Presidente tem alta do Hospital Vila Nova Star, em São Paulo
Ainda não há informações sobre o retorno de Bolsonaro a Brasília

 

Da Agência Brasil

Após dois dias internado no Hospital Vila Nova Star em São Paulo, devido a uma obstrução intestinal, o presidente Jair Bolsonaro informou pelo Twitter que recebeu alta nesta quarta-feira (5). “Alta agora. Obrigado a todos. Tudo posso naquele que me fortalece”, comemorou. No início da tarde, o Hospital divulgou nota confirmando a alta do presidente. “O Senhor Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, recebeu alta hoje do Hospital Vila Nova Star, da Rede D’Or.O Presidente estava internado desde 03 de janeiro para tratar um quadro de suboclusão intestinal. Ele seguirá com acompanhamento ambulatorial pela “equipe médica assistente.

Na madrugada de segunda (3), Bolsonaro, que estava em férias em Santa Catarina, foi levado para São Paulo com a suspeita de nova obstrução intestinal.

Senador Ciro Nogueira assumirá comando da Casa Civil
Reforma ministerial prevê recriação do Ministério do Trabalho

 

Da Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro confirmou hoje (22) que o senador Ciro Nogueira (PP-PI) vai assumir a Casa Civil da Presidência República, em uma reforma ministerial que deve acontecer na semana que vem. “Está praticamente certo. Vamos botar um senador aqui na Casa Civil que pode manter um diálogo melhor com o parlamento brasileiro”, disse Bolsonaro em entrevista à Rádio Banda B, de Curitiba, nesta manhã.

“A princípio é ele [Ciro Nogueira], conversei com ele já, ele aceitou. Ele está em recesso, chega em Brasília segunda-feira, converso com ele, acertamos os ponteiros. E a gente toca o barco. É uma pessoa que eu conheço há muito tempo, ele chegou em 95 na Câmara, eu cheguei em 91”, explicou.

Bolsonaro também confirmou a recriação do Ministério do Trabalho e Previdência, que, no início do governo, foi agrupado com outros quatro ministérios para a criação do Ministério da Economia, sob o comando do ministro Paulo Guedes. O atual ministro da Secretaria Geral, Onyx Lorenzoni, será o titular deste novo ministério e o atual chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, assumirá seu lugar na Secretaria Geral.

“Ele mesmo [Paulo Guedes] concordou com tirá-lo dessa parte para passar para esse novo ministério. Dá uma descompressão no Paulo Guedes e deixa o Onyx para tratar dessa questão importantíssima [trabalho]”, disse o presidente.

De acordo com Bolsonaro, o número de ministérios será restabelecido para o total de 23. Em fevereiro deste ano, com a aprovação da autonomia do Banco Central, o órgão perdeu status de ministério e se transformou em autarquia federal.

Agora, a pasta de Trabalho e Previdência completará a lista. “Não vai pesar em nada as finanças. Não vamos criar cargos, é apenas uma mudança de secretarias do Ministério da Economia para esse novo ministério”, explicou.

Em março deste ano, o presidente já havia promovido uma reforma ministerial, com trocas em seis ministérios: Casa Civil e Secretaria de Governo, ambas ligadas à Presidência da República, ministérios da Justiça e Segurança Pública, das Relações Exteriores e da Defesa e também da Advocacia-Geral da União (AGU).

Após pressão, Bolsonaro recua, mantém indicação e aliado de Ricardo Barros na ANS é aprovado em votação apertada
Líder do governo no Senado anunciou no plenário que, após conversa com o presidente, nome de Paulo Rebello está mantido para comando da agência

 

O nome de Paulo Roberto Rebello ainda será apreciado pelo Senado

 

Do Evandro Éboli – O Globo

 

BRASÍLIA — O presidente Jair Bolsonaro, após pressão política, recuou e manteve a indicação de Paulo Roberto Vanderlei Rebello para a presidência da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Após seis meses dessa indicação, Bolsonaro  publicou ontem à noite no Diário Oficial a desistência de conduzi-lo ao comando do órgão. A Comissão de Assuntos Sociaisi (CAS) ignorou a mensagem do presidente e aprovou na manhã desta quarta, por 11 a 3, o nome de Rebello, após sabatiná-lo. A indicação seguiu então para o plenário, onde o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE) anunciou que, após conversa com o presidente, está mantida a indicação. Foi um recuo do recuo. O plenário do Senado aprovou o nome de Rebello por 43 a 10. Eram necessários 41 votos. Ou seja, uma aprovação apertada.

