Confiança da Indústria atinge o melhor nível desde 2014

Pela quinta vez consecutiva, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu em novembro, atingindo 98,3 pontos, 2,9 pontos acima do trimestre terminado em outubro e o mais elevado desde janeiro de 2014 (100,1 pontos). O indicador é calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), com base na pesquisa Sondagem da Indústria, que ouviu os representantes de 1.101 empresas entre os dias 1º e 27 de novembro. O resultado mostra o grau de percepção dos empresários quanto ao desempenho da economia e as chances de evolução de seus negócios.

De um total de 19 segmentos consultados, 13 indicaram aumento de confiança. De acordo com a pesquisa, os empresários estão mais animados com as possibilidades de um desempenho melhor para o futuro. O Índice de Expectativas (IE) ficou 4,2 pontos maior, alcançando 99,4 pontos. Só no segundo semestre, houve acréscimo de 7,3 pontos.

A alta está associada à previsão de aumentar os investimentos em mão de obra com mais contratação de pessoal nos próximos três meses. A taxa de empresas que planejam aumentar as contratações de empregados subiu de 15,3% para 19,7% . Ao mesmo tempo, caiu de 15,7% para 12,3% a proporção das que acreditam na necessidade de corte de pessoal.

Já o Índice da Situação Atual (ISA) avançou em 1,7 ponto, para 97,2 pontos, acumulando alta de 10,2 pontos. Em sua análise técnica, a FGV atribuiu a melhora à situação dos estoques. De outubro para novembro, caiu de 11,3% para 8,7% o total de empresários que consideram excessivo o nível de estoques.

O nível de animação é o melhor desde maio de 2013, quando apenas 8,1% dos entrevistados achavam que os estoques estavam elevados. Apesar disso, permaneceu praticamente estável o grupo que considera os estoques insuficientes, passando de 4,1% para 4%.

Em nota, a coordenadora da Sondagem da Indústria da Ibre/FGV, Tabi Thuler Santos, afirma que a retomada do crescimento está mais consistente. “A produção do setor vem crescendo, e os estoques se ajustaram, um cenário virtuoso que se reflete nas decisões estratégicas de contratação de pessoal.”

No entanto, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) diminuiu 0,1 ponto percentual, e passou para 74,2%. Em outubro, havia subido 0,4 ponto percentual.

Prévia da confiança da indústria indica alta de 2,7 pontos

A prévia da Sondagem da Indústria relativa a novembro deste ano sinaliza uma alta de 2,7 pontos para o Índice de Confiança da Indústria (ICI) no fechamento de novembro, em comparação com outubro.

Se confirmada a previsão, seria a quinta alta consecutiva e o índice avançaria para 98,1 pontos, o maior resultado desde fevereiro de 2014, quando o índice fechou em 98,3 pontos.

Os dados da prévia da Sondagem da Indústria de Transformação foram, divulgados hoje (24), pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Se confirmada, a alta refletiria “a melhora tanto das perspectivas com o futuro próximo quanto das avaliações sobre o momento presente”.

Segundo as informações divulgadas, o Índice de Expectativas (IE) subiria 3,8 pontos, para 99 pontos, enquanto o Índice da Situação Atual (ISA) subiria 1,7 ponto, para 97,2 pontos.

Já o Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (Nuci), de acordo com o resultado preliminar de novembro, fecharia em queda de 0,5 ponto percentual, ficando em 73,8 pontos. No fechamento de outubro, o índice registrou alta de 0,4 ponto percentual.

Para a prévia de novembro os técnicos da FGV consultaram 785 empresas entre os dias 1º e 21 deste mês. O resultado final da pesquisa será divulgado na próxima quinta-feira, dia 30.

Rio de Janeiro registra o maior crescimento industrial em setembro

O crescimento no ritmo da produção industrial nacional, na passagem de agosto para setembro de 2017, série com ajuste sazonal, foi acompanhado por seis dos quatorze locais pesquisados, com destaque para o avanço mais acentuado registrado pelo Rio de Janeiro (8,7%), que intensifica o crescimento de 3,1% assinalado em agosto último. Goiás (2,1%), Pará (2,0%), São Paulo (1,3%), Paraná (0,2%) e Santa Catarina (0,2%) também tiveram índices positivos em setembro de 2017. Por outro lado, Espírito Santo (-3,0%), Pernambuco (-2,5%) e Região Nordeste (-2,0%) apontaram os resultados negativos mais elevados nesse mês, com o primeiro devolvendo parte da expansão de 6,7% observada no mês anterior; o segundo eliminando o avanço de 2,2% verificado em agosto; e o último voltando a recuar após acumular ganho de 3,1% nos meses julho e agosto. As demais taxas negativas foram registradas por Ceará (-1,1%), Amazonas (-1,1%), Bahia (-1,1%), Rio Grande do Sul (-1,0%) e Minas Gerais (-0,4%).

