Conahp reúne lideranças da saúde

Paulo Moll, Diretor da Rede DOr, David Uip, Secretario Estadual de Saude, Balestrin, Presidente da Anahp, Zacarias Pagnanelli, diretor nacional institucional da Record TV,  e o Wilson Polara, Secretario Municipal de Saude

Termina nesta sexta-feira (24) a 5ª edição do Congresso Nacional de Hospitais Privados (Conahp). Promovido pela Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), o evento, sob o  “O hospital do futuro: o futuro dos hospitais”, discutiu, entre outras questões, os desafios e tecnologias que irão pautar o setor da saúde privada no Brasil e no cenário internacional. O congresso reuniu empresários, políticos e lideranças do setor.

Geraldo Alckmin e Balestrin
Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o presidente de Anahp, Francisco Balestrin
Charles Souleyman e Eric de Roodenbeke, CEO do International Hospital Federation
Charles Souleyman, CMO do Americas Medical City e Eric de Roodenbeke, CEO do International Hospital Federation
Evandro Tinoco, diretor do Procardiaco e Ilza
Evandro Tinoco, diretor clínico do Pró-Cardíaco, e Ilza Boeira Fellows, diretora-geral, do Complexo Hospitalar de Niterói
Jorge Moll, Francisco Balestrin e Paulo Moll
Jorge Moll, presidente do Conselho de Administração da Rede D’Or São Luiz, Francisco Balestrin, presidente da Anahp, e Paulo Moll, vice-presidente da Rede D’Or

 

Henrique Salvador, Sidney Klajne, Charles Souleyman e Jorge Moll (4)
Henrique Salvador, presidente do Hospital Mater Dei, Sidney Klajne, presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, Charles Souleyman, CMO do Americas Medical City, e Jorge Moll, presidente do Conselho de Administração da Rede D’Or São Luiz

Falhas em hospitais são a segunda causa de morte no país

alhas banais como erros de dosagem ou de medicamento, uso incorreto de equipamentos e infecção hospitalar mataram 302.610 pessoas nos hospitais públicos e privados brasileiros em 2016. Foram, em média, 829 mortes por dia, uma a cada minuto e meio. Dentro das instituições de saúde, as chamadas mortes por “eventos adversos” ficam atrás daquelas provocadas por problemas no coração.

A conclusão faz parte do Anuário da Segurança Assistencial Hospitalar no Brasil do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), produzido pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

O número diário supera as 129 pessoas que morrem em decorrência de acidentes de trânsito no país, 164 mortes provocadas pela violência e cerca de 500 registros de mortos por câncer, e fica atrás das 950 vítimas de doenças cardiovasculares.

Além das mortes, os eventos adversos impactam cerca de 1,4 milhão de pacientes todo ano com sequelas que comprometem as atividades rotineiras e provocam sofrimento psíquico. Esse efeitos também elevam os custos da atividade assistencial. O Anuário estima que os eventos adversos resultaram em gastos adicionais de R$ 10,9 bilhões em 2016.

O problema está no radar da Organização Mundial de Saúde. Estudos mostram que anualmente morrem 42,7 milhões de pessoas em razão de eventos adversos no mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, a situação não é muito diferente da brasileira. Com população aproximada de 325 milhões de pessoas, o país registra 400 mil mortes por eventos adversos ao ano, 1.096 por dia, ou 16% menos que nos hospitais brasileiros. A diferença para o Brasil diz respeito as mortes hospitalares  que são a terceira do ranking americano, atrás de doentes cardíacos e de câncer.

“Não existe sistema de saúde que seja infalível. Mesmo os mais avançados também sofrem com eventos adversos. A diferença é que, no caso brasileiro, apesar dos esforços, há pouca transparência sobre essas informações e, sem termos clareza sobre o tamanho do problema, fica muito difícil começar a enfrentá-lo”, afirma Renato Couto, professor da UFMG, um dos responsáveis pelo Anuário.

Quanto à transparência, Luiz Augusto Carneiro, superintendente executivo do IESS, diz que hoje, no Brasil, quando um hospital é escolhido, a decisão é baseada numa percepção de qualidade ou por recomendação de amigos os médicos. Mas o leigo não tem como avaliar a qualificação daquela instituição. “Não há como saber quantas infecções hospitalares foram registradas no último ano, qual é a média de óbitos por diagnóstico, e de reinternações e por aí afora”, critica Carneiro.

“Precisamos estabelecer um debate nacional sobre a qualidade dos serviços prestados na saúde a partir da mensuração de desempenho dos prestadores e, assim, prover o paciente com o máximo possível de informações para escolher a quem vai confiar os cuidados com sua vida,” disse.

Hospitais em Risco

A rede hospitalar privada lida com enormes desafios para se manter sustentável. A atual crise econômica, por exemplo, com o crescimento do desemprego e a redução da renda do brasileiro, tem afetado diretamente o mercado de planos de saúde. Nos últimos dois anos, mais de 2,5 milhões de pessoas deixaram de ter plano. O impacto da retração desse mercado é enorme nos hospitais, pois, em muitos casos, quase 90% dos atendimentos são proporcionados a pacientes credenciados.

Soma-se a isso os elevados custos que marcam o setor, uma vez que a inflação médico-hospitalar chega a ser duas vezes maior do que a inflação comum, e, assim sendo, caracteriza-se um cenário em que hospitais correm o risco real de fechar as portas. Algo nada favorável em um país onde não é cumprida a média mínima de leitos indicada pela OMS.

