Inovação no mercado educacional é tema do Quero Captação 2019

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São aguardadas mais de 1.200 pessoas na edição deste ano

O Quero Captação, evento destinado a formar um ecossistema educacional cada vez mais ativo no país acontecerá no dia 25 de outubro, no Expo Center Norte. Em sua quarta e maior edição, mais de 44 palestrantes, gestores e educadores se reunirão em prol de um ensino inovador e discutir as melhores práticas na gestão educacional.  Realizado pela edtech Quero Educação, seu cronograma, com diversos nomes referência no mercado, reforça como o setor está aquecido no país. Com o advento das startups especializadas no mercado, as instituições de ensino de todo o mundo passaram a contar com novas tecnologias inseridas no dia a dia de alunos, professores e gestores.

Entre os keynotes do evento está o norte-americano Jeremy Rossmann, que criou uma faculdade de tecnologia na qual os alunos não pagam até conseguirem um emprego na área. A Make School, situada em São Francisco na Califórnia, traz uma grade curricular 100% pautada nas demandas das empresas de tecnologia do Vale do Silício. Todo o currículo é baseado na cultura maker, o que faz com que os alunos se formem com um forte portfólio. Os alunos da Make School conquistam empregos em grandes empresas como Google, Tesla e outros gigantes do mundo da tecnologia.

“Estar em constante atualização é um dever dos centros educacionais. Segundo a pesquisa Projetando 2030 da Dell Technologies e IFTF (Institute For The Future) 85% das funções em que os profissionais atuarão em 2030 ainda não existem. É necessário acompanhar o mercado profissional em constante mudança e preparar, independentemente da idade, aqueles que hoje são estudantes”, explica o Diretor de Inteligência Educacional da Quero Educação, Pedro Balerine.

O objetivo do Quero Captação é discutir como inserir novas tecnologias na educação brasileira, advindas da transformação digital, em suas diversas vertentes como ensino básico, cursos livres, idiomas e o ensino superior. No país, o cenário das edtechs segue em crescimento. As startups de educação representam 7,8% do total do ecossistema nacional, crescendo em média 20% ao ano, segundo dados da Associação Brasileira de Startups (Abstartups) com o Centro de Inovação para a Educação Brasileira (Cieb).

Keynotes e trilhas do conhecimento

Além de Jeremy Rossmann, os outros keynote speakers do Quero Captação 2019 são o CEO da Arco Educação, o escritor, filósofo e coordenador de curso na FAAP, Luiz Felipe Pondé; e o Economista, empreendedor e colunista do Estadão, Ricardo Amorim.

Durante as quatro trilhas de conteúdos simultâneos, divididas entre marketing e captação, atendimento ao aluno, pedagógica, finanças e operações, e cases de sucesso, serão mais de 30 palestrantes. Dentre os profissionais confirmados estão Eduardo Senise, Diretor de Educação Continuada do Grupo Estácio; Claudio Pinheiro, data scientist da IBM; Juliano Costa, VP da Pearson Brasil, entre outros. Mais informações no link: querocaptacao.com.br .

Oferta de vagas em ensino superior a distância é maior que presencial

O Censo da Educação Superior divulgado hoje (19) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e pelo Ministério da Educação (MEC) mostra que, pela primeira vez, a oferta de vagas nos cursos de graduação na modalidade educação a distância (EaD) é maior que a do ensino presencial.

Em 2018, foram ofertadas 7,1 milhões de vagas nos cursos de educação a distância e 6,3 milhões em cursos presenciais. O número de cursos EaD cresceu 50% em um ano, passando de 2.108 em 2017 para 3.177 em 2018.

Apesar da maior oferta de vagas em cursos a distância, os cursos presenciais ainda tiveram mais alunos novos matriculados em 2018. Houve 2 milhões de matrículas na modalidade presencial e 1,3 milhão em cursos EaD.

O Inep destaca que o número de ingressos nos cursos de graduação a distância tem crescido significativamente nos últimos anos, dobrando sua participação no total de novos alunos, de 20% em 2008 para 40% em 2018. Nos últimos cinco anos, segundo o instituto, os ingressos nos cursos presenciais diminuíram 13%.

Para o ministro da Educação, Abraham Weintraub, a maior oferta de vagas no ensino a distância em relação ao presencial é uma “tendência nacional e mundial”. “Isso só tende a se consolidar”, afirmou.

Desistências

Dados do Censo da Educação Superior apontam que, dos estudantes que entraram em 2010, 56,8% desistiram do curso e apenas 37,9% concluíram os estudos. Outros 5,3% continuavam na graduação seis anos depois do início do curso.

“Qualquer atividade econômica – e o ensino é uma atividade econômica – tem que ter critérios de eficiência. E o Brasil é muito ineficiente. Mais da metade dos ingressantes desiste ao longo do curso, sendo também que há um elevado grau de pessoas que ficam muito mais tempo necessário para concluir o curso”, disse o ministro.

E acrescentou: “Se a gente reduzisse significativamente essa ineficiência, a gente conseguiria dobrar o número de pessoas com ensino superior completo no Brasil, utilizando os mesmos recursos atualmente disponíveis”.

