Inflação desacelera e Dia das Mães fica mais suave para o bolso das famílias

Dados do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) mostram que, nos últimos 12 meses, encerrados em abril deste ano, a inflação dos produtos e serviços mais procurados para o Dia das Mães registrou um aumento de 2,02%, valor abaixo da média de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que alcançou 3,13% no período. Além disso, o ritmo de aumento dos preços para bens e serviços consumidos durante esse período foi menor do que o observado em 2023, quando houve um aumento de 4,4%.

Segundo Matheus Dias, economista do FGV IBRE, ao analisar a composição da cesta de produtos e serviços do Dia das Mães, percebe-se que a maior inflação foi registrada nos serviços, com um aumento médio de 4,24%. “Este número está acima da média de inflação para 2024, mas abaixo do aumento acumulado no mesmo período em 2023, que foi de 7,16%. Isso reflete a resiliência do setor de serviços que, apesar de registrar uma desaceleração no ritmo de aumento de preços, ainda se mantém acima da inflação média”, explicou o pesquisador. Dentro do setor de serviços, os principais destaques foram: hotéis (5,49%), cinemas (5,47%) e bares e restaurantes (4,92%).

Um ponto positivo veio do comportamento dos preços dos itens mais comuns para presentear as mães, que registraram queda de 0,16%. Nesse segmento, destacam-se os seguintes produtos: celulares (-3,35%), computadores (-2,77%) e perfumes (-1,76%).

De acordo com Matheus Dias, apesar dos serviços terem registrado uma inflação mais forte do que a apurada para os bens duráveis, tudo dependerá do orçamento disponível das famílias para o Dia das Mães, pois os serviços em geral possuem um nível de preço menor do que muitos bens utilizados para presentear as mães. “Em geral, um celular, por exemplo, é mais caro do que um bom jantar para celebrar a data”, observou.

FGV IBRE promove o seminário e o lançamento do livro “Progressividade Tributária e Crescimento”, no próximo dia 30 de março
O evento será na sede do Instituto em Laranjeiras, Rio de Janeiro

O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) promove, no próximo dia 30 de março, das 10h às 11h30, o seminário e o lançamento do livro “Progressividade tributária e crescimento econômico”, editado pelo pesquisador Manoel Pires, que reúne artigos de vários especialistas sobre os principais temas da reforma e da tributação do patrimônio e renda no país, tais como lucros e dividendos, imposto sobre heranças e grandes fortunas, tributação de empresas, entre outros. O livro possui uma abordagem moderna baseada nas melhores práticas internacionais, informações estatísticas e também análise econômica. O evento será presencial e o livro, financiado pela Samambaia Filantropias, será distribuído gratuitamente.

Participarão do evento o Manoel Pires, coordenador do Observatório de Política Fiscal do FGV IBRE, Bráulio Borges, pesquisador associado do FGV IBRE e Sérgio Wulff Gobetti, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e coordenador da assessoria técnica da Secretaria de Fazendo do Estado do Rio Grande do Sul (Sefaz-RS). A moderação ficará sob a responsabilidade de Solange Monteiro, editora da revista Conjuntura Econômica.

Serviço:

Evento: Seminário presencial “Progressividade tributária e crescimento”

Data: 30/03/2023

Horário: das 10h às 11h30

Local: Prédio FGV IBRE, na Rua Presidente Carlos de Campos, 417 — Térreo, em Laranjeiras, no Rio de Janeiro

InscriçãoLink
Credenciamento de imprensa com Cecília Barroso, e-mail e celular 21 99121-3771

FGV Ibre: confiança do consumidor sobe 2,7 pontos em dezembro
Recuperação ocorre depois de dois meses de queda

Da Agência Brasil

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 2,7 pontos, chegando a 88 pontos, em dezembro. O aumento ocorre depois de dois meses de queda e contribuiu para zerar as perdas acumuladas nos últimos dois anos. Os dados foram divulgados hoje (26) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).

De acordo com a coordenadora das Sondagens da instituição, Viviane Seda Bittencourt, a recuperação foi puxada pela melhora da perspectiva das famílias de baixa renda.

“A melhora da confiança reflete um aumento do otimismo em relação aos próximos meses, principalmente das famílias de menor poder aquisitivo, que vem se mantendo mais endividadas e sofrendo mais com os efeitos da inflação e taxa de juros elevada”.

