China suspende embargo à carne bovina brasileira
Vendas foram interrompidas em fevereiro

Da Agência Brasil

O Ministério da Agricultura e Pecuária informou que o governo chinês decidiu nesta quinta-feira (23) suspender o embargo à carne bovina brasileira. A decisão, segundo a pasta, foi tomada após reunião entre o ministro Carlos Fávaro e o ministro da Administração Geral da Aduana Chinesa, Yu Jianhua, em Pequim.

As importações do Brasil estavam suspensas desde fevereiro, após a confirmação de um caso classificado pelo governo brasileiro como “isolado e atípico” de encefalopatia espongiforme bovina, conhecida como mal da vaca louca. O registro foi feito em uma pequena propriedade no município de Marabá (PA).

“Desde a descoberta do caso, o Ministério da Agricultura e Pecuária vem trabalhando com transparência e tomando todas as providências necessárias conforme protocolo de importação internacional”, informou a pasta, por meio de comunicado.

“Tenho certeza que isso é um passo para que o Brasil avance cada vez mais com o credenciamento de plantas e oportunidades para a pecuária brasileira”, avaliou o ministro Carlos Fávaro, ao final do encontro, em Pequim.

Brasil poderá exportar carne bovina para o México
País autoriza importação após 12 anos de negociações

Da Agência Brasil

A partir desta semana, o Brasil pode exportar carne bovina para o México. O país habilitou 34 plantas frigoríficas a venderem para o mercado mexicano, após 12 anos de negociações.

O México poderá comprar carne bovina de Santa Catarina, estado reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como zona livre de febre aftosa. O país também poderá comprar carne in natura e desossada de outros 14 estados declarados livres de febre aftosa, com vacinação.

Segunda-feira (6) à noite, o governo mexicano publicou os requisitos zoosanitários para a compra de carne bovina do Brasil, último passo para a liberação dos 34 frigoríficos. A autorização ocorre um mês após o México liberar a importação da carne suína brasileira.

Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, a abertura do mercado mexicano representa uma oportunidade histórica para as relações comerciais brasileiras. A expansão dos mercados, informou a pasta, propicia a retomada do crescimento da pecuária, que sofreu um golpe no mês passado, com a descoberta de um caso atípico de mal da vaca louca numa fazenda em Marabá (PA).

Em 2011, o Brasil havia pedido ao México autorização para exportar aves, bovinos e suínos ao país. Desde o início do ano, destacou o Ministério da Agricultura e Pecuária, foram habilitadas plantas frigoríficas para a exportação para a Indonésia e derrubadas as suspensões de mais três frigoríficos para a comercialização aos chineses.

Vaca louca

De acordo com o Serviço Nacional de Saúde, Segurança e Qualidade Alimentar do México, o governo brasileiro comunicou que o caso de vaca louca é atípico e sem risco de transmissão para outros animais e humanos. Segundo o órgão, como o Brasil mantém o status de risco insignificante para o mal da vaca louca, as vendas de carne para o México podem ser liberadas sem problemas.

Em relação aos demais países que suspenderam a compra de carne bovina brasileira após a descoberta do mal da vaca louca, equipes técnicas do Ministério da Agricultura têm uma nova reunião nesta terça-feira com autoridades chinesas. Desde a notificação do caso atípico no sudeste do Pará, quatro países deixaram de comprar o produto brasileiro: China, Irá, Jordânia e Tailândia.

China aceitará carne bovina do Brasil certificada até 4 de setembro
Decisão liberará carregamentos retidos em portos chineses

 

Da Agência Brasil

As autoridades alfandegárias da China disseram nesta terça-feira (23) que aceitarão pedidos de importação de carne bovina brasileira que tenha recebido certificado sanitário antes de 4 de setembro, potencialmente permitindo que os carregamentos retidos nos portos chineses finalmente sejam liberados na alfândega.

O Brasil suspendeu as exportações de carne bovina para a China em 4 de setembro após detectar dois casos atípicos de doença da vaca louca, mas a carne que já estava nos portos continuou sendo exportada, com a maior parte não conseguindo passar pela alfândega na chegada à China.

