Caminhada promovida pelo Quinta D’Or alerta para prevenção do AVC, que mata mais de 70 mil brasileiros por ano
Hospital também realiza simpósio sobre os avanços no diagnóstico e tratamento da doença

 

Da Redação

No dia 29 de outubro, é o Dia Mundial de Combate ao AVC, doença que é a segunda maior causa de morte no mundo e a primeira de incapacidade. Somente no Brasil, segundo a Organização Mundial de AVC, mais de 70 mil pessoas morrem anualmente em decorrência da doença, conhecida popularmente como derrame. E para alertar a população sobre os fatores e riscos e a necessidade de prevenção, o Quinta D’Or promove, na quinta-feira (27), às 9h, uma caminhada solidária na Quinta da Boa Vista.

Segundo a chefe do setor de Neurologia do hospital, Soraya Pulier, a iniciativa visa ressaltar a necessidade de orientar a população sobre os sinais e sintomas do AVC. “Devido à falta de informação, há casos de pessoas que apresentam sintomas iniciais de um derrame, mas por desconhecimento demoram a buscar o atendimento. Com isso, aumentam as chances de a gravidade aumentar e de se ter sequelas permanentes”, explica. O ponto de encontro da caminhada será no portão principal da Rua Almirante Baltazar.

Existem dois tipos de derrame, o isquêmico (que ocorre pela obstrução ou redução brusca do fluxo sanguíneo em uma artéria cerebral causando falta de circulação no território vascular) ou hemorrágico (causado pela ruptura espontânea de um vaso, com extravasamento de sangue para o interior do cérebro). O isquêmico é o mais comum, respondendo aproximadamente por 85% dos casos. A hipertensão, doença que atinge 30% da população brasileira, está entre as principais causas do AVC. De acordo com o Ministério da Saúde, apenas 10% dos pacientes controlam a pressão de maneira correta. Se não controlada, a pressão leva ao estresse da parede do vaso, que sofre uma dilatação e fica frágil. Com a pressão muito alta, o vaso rompe e o sangue cai dentro do tecido cerebral, provocando o derrame.

A escolha pela caminhada também pontua que a prática de atividade física regular é uma das principais formas de prevenir o AVC, assim como não fumar, ter hábitos regulares de sono, alimentação equilibrada, bem como o controle da pressão arterial e do diabetes. “Poder praticar uma atividade física em um parque tão bonito como a Quinta da Boa Vista, rico em história e beleza natural, é um privilégio para poucas cidades do país”, destaca Soraya.

Hospital também realiza Simpósio sobre a doença

Já no dia 28, os principais avanços no diagnóstico e tratamento do AVC serão debatidos em Simpósio que o Quinta D’Or promove das 9h às 12h. Neurologistas, cardiologistas, fisioterapeutas e enfermeiros vão falar sobre protocolos de tratamento, atendimento multidisciplinar, atuação da enfermagem, entre outras questões.

Serviço

Caminhada de conscientização sobre os sinais e sintomas do AVC
Dia: 27 de outubro / Horário: 9h
Local: Quinta da Boa Vista (saída do portão principal da Rua Almirante Baltazar)

Simpósio do Dia Mundial do Combate ao AVC
Dia 28: de outubro / Horário das 9h às 12h
Local: Auditório do Hospital Quinta D’Or – 10° andar – Rua Almirante Baltazar,435 – São Cristóvão
Informações: (21) 3461-3708 / ce.hqd@quintador.com.br

Associação Caminho Azul abraça o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo

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Conscientizar, informar e reforçar os cuidados direcionados a pacientes autistas, cuja incidência é mais comum em crianças. Esses são os principais objetivos da Associação Caminho Azul, instituição sem fins econômicos, políticos ou partidários que oferece assistência gratuita a crianças e famílias carentes que sofrem com os Transtornos do Espectro Autista (TEA) e, por isso, abraça o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado no dia 2 de abril, e apóia a Caminhada Pela Conscientização do Autismo, que acontecerá em 7 de abril (domingo), às 11h, no bairro do Leblon, no Rio de Janeiro, sendo promovida pela Fundação Mundo Azul. A iniciativa visa chamar a atenção da população para a importância do diagnóstico precoce, ainda na infância.

Segundo o Dr. Caio Abujadi, psiquiatra especializado em Infância e Adolescência e fundador da Associação Caminho Azul, a avaliação inicial por uma equipe multidisciplinar, com médicos de diferentes especialidades, como Psicologia, Fonaudiologia, Terapia Ocupacional, além de terapeutas familiares, é fundamental para o diagnóstico e assessoria precoce, devendo ser estruturada na análise dos pilares do desenvolvimento infantojuvenil: comportamento, socialização, atividades de independência, desenvolvimento motor, linguagem, comunicação e ambientes de desenvolvimento da criança e da estrutura familiar. “É importante que os pais estejam atentos ao desenvolvimento dos seus filhos, pois os principais sintomas do transtorno são atraso na linguagem e na comunicação, interação social, interesses restritos e repetitivos e dificuldade na integração da sensopercepção. Caso sinais como esses sejam identificados, é preciso consultar um médico especializado para que o paciente seja encaminhado a avaliação adequada”, alerta o psiquiatra.

Criada com o objetivo de propiciar a integração do autista à sociedade, a Associação Caminho Azul realiza atividades de assistência às crianças autistas carentes e suas famílias, com foco na melhoria das condições e qualidade de vida, buscando também desenvolver e difundir conhecimentos científicos acerca da incidência e do tratamento do autismo. Em junho deste ano, entre os dias 27 e 29, estará à frente de um importante encontro a ser realizado no Rio de Janeiro: o 1º Congresso Internacional sobre os Transtornos do Espectro Autista, que reunirá especialistas de todo o mundo para uma atualização clínica e científica. Além do evento para os profissionais, também está na agenda o 1º Encontro de Associações, Familiares e Cuidadores de Autistas.

“Uma iniciativa deste porte, nunca antes realizada no Brasil, e que trará grandes especialistas para debater com todos aqueles que têm interesse no tema, tem a finalidade de promover o conhecimento em alto nível sobre o Transtorno do Espectro do Autismo, em abordagens multidisciplinares, para atualizar profissionais em novas tecnologias para autismo e possibilitar a criação de protocolos anuais para melhorar as condutas dos médicos brasileiros no atendimento dos pacientes autistas, em conjunto com as associações médicas, como a ABENEPI”, resume o Dr. Abujadi, ressaltando que, hoje, o principal problema enfrentado por todos no que se refere ao tema é o desconhecimento.