Volume do comércio varejista fecha 2018 com alta de 2,3%

O volume de vendas do comércio varejista no país fechou o ano de 2018 com alta de 2,3%. É a maior alta do setor desde 2013, quando havia sido registrado um crescimento de 4,3%. O dado, da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), foi divulgado hoje (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é superior aos 2,1% de crescimento registrados em 2017.

A receita nominal cresceu 4,8% no ano passado. Apesar disso, de novembro para dezembro, o setor teve quedas de 2,2% no volume e de 3,4% na receita nominal. Na comparação com dezembro de 2017, as altas foram de 0,6% no volume e de 3,9% na receita.

Das oito atividades pesquisadas, quatro tiveram crescimento no volume de vendas, no acumulado do ano: supermercados, alimentos, bebidas e fumo (3,8%), artigos farmacêuticos, médicos e de perfumaria (5,9%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (7,6%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (0,1%).

Os segmentos em queda foram combustíveis e lubrificantes (-5%), tecidos, vestuário e calçados (-1,6%), móveis e eletrodomésticos (-1,3%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-14,7%).

O varejo ampliado, que também analisa as vendas de veículos e de materiais de construção, fechou o ano com alta de 5% no volume de vendas, puxado por aumentos de 15,1% nos veículos e peças e de 3,5% nos materiais de construção. A receita nominal do segmento fechou o ano com alta de 7%.

Na comparação de dezembro com novembro de 2018, o varejo ampliado teve quedas de 1,7% no volume de vendas e de 1,9% na receita nominal. Já na comparação com dezembro de 2018, houve altas de 1,8% no volume e de 4,5% na receita.

Dezembro

A queda de 2,2% no volume de vendas de novembro para dezembro foi puxada por recuos de 0,3% nos supermercados, alimentos e bebidas, de 3,7% nos tecidos, vestuário e calçados, de 5,1% nos móveis e eletrodomésticos, de 5,5% nos equipamentos e material para escritório, informática e comunicação e de 13,1% nos outros artigos de uso pessoal e doméstico.

Tiveram alta no mês os segmentos de combustíveis e lubrificantes (1,4%), artigos farmacêuticos, médicos e de perfumaria (0,4%) e livros, jornais e papelaria (5,7%). Nos outros setores, que são incluídos no varejo ampliado, houve quedas de 2% nos veículos e peças e de 0,4% nos materiais de construção.

Produção industrial tem alta de 1,1%, diz IBGE

A produção industrial brasileira fechou 2018 com um crescimento de 1,1%. O dado é da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), divulgada hoje (1º), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Em dezembro, a produção industrial cresceu 0,2% na comparação com novembro. Na média móvel trimestral, também houve alta de 0,2%. Já na comparação com dezembro de 2017, houve uma queda de 3,6%.

Setores

Entre as quatro grandes categorias econômicas, apenas os bens semi e não duráveis encerraram o ano em queda (-0,3%). Os bens de consumo duráveis tiveram alta de 7,6% e os bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos, cresceram 7,4%.

Já os bens intermediários, ou seja, os insumos industrializados usados no setor produtivo tiveram crescimento de 0,4%.

A alta do ano foi sustentada por 13 dos 26 ramos industriais pesquisados, com destaque para veículos automotores, reboques e carrocerias (12,6%), metalurgia (4%), celulose, papel e produtos de papel (4,9%), indústrias extrativas (1,3%) e máquinas e equipamentos (3,4%).

Das 13 atividades em queda, os destaques ficaram com produtos alimentícios (-5,1%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-3,3%) e couro, artigos para viagem e calçados (-2,3%).

Produção industrial cresce 0,1%, diz IBGE

A produção industrial brasileira cresceu 0,1% no país de outubro para novembro, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgados hoje (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Rio de Janeiro. A alta, ainda que pequena, interrompeu quatro meses seguidos de quedas, período em que acumulou uma perda de 2,8%.

Em relação a novembro de 2018, no entanto, a produção industrial teve queda de 0,9%. Na média móvel trimestral, também foi observado recuo (-0,6%).

A indústria acumula altas de 1,5% nos 11 primeiros meses do ano de 2018 e 1,8% no período de 12 meses.

Na comparação de novembro com outubro, foram observadas quedas de 2,7% nos bens de capital (máquinas e equipamentos) e de 3,4% nos bens de consumo duráveis.

Já os bens intermediários (insumos industrializados usados no setor produtivo) tiveram alta de 0,7% no período. Os bens de consumo semi e não duráveis não tiveram variação no volume produzido.

Alimentos

Apenas dez dos 26 ramos industriais tiveram crescimento de outubro para novembro, com destaque para os alimentos, que avançaram 5,9%, produtos farmoquímicos e farmacêuticos (7,1%) e coque, produtos derivados de petróleo e biocombustíveis (0,5%).

Entre os 16 ramos industriais em queda, os maiores recuos foram observados nos veículos automotores e carrocerias (-4,2%), máquinas e equipamentos (-3,2%), produtos diversos (-13,3%), outros produtos químicos (-2,0%) e indústrias extrativas (-0,6%).

“Mesmo com esse resultado positivo, o que chama atenção é que há uma predominância de taxas negativas quando a gente observa as atividades. Somente dez das 26 atividades assinalam resultados positivos, o que dá uma ideia de que muito desse crescimento observado tem uma relação com alguns poucos setores. O que dá um entendimento de que esse momento recente do setor industrial é bem caracterizado por uma menor intensidade em seu ritmo produtivo”, disse o pesquisador do IBGE André Macedo.

Aposentados e pensionistas que ganham mais que o mínimo terão reajuste de 2,07%

Os aposentados e os pensionistas que recebem mais de um salário mínimo terão reajuste de 2,07%, informou hoje (10) à noite o Ministério da Fazenda. De acordo com a pasta, a portaria com o aumento será publicada amanhã (11) no Diário Oficial da União.

O reajuste equivale à variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em 2017, anunciado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice, que mede a variação de preços para famílias que ganham de um a cinco salários mínimos, registrou variação menor que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou o ano passado em 2,95%.

Com o reajuste, o teto das aposentadorias e pensões da Previdência Social sobe de R$ 5.531,31 para R$ 5.645,80. Quem recebe benefícios que equivalem ao salário mínimo, que passou de R$ 937 para R$ 954, terá reajuste menor, de 1,81%.

Contribuições ao INSS

A portaria também reajustou as faixas de contribuição dos trabalhadores para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A contribuição de 8% passa a valer para quem recebe até R$ 1.693,72. Quem ganha entre R$ 1.693,73 e R$ 2.822,90 pagará 9% e quem recebe de R$ 2.822,91 até o teto contribuirá com 11% do salário. Como o recolhimento se dará sobre o salário de janeiro, as novas faixas só entrarão em vigor em fevereiro.

As faixas do salário-família também sofreram reajuste. A cota de R$ 45 valerá para os segurados que ganham até R$ 877,67. Para quem recebe entre R$ 877,68 e R$ 1.319,18, a cota corresponderá a R$ 31,71.