Caminho para a excelência em salvar vidas
Hospital Copa D’Or recebe prêmio internacional por uso de Oxigenação por Membrana Extracorpórea (ECMO); em pouco mais de dois anos, 24 pacientes já utilizaram o dispositivo

O Centro ECLS (Suporte de Vida Extracorpóreo) do Hospital Copa D’Or recebeu da Organização de Suporte de Vida Extracorpóreo (ELSO) o prêmio Silver Level ELSO Award Recipient. O certificado premia os hospitais que se caracterizam por adotarem processos que promovem excelência no cuidado dos pacientes que utilizam a Oxigenação por Membrana Extracorpórea (ECMO) como tratamento para doenças cardíacas ou pulmonares. Desde agosto de 2021, quando foi classificado como Centro de ECMO pela ELSO, o Copa D’Or já utilizou o dispositivo em 24 pacientes: 14 para auxílio pulmonar, e outros 10 para suporte cardíaco. Em 2024, o hospital será o terceiro no Brasil e o primeiro no Rio de Janeiro a alcançar o certificado Silver.

O suporte respiratório é utilizado em pessoas com doença ou falência pulmonar que necessitem de auxílio que vá além da ventilação mecânica. Nesses casos de refratariedade, a ECMO funciona puxando o sangue do paciente, oxigenando através da membrana e devolvendo ele ao corpo para as veias, agindo como um “pulmão externo”. Em casos de falência cardíaca, a ECMO drena o sangue, oxigena-o e devolve para dentro de uma artéria, dando suporte hemodinâmico ao doente.

O dispositivo funciona como suporte essencial em casos de pacientes que aguardam por transplante ou por recuperação do órgão doente. Para decidir utilizar o dispositivo, é necessário avaliar se ele servirá como uma dessas pontes. No caso de pacientes com doenças pulmonares, como pneumonia ou asma, a ECMO é utilizada até que o órgão se recupere completamente e possa voltar a trabalhar sem auxílio. Já em pacientes com órgão em estado terminal, a ECMO funciona como ponte até o transplante, proporcionando que o doente possa aguardar mais tempo pelo órgão. Em casos de inviabilidade de recuperação do órgão acometido e ausência de perspectiva de transplante, a terapia não é aplicada.

O prêmio Silver, conquistado pela equipe do Copa D’Or, é o primeiro passo no caminho da excelência; a ELSO também premia as categorias Gold e Platinum, níveis de excelência progressivos. Até a última premiação, o Brasil tinha apenas um hospital com algum nível de certificação ELSO. A partir de 2024, serão apenas três hospitais no país inteiro, sendo o Copa D’Or o único do Rio de Janeiro. Diretora do programa ECMO do hospital, Dra. Luciana Tagliari reforça a importância desse reconhecimento: “O prêmio reflete o resultado do  trabalho dedicado de uma grande equipe e qualifica ainda mais os programas de  transplante de pulmão e de coração do Hospital Copa D’Or”.

Paciente vence a Covid após ficar mais de 30 dias utilizando ECMO
Foram mais de dois meses internada no Glória D’Or

 

 

Da Redação

Gabrielle Ferreira, 29, é mais uma pessoa a fazer parte da estatística que aumenta as esperanças no meio dessa pandemia. Depois de mais de dois meses internada no Glória D’Or, sob os cuidados da equipe do pneumologista David Nigri, devido à covid, ela recebeu alta na última desta sexta-feira (28). A ida para casa mereceu uma verdadeira festa da equipe do hospital e dos familiares. Gabrielle correu risco de morte por quase três semanas e ficou mais de trinta dias em tratamento por ECMO, equipamento que funciona como se fosse um pulmão artificial.

Irmão da paciente, o também pneumologista Gabriel Santiago acompanhou o quadro desde o início e a viu rapidamente evoluir para um caso grave. Após dez dias de sintomas leves de Covid, Gabrielle começou a registrar, no dia 22 de março, uma brusca queda da saturação de oxigênio, bem como um forte cansaço. Ela então foi encaminhada para o hospital, onde ficou internada por 68 dias. Gabriel relata que já no dia 23 a irmã apresentou uma piora muito grande e, no dia seguinte, precisou ser intubada. “Em menos de uma semana ela desenvolveu pneumotórax (presença de ar entre as duas camadas da pleura, que pode provocar o colapso do pulmão) e precisou ser submetida a ECMO”, conta.

