DeepL anuncia investimento de US$ 300 milhões impulsionado pelo aumento da demanda global por soluções linguísticas de IA
• A Index Ventures liderou a rodada, que teve excesso de inscrições e contou com a participação de empresas de investimento como a ICONIQ Growth, Teachers' Venture Growth, entre outras

 

Da Redação

O DeepL, líder global em tecnologia linguística baseada em IA, anunciou hoje um investimento de 300 milhões de dólares com valuation de 2 bilhões de dólares. Liderada pela Index Ventures, a rodada com excesso de inscrições atraiu novos investidores, que contribuirão com sua experiência, conexões e recursos para o crescimento do DeepL e seu objetivo de transformar a maneira como empresas de todo o mundo se comunicam. Outros investidores de peso, incluindo ICONIQ Growth, Teachers’ Venture Growth e outros, também participaram da rodada, juntamente com os atuais investidores IVP, Atomico e WiL.

“Estamos nos aproximando de um ponto decisivo no crescimento da IA, em que as empresas interessadas em adotar a tecnologia já conseguem identificar as soluções que são realmente seguras e capazes de resolver problemas concretos que afetam seus negócios”, afirma Jarek Kutylowski, fundador e CEO da DeepL. “O novo investimento ocorre durante o que promete ser o ano mais transformador do DeepL até o momento, e é uma prova do papel crucial que nossa plataforma de IA linguística tem na solução dos complexos desafios de comunicação enfrentados por empresas do mundo inteiro. Temos um grande foco no crescimento e na inovação contínua para aprimorar nossas soluções e garantir que elas sigam na liderança do setor em termos de qualidade, precisão e segurança. Com isso, chegaremos mais perto de um futuro em que todas as empresas poderão trabalhar com nossa IA em escala internacional, independentemente de onde estiverem.”

Este é um período de forte crescimento do DeepL, que acumulou uma rede de clientes de mais de 100.000 empresas, instituições governamentais e outras organizações no mundo inteiro. Essa rede inclui nomes como Zendesk, Nikkei, Coursera e Deutsche Bahn, que confiam na plataforma empresarial de IA linguística altamente precisa e segura do DeepL para otimizar a comunicação, impulsionar o crescimento internacional e reduzir custos. No ano passado, em resposta ao aumento da demanda entre as empresas internacionais, o DeepL ampliou seus esforços de expansão e investimentos estratégicos nos principais mercados. Em janeiro de 2024, consolidou sua presença nos EUA agora seu terceiro maior mercado com a inauguração do primeiro escritório na região. A empresa continua a expandir sua equipe no país para atender à crescente demanda.

Nos últimos 12 meses, o DeepL também ampliou significativamente sua oferta de produtos voltados para empresas. Em abril de 2024, lançou o DeepL Write Pro, um assistente de escrita direcionado para a escrita empresarial, que conta com sua própria tecnologia de LLM (grandes modelos de linguagem). A empresa também continua a ampliar a quantidade de idiomas disponíveis em sua plataforma com as recentes adições de árabe, coreano e norueguês, aumentando para 32 o número de idiomas oferecidos.

A demanda por soluções de IA entre empresas do mundo inteiro tem aumentado bastante. Um estudo recente da IBM revelou que 42% delas já estão empregando ativamente inteligência artificial, enquanto outros 40% estão analisando seu potencial. Nesse cenário de rápida evolução, o DeepL está na vanguarda da transformação por meio da adoção de IA no setor de linguística   uma indústria de 67,9 bilhões de dólares que deve chegar a 95,3 bilhões até 2028.

Desde a sua criação em 2017, o DeepL se tornou o provedor de IA linguística preferido por empresas de vários setores, incluindo jurídico, varejo, manufaturas, saúde, tecnologia e prestação de serviços profissionais. Contribuindo para superar desafios de comunicação relacionados a temas que vão desde comunicação interna e atendimento ao cliente até expansão para mercados internacionais, a plataforma especializada de IA linguística da empresa se tornou um investimento essencial para as empresas globalizadas. As soluções avançadas de tradução e escrita do DeepL têm um importante diferencial: seus modelos de IA são especializados e adaptados especificamente para contextos de linguagem e idiomas. Como resultado, é possível obter traduções mais exatas para uma variedade de casos de uso e reduzir o risco de distorções e ambiguidades. Na tradução e na escrita, especialmente no âmbito corporativo, a precisão é fundamental, o que torna os modelos de IA especializados a solução mais confiável e ideal para os desafios de linguagem e comunicação.

A plataforma de IA linguística do DeepL também provou ser capaz de reduzir significativamente os custos e a aumentar eficiência. Um estudo da Forrester de 2024 revelou que o uso do DeepL proporcionou um ROI (retorno sobre o investimento) de 345% para as empresas analisadas, reduzindo o tempo de tradução em 90% e gerando uma diminuição de 50% na carga de trabalho.

