ENS inicia curso sobre inovação em parceria com a Universidade de Tel Aviv
Ao todo, serão cinco encontros até o fim de maio

 

Da Redação

No último dia 13, a Escola de Negócios e Seguros (ENS) e a Universidade de Tel Aviv (TAU) deram início ao Programa de Treinamento Internacional – Inovação em Seguros da Start-up Nation, Israel. Reunidos na Sala do Futuro da ENS, os 24 participantes, todos executivos de alta gestão do mercado de seguros, interagiram ao longo do primeiro dia do curso, que teve como tema central “Introdução à Mentalidade Inovadora Israelense”. Ao todo, o Programa de Treinamento Internacional – Inovação em Seguros da Start-up Nation, Israel, terá cinco encontros até o fim de maio.

A abertura das atividades coube ao coordenador do programa, Samy Hazan, ao diretor geral e Acadêmico da TAU, Udi Aharoni, à diretora de Ensino Técnico da ENS, Maria Helena Monteiro, e ao gerente Regional São Paulo, Centro-Oeste e Norte, Ronny Martins. “Estamos muito felizes com o início deste programa, que começou a ser planejado em 2019, mas, por conta da pandemia, teve que ser adiado”, declarou Maria Helena Monteiro.

Ministrada em língua inglesa com tradução simultânea, a aula possibilitou uma experiência muito próxima das visitações in loco anteriores à pandemia, promovendo uma fusão entre estudos acadêmicos de última geração e experiências práticas em indústrias relevantes.

Visita virtual

Os participantes puderam fazer uma visita virtual às empresas responsáveis pela criação dos softwares Vim e Earnix. O primeiro, Vim, foi desenvolvido para melhorar o desempenho das redes e facilitar a conexão de forma bidirecional de provedores e beneficiários de planos de saúde. Já o Earnix utiliza análise de dados avançada para personalização de produtos financeiros e de seguros, e está avaliado em US$ 1 bilhão.

Nas atividades do primeiro dia, todos tiveram acesso a uma breve introdução sobre a história de Israel e seu ambiente econômico e político, em aula ministrada pelo professor Uriya Shavit. Ele abordou aspectos como a ascensão da start-up nation, o movimento sionista no século XIX, o estado de Israel como atual potência científica e tecnológica, o conflito israelense-palestino e o Kibutz como uma invenção típica daquele país.

Conhecimentos sobre o ecossistema de inovação israelense, tema de outra aula do dia, foram passados pelo professor e doutor David Zvilichovsky. Durante a explanação, ele esclareceu como os israelenses encontraram maneiras engenhosas de inovar em resposta aos desafios nas áreas sociais e comerciais, especialmente pelo fato de Israel ser um país com recursos físicos e naturais escassos e alcance financeiro limitado.

Inovação e aprendizagem

A pandemia do novo coronavírus obrigou a ENS a adaptar o formato do curso, antes previsto para acontecer em Israel, para a modalidade híbrida. No entanto, a inovação, a aprendizagem e a troca de conhecimentos geradas pela Sala do Futuro surpreenderam os alunos, que fizeram muitos elogios.

“Gostaria de deixar registrada a minha satisfação com o alto nível do conteúdo e da estrutura da ENS”, disse Bernardo Ferreira Castello, diretor Técnico, de Operações e Produto Vida da Bradesco Vida e Previdência e um dos participantes do programa.

Luiz Fux destaca que investidores estão otimistas com o país

Evento 10
Efrahim Meniuk, Fernando Lopes, o ministro Luiz Fux e o Osias Wurman

O vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, demonstrou otimismo sobre o futuro do país ao falar da “Segurança Jurídica e o Risco Brasil” para um público de empresários e juristas em evento da Câmara Brasil-Israel de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro, no dia 23 de novembro, no Hotel JW Marriott, em Copacabana. Para o presidente da CCBI, Fernando Lopes Pereira, discutir a questão do Risco Brasil é imprescindível para o setor de comércio e indústria, ainda mais considerando as perspectivas animadoras estabelecidas nas relações comerciais entre os dois países nos próximos anos.

“Tudo leva a crer que comércio entre Brasil e Israel vai se intensificar em 2019, principalmente por conta da isenção do imposto de importação, resultado do acordo de livre comércio com o Mercosul”, avalia Lopes. O acordo entrou em vigor em 2010, e, desde então, vem  anualmente, reduzindo as tarifas aduaneiras. A cada ano, cerca de 700 empresas israelenses exportam um valor total de US$1 bilhão para o Brasil.