Por outro lado, ela aponta que há piora na expectativa sobre o mercado de trabalho.

“As avaliações sobre o momento ainda se mantém estáveis, mas com piora na percepção sobre o mercado de trabalho, o que gera cautela na intenção de compras no curto prazo. O ano fecha com um saldo positivo e zera as perdas acumulada nos últimos dois anos, mas é necessário um grande caminho para que a confiança volte a superar o nível neutro estimulando o consumo.”

Em médias móveis trimestrais, a confiança do consumidor sofreu queda de 0,3 ponto, para 87,3 pontos, após registrar alta nos últimos cinco meses.

Componentes

Entre os componentes do ICC, em dezembro o Índice de Situação Atual (ISA) ficou estável, com variação de 0,1 ponto, para 70,9 pontos, e o Índice de Expectativas (IE) subiu 4,3 pontos, para 100,3 pontos, o melhor resultado desde dezembro de 2019.

Na composição do ISA, piorou a satisfação das famílias sobre a situação econômica, enquanto as avaliações sobre as finanças pessoais no momento melhoraram. O indicador das percepções sobre a situação financeira das famílias subiu 2,7 pontos, para 63,6 pontos. Enquanto o índice da satisfação sobre a situação econômica caiu 2,7 pontos, para 78,8 pontos, o pior resultado desde julho de 2021, quando marcou 77,9 pontos.

A principal alta entre os componentes do ICC no mês foi a situação financeira das famílias nos próximos seis meses, com avanço de 12,5 pontos, para 105 pontos, alcançando o maior patamar desde fevereiro de 2019, quando o indicador ficou em 105 pontos. De acordo com o FGV Ibre, a alta recupera as perdas sofridas nos últimos dois meses.

Já o indicador do grau de otimismo com a situação econômica geral aumentou 4,5 pontos, para 115,1, o que compensa a queda do mês passado. Por outro lado, a intenção de compra de bens duráveis caiu 4,7 pontos, para 80,8 pontos.

Na análise por faixa de renda, foi compensada parte das perdas dos últimos dois meses entre os consumidores de menores rendimento, com avaliação sobre a situação financeira das famílias com alta após a forte queda de novembro. Nas classes de renda mais alta, o índice se mantém em patamar elevado, mas ainda abaixo do nível neutro de 100 pontos.

Impactos da política monetária na economia serão debatidos em webinar do FGV IBRE
Evento será realizado no dia 15 de abril, como parte das comemorações pelos 70 anos do Instituto

 

Da Redação

O Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE) e o jornal O Estado de S. Paulo promovem o webinar ‘A política monetária e seus impactos na economia’ no dia 15 de abril, das 10h às 11h30. O encontro, que faz parte das comemorações dos 70 anos do Instituto, terá a participação de Carlos Viana, sócio-fundador e head de Research da Asset 1 e ex-Diretor do Banco Central do Brasil; José Júlio Senna, chefe do Centro de Estudos Monetários do FGV IBRE e Márcio Garcia, professor titular do Departamento de Economia da PUC-RJ. Fábio Alves, colunista do Broadcast do Estadão, será o mediador

A pandemia da Covid-19 levou vários países a realizarem expansões monetárias sem precedentes históricos, incluindo muitos emergentes que, ineditamente, testaram instrumentos monetários não convencionais. No Brasil, o Banco Central reduziu recentemente a taxa real de juros, que se tornou negativa pela primeira vez desde o Plano Real. Com o recrudescimento da crise sanitária este ano e a inflação já mostrando força, o BC elevou a Selic em 0,75%, sinalizando novos aumentos futuros se a pressão inflacionária persistir.

Qual o balanço que se pode fazer dessas várias experiências? Olhando para o futuro, qual será o papel da política monetária nesse quadro de recuperação econômica, diante de uma pandemia que não dá tréguas? Esses serão alguns temas a serem debatidos no evento, que será transmitido pelos canais da FGV e do jornal no YouTube, assim como no LinkedIn da FGV.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo link: evento.fgv.br/politicamonetaria_15

SERVIÇO:
Evento: Webinar A política monetária e seus Impactos na Economia
Data: 15 de abril
Local: Canais da FGV e do Estadão no YouTube e Canal da FGV no LinkedIn
Horário: das 10h às 11h30
Inscrições: evento.fgv.br/politicamonetaria_15