Último trimestre de 2020 deve gerar mais de 400 mil vagas de trabalho temporário
A previsão é da ASSERTTEM, que considera o aquecimento da indústria e do comércio para datas como o Natal

Da Redação

O Trabalho Temporário – no formato da Lei Federal 6.019/74 e do Decreto nº 10.060/2019 – será responsável por gerar 400 mil vagas temporárias no último trimestre do ano, segundo projeção da Associação Brasileira do Trabalho Temporário (ASSERTTEM).

O presidente da associação, Marcos de Abreu, afirma que no mês de outubro o setor da Indústria ainda deve puxar as contratações para suprir a alta demanda do mercado, sendo que os principais segmentos que buscam reforços de trabalhadores temporários são: Alimentos, Farmacêutico, Embalagens, Metalurgia, Mineração, Automobilístico e Agronegócio.

Já nos meses de novembro e dezembro, Abreu reforça que o destaque será o Comércio, seguido pelo setor de Serviços para pessoas físicas.

“Com a proximidade do Natal, o comércio abrirá muitas vagas temporárias. Assim, quem está desempregado deve ficar atento a essas oportunidades que vão surgir”, afirma. “A grande dica para o trabalhador é procurar uma agência de Trabalho Temporário. No site da ASSERTTEM ele consegue ter acesso à lista de agências associadas e registradas no Ministério da Economia, dividas por estado”, completa.

De acordo com ele, por meio do Trabalho Temporário, o trabalhador pode adquirir mais conhecimentos e ter novas experiências no mercado, o que potencializa sua recolocação em uma eventual vaga permanente. “Neste período de pandemia, estimamos que 20% dos trabalhadores temporários serão efetivados. É um número bastante expressivo”, frisa o presidente da Associação.

Desempenho de setembro

Em setembro, as contratações realizadas por meio do Trabalho Temporário surpreenderam, mais uma vez, positivamente. Ao todo foram 186.940 novas vagas temporárias no mês, em 2020, um aumento de quase 42% frente às 131.761 de setembro do ano passado.

“O Trabalho Temporário torna seu legado nessa pandemia e assume o papel de protagonista como uma importante solução para a sobrevivência das empresas e o combate ao desemprego, ao ser utilizado para substituição transitória e para demanda complementar de serviços de forma rápida, eficaz e segura”, conclui o presidente da ASSERTTEM.

Mais de 70% dos trabalhadores temem perder ocupação
Informação é de pesquisa feita para a CNI

Sete em cada dez trabalhadores formais e informais (71%) têm “algum medo” de perder a ocupação de onde tiram o sustento. A mesma proporção informa ter reduzidos os gastos mensais desde o início da pandemia de covid-19.

As informações são de pesquisa de opinião realizada para a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os dados foram apurados em levantamento por telefone, realizado entre 10 e 13 de julho em todas as unidades da Federação.

Na enquete anterior, feita em maio, a proporção de pessoas preocupadas com a manutenção do trabalho era de 77%, e o percentual de quem reduziu o consumo, 74%.

Segundo nota da CNI, “o nível reduzido de consumo tende a ser mantido mesmo após o fim do isolamento social”. A maioria dos entrevistados acredita que vai manter o atual patamar de consumo entre 15 tipos de produtos industrializados – desde itens como roupas, produtos de higiene pessoal até bebidas alcoólicas, eletrodomésticos e eletroeletrônicos.

“Para se ter uma ideia, os itens que mais devem ter crescimento de consumo no pós-isolamento são as roupas. Mesmo assim, apenas 21% dos entrevistados afirmaram que pretendem ampliar o consumo desses produtos”, diz a nota da confederação.

A pesquisa também verificou que para 67% dos entrevistados a recuperação da economia ainda não começou – sendo que 61% calculam que ela vai demorar pelo menos um ano para ocorrer. Três de cada dez das pessoas ouvidas (31%) disseram que perderam parte ou a renda integral antes da covid-19.

O levantamento ainda verificou que o medo de ser infectado pelo novo coronavírus alcança 47% das pessoas entrevistadas, seis pontos percentuais a menos do que em maio. A redução do temor não fez ceder o amplo apoio às medidas de isolamento social (84%). Conforme a CNI, “o grupo das pessoas que saem de casa apenas para ações essenciais, como fazer compras ou trabalhar, aumentou de 58% para 67% entre maio e julho.”

Nesse período, houve recuo de oito pontos percentuais na proporção de pessoas que se dizem endividadas, de 53% para 45%. A maioria (62%) que se diz endividada afirma que vai conseguir quitar os compromissos em 30 dias.