Mesmo intubada, o pulmão não conseguia mais cumprir a sua função e a saturação permanecia muito baixa, por isso a única opção foi utilizar o “pulmão artificial”. Ainda assim, as quatro semanas seguintes foram de enorme preocupação, com grande risco de morte para paciente devido às inúmeras complicações por causa da covid. Felizmente, há três semanas, ela começou a dar sinais de melhora e de resposta ao tratamento e a evolução surpreendeu toda equipe médica. “Quem viu a minha irmã um mês atrás na UTI não acreditaria que hoje ela está recebendo alta”, comemora Gabriel, que conta que a partir de agora ela vai passar por um longo período de reabilitação, com sessões diárias de fisioterapia.

O diretor do hospital, Bruno Queiróz, destaca que o caso dela motiva ainda mais toda a equipe a continuar se dedicando no combate a essa doença. “Foi um caso muito grave, mas que teve um desfecho feliz. Toda a equipe que acompanhou o caso da Gabrielle está comemorando a sua alta”, afirma.

Paciente se recupera da Covid-19 com uso de tecnologia que funciona como pulmão artificial, em Volta Redonda
Vinicius Ferreira esteve internado no Hospital Unimed Volta Redonda por 42 dias

 

Da Redação

Vinicius Toletino Ferreira, de 33 anos, é mais uma pessoa a fazer parte de uma estatística positiva no meio dessa pandemia. Ele superou a Covid após ficar 42 dias internado, sendo 20 na UTI, no Hospital Unimed Volta Redonda. E quando deu entrada no hospital, por causa de sintomas gripais, o auxiliar administrativo nem imaginava a luta pela vida que seriam as semanas seguintes. Para ele, a dedicação da equipe do Hospital, bem como a excelência do cuidado prestado foram fundamentais para vencer a doença. “Era uma situação muito difícil de sair. O empenho da equipe foi fundamental”, destaca Vinicius.

A família enviava áudios durante o período em que esteve em coma induzido que eram sempre reproduzidos para o paciente. Vinicius lembra em especial do técnico de enfermagem Robert que ia todos os dias em seu leito e sempre dava bom dia, mesmo enquanto estava sedado. “Até o dia em que ele me deu bom dia e eu respondi pela primeira vez”, relembra.

Na batalha travada para superar a Covid, a tecnologia de ponta disponível no hospital também foi uma aliada fundamental. Após passar por uma bateria de exames e ser diagnosticado com um quadro de pneumonia provocado pelo coronavírus, Vinicius viu seu estado de saúde piorar nos dias seguintes. O quadro se agravou a ponto da saturação de oxigênio chegar a 60. Isso significa que o organismo não estava recebendo oxigênio como deveria, o que compromete a saúde da pessoa. O normal é que a saturação esteja em 95.

Porém, os tratamentos não surtiam efeito esperado e os pulmões estavam extremamente comprometidos. Foi então quando a equipe médica ponderou com a família a opção de utilizar a ECMO, que na sigla em inglês significa oxigenação por membrana extracorporea. “A ventilação mecânica não conseguia ofertar oxigênio necessário para o paciente nem retirar o CO2. Por isso, avaliamos que era o momento de usar a ECMO”, conta Dr. Jean Pierre, cardiologista responsável pelo equipamento.

Para Vinicius, não há dúvidas de que essa tecnologia foi vital para sua recuperação. “O tratamento foi fundamental, foi o que deixou meu pulmão descansar. O equipamento fez todo o trabalho. Enquanto o pulmão descansava, entraram com um antibiótico mais forte, que conseguiu fazer efeito”, conta.

Tecnologia de ponta e segurança nos procedimentos são investimentos contínuos da Unimed Volta Redonda para garantir a qualidade da assistência, como explica o vice-presidente da Cooperativa, Dr. Vitório Moscon Puntel. “Vinícius era um paciente grave e a recuperação dele foi uma alegria muito grande para toda a equipe. Disponibilizar esse equipamento aos pacientes só reforça o nosso compromisso em oferecer sempre o melhor e mais moderno tratamento aos nossos clientes, aliado ao corpo clínico qualificado e atendimento humanizado”, afirma.