O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), recebeu alta na manhã deste domingo (21), depois de uma cirurgia robótica para correção de duas hérnias: uma inguinal direta e outra umbilical. A equipe médica do Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, liberou o ministro para seguir com cuidados em casa.
A alta foi autorizada depois da visita de rotina feita pela médica cardiologista e intensivista Ludhmilla Hajjar. O responsável pela operação foi o médico Antônio Luiz de Vasconcellos Macedo.
O ministro Dias Toffoli tem 56 anos de idade e está no Supremo desde 2002, por indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele foi o mais jovem ministro a presidir a Corte entre 2018 e 2020.
O presidente atual é o ministro Luís Roberto Barroso. É ele que está à frente dos casos considerados mais urgentes durante o recesso do Judiciário, que vai retomar os trabalhos no dia 1º de fevereiro.
O Niterói D’Or realiza na semana que vem sua primeira cirurgia robótica. Diretor da unidade, Bruno Queiroz explica que o equipamento amplia as possibilidades em cirurgias de próstata, bariátricas, ginecológicas e também tratamentos contra diversos tipos câncer. “Isso significa melhor precisão em procedimentos de alta complexidade, além de menor tempo de internação para o paciente”, ressalta. Atualmente, a Rede D’Or tem o maior parque robótico do país, respondendo por 20% dos equipamentos em uso.
O Hospital 9 de Julho (H9J) inova mais uma vez na área robótica com o lançamento da sala inteligente para cirurgias. Foram investidos R$ 2 milhões na estrutura, que permite o rápido deslocamento do médico entre duas salas cirúrgicas agilizando a realização de procedimentos em sequência. Segundo o Dr. Alfonso Migliore Neto, diretor Geral do Hospital 9 de Julho, esse pioneirismo atende à crescente demanda por robótica. “Estamos sempre em busca do que há de melhor em Medicina para o paciente e tecnologias que tornam tratamentos mais assertivos, como no caso da robótica, e que agilizam o atendimento, como a sala inteligente, estão alinhados com esse objetivo” explica o médico.
A sala inteligente é um ambiente amplo, subdividido em duas salas cirúrgicas. Para o Dr. Migliore, esse é o grande diferencial desse lançamento. “Antes o cirurgião precisava esperar toda a finalização de uma cirurgia até a nova preparação da sala para o próximo procedimento. Agora, isso não é mais necessário” reforça o médico.
Outro diferencial é a redução do tempo para os processos cirúrgicos. O Dr. Migliore explica que a equipe cirúrgica consegue otimizar o tempo que seria investido na transição entre duas cirurgias. “O tempo gasto pela equipe é o de higienização, troca de pinças e preparação do próximo paciente, o que normalmente é muito rápido”, destaca o especialista.
Números da robótica
O H9J foi o primeiro hospital privado a alcançar mais de duas mil cirurgias robóticas em cinco anos. Desse total, 75% foram feitas em homens -o principal procedimento foi a retirada do câncer de próstata (Prostatectomia). O Dr. Migliore explica que o crescimento da procura por essa cirurgia foi de sete, em 2012, para 327, em2017 Para o médico, as indicações têm aumentado graças a redução dos casos de impotência e incontinência urinária, efeitos comuns nas operações tradicionais para retirada de câncer de próstata. “O procedimento por meio de robô tem 20% a mais de chance de recuperar a ereção e 5% a menos de risco de ter problemas futuros como incontinência urinária”, explica o médico.
Já as cirurgias robóticas em mulheres representam 25% com destaque para a histerectomia, retirada do útero. Segundo o Dr. Migliore a intervenção está entre as primeiras porque é parte do tratamento de problemas ginecológicos como miomas, sangramento uterinos e câncer.
Quando falamos da idade de homens e mulheres que procuram esse tipo de cirurgia, a faixa etária de maior aderência à cirurgia robótica é de 41 a 60 anos (54%), seguido por 20 a 40 anos (32%) e acima de 61 anos (14%). Para o Dr. Migliore, essa faixa de idade mostra que os adultos têm procurado mais cuidados médicos do que antigamente e já optam por tratamentos mais modernos e minimamente invasivos.
A cirurgia geral está em segundo lugar (37%) com procedimentos como septação (bariátrica), gastroplastia endoscópica (redução de estômago por endoscopia) e hérniorrafia (hérnia), estão em segundo lugar (37%) no ranking dos procedimentos robóticos mais realizados.
A tecnologia robótica é um diferencial quando se fala em procedimento minimamente invasivo e sua aplicação tem bons resultados na recuperação do paciente. Nos procedimentos urológicos a recuperação da função erétil e continência urinária é melhor que na cirurgia convencional. De acordo com a literatura, 60% dos pacientes operados por robótica retomam uma vida sexual normal, e nos casos convencionais este índice fica de 10% a 30%.
– Atualmente, cerca de 85% das cirurgias para câncer de próstata são realizadas utilizando a plataforma robótica, nos Estados Unidos. Este procedimento também vem aumentando progressivamente no Brasil, seguindo uma tendência mundial. Entre os benefícios, pode-se citar a visualização 3D do tumor, que permite ao cirurgião maior precisão da dissecção, minimizando hemorragias. Além disso, o procedimento minimamente invasivo contribui com a rápida recuperação do paciente e reduz as chances de problemas de incontinência urinária, além de menor risco de disfunção erétil – detalha Rodrigo Frota, urologista e coordenador do Programa de Cirurgia Robótica da Rede D’Or São Luiz.
As cirurgias robóticas urológicas compreendem o tratamento do câncer de próstata, rim, testículo e bexiga, e no tratamento da estenose de junção do ureter com a pelve renal. A Rede D’Or São Luiz, dispondo do robô Da Vinci – o modelo mais moderno no país – já realizou mais de 1.500 procedimentos em urologia, uma das especialidades que mais opera com esta tecnologia. Além disso, esses resultados tornam o Hospital Quinta D’Or um dos centros com o maior volume de procedimentos robóticos do Rio de Janeiro – completando a marca de 500 cirurgias nas diversas especialidades.
– A ampliação do acesso a cirurgia robótica urológica já é uma realidade. Hoje, o Brasil conta com 31 robôs usados em cirurgias, em 2015 eram 15 equipamentos. Assim como o quantitativo de plataformas robóticas aumentou, também ocorreu no número de procedimentos – destaca o especialista.
Benefícios da Cirurgia Robótica
Já é comprovado que a cirurgia robótica traz inúmeros benefícios aos pacientes, dentre os mais relevantes são: redução do tempo de hospitalização; recuperação e retorno mais rápido às atividades normais; redução de dor e complicações no período pós-operatório; cortes menores e menor sangramento; menor risco de infecção hospitalar; redução na dose de medicamentos no pós-operatório.
A cirurgia robótica é a mais indicada, principalmente para os casos mais delicados e complexos que antes estavam relacionados a cirurgias de altíssima complexidade e maiores riscos aos pacientes. Esta tecnologia permite que a intervenção seja cada vez menos invasiva, otimizando a recuperação do paciente após o procedimento. Entre as especialidades que mais operam com esta tecnologia se destacam a urologia, ginecologia e a cirurgia bariátrica, mas procedimentos também são feitos em cirurgia hepática, proctologia, tórax, entre outras.