Um terço dos entrevistados pediu e está recebendo auxílio emergencial. Entre esses, 57% usaram o dinheiro para fazer compras e 35% aproveitaram o valor para pagar dívidas.

Apesar do quadro recessivo, setor de saúde gera 6,5 mil empregos em maio
Entretanto, o país registrou a perda de 331 mil postos de trabalho formais

 

Breno Monteiro, presidente da CNSaúde, alerta que o setor talvez não sustente o saldo positivo até o fim do ano

 

Da Redação

O país fechou 331 mil postos de trabalho formais no mês de maio e acumula um déficit de 1,2 milhão de empregos com carteira assinada no ano. Já o setor de saúde, teve saldo positivo de 6,5 mil vagas em maio e de 29 mil vagas no acumulado Janeiro/Maio, de acordo com os dados do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), divulgados pelo Ministério da Economia.

Apesar do resultado positivo para o setor, a Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde), que representa os prestadores de serviços médico-hospitalares, vê com cautela esse resultado e as perspectivas para o restante do ano. Segundo o presidente da entidade, Breno Monteiro, “o setor vem resistindo ao quadro recessivo, mas já sente a perda de receita e a ameaça de fechamento de parte dos hospitais e laboratórios, em função da pandemia”.

O resultado alcançado pelo segmento de saúde em maio foi o melhor da sua média histórica dos últimos quinze anos (2005 a 2019) em geração de empregos para esse mês. “Esse resultado demonstra a resiliência na geração de empregos deste importante setor econômico. O setor é forte, mas a baixa utilização dos serviços médicos, em geral, deve afetar a dinâmica de geração de empregos”, alerta Monteiro.

Somente na última década (2010-2019), os prestadores privados de saúde contribuíram na geração de mais de 820 mil empregos formais (CLT) no país. O estoque de empregos formais diretos no setor da saúde é de 2.378.915, ficando à frente de outros tradicionais segmentos da economia, como a Construção Civil e a Agropecuária, de acordo com o último dado da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério da Economia, referente ao ano de 2018.

Empregos no turismo crescem 3,7% em 2019

O número de empregos nos segmentos de Alojamento e Alimentação, atividades ligadas ao setor de turismo, cresceu 3,7% em 2019 na comparação com 2018. Os dois ramos ocuparam um total de 5,5 milhões de trabalhadores no ano passado, avanço este associado principalmente aos serviços de alimentação.

Os dados, divulgados nesta sexta-feira (31) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), integram a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). O resultado é o maior, desde 2012, entre todos os grupos avaliados no levantamento, como Serviços, Indústria, Agropecuária, Construção e Transporte.

A categoria ‘Outros Serviços’, que também inclui atividades relacionadas ao turismo, segundo classificação do IBGE, também apresentou alta no número de trabalhadores: de 19,9%, em relação a 2014, e de 30,9%, na comparação com 2012. Em âmbito nacional, a taxa de desemprego no Brasil caiu 11% no último trimestre de 2019, menor índice para três meses terminados em dezembro desde 2015, quando atingiu 8,9%.

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, comemorou os resultados e destacou que os números são fruto de ações implementadas pelo MTur e pelo governo federal. “Esses resultados demonstraram uma perspectiva otimista e crescente de que estamos no caminho certo. O turismo no centro da agenda estratégica do Brasil proporciona isso. Vivemos um momento único, que oferece uma excelente oportunidade ao nosso país. Trabalhamos exatamente para gerar oportunidades à população, seja com empregos, renda ou inclusão social”, ressaltou o ministro.

Na comparação entre o trimestre móvel outubro-dezembro de 2019 e o mesmo período de 2018, houve crescimento de empregos nos seguintes grupamentos: Alojamento e Alimentação (5,2%, – mais 282 mil pessoas, maior alta no período), seguido de Outros Serviços (4,5% – mais 221 mil pessoas) e Indústria (3,3% – mais 388 mil pessoas).

DEMANDA DOMÉSTICA – Em junho de 2019, o Ministério do Turismo fechou uma parceria com o IBGE para acrescentar perguntas sobre turismo nos questionários da PNAD Contínua. O acordo permitiu a inclusão de 48 tóipicos a respeito do setor, e a primeira amostragem deve ser apresentada ainda neste ano.

​Segundo o ministro do Turismo, a cooperação trará ganhos imprescindíveis para mensurar o alcance e os resultados das políticas públicas adotadas pelo MTur em todo o país. “Precisamos monitorar o comportamento do setor turístico brasileiro e ver se as ações chegam na ponta”, explica Álvaro Antônio.