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou ligeira variação positiva (0,1%) no trimestre encerrado em setembro de 2017 frente ao nível do mês anterior e manteve o comportamento positivo iniciado em maio de 2017. Em termos regionais, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, oito locais apontaram taxas positivas, com destaque para os avanços mais acentuados assinalados por Bahia (3,8%), Rio de Janeiro (1,9%), Pará (1,4%), Goiás (1,0%), Paraná (0,7%) e São Paulo (0,6%). Por outro lado, Espírito Santo (-2,3%) e Rio Grande do Sul (-1,3%) registraram as perdas mais elevadas em setembro de 2017.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial mostrou crescimento de 2,6% em setembro de 2017, com dez dos quinze locais pesquisados apontando resultados positivos. Vale citar que setembro de 2017 (20 dias) teve um dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (21). Nesse mês, Pará (13,2%) e Rio de Janeiro (11,3%) assinalaram as expansões mais intensas, impulsionados, principalmente, pelos avanços observados nos setores de indústrias extrativas (minérios de ferro em bruto ou beneficiados), no primeiro local; e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel, óleos combustíveis, gasolina automotiva, querosenes de aviação, óleos lubrificantes básicos e naftas para petroquímica) e veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis e caminhões), no segundo. Paraná (8,9%), Goiás (7,3%), Amazonas (6,8%), São Paulo (5,0%), Bahia (4,7%), Mato Grosso (4,5%) e Ceará (3,3%) também registraram taxas positivas mais acentuadas do que a média nacional (2,6%), enquanto Santa Catarina (2,4%) completou o conjunto de locais com crescimento na produção nesse mês. Por outro lado, Rio Grande do Sul (-5,0%) e Pernambuco (-4,1%) apontaram os recuos mais elevados em setembro de 2017, pressionados, em grande parte, pelo comportamento negativo vindo dos setores de celulose, papel e produtos de papel (celulose) e produtos alimentícios (óleo de soja em bruto, tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja, queijos, sucos concentrados de frutas e carnes e miudezas de aves frescas ou refrigeradas), no primeiro local; e de produtos alimentícios (açúcar cristal e refinado de cana-de-açúcar) e bebidas (aguardente de cana-de-açúcar e refrigerantes), no segundo. Os demais resultados negativos foram observados no Espírito Santo (-2,7%), Região Nordeste (-1,3%) e Minas Gerais (-0,8%).

Produção cresce em 13 dos 15 locais no 3º trimestre

Em bases trimestrais, o setor industrial, ao avançar 3,1% no terceiro trimestre de 2017, apontou a taxa positiva mais elevada desde o segundo trimestre de 2013 (5,1%) e manteve o comportamento positivo registrado nos dois primeiros trimestres do ano: janeiro-março (1,2%) e abril-junho (0,3%), todas as comparações contra igual período do ano anterior. Vale destacar que esses resultados interromperam onze trimestres consecutivos de taxas negativas nesse tipo de confronto. O aumento no ritmo de produção verificado no total da indústria na passagem do segundo (0,3%) para o terceiro trimestre de 2017 (3,1%) foi observado em onze dos quinze locais pesquisados, com destaque para Bahia (de -6,3% para 5,6%), Mato Grosso (de -2,7% para 7,4%), São Paulo (de -0,2% para 5,4%), Paraná (de 1,9% para 6,8%) e Goiás (de -1,4% para 3,5%). Por outro lado, as principais perdas entre os dois períodos foram registradas por Espírito Santo (de 5,0% para 0,2%) e Rio Grande do Sul (de 2,0% para -1,4%).

Confiança da indústria avança 1,9 ponto

O Índice de Confiança da Indústria teve alta de 1,9 ponto, de acordo com a prévia de outubro do indicador, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Caso a prévia se confirme, o índice chegará a 94,7 pontos neste mês, em uma escala de zero a 200 pontos, o maior patamar desde abril de 2014 (97 pontos).

A alta do indicador foi provocada por aumento na confiança do empresariado da indústria no momento presente. O Índice da Situação Atual subiu 4,4 pontos e atingiu 95 pontos. Já o Índice de Expectativas, que avalia o otimismo do empresário em relação ao futuro, caiu 0,4 ponto e ficou em 94,5 pontos.

O resultado preliminar de outubro indica alta de 0,7 ponto percentual no Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (Nuci), que sobe para 74,6%. Para a prévia de outubro, foram consultadas 788 empresas entre os dias 2 e 19 deste mês. O resultado final da pesquisa será divulgado na próxima terça-feira, dia 31 de outubro.