Abril Azul: instituto de SC reforça a importância de cuidar de quem cuida
Com ambiente acolhedor e empoderador, o Instituto Autonomia trabalha há quase 20 anos no acolhimento de pessoas com TEA e seus familiares.

O mês de abril é considerado o mês de conscientização do autismo em todo o país. O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição de saúde caracterizada por desafios em habilidades sociais, comportamentos repetitivos e problemas na comunicação e na interação social. O Dia Mundial de Conscientização do Autismo foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2007 e todos os anos, no dia 2 de abril, a data é comemorada no mundo inteiro, com o objetivo de trazer informações sobre o autismo e reduzir o preconceito que afetam as pessoas que vivem com o transtorno.

Mais que cuidar de pessoas com TEA, a data também é importante para falar sobre quem cuida. No Brasil, segundo o estudo “Retratos do Autismo no Brasil em 2023”, existem cerca de 6 milhões de autistas. Os cuidadores dessas pessoas são geralmente mães, pais e avós que também precisam de apoio emocional e acolhimento pois enfrentam uma série de adversidades no dia a dia que causam impacto significativo em sua saúde mental.

Pensando nesse cenário, em 2009, o Instituto Autonomia foi fundado partido da ótica de acolher pessoas com TEA e seus familiares. Localizado em Florianópolis, o Instituto trabalha com projetos e atividades que promovem a educação inclusiva, fomentam a convivência e integração social entre as pessoas com e sem deficiências, além disso estão na linha de frente da formulação e avaliação de políticas públicas referentes a pessoas com autismo e PCDs.

Instituto Autonomia acolhe cerca de 70 famílias por ano.

Para a Presidente do Instituto, Andrea Monteiro, o Abril Azul vai além do simples reconhecimento do autismo. É um apelo por mais ações de políticas públicas voltadas para a causa, compreensão mais profunda e rompimento de preconceitos pré-estabelecidos sobre pessoas com TEA. “Além disso, sabe-se que as crianças e adultos especiais necessitam de uma maior atenção e prestação de cuidados, tarefas que ficam sob responsabilidade da família. No caso dos pais de crianças com TEA, a demanda é maior à medida que a idade avança”, destaca.

A psicóloga do Instituto, Michelle Pereira, ressalta o convívio com os pais e responsáveis por pessoas com  TEA no Instituto Autonomia escancara a sobrecarga emocional e fragilidade na saúde mental dessas pessoas. “Diante disso, é importante lembrar não apenas dos pequenos, mas também dos pais que enfrentam uma série de adversidades no dia a dia, que vão desde a busca por intervenções terapêuticas até questões como dificuldades de comunicação. Isso tem um impacto significativo em sua saúde mental”, pontua a psicóloga.

A entidade atende cerca de 70 famílias ao ano. Entre as atividades realizadas no Instituto estão o Projeto Autonomia Aquática, que consiste no desenvolvimento da coordenação motora; Projeto Artistas Autistas, uma oficina de artes que trabalha na socialização e criatividade; Projeto Cannabis Medicinal, que atua na melhora de comportamentos e interações sociais, além da diminuição de convulsões; Caiaque Terapia, que integra as atividades aquáticas no propósito de trazer  benefícios motores e cognitivos; além da Oficina da Terra, onde é realizada o plantio e colheita de comidas orgânicas e nesse processo a conexão com a  natureza favorece o sistema sensorial.

“Com ambiente que acolhe e empodera pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e seus familiares, a nossa organização amplia as oportunidades de socialização, desenvolvimento pessoal, melhora da autoestima e percepção mais ampla no presente e projeção para o futuro”, finaliza a Presidente.

Qualicorp ilumina o Cristo Redentor de azul em ação de conscientização sobre o autismo
A iluminação, que terá início hoje, busca desmistificar o TEA (Transtorno do Espectro Autista), combater o preconceito e promover a inclusão

 

Pablo Meneses: “Queremos ajudar na desmistificação do autismo e lembrar que existem tratamentos”

 

Da Redação

A Qualicorp, administradora de planos de saúde coletivos, vai iluminar o Cristo Redentor de azul nesta terça-feira (13), a partir das 20h00, como forma de conscientização sobre o autismo. A ação se repetirá nas próximas duas terças-feiras (20 e 27 de abril). A Companhia escolheu o tema para ajudar a desmistificar o TEA (Transtorno do Espectro Autista), combater o preconceito e promover a inclusão. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), cerca de 1% da população mundial possui algum nível de autismo. No Brasil são cerca de 2 milhões de pessoas no Brasil.

“Decidimos fazer essa ação para combater o preconceito e buscar mais inclusão. Queremos ajudar na desmistificação do autismo e lembrar que existem tratamentos”, afirma Pablo Meneses, vice-presidente de Operações e Relacionamento da Qualicorp. “Afinal, temos em nosso DNA a saúde e, levar informação sobre o tema, é uma das formas de também promovermos saúde e bem-estar para a população”, finaliza.

De acordo com Celso Evangelista, diretor Médico da Qualicorp, “o autismo, ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), não é considerado doença. O diagnóstico é caracterizado por problemas de linguagem, processos de comunicação, interação e comportamento social da criança. Na prática, o espectro autista diz respeito a uma série de subtipos, com diferentes comportamentos e intensidades variadas. Além disso, existem diversas frentes de tratamento, incluindo cromoterapia, musicoterapia e equoterapia”.

