Prévia da inflação registra em maio menor acumulado em 12 meses desde 2007

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 0,24% em maio, ficando 0,03 ponto percentual acima dos 0,21% registrados em abril. Apesar da alta, o resultado acumulado nos primeiros cinco meses do ano ficou em 1,46%, bem abaixo dos 4,21% referentes ao período de janeiro a maio de 2016.

Os dados foram divulgados hoje (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e indicam que o IPCA-15 acumulado nos últimos doze meses, caiu para 3,77%, abaixo dos 4,41% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores e constituindo-se na menor variação acumulada em períodos de 12 meses desde os 3,71% registrados em  julho de 2007. Em maio de 2016, a taxa havia sido de 0,86%.

A ligeira alta de maio em relação a abril foi pressionada pelos preços dos remédios, que subiram 2,08% e causaram impacto de 0,07 ponto percentual nos 0,24% do IPCA-15 relativo ao mês.

Segundo o IBGE, a pressão no preço dos remédios foi consequência do reajuste anual que passou a valer a partir de 31 de março, variando entre 1,36% e 4,76%, conforme o tipo de medicamento. Isto resultou numa alta de 2,96% em relação aos preços dos medicamentos em abril (alta de 0,86%); e de 2,08% em relação a maio.

Inflação por grupo

Em consequência da alta dos remédios, o grupo Saúde e Cuidados Pessoais apresentou, pelo segundo mês consecutivo, a maior variação entre os grupos, ai subir em maio 0,84%; seguido dos artigos de Vestuário, com alta de 0,74%.

Os preços do grupo Alimentação e bebida também registraram alta ao passar de 0,31% para 0,42%, entre abril e maio. Neste caso, houve alta nos preços de produtos como batata-inglesa (16,08%), tomate, (12,09%) e cebola (9,15%); enquanto outros, como óleo de soja (-5.81%), açúcar cristal (-3,03%), frutas (-2,73%) e feijão-carioca (-2,52%), fecharam com deflação 9inflação negativa).

Quanto aos demais grupos, as variações situaram-se entre -0,40% e 0,27%, com destaque para a queda de 0,4% no grupo Transportes, onde os combustíveis passaram a custar 1,12% menos do que custavam em abril. Com isso geraram o mais forte impacto negativo no IPCA-15 do mês: -0,06 ponto percentual.

O IBGE chama a atenção para o preço do litro da gasolina que chegou a ficar 0,85% mais barato, com o etanol caindo ainda mais: -2,48%.

Confiança industrial atinge maior nível em três anos

A confiança da indústria deve encerrar o mês de maio no maior patamar desde 2014. A prévia do  Índice de Confiança da Indústria (ICI), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), indicou um avanço de 1,2 ponto em relação a abril.

Caso o número seja confirmado, a confiança chegará aos 92,4 pontos, nível mais alto desde abril de 2014, quando esse número foi de 97 pontos. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (22).

De acordo com o levantamento, a continuidade do avanço da confiança é resultado da atual situação econômica do País e das perspectivas para os próximos meses.

Nesse contexto, o indicador que mede a situação atual pode subir 1,3 ponto em maio, enquanto o índice que mede as expectativas subiria 0,8 ponto.

Para a prévia de maio de 2017 foram consultadas 781 empresas entre os dias 02 e 17 deste mês. O resultado final da pesquisa será divulgado na próxima segunda-feira (29).

Entra em vigor lei de recuperação fiscal dos estados

A lei que cria o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) para os estados foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (22). Sancionado sem vetos pelo presidente Michel Temer, na última sexta-feira, o projeto aprovado pelo Congresso estabelece que estados com obrigações superiores à disponibilidade de caixa ou em situação de calamidade fiscal, como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, poderão suspender o pagamento da dívida com a União pelo prazo de três anos.

Para isso, deverão aprovar leis estaduais com um plano de recuperação que prevê obrigações como a privatização de empresas dos setores financeiro, de energia e de saneamento, por exemplo.

Antes da aprovação das leis do plano de recuperação pela assembleia legislativa, o estado e o governo federal poderão assinar pré-acordo de adesão ao regime.

Durante a vigência do RRF, os estados beneficiários só poderão contratar empréstimos que contribuam para a melhoria do equilíbrio financeiro, como os de financiamento de programa de desligamento voluntário de pessoal e de custeio de auditoria do sistema de processamento da folha de pagamento de ativos e inativos.

Outras exceções se destinam ao financiamento da reestruturação de dívidas com o sistema financeiro; à modernização da administração fazendária; e à antecipação de receita da privatização de empresas.

O monitoramento do cumprimento das condições acordadas será feito por um conselho de supervisão composto por três membros, um indicado pelo ministro da Fazenda, um auditor federal de controle externo do Tribunal de Contas da União e um integrante indicado pelo estado em regime de recuperação fiscal, além de três suplentes.

O conselho deve monitorar o cumprimento do plano de recuperação e apresentar ao Ministério da Fazenda relatório mensal sobre a execução e sobre a evolução da situação financeira do estado.

Custo da construção civil cresce 5,07% em 12 meses

O custo da construção, medido pelo Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acumulou alta de 5,07% nos 12 meses encerrados em abril. A taxa está abaixo do apurado até março (5,39%). Segundo dados de abril divulgados hoje (10), no Rio de Janeiro, o custo por metro quadrado é de R$ 1.039,54.

Considerando-se apenas o mês de abril, a inflação em relação a março foi de 0,15%, uma taxa mais moderada do que a inflação de março em relação a fevereiro (0,46%) e de abril de 2016 em relação ao mês anterior (também de 0,46%).

O custo da mão de obra em abril cresceu 0,28% em relação a março, passando a ser de R$ 505,13 por metro quadrado. Já os materiais tiveram aumento de preços de 0,04% no período, passando a custar R$ 534,41 por metro quadrado.