Da Redação
Uma em cada oito mulheres deve desenvolver o câncer de mama ao longo da vida. É o segundo tipo de tumor mais frequente no mundo e o de maior incidência nas mulheres. E para apoiar a mulher no combate à doença, a Rede D’Or São Luiz lançou o site Linha Rosa (https://linharosa.com.br/). O portal oferece informação atualizada para todos os perfis sobre prevenção diagnóstico e tratamento. Além disso, a Rede também oferece uma cadeia de cuidados desde a prevenção até o tratamento do câncer de mama.
Para o oncologista Gilberto Amorim, é fundamental levar informação de qualidade à população, pois ainda é preciso, em muitos casos, desmistificar a doença. Ele observa que, por mais contraditório que pareça, a mamografia sofre preconceito das próprias mulheres. “Infelizmente, ainda está presente na cabeça de muitas pessoas a terrível ideia de que “quem procura, acha”. Elas criam uma falsa expectativa de que a doença não vai se manifestar se não for ao médico ou realizar os exames preventivos. Também vemos casos de mulheres que evitam o exame devido à dor que ele provoca ou ao medo da exposição à radiação, apesar do procedimento ser comprovadamente seguro e indicado pelos melhores especialistas como a principal forma de diagnóstico precoce”, relata Gilberto.
O resultado é que há casos em que mulheres acabam recorrendo ao exame somente quando percebem algum sintoma, o que normalmente indica que a doença está em um estado avançado, com sérios riscos à saúde. “Se diagnosticado no estágio inicial, a chance de sucesso do tratamento é e mais de 90%”, destaca Gilberto. Ele também observa que outro erro que ainda se comete é o de confiar que o autoexame é suficiente para o rastreamento do câncer. O autoexame pode levar mulheres à falsa sensação de estarem saudáveis quando o tumor já existe, mas não é possível sentir pelo toque. O autocuidado é importante, mas a mamografia anual após os 40 anos é fundamental
O portal Linha Rosa traz um conteúdo elaborado com suporte dos principais especialistas da rede e que discrimina o perfil de cada mulher. É possível, por exemplo, buscar orientações específicas para mulheres, com menos de 40 anos, sem diagnóstico de problemas nas mamas ou casos de câncer na família ou quando a família da pessoa apresenta um longo histórico de casos da doença. Mulheres com mais de 40 anos e sem histórico na família ou aquelas que já trataram um câncer de mama ou realizaram uma radioterapia no tórax completam os perfis contemplados.
O oncologista José Bines explica que o histórico familiar é importante, pois entre 5% e 10% dos casos de câncer de mama ocorrem devido a uma predisposição herdada para desenvolver a doença. “Quando há casos na família, é preciso ter ainda mais atenção com a prevenção”, alerta Bines, que ainda explica que, nesses casos, pode ser importante uma investigação sobre a presença de mutações herdadas que facilitariam o desenvolvimento de diferentes tipos de câncer.
Para todos os perfis, é preciso estar atento aos hábitos que auxiliam na prevenção da doença. Alimentação saudável, atividade física e controle do peso corporal podem cooperar para evitar 28% dos casos de câncer de mama. “Consumo excessivo de álcool, excesso de peso, principalmente na pós-menopausa, e terapia de reposição hormonal aumentam o risco de câncer de mama”, explica Bines.