Além da iluminação do Cristo, a Qualicorp vai disponibilizar em seus canais de comunicação (Instagram e Blog), curiosidades sobre autismo, informações sobre tratamentos como cromoterapia, musicoterapia e equoterapia, indicação de brinquedos educativos, e demais informações que possam contribuir com a inclusão de criança e do adulto autista. A Companhia também disponibilizará na terça-feira, 13, em seu IGTV o depoimento de dois influenciadores Criando Pais Protagonistas, perfil que auxilia pais a serem protagonistas do acompanhamento terapêutico de crianças autistas, e Autista Falando de Autismo, perfil de Pedro Jailson, autista e com TDAH, diagnosticado aos 28 anos. Também será criada uma playlist no Spotify da empresa, com músicas normalmente utilizadas em tratamentos de musicoterapia em crianças autistas. Além disso, a Companhia disponibilizará aos clientes conteúdos personalizados com histórico ligado ao autismo.

Iluminação e restauro
Além da iluminação, a Qualicorp é uma das patrocinadoras do processo de conservação preventiva e restauração e também do projeto de acessibilidade do Cristo Redentor. Neste caso, por exemplo, será criado um espaço de experiência sensorial tátil focado em pessoas com deficiência visual, que poderão ter contato com a reprodução idêntica no formato do coração do Cristo revestido de pedra sabão – mesmo material que recobre o Monumento –, promovendo uma experiência única e sensorial.

O Cristo Redentor, considerado uma das maravilhas do mundo, está em processo de revitalização para comemorar seus 90 anos, que serão celebrados em 12 de outubro de 2021. Desenvolvido pela equipe pós-doctor da Universidade Fluminense, em parceria com o Santuário Cristo Redentor, o “Projeto de Restauro Cristo 90 anos” visa promover uma restauração completa da obra e do espaço onde ela está inserida, de acordo com a aprovação e crivo do IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Associação Caminho Azul abraça o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo

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Conscientizar, informar e reforçar os cuidados direcionados a pacientes autistas, cuja incidência é mais comum em crianças. Esses são os principais objetivos da Associação Caminho Azul, instituição sem fins econômicos, políticos ou partidários que oferece assistência gratuita a crianças e famílias carentes que sofrem com os Transtornos do Espectro Autista (TEA) e, por isso, abraça o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado no dia 2 de abril, e apóia a Caminhada Pela Conscientização do Autismo, que acontecerá em 7 de abril (domingo), às 11h, no bairro do Leblon, no Rio de Janeiro, sendo promovida pela Fundação Mundo Azul. A iniciativa visa chamar a atenção da população para a importância do diagnóstico precoce, ainda na infância.

Segundo o Dr. Caio Abujadi, psiquiatra especializado em Infância e Adolescência e fundador da Associação Caminho Azul, a avaliação inicial por uma equipe multidisciplinar, com médicos de diferentes especialidades, como Psicologia, Fonaudiologia, Terapia Ocupacional, além de terapeutas familiares, é fundamental para o diagnóstico e assessoria precoce, devendo ser estruturada na análise dos pilares do desenvolvimento infantojuvenil: comportamento, socialização, atividades de independência, desenvolvimento motor, linguagem, comunicação e ambientes de desenvolvimento da criança e da estrutura familiar. “É importante que os pais estejam atentos ao desenvolvimento dos seus filhos, pois os principais sintomas do transtorno são atraso na linguagem e na comunicação, interação social, interesses restritos e repetitivos e dificuldade na integração da sensopercepção. Caso sinais como esses sejam identificados, é preciso consultar um médico especializado para que o paciente seja encaminhado a avaliação adequada”, alerta o psiquiatra.

Criada com o objetivo de propiciar a integração do autista à sociedade, a Associação Caminho Azul realiza atividades de assistência às crianças autistas carentes e suas famílias, com foco na melhoria das condições e qualidade de vida, buscando também desenvolver e difundir conhecimentos científicos acerca da incidência e do tratamento do autismo. Em junho deste ano, entre os dias 27 e 29, estará à frente de um importante encontro a ser realizado no Rio de Janeiro: o 1º Congresso Internacional sobre os Transtornos do Espectro Autista, que reunirá especialistas de todo o mundo para uma atualização clínica e científica. Além do evento para os profissionais, também está na agenda o 1º Encontro de Associações, Familiares e Cuidadores de Autistas.

“Uma iniciativa deste porte, nunca antes realizada no Brasil, e que trará grandes especialistas para debater com todos aqueles que têm interesse no tema, tem a finalidade de promover o conhecimento em alto nível sobre o Transtorno do Espectro do Autismo, em abordagens multidisciplinares, para atualizar profissionais em novas tecnologias para autismo e possibilitar a criação de protocolos anuais para melhorar as condutas dos médicos brasileiros no atendimento dos pacientes autistas, em conjunto com as associações médicas, como a ABENEPI”, resume o Dr. Abujadi, ressaltando que, hoje, o principal problema enfrentado por todos no que se refere ao tema é o desconhecimento.