Uma das áreas mais importantes para o desenvolvimento socioeconômico de um país, a Educação está se reinventando no universo do franchising. Essa é uma das principais conclusões de um estudo inédito da ABF – Associação Brasileira de Franchising, denominado Diagnóstico Setorial de Educação 2019. Conduzido pela área de Inteligência de Mercado da entidade, o estudo foi realizado por amostragem (53% das redes de educação associadas do setor participaram) e terá suas principais conclusões debatidas no Seminário Setorial de Educação que ocorre dia 25/6, dentro da Programação da ABF Franchising Week.
De acordo com dados da ABF, as redes de franquias de educação faturaram R$ 11,400 bilhões em 2018. Já no primeiro trimestre de 2019, a receita foi de R$ 2,8 bilhões, um crescimento de 8,1% em relação a igual período do ano passado. Em número de unidades, Serviços Educacionais contabilizou 15.979 operações, o que corresponde a 10,4% do total de 153.704 unidades do setor de franquias. Quanto ao número de marcas, o segmento registrou 279 (9,7% das 2.877 redes do franchising).
O segmento educacional tem muito mercado a ser explorado no Brasil. Dados do British Council indicam que apenas 1% dos brasileiros tem alguma fluência em inglês. Já em outro estudo, a Nielsen apurou que 8% da população têm intenção de estudar o idioma.
“Nunca se falou tanto em educação e no franchising não é diferente. Atentas a tudo o que envolve a sociedade em geral, as franquias educacionais criam diversas oportunidades de negócios para quem deseja empreender”, afirma Sylvia Barros, coordenadora do Comitê de Educação da ABF. “Educação é uma questão de propósito. Sabemos que estamos contribuindo para a evolução das pessoas e formando cidadãos para o mundo”, completa.
O Estudo aponta que, nesse novo momento, as redes de educação criaram modelos de negócios com o objetivo de atender as atuais demandas da sociedade. Oferta de cursos híbridos (parte das aulas presenciais e parte online), bilingues, in school (aulas em estabelecimentos de ensino parceiros), em período integral e home-based (unidades sem ponto comercial, atuando na casa do franqueado ou na do aluno) são as principais. As escolas tradicionais ainda predominam, com 87% de participação; modelos híbridos já são adotados por 35% delas e in school por 33%.
Outra evidência da transformação digital, é que a maior parte (68,5%) das redes contempla plataformas digitais em sua metodologia de ensino. Em termos de carga horária, o estudo identificou uma diferença clara entre as redes de treinamento, capacitação e cursos profissionalizantes, cuja carga semanal média é superior a 10 horas, enquanto as de idiomas é de até 4 horas. A quantidade média de alunos por unidade se mostrou representativa, com 61,4% com mais de 200 estudantes.
O estudo trouxe dois dados importantes para candidatos a franqueado no setor: para 53,2% dos franqueados da amostra, o ponto de equilíbrio ocorre, em média, entre 6 meses e 1 ano; enquanto para 57% dos franqueados o prazo médio do retorno sobre o investimento ocorre entre 1 e 2 anos.