Os casos foram considerados “atípicos” por serem de um tipo espontâneo, e não por transmissão no rebanho.

De acordo com a Organização Internacional de Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês), casos “atípicos” não oferecem riscos à saúde humana e animal, e são em geral detectados em bovinos mais velhos.

A alfândega chinesa atualizou seu site nesta terça-feira para informar que agora está aceitando pedidos de importação de carne bovina certificada antes da suspensão.

Não ficou claro quanto tempo esses procedimentos levariam, ou a quantidade de produto presa no limbo desde a suspensão.

O Brasil é o principal fornecedor de carne bovina da China, atendendo a cerca de 40% de suas importações, e os compradores esperavam inicialmente que o comércio fosse retomado em algumas semanas.

Desde que os casos em bovinos foram anunciados, o Brasil também notificou dois casos de distúrbio neurodegenerativo em pessoas, embora autoridades tenham dito que eles não estavam relacionados ao consumo de carne bovina.

Embalagens case-ready ajudam varejistas a se tornarem mais competitivos

Alessandra-Souza
Alessandra Souza

Nos últimos anos, vem sendo registrada uma crescente queda no consumo de carne bovina em todo o mundo, seja pelos altos preços ou pela preocupação com uma alimentação mais saudável. Ainda assim, a carne bovina continua sendo extremamente importante para os varejistas. De acordo com o estudo “Global Food Retailer Beef Insights”¹, solicitado pela Sealed Air e realizado pelo Martec Group, a carne bovina é responsável por uma média de 30% a 50% do faturamento do setor de carnes e de 2% a 5% do total da receita da loja. Na Austrália e no Brasil, é a proteína mais vendida nos supermercados.

Para se manterem competitivos, os varejistas precisam tomar decisões estratégicas que atendam tanto a necessidade de redução de custos, quanto a entrega de produtos seguros e de qualidade, capazes de conquistar a atenção e preferência dos consumidores. Soluções de embalagens inovadoras podem ser ótimas aliadas para ajudar aos varejistas a atenderem às necessidades dos seus clientes.

As embalagens do tipo case-ready, que já chegam prontas do frigorífico para serem colocadas diretamente nas gôndolas do varejo, são soluções ideais que satisfazem tanto as demandas dos varejistas como as vontades dos consumidores. O produto, que pode ser embalado no sistema de vácuo ou com atmosfera de proteção, já vem porcionado e padronizado, possui data de validade estendida e garantia de origem. A carne não necessita de manipulação adicional, o que reduz o risco de contaminação cruzada, os custos com mão de obra e, consequentemente, gera aumento da receita.

De acordo com a pesquisa, no Reino Unido, 90% dos supermercadistas já adotaram as embalagens case-ready e apenas 10% ainda mantém o porcionamento em loja. Na Austrália, essa tendência se confirma: representam entre 70% e 80% do mercado, enquanto os açougues nas lojas de varejo apenas 20% e 30%.

Já nos Estados Unidos, esta adequação está em fase de transição. Pelo menos 40% a 50% das lojas ainda oferecem o atendimento no balcão, enquanto 50% a 60% já aderiram às embalagens que saem do frigorífico direto para a gôndola. No Brasil essa prática ainda é incipiente, mas está ganhando força. As embalagens case-ready representam apenas de 20% a 30% do mercado, enquanto os açougues dentro das lojas ainda se destacam com uma representação de 70 a 80%.

Essa é uma tendência mundial e para que os varejistas se mantenham no setor de forma competitiva é importante que se preparem. Prova disso é que enquanto as case-ready têm ganhado espaço, os açougues dentro das lojas estão retraindo. Segundo o estudo, além da eficiência e todos os benefícios da solução, a procura por carnes embaladas e falta de mão de obra qualificada para manter o atendimento no balcão, têm impulsionado a mudança do serviço.

¹ O estudo Global Food Retailer Beef Insights ouviu os principais supermercadistas nos Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Brasil, em 2016.

*Alessandra Souza é líder de marketing para carne vermelha na América Latina da Sealed Air Food Care