Porém, a ineficiência do governo estadual do Rio em administrar a própria rede tem gerado ainda mais desafios para os hospitais privados. Não são raros os casos de decisões judiciais que impõem a uma unidade particular o atendimento a um paciente que não encontrou leito disponível na rede pública. Essas decisões transferem a responsabilidade, passando para o setor privado serviços que devem ser prestados pelo braço público.

E, ao que parece, o governador Pezão quer legitimar essa transferência de responsabilidade. No dia 9 de junho, ele sancionou a Lei Estadual n.º 7.621/2017, que, entre outras medidas, impõe à rede privada o atendimento emergencial e integral a pacientes com suspeita de Infarto Agudo do Miocárdio, com Supra Desnivelamento do Segmento S-T (IAM CSS-T) durante as primeiras 12 horas do início dos sintomas, no âmbito do estado do Rio.

Uma lei imposta arbitrariamente, pois, em nenhum momento houve discussão, com a Federação dos Hospitais do Rio de Janeiro. É importante esclarecer que a questão não diz respeito a negar o atendimento, mas à garantia de que haverá o ressarcimento pelo custo gerado. Atualmente, o que se vê no universo da judicialização da saúde são liminares que impõem o atendimento, mas que não determinam prazo para o pagamento dos gastos. Dessa forma, a lei será mais um fator a colocar em xeque a sustentabilidade dos hospitais.

Caso essa lei persista, serão abertos precedentes para que outras leis semelhantes sejam propostas. Assim, a saída mais fácil será sempre internar na rede privada. Mas quem arcará com os custos? Desse modo, quem vai querer investir em um setor com tanta insegurança jurídica? Essa lei traça um cenário que não é nada animador para a rede privada.

*Armando Carvalho Amaral é presidente da Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Rio de Janeiro. 

Especialização em saúde amplia conhecimento profissional e melhora atendimento ao paciente

A capacitação médica é capaz de beneficiar tanto o profissional de saúde quanto a sociedade. Porém, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), menos de 2% do investimento global em saúde é destinado a treinamento. Pensando nisso, o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) ampliou sua atuação no mercado educacional, oferecendo novas turmas para os seus cursos de pós-graduação e de extensão este ano.

Os cursos contam com um corpo docente especializado, composto por médicos e pesquisadores de renome nacional e internacional. A equipe promove aulas tanto teóricas quanto práticas para proporcionar aos alunos situações comportamentais similares as que encontrarão na assistência.

Arnaldo Prata, Diretor de Ensino do Instituto, reforça a importância de participar de uma qualificação profissional com uma política de cuidado e humanização. “Nossos cursos oferecem desde conhecimentos gerais – com atividades teóricas e práticas – até a abordagem mais temática de cada especialização”, explica.

O especialista Sérgio Augusto Cabral, responsável pela coordenação de pós-graduação do IDOR, destaca as aulas práticas realizadas nos hospitais da Rede D’Or São Luiz.  “Lá, os alunos têm a oportunidade de acessar equipamentos de última geração”, finaliza.

Cursos de pós-graduação:

Terapia nutricional: Único curso de especialização multiprofissional no Rio de Janeiro e específico para a terapia nutricional. O curso é focado no aperfeiçoamento do conhecimento técnico e científico das áreas de Nutrição, Farmácia, Enfermagem e Medicina na aplicabilidade da terapia nutricional, além de estimular o raciocínio crítico e a perspectiva da análise de custo efetividade, contribuindo para o desempenho profissional, diferenciando o profissional no mercado de trabalho. Carga horária de 400 horas e com duração de 12 meses.

Cursos de Extensão:

Emergências médicas: O curso apresenta os principais temas do atendimento na unidade de emergência, com foco nos aspectos práticos e usando recursos de interação professor-aluno. As aulas se baseiam em casos reais do dia a dia da emergência. Os casos são usados para discussão. Oferece ainda treinamento prático em técnicas de ressuscitação cardio- respiratória. O objetivo principal é apresentar ao aluno os aspectos práticos mais importantes do atendimento de emergência médica. Carga horária de 22 horas, com 5 dias de duração.

Cuidados Paliativos: O curso visa a apresentação de conceitos básicos sobre cuidados continuados, cuidados paliativos e tratamento da dor, nas melhores práticas preconizadas pela OMS, a fim de capacitar o profissional de saúde no cuidado ao paciente com indicação de assistência em cuidados continuados e cuidados paliativos. Carga horária de 40 horas, com 4 dias de duração.

Cuidados paliativos e controle dos sintomas em oncologia: Atualização profissional no conteúdo relacionado aos cuidados paliativos oncológicos com foco no controle do sintoma e tratamento da dor. Carga horária de 16 horas, com 2 dias de duração.

Nutrição em cirurgia bariátrica: O curso foi desenvolvido no intuito de orientar e qualificar estudantes e profissionais da área de nutrição no atendimento de pacientes obesos durante o pré e pós-operatório de cirurgia bariátrica. Tem como objetivo capacitar e atualizar estudantes e profissionais de nutrição na prática clínica, no atendimento de pacientes obesos submetidos a cirurgia bariátrica a curto, médio e longo prazo. Carga horária de 08 horas, com 1 dia de duração.

Imersão em arritmias cardíacas: Curso teórico-prático com ênfase em análise de eletrocardiograma que tem o objetivo de capacitar clínicos, cardiologistas e intensivistas no diagnóstico eletrocardiográfico das arritmias cardíacas. Carga horária de 14 horas, com 2 dias de duração.

Todos eles contam com vagas. Mais informações pelo telefone (21) 3883-6000, ramal 2305. Atendimento realizado de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h. Ou pelo e-mail secretaria.ensino@idor.org.