Proporção de idosos com 65+ em planos de saúde é similar à da população em geral

Por Tonico Galvão

A proporção de idosos com 65 anos ou mais (65+) na base de beneficiários dos planos de saúde, em 2022, era de 10,3%, muito próxima dos 10,5% da população brasileira nessa faixa etária. Como revela estudo feito pelo Núcleo de Saúde da SP4 Comunicação, entre 2012 e 2022, essa foi a que mais cresceu nos planos: 38,5%. Em contraposição, a faixa de beneficiários entre 20 e 34 anos encolheu 15,5% no período.

Em 2012, havia nos planos de saúde 3,8 milhões de idosos 65+ para 14 milhões de beneficiários entre 20-34 anos. Em 2022, eram 5,2 milhões idosos 65+ para 11,8 milhões de jovens de 20-34 anos. A mudança na distribuição das faixas etárias afeta o modelo de assistência e as condições de financiamento dos planos de saúde.

O levantamento, feito com base em dados da ANS e do IBGE, mostra também, de forma segmentada, a presença relativa do grupo 65+ nos planos de saúde por tipo de contratação (individual, coletiva empresarial e coletiva por adesão) e por modalidade de operadora (medicina de grupo, cooperativa, seguradora, autogestão e filantropia).
Tal como outros, este estudo foi realizado de forma colaborativa com o intuito de contribuir para compreensão de aspectos relevantes e para o aperfeiçoamento da saúde suplementar. Veja a íntegra do estudo no link a seguir. Boa leitura!
https://lnkd.in/dzGiQwgT

Tonico Galvão, coordenador do Núcleo de Saúde da SP4.

Número de idosos em planos de saúde bate recorde e soma 7,2 milhões de vínculos no País
Em dez anos, contratações do grupo etário acima de 80 anos foram as que mais cresceram (33,5%). Maior parte das adesões é de mulheres, aponta estudo do IESS

As aquisições de planos médico-hospitalares direcionadas a idosos com mais de 60 anos seguem em crescimento contínuo no País. Entre dezembro de 2013 e o mesmo mês de 2022, o número de contratos desse grupo etário passou de 5,7 para 7,2 milhões, alta de 26,6%, registro recorde. As informações são do novo estudo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) intitulado “Evolução do Número de Idosos em Planos de Saúde no Brasil nos últimos 10 anos”.

A análise revela que o grupo de pessoas com 80 anos ou mais foi o que mais cresceu no período (33,5%) – eram 955,5 mil, em 2013, e saltou para 1,3 milhão, em 2022.  Na sequência, aparece a faixa entre 70 e 79 anos, que passou de 1,7 milhão para 2,2 milhões (31,3%).

A maior prevalência (59%) é do sexo feminino, correspondente a 4,3 milhões de vínculos. Além disso, a maior concentração de beneficiários idosos está em São Paulo (37,1%) com 2,7 milhões de contratos, seguido por Minas Gerais (14,7%) com 1,1 milhão e Rio de Janeiro (11,2%) com 806,3 mil.

Para José Cechin, superintendente executivo do IESS, o aumento é representativo, sobretudo no grupo etário com 80 anos ou mais, levando-se em conta que no mesmo período, o número total de beneficiários com planos de saúde subiu apenas 1,9%. “É um grupo mais suscetível, pois muitos desses octogenários convivem com uma ou mais doenças crônicas e que demanda atenção especializada, complexa e continuada, ou seja, precisam utilizar mais os serviços. Como se trata de contratos com mensalidades mais elevadas, sabemos do esforço que esses idosos precisam fazer para a manter, bem como adquirir esses planos” afirma.

Em relação ao tipo de contratação, as adesões a planos coletivos, especialmente os empresariais, que são oferecidos por empresas aos colaboradores, foram as que mais cresceram. A modalidade teve registro de alta de 33,8% – eram 2,3 milhões de vínculos em dezembro de 2013 e atingiu 3 milhões em dezembro de 2022. Já os coletivos por adesão passaram de 1,3 milhão para 1,5 mi (19,2%) no mesmo período.

Clique aqui para ver o estudo na íntegra.

Rio de Janeiro distribui doses de vacina bivalente contra a covid-19
Inicialmente, público-alvo são idosos e pessoas com deficiência

Da Agência Brasil

O estado do Rio de Janeiro começou a distribuir doses da vacina de reforço bivalente contra a covid-19. Nessa primeira leva, cuja distribuição começou ontem (23), são 243.360 doses do imunizante, segundo a Secretaria Estadual de Saúde.

Inicialmente, o público-alvo dessa vacina são pessoas com maior risco de desenvolver formas graves da doença, como idosos acima de 70 anos e pessoas com deficiência. A previsão é de que a vacinação comece na segunda-feira (27), de acordo com calendário do Ministério da Saúde.

“A Secretaria de Estado está enviando para todos os municípios as doses dessa vacina atualizada, que já vai pegar as novas variantes, como a Ômicron”, explicou o secretário Doutor Luizinho.

“Vamos vacinar todos contra a covid-19 a partir de segunda-feira, paulatinamente, a partir dos maiores de 70 e assim vai sucessivamente, com gestantes, depois com pessoas com mais de 60 anos, indígenas, trabalhadores de saúde. Vamos informando à nossa população a data e disponibilidade de vacinas.”

De acordo com o governo estadual, o reforço com a vacina bivalente pode ser tomado quatro meses depois da última dose de reforço ou da segunda dose do esquema com vacinas monovalentes.

Dados da Secretaria mostram que, entre os idosos com 70 anos ou mais, 81% receberam a primeira dose de reforço, mas apenas 55% voltaram para a segunda dose de reforço. Do total da população do estado, 13,12 milhões tomaram as duas primeiras doses da vacina, mas dentre esses, 5,64 milhões não voltaram aos postos para tomar as doses de reforço.

Ministério da Saúde orienta dose de reforço em idosos acima de 60 anos
Anúncio foi feito pelo ministro Marcelo Queiroga pelas redes sociais

 

Da Agência Brasil

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que o governo vai iniciar a aplicação de dose de reforço da vacina contra a covid-19 em pessoas com mais de 60 anos de idade. De acordo com Queiroga, são cerca de 7 milhões de brasileiros nessa faixa etária.

“É possível, no final do mês de setembro, já ofertar para os idosos brasileiros uma dose de reforço da vacina. Além dos idosos com mais de 70 anos e dos profissionais de saúde que já foram anunciados como contemplados com o reforço, agora o Ministério da Saúde vai atender aqueles com mais de 60 anos”, disse.

A aplicação do reforço é para as pessoas que tomaram a segunda dose há mais de seis meses, independentemente do imunizante usado no primeiro ciclo de imunização. Até então, essa nova etapa da vacinação está sendo realizada, preferencialmente, com a vacina da Pfizer/BioNTech. Na falta desse imunizante, a alternativa é usar as vacinas de vetor viral Janssen ou Astazeneca.

Até o momento, o governo federal já distribuiu mais de 284,6 milhões de doses de vacina contra a covid-19. Dessas, 233,2 milhões foram aplicadas, sendo 145,2 milhões em primeira dose e 87,9 milhões em segunda dose ou dose única. Mais de 639,1 mil foram doses de reforço para idosos, pessoas imunossuprimidas e profissionais de saúde.