que vêm com muita força e certamente irão mudar a história do câncer”, finaliza Monica.