O ministro observou que o investidor almeja mercados em que seja reduzido o risco de não ter o resultado almejado. Nesse ponto, Fux destacou que o Novo Código de Processo Civil, do qual foi relator e que entrou em vigor em 2016, desempenhou um importante papel para assegurar a segurança jurídica, pois trouxe o princípio de que o indivíduo não poderia ser surpreendido com novas leis, normas e jurisprudências. “Falar em segurança jurídica é falar em certeza. Os investidores querem ter a certeza deque não surgirá a cada dia uma nova lei que mudará tudo que já era feito”, pontuou.

Fux explicou que também é preciso entender que o Direito Brasileiro tem fundamentos distintos do Anglo-Saxão. Enquanto aqui é baseado na Justiça e na Moral, lá é na Justiça e na Razão. Isso permite que haja um pouco mais de liberdade no papel do juiz, enquanto que nos Estados Unidos, por exemplo, o magistrado segue sempre à risca o que está na lei. Entretanto, o ministro afirmou que há no Brasil segurança jurídica, pois o judiciário transmite previsibilidade ao cidadão para saber o que pode e o que não pode fazer.

“Há um compromisso do STF para que a jurisprudência seja estável e coerente”, destacou Fux, que ainda observou que a segurança jurídica se mantém mesmo quando há mudanças na lei. Ele citou o caso de decisão do STF que reafirmou a inconstitucionalidade de normas que permitiam a extração de amianto. “Nós não podíamos chegar simplesmente a uma decisão que fechasse empresas. A empresa precisa se organizar, ela gera tributos e empregos. Então foi determinado um tempo para que a empresa pudesse se adequar à lei”.

Lembranças da família e previsão

No meio de assuntos econômicos e jurídicos, também houve espaço para um momento intimista, quando o Cônsul Honorário de Israel, Osias Wurman, relembrou a história da família do ministro, que veio exilada da Segunda Guerra Mundial. Ele destacou que o ministro vem construindo uma bela história no Direito brasileiro, sendo o primeiro de sua família a seguir a advocacia. “Hoje, ele é a pessoa mais importante do judaismo brasileiro dentro de um cargo público, como vice-presidente da nossa mais alta corte”, elogiou.

O presidente eleito da CCBI, Efraim Meniuk, destacou que o evento também faz parte das celebrações pelos 60 anos da entidade, completados neste mês, e aproveitou para fazer uma previsão. “Nós temos um histórico aqui na Câmara. O Fernando Henrique Cardoso veio aqui fazer palestra e foi eleito presidente do Brasil, o mesmo aconteceu com o Lula. Já o Ilan Goldfajn também veio e foi nomeado presidente do Banco Central. Quem sabe algo semelhante não aconteça com o ministro Fux”, comentou, ao agradecer a participação do vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ministro Luiz Fux vai falar sobre Segurança Jurídica no Brasil para empresários de Israel

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux vai falar sobre “Segurança Jurídica no Brasil: Risco Brasil” em evento que a Câmara Brasil-Israel de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro promoverá no dia 23 de novembro, no Hotel JW Marriott. “Nós fazemos o intercâmbio entre Brasil e Israel e construímos uma ‘ponte’ com instituições e empresas dos dois países interessadas em se aproximar para estimular um ambiente ativo de negócios. O tema da palestra traz justamente questões fundamentais para o estreitamento de laços, visando à expansão comercial”, explica o presidente da CCBI, Fernando Lopes Pereira.

 

O “Risco Brasil” é um indicador que tenta determinar o grau de instabilidade econômica do país. Ele orienta investidores estrangeiros a negociar ou não com o país, levando em consideração o ambiente financeiro e a capacidade de honrar pagamentos de dívida. O indicador é calculado por agências de classificação de risco e bancos de investimentos.

 

Comércio exterior

 

Israel é o único país fora da América Latina a ter um acordo vigente com o MercosulA cada ano, cerca de 700 empresas israelenses exportam US$1 bilhão para o Brasil, distribuídos em cerca de 1.200 itens. Desse total, 3/4 já obteve isenção do imposto de importação e, a partir de janeiro de 2019, cerca de 95% dos produtos terão isenção. As exportações brasileiras de alimentos representam a maior porcentagem do total das negociações, seguido por produtos plásticos, químicos e de madeira. Em contrapartida, Israel é um grande exportador de tecnologia, adubo, fertilizante, herbicida e inseticida para o Brasil.