Superado ano de crise, saúde privada investe em tecnologia e inovação
Einstein, o hospital mais lembrado pela décima vez, quer encurtar permanência de pacientes em suas unidades

Publicado inicialmente na Folha de S.Paulo. Leia aqui.

Monitores da Central de Monitoramento Assistencial do Hospital Israelita Albert Einstein (Foto: Lalo de Almeida)

Por falta de recursos financeiros, 7 em cada 10 hospitais privados não conseguiram executar investimentos previstos em expansão e novas contratações em 2023, segundo relatório divulgado pela Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados) em março deste ano.

A situação é reflexo da crise enfrentada pelo sistema de saúde suplementar nos últimos anos, que tem causado atrasos de pagamentos por parte dos planos.

A tendência é que este ano continue desafiador para a saúde suplementar, mas um pouco menos tenso, segundo Antônio Britto, diretor-executivo da Anahp. Para ele, a melhoria na situação dos planos deve refletir na transferência dos valores para os hospitais.

O principal desafio dos estabelecimentos é manter a qualidade assistencial, com investimentos em mão de obra qualificada, melhoria dos processos e equipamentos, diante das contas apertadas.

“Nesse momento, os hospitais lidam com uma taxa de ocupação que voltou ao normal do período pré-pandemia. O primeiro obstáculo é conseguir receber regularmente pelos serviços que prestam aos programas de saúde. O segundo é ganhar eficiência para que seja possível manter qualidade”, diz Britto.

As internações correspondem a mais de 48% de todas as despesas hospitalares, segundo a Anahp. Para Sidney Klajner, presidente do Hospital Israelita Albert Einstein, estratégias que buscam diminuir o tempo de permanência dos pacientes nas unidades amenizaram os efeitos da crise da saúde suplementar no hospital, que neste ano foi eleito o melhor de São Paulo, na opinião de 23% dos participantes de pesquisa Datafolha.

“O Einstein tem o propósito de entregar vidas saudáveis a um número cada vez maior de seres humanos. Por conta disso, temos procurado cada vez mais investir, dentro do segmento privado, em alta complexidade, qualidade, segurança e, principalmente, num cuidado cada vez mais humanizado”, diz.

Área interna do Hospital Israelita Albert Einstein (Foto: Keiny Andrade)

Ele também atribui o sucesso da instituição aos protocolos para evitar o desperdício de recursos e ao diálogo e negociação com as operadoras de saúde. “Dificilmente, com nossos projetos, infraestrutura e segurança, vamos ter um evento adverso. Isso é investimento. Temos procurado trazer essa excelência para que ela também seja um motivo pelo qual a gente consiga conversar com as operadoras”, afirma Klajner.

Tanto a prevenção de eventos adversos quanto a gestão de leitos no Einstein são feitas com a ajuda da tecnologia.

Por meio de algoritmos, que enviam indicadores de todos os leitos a uma central de monitoramento, os profissionais podem identificar com antecedência mudanças nos sinais vitais dos pacientes e, assim, evitar eventos graves. A inteligência artificial também consegue predizer a chance de internação dos pacientes ainda no pronto atendimento.

Segundo Klajner, um projeto para reduzir a mortalidade materna na Amazônia, por meio de inteligência artificial generativa, está em andamento. Recentemente, a organização inaugurou um centro de inovação em Manaus, com o objetivo de desenvolver tecnologias que possam impulsionar a saúde e a equidade na região. Já existem outras três unidades no país, uma em São Paulo e duas em Goiânia.

A transformação digital da saúde é uma tendência do setor que deve acelerar nos próximos anos, afirma Britto, da Anahp.

“No último ano, houve um salto na utilização de telemedicina e ferramentas de inteligência artificial na medicina. Acreditamos que, em 2024, o crescimento será exponencial nos dois casos.”

Petrobras e BNDES vão criar fundo para apoiar startups de inovação
Investimento será destinado à área de transição energética

Da Agência Brasil

A Petrobras e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) iniciaram estudos para estruturar um fundo para apoiar micro, pequenas e médias empresas de tecnologia e inovação na área de transição energética. O anúncio foi feito pela estatal nesta quarta-feira (21).

O fundo será na modalidade Corporate Venture Capital (CVC), capital de risco corporativo, em português. Nesse modelo, grandes companhias investem nas chamadas startups – empresas menores com potencial de crescimento, notadamente de base tecnológica. É uma forma de corporações levarem para dentro de si esforços de inovação desenvolvidos por terceiros, que passam a ser parceiros.

Na fase inicial do estudo do CVC, a Petrobras e o BNDES vão identificar os setores mais promissores para este tipo de investimento, considerando temas relacionados à transição energética – diminuição de fontes de energia poluentes, como os combustíveis fósseis, em troca de energias limpas, como eólica, solar e biocombustíveis – e que estejam alinhadas às estratégias de longo prazo das duas entidades.