Segundo o MEC, o Brasil tem 8,4 milhões de estudantes de graduação matriculados em instituições de ensino superior, 20% deles em universidades públicas.

“Um total de 3,4 milhões de estudantes ingressou em cursos de graduação em 2018. No mesmo ano, 1,2 milhão de estudantes concluíram a educação superior. As informações do censo foram coletadas em 2.537 instituições, 2.238 delas privadas. Neste grupo, estão matriculados 75% dos estudantes, cerca de 6,3 milhões de alunos”, informou o ministério.

Casa do Saber Rio debate educação dos filhos e desenvolvimento de habilidades

A educação dos filhos passa pelo desenvolvimento de capacidades específicas para que eles cresçam com equilíbrio e confiança. Essas habilidades estarão em debate na Casa do Saber Rio, no próximo sábado (31). Luiz Alberto Hanns, doutor em Psicologia, vai explicar as ferramentas necessárias para que os pais ajudem os filhos a desenvolver competências básicas: a capacidade de experimentar, a persistência, a busca da autonomia, o relacionamento interpessoal, a capacidade de adaptação e saber lidar com o erro e a frustração, entre outras.

Segundo Hanns, a partir de uma matriz de seis capacidades essenciais, todas as outras podem ser construídas. Ele mostrará como os pais podem reconhecer disposições, talentos e dificuldades naturais de seus filhos e, desde cedo, ajudar a desenvolvê-los. O encontro traz ainda sugestões práticas de como ensinar essas competências, da infância ao final da adolescência.

SERVIÇO
Pais e filhos: seis competências fundamentais para a vida

Local: Casa do Saber Rio
Data: 31 de agosto

Horário: das 9h às 12h

Endereço: Shopping Leblon. Av. Afrânio de Melo Franco 290/ 101 – 1º piso
Valor do investimento: R$ 300

Inscrições: https://rj.casadosaber.com.br/cursos/pais-e-filhos-seis-competencias-fundamentais-para-a-vida/mais-informacoes

Mercado de educação se reinventa e vive novo momento no franchising, aponta estudo

Uma das áreas mais importantes para o desenvolvimento socioeconômico de um país, a Educação está se reinventando no universo do franchising. Essa é uma das principais conclusões de um estudo inédito da ABF – Associação Brasileira de Franchising, denominado Diagnóstico Setorial de Educação 2019. Conduzido pela área de Inteligência de Mercado da entidade, o estudo foi realizado por amostragem (53% das redes de educação associadas do setor participaram) e terá suas principais conclusões debatidas no Seminário Setorial de Educação que ocorre dia 25/6, dentro da Programação da ABF Franchising Week.

De acordo com dados da ABF, as redes de franquias de educação faturaram R$ 11,400 bilhões em 2018. Já no primeiro trimestre de 2019, a receita foi de R$ 2,8 bilhões, um crescimento de 8,1% em relação a igual período do ano passado. Em número de unidades, Serviços Educacionais contabilizou 15.979 operações, o que corresponde a 10,4% do total de 153.704 unidades do setor de franquias. Quanto ao número de marcas, o segmento registrou 279 (9,7% das 2.877 redes do franchising).

O segmento educacional tem muito mercado a ser explorado no Brasil. Dados do British Council indicam que apenas 1% dos brasileiros tem alguma fluência em inglês. Já em outro estudo, a Nielsen apurou que 8% da população têm intenção de estudar o idioma.

“Nunca se falou tanto em educação e no franchising não é diferente. Atentas a tudo o que envolve a sociedade em geral, as franquias educacionais criam diversas oportunidades de negócios para quem deseja empreender”, afirma Sylvia Barros, coordenadora do Comitê de Educação da ABF. “Educação é uma questão de propósito. Sabemos que estamos contribuindo para a evolução das pessoas e formando cidadãos para o mundo”, completa.

O Estudo aponta que, nesse novo momento, as redes de educação criaram modelos de negócios com o objetivo de atender as atuais demandas da sociedade. Oferta de cursos híbridos (parte das aulas presenciais e parte online), bilingues, in school (aulas em estabelecimentos de ensino parceiros), em período integral e home-based (unidades sem ponto comercial, atuando na casa do franqueado ou na do aluno) são as principais. As escolas tradicionais ainda predominam, com 87% de participação; modelos híbridos já são adotados por 35% delas e in school por 33%.

Outra evidência da transformação digital, é que a maior parte (68,5%) das redes contempla plataformas digitais em sua metodologia de ensino. Em termos de carga horária, o estudo identificou uma diferença clara entre as redes de treinamento, capacitação e cursos profissionalizantes, cuja carga semanal média é superior a 10 horas, enquanto as de idiomas é de até 4 horas. A quantidade média de alunos por unidade se mostrou representativa, com 61,4% com mais de 200 estudantes.

O estudo trouxe dois dados importantes para candidatos a franqueado no setor: para 53,2% dos franqueados da amostra, o ponto de equilíbrio ocorre, em média, entre 6 meses e 1 ano; enquanto para 57% dos franqueados o prazo médio do retorno sobre o investimento ocorre entre 1 e 2 anos.