Câmara Brasil-Israel promoverá palestra no Rio com ministro Luiz Fux sobre Risco Brasil

O ministro Luiz Fux vai compartilhar informações que possam ajudar na superação do Risco Brasil
O ministro Luiz Fux vai compartilhar informações que possam ajudar na superação do Risco Brasil

A Câmara Brasil-Israel de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro promoverá a palestra “Segurança Jurídica no Brasil: Risco Brasil” no dia 23 de novembro, em Copacabana, na Zona Sul. O objetivo é fortalecer as relações econômicas e comerciais entre o Brasil e o Oriente Médio. O ministro Luiz Fux, integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), será o palestrante. Ele vai falar sobre os desafios de tornar o país confiável, do ponto de vista jurídico, para atrair investidores estrangeiros e fomentar negócios entre nações. O evento será realizado no Hotel JW Marriott, das 8h30 às 11h.

“Nós fazemos o intercâmbio entre Brasil e Israel e construímos uma ‘ponte’ com instituições e empresas dos dois países interessadas em se aproximar para estimular um ambiente ativo de negócios. O evento vai contar com a experiência do jurista Luiz Fux, que vai compartilhar informações que possam ajudar na superação do Risco Brasil e colaborar com o estreitamento de laços, visando à expansão comercial”, explicou o presidente da CCBI, Fernando Lopes Pereira.

O “Risco Brasil” é um indicador que tenta determinar o grau de instabilidade econômica do país. Ele orienta investidores estrangeiros a negociar ou não com o país, levando em consideração o ambiente financeiro e a capacidade de honrar pagamentos de dívida. O indicador é calculado por agências de classificação de risco e bancos de investimentos.

Comércio exterior

Israel é o único país fora da América Latina a ter um acordo vigente com o MercosulA cada ano, cerca de 700 empresas israelenses exportam US$1 bilhão para o Brasil, distribuídos em cerca de 1.200 itens. Desse total, 3/4 já obteve isenção do imposto de importação e, a partir de janeiro de 2019, cerca de 95% dos produtos terão isenção.

As exportações brasileiras de alimentos representam a maior porcentagem do total das negociações, seguido por produtos plásticos, químicos e de madeira. Em contrapartida, Israel é um grande exportador de tecnologia, adubo, fertilizante, herbicida e inseticida para o Brasil.

Israel é referência em Educação e Tecnologia

Com um PIB de cerca de US$ 303 bilhões e uma população de oito milhões de habitantes, Israel possui um dos melhores índices mundiais de Educação e satisfação de vida entre seus cidadãos, uma das menores taxas de desemprego do mundo (5%) e faz parte da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A força produtiva israelense gera tecnologias avançadas e oportunidades para muitos setores, o que leva o empresariado a fazer negócios com Israel. O país possui os procedimentos mais avançados no mundo em nanotecnologia, tratamento de água, cybersegurança, equipamentos médicos, aviação, comunicações, computação gráfica e fibras ópticas.

 

Por meio de políticas públicas direcionadas, do fomento do empreendedorismo e do investimento de 5% do PIB em pesquisa e desenvolvimento anualmente, Israel tornou-se um gigante da inovação, abrigando mais de sete mil startups. O país do Oriente Médio possui doze prêmios Nobel, oito somente na última década. Israel também investe 9,2% do seu PIB em Educação. Os setores de comércio e serviços e indústria israelenses respondem por mais de 95% do PIB e concentram a maior parte da força de trabalho do país.

Sobre a Câmara Brasil-Israel

A Câmara Brasil-Israel de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro é uma entidade sem fins lucrativos e de utilidade pública municipal, estadual e federal, que atua há mais de 50 anos na promoção das relações econômicas e comerciais entre Brasil e Israel.

A entidade conta com associados dos mais diversos setores e foca em resultados que beneficiem o intercâmbio, possibilitando vínculos entre as instituições e empresas interessadas em conhecer e se aproximar de Israel e do Brasil.

A Câmara promove missões comerciais, reuniões bilaterais e participação em feiras, encurtando a distância geográfica entre os dois países. Os associados contam com informações atualizadas sobre as intenções de expansão comercial no Brasil e em Israel, fomentando um ambiente ativo de negócios.