A iniciativa conjunta foi acertada por meio de um acordo de cooperação técnica assinado em julho do ano passado. A atuação entre o banco e a petrolífera é voltada para as áreas de óleo e gás, com foco em pesquisa científica, transição energética e descarbonização e desenvolvimento produtivo e governança. O acordo tem vigência de 4 anos.

Gestão independente

De acordo com a Petrobras, esse primeiro fundo de CVC da companhia seguirá normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), instituição ligada ao Ministério da Fazenda responsável por fiscalizar, normatizar, disciplinar e desenvolver o mercado de valores mobiliários no Brasil.

O gestor do fundo será escolhido por meio de edital público e terá independência para as decisões e investimentos. “A tese de investimento abrangerá negócios inovadores relacionados a energias renováveis e de baixo carbono que acelerem o posicionamento da Petrobras na transição energética”, explica a estatal.

Plano estratégico

O plano estratégico da companhia prevê o montante de US$ 100 milhões – cerca de R$ 500 milhões – para a estratégia de investimentos em capital de risco corporativo até 2028. Os valores a serem aportados nesse primeiro CVC ainda serão submetidos às instâncias internas de aprovação da Petrobras e do BNDES.

Os objetivos dos dois parceiros são originação de negócios, desenvolvimento de fornecedores e mercados e inteligência tecnológica. Além disso, esperam remuneração do capital, ou seja, recuperar com ganhos financeiros o valor investido.

No comunicado distribuído pela Petrobras, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, afirma que a parceria “servirá de alavanca de crescimento para a captura de valor da inovação em energias de baixo carbono”, em linha com estratégicas divulgadas no plano estratégico 2024-2028.

O diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim, enxerga complementaridade entre o investimento em CVC e pesquisas desenvolvidas dentro da empresa. “O CVC nos permitirá fomentar ideias e modelos de negócios inovadores, de maneira integrada ao arcabouço de inovação que a Petrobras já desenvolve no âmbito dos seus projetos de pesquisa e desenvolvimento”.

Para o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, investir em transição energética e em inovação é a solução para a garantia do desenvolvimento sustentável da economia brasileira. “O capital de risco é uma ferramenta importante para financiar micro, pequenas e médias empresas inovadoras, e o envolvimento de grandes empresas públicas, como BNDES e Petrobras, é um estímulo fundamental para que tenhamos novos saltos tecnológicos no país”, disse.

BNDES viabiliza R$ 140 milhões para turismo em Belém
Apoio pretende garantir o atendimento aos visitantes da COP30

Da Agência Brasil

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em parceria com o governo do estado do Pará, viabilizou a contratação de R$ 140 milhões em crédito para o setor de turismo em Belém (PA). Os principais contemplados são os segmentos de hotéis, bares e restaurantes. O apoio é voltado para micro, pequenos e médios empresários, e pretende garantir o atendimento aos visitantes da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), que vai ser realizada em 2025 na capital paraense.

O volume de contratações começou a partir do evento Rumo à COP30: Rodada de Negócios, promovido em novembro de 2023 pelo BNDES e governo do Pará, com apoio do Ministério do Turismo, da Prefeitura de Belém, da Associação Comercial do Pará (ACP), da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Mais de 1,2 mil micro, pequenos e médios empresários foram atendidos por agentes financeiros, representantes de bancos estatais, privados e de cooperativas.

“O volume de contratações em tão curto período comprova a importância do BNDES como indutor de soluções voltadas ao desenvolvimento. A COP30 é uma janela de oportunidades e, por isso, o BNDES flexibilizou soluções de garantia para atrair parceiros e fazer com que operar junto ao setor de turismo de Belém fosse vantajoso para diversas instituições financeiras”, disse Alexandre Abreu, diretor Financeiro e de Crédito Digital do BNDES.

Recentemente, o banco aprovou financiamento de R$ 3 bilhões para o plano de investimentos multissetorial de melhoria da infraestrutura urbana e para ampliação do acesso a equipamentos e serviços públicos na região metropolitana de Belém. A operação inclui equipamentos culturais e turísticos. Em outra iniciativa, o BNDES aprovou R$ 40 milhões para restaurar o Conjunto dos Mercedários, equipamento cultural que poderá ser usado durante a COP30.

Estimativas da Fundação Getulio Vargas (FGV) apontam para um fluxo de mais de 40 mil visitantes durante o evento. Cerca de 7 mil deles são de equipes da ONU e delegações de países membros. Para receber esse grupo, são necessários investimentos de retrofit e adequações nos meios de hospedagens.

No segmento de bares e restaurantes, serão feitas adequações para padrões sanitários internacionais, investimentos em capacitação de mão de obra e em modernização de equipamentos.

Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o Pará tem 34.489 mil estabelecimentos comerciais, que empregam 1.148.404 pessoas. O faturamento desse setor foi de R$ 396 bilhões em 2022.