Aliado do governo, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) elogiou a atitude do presidente e afirmou se tratar de uma “decisão política” de Bolsonaro. Rebello foi chefe de gabinete de Ricardo Barros, hoje líder do governo na Câmara, no Ministério da Saúde.

Bolsonaro publicou a desistência da indicação de Rebello em edição extra no Diário Oficial na noite de ontem. O atual diretor da agência tem ligação com outros nomes do PP e trabalhou na liderança do partido na Câmara.

O presidente da CAS, senador Sergio Petecão (PSD-AC), disse ao GLOBO que soube “pela imprensa” da desistência do presidente da República e que, para ser suspensa a sabatina de Rebello, a mensagem do Executivo precisava ser lida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

— Não chegou nada da Mesa do Senado para nós. A sabatina do indicado estava na pauta e faz parte do nosso esforço concentrado. Como o presidente só desiste na véspera e à noite? O nome do senhor Paulo Rebello foi indicado há mais de seis meses. O governo que derrube, então, no plenário. Tem voto para isso – disse Petecão.

O nome de Rebello segue agora para apreciação no plenário do Senado. Em sua fala na CAS, Rebello ignorou a decisão de Bolsonaro em não indicá-lo mais e não citou a publicação no Diário Oficial. Ele afirmou que tem todas condições de assumir a presidência da ANS.

— Sou um advogado e um militante do direito à saúde. Sou diretor da ANS nos últimos dois anos. Me considero habilitado para ser presidente. Tenho habilidade para mediar conflitos, ouvir demandas e buscar as melhores soluções. Tenho o conhecimento pela sociedade, de norte a sul e de leste a oeste – disse Rebello na sessão do Senado.

Coronavírus: governo envia PL com regras para repatriar brasileiros

O presidente Jair Bolsonaro encaminhou hoje (4), ao Congresso Nacional, o projeto de lei (PL) que define as medidas sanitárias para enfrentamento do coronavírus e as regras para a repatriação e quarentena no Brasil dos cidadãos brasileiros que estão na cidade de Wuhan, na China, epicentro do surto da doença. A mensagem foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União.

Na mesma publicação, o Ministério da Saúde elevou o nível de alerta em saúde no caso do coronavírus de perigo iminente para emergência em saúde pública. O decreto também estabelece a criação do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública como mecanismo nacional de gestão da resposta à emergência do coronavírus no âmbito nacional.

No dia 30 de janeiro, a Organziação Mundial da Saúde (OMS) declarou o surto de coronavírus como emergência em saúde pública de importância internacional. Mais de 400 pessoas já morreram na China e 20 mil foram infectadas pelo novo vírus. No Brasil, 14 pacientes são monitorados por suspeita de terem sido infectados, até agora nenhum caso foi confirmado.

Ontem (3), o ministro da Saúde, Henrique Mandetta, informou que ainda não há data definida para o voo que vai trazer os cerca de 40 brasileiros que estão em Wuhan. A repatriação, segundo ele, se aplica apenas aos brasileiros que estão naquela região, que está em estado de bloqueio, já que os que estão fora da cidade têm o direito de de ir e vir e podem sair da China sem o apoio do governo.

Assim que chegarem ao Brasil, eles deverão ser submetidos a quarentena, de acordo com procedimentos internacionais, sob a orientação do Ministério da Saúde. A duração da quarentena será de 18 dias. O governo estuda a possibilidade desse período ser realizado em uma base militar em Anapólis (GO) e outra em Florianópolis.

Histórico do coronavírus

Os coronavírus são conhecidos desde meados dos anos 1960 e já estiveram associados a outros episódios de alerta internacional nos últimos anos. Em 2002, uma variante gerou um surto de síndrome respiratória aguda grave (Sars) que também teve início na China e atingiu mais de 8 mil pessoas. Em 2012, um novo coronavírus causou uma síndrome respiratória no Oriente Médio que foi chamada de Mers.

A atual transmissão foi identificada em 7 de janeiro. O escritório da Organização Mundial da Saúde (OMS) na China buscava respostas para casos de uma pneumonia de etiologia até então desconhecida que afetava moradores na cidade de Wuhan. No dia 11 de janeiro, foi apontado um mercado de frutos do mar como o local de origem da transmissão. O espaço foi fechado pelo governo chinês.