Hospital Santa Helena salva vida de paciente, mas sofre com falsa denúncia de ex-deputado
Hospital atendeu homem com princípio de AVC na terça-feira (23) e foi surpreendido com ex-deputado invadindo a emergência e confrontando funcionários na madrugada

Hospital Santa Helena, no Distrito Federal, salvou vida de paciente de 76 anos com princípio de AVC.

Da Redação

A madrugada da última quarta-feira, dia 24, parecia ser mais um dia comum na emergência 24 horas do Hospital Santa Helena, em Brasília. Até que o ex-deputado Raad Massouh chegou à recepção do hospital. O ex-parlamentar, que teve o mandato cassado em 2013, estava com ânimo alterado e agressivo e contava com a presença de assessores que o filmavam enquanto confrontava funcionários do local. Ele quebrou uma tela de computador. A agressão seria por causa de uma suposta má conduta do hospital, a qual Raad foi incapaz de comprovar.

Atendimento rápido na emergência

Na noite de terça-feira, um paciente de 76 anos deu entrada no pronto-socorro com quadro disártrico, dificuldade de fala e perda de força; sinais típicos de princípio de AVC. A equipe, uma das mais bem preparadas do Distrito Federal, prontamente iniciou sua triagem. Após dez minutos da entrada na emergência, ele já havia passado pelo emergencista, neurologista e encaminhava-se para realização de tomografias e ressonâncias, seguindo o protocolo de alto nível da unidade.

O atendimento foi bem sucedido e o paciente se encontrava estável em um box do pronto-socorro. Seguindo o cronograma estipulado, duas horas após o serviço, uma funcionária foi até a família do acamado e passou a estimativa de custo para uma internação por dez dias, tempo necessário para seus cuidados. O valor inicialmente assustou a família, que desejava retirar o paciente do hospital. Mas, após ouvir recomendações da equipe médica do SAMU, decidiram permanecer.

Invasão e agressão

Vinte minutos após essa conversa, o ex-deputado distrital Raad Massouh invadiu o hospital, adentrando, inclusive, em áreas restritas da unidade, ignorando a presença de funcionários. Insultando a todos de diversas maneiras, Raad criou caos e confusão, apontou o dedo para enfermeiras e atendentes e, em dado momento, quebrou aparelhos eletrônicos no local. O ex-parlamentar insinuou que o hospital teria solicitado um cheque caução e negado atendimento ao paciente até que o valor fosse pago.

Ex-deputado distrital Raad Massouh ofendeu funcionários e quebrou aparelhos da unidade (Foto: divulgação)

O atendimento, que foi feito sem nenhum sinal financeiro e, muito menos, cobrança, desde a entrada na emergência até a conduta final, durou 58 minutos. É um tempo de excelência e que segue os padrões dos melhores hospitais do mundo. Sem a devida atenção, provavelmente o paciente teria ido a óbito. A atitude abusiva e infundada de Raad Massouh assustou funcionários e pacientes que estavam no local. Após um atendimento exemplar, o hospital era falsamente acusado de negar ajuda. Até o momento, o ex-parlamentar não conseguiu comprovar suas acusações.

O quadro do paciente era tão grave que um médico do SAMU se recusou a levá-lo para unidade pública. Após a família ouvir o valor estimado para internação e decidir tirar o acamado do hospital privado, ligaram para o serviço público. Chegando ao Hospital Santa Helena, no entanto, o médico responsável pelo transporte entendeu que o paciente estava sendo muito bem conduzido e uma possível transferência poderia piorar seu caso, se recusando a realizá-la.

Na quarta-feira, o enfermo foi encaminhado para Unidade de Tratamento Intensivo do hospital mesmo sem qualquer sinalização de pagamento, demonstrando o comprometimento em ajudá-lo. Horas depois, no entanto, teve a transferência concluída para um hospital de menor porte a pedido da família, completando sua estadia no Hospital Santa Helena.

Fica comprovado o ótimo protocolo da unidade para casos princípios de AVC e uma bela conduta de funcionários e enfermeiros ao exercer sua profissão. A revolta e lamentação são pelas cenas protagonizadas por Raad, que demonstra total descontrole emocional e desrespeito com a instituição e profissionais da saúde.

Ingestão de pilhas ou baterias por acidente pode trazer risco à saúde da criança

Da Redação

As pilhas e baterias estão presentes na maioria dos eletrônicos utilizados no dia a dia, até mesmo de brinquedos, ambos ao alcance de crianças. Por este motivo, é necessário cuidado e atenção à possibilidade da ingestão acidental. De acordo com o pediatra e coordenador de pediatria do Hospital Santa Helena, da Rede D’Or, Thallys Ramalho, em contato com a saliva, a pilha promove a formação de uma solução alcalina, que provoca lesões graves no trato gastrointestinal ou nas vias aéreas. “A ingestão deste tipo de material pode trazer consequências por toda vida. Inicialmente, os sintomas são inespecíficos, como dor torácica ou abdominal, aumento da quantidade de saliva, vômitos, náuseas e até mesmo dificuldade para respirar. Com a permanência do corpo estranho, ele pode fazer uma lesão química, que pode ocasionar rompimento dos órgãos e hemorragias. Essas lesões podem deixar sequelas permanentes, com necessidade de várias abordagens cirúrgicas ao longo da vida”, alerta o médico.

Ao perceber que a criança ingeriu por acidente uma pilha ou bateria, a primeira atitude a ser tomada é procurar um serviço de emergência. “Após 15 minutos de ingestão, iniciam-se as lesões internas. Com duas horas, aproximadamente, a lesão está instalada”, explica o pediatra. A retirada da pilha pode ser realizada por endoscopia, quando ainda no esôfago ou estômago. Porém, caso o objeto já tenha atravessado do estômago para o intestino, a conduta é observação no hospital até o corpo estranho se expelido com as fezes. Em casos mais graves, pode ocorrer perfuração de algum órgão e ser necessário uma cirurgia de emergência.

Para evitar que este tipo de situação aconteça, o pediatra Thallys Ramalho aconselha os pais a guardarem as baterias em locais seguros, evitar trocar a carga na frente das crianças e priorizar brinquedos que possuam travas para as pilhas com parafusos, além de ter muito cuidado com o controle remoto ao alcance das crianças.

Dose dupla

Da Redação

Hospital Santa Helena, em Brasília, foi certificado na metodologia ACSA com nível Ótimo.

Em Brasília, os hospitais Santa Helena e Santa Luzia, da Rede D’Or, foram certificados na metodologia ACSA – Agência de Calidad Sanitaria de Andalucia, pelo Instituto Brasileiro de Excelência em Saúde – IBES. Ambas as unidades foram classificadas com nível Ótimo. Para conseguir este feito, a instituição precisa alcançar 100% dos padrões do Grupo I, que contemplam, entre outros aspectos, os direitos consolidados das pessoas, a qualidade de vida, os princípios éticos e a segurança dos usuários e dos trabalhadores, e mais de 40% dos padrões do Grupo II (inclui os elementos associados a um maior desenvolvimento da organização – sistemas de informação, novas tecnologias e redesenho de espaços organizacionais). Excelente conquista.