Saúde incorpora ao SUS dois medicamentos contra anemia
Remédios devem estar disponíveis no sistema público em até 180 dias

Da Agência Brasil

O Ministério da Saúde incorporou ao Sistema Único de Saúde (SUS) dois medicamentos para tratamento da anemia. A previsão é que a ferripolimaltose e a carboximaltose férrica estejam disponíveis no sistema público de saúde em até 180 dias.

Segundo a pasta, a ferripolimaltose é indicada para o tratamento da anemia por deficiência de ferro e intolerância ao sulfato ferroso, enquanto a carboximaltose férrica é indicada para adultos com anemia por deficiência de ferro e intolerância ou contraindicação aos sais orais de ferro.

A anemia é uma doença que causa a redução da concentração de hemoglobina, proteína responsável por transportar o oxigênio pelo sangue. Crianças, gestantes, lactantes, meninas adolescentes e mulheres adultas em fase de reprodução são os grupos mais afetados.

“O Ministério da Saúde reforça que somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios para tratamento”, destacou a pasta.

Falta de medicamentos vai colapsar atendimento nos hospitais
FBH cobra ação do Ministério da Saúde

 

Morato: “O desabastecimento é uma realidade em toda a rede hospitalar”

 

Da Redação

O presidente da Federação Brasileira de Hospitais, Adelvânio Francisco Morato, alerta que a iminente falta de medicamentos pode provocar um verdadeiro colapso na rede hospitalar. Segundo ele, nos próximos dias já haverá hospitais sem itens necessários do chamado “kit intubação”. A escassez dos insumos vai impedir não somente o atendimento a pacientes com Covid, mas também a qualquer cirurgia de emergência ou urgência. Morato observa que não vai adiantar abrir leitos, pois não haverá como atender os pacientes.

A escassez é de medicamentos básicos para intubação, como Midazolan, Fentanil, Rocurônio e Propofol, entre outros. Para piorar o cenário, houve aumentos abusivos dos preços de alguns dos itens e o Ministério da Saúde vem cerceando a aquisição pelos hospitais privados, bem como retendo a produção direto na indústria.

“O desabastecimento é uma realidade em toda a rede hospitalar e vai impactar em todo o serviço de UTI e emergência, inclusive em pacientes crônicos renais, cardiopatas, AVC, entre outros. O risco é ter um aumento ainda maior do número de mortes nos próximos dias. Os médicos não poderão fazer nada”, lamenta Morato.

Para o presidente da FBH, é urgente que o Ministério da Saúde tome uma atitude para mudar essa situação. Morato explica que a Federação já vinha alertando sobre esse possível cenário há semanas, pois a pandemia provocou um alto consumo desses medicamentos. “Há um descompasso entre as ações do Ministério da Saúde e a realidade nos hospitais. É preciso agir rapidamente para evitar mais mortes”, afirma Morato.

Ele ainda alerta que a falta de medicamentos vai pressionar ainda mais os profissionais de saúde que estão na linha de frente no combate ao Covid e que já sofrem com a fadiga e o cansaço provocados pelo trabalho intenso nessa pandemia.

Federação Brasileira de Hospitais cobra Saúde por falta de medicamentos
Entidade divulgou nota alertando a gravidade da situação

 

O presidente da FBH alerta que a falta de medicamentos vai colocar em risco a vida dos pacientes e pressionar ainda mais os profissionais de saúde

 

Da Redação

O presidente da Federação Brasileira de Hospitais (FBH), Adelvânio Francisco Morato(foto), avalia que é urgente que o Ministério da Saúde tome providências para impedir a falta iminente de medicamentos necessários para o tratamento da Covid. O fim dos estoques nos hospitais vai colocar em risco a vida dos pacientes e também pressionar ainda mais os profissionais de saúde que estão na linha de frente e que já lidam com a fadiga e cansaço provocados pela difícil realidade da pandemia. As perspectivas não são nada animadoras.

A Federação Brasileira de Hospitais (FBH) emitiu um posicionamento cobrando providências ao Ministério da Saúde quanto à falta de medicamentos para atendimento a pacientes graves de covid-19. Segue a nota na íntegra.

“A falta iminente de medicamentos necessários para o atendimento aos pacientes graves acometidos pela Covid-19 na rede privada de hospitais deve ser alertada por se tratar de situação atual de emergência em saúde no país !

O que está em risco é a manutenção da vida humana, direito de todo cidadão brasileiro que não pode ser violado por problemas de gestão na fabricação, aquisição e distribuição de medicamentos.

A pressão sobre os profissionais de saúde que estão na linha de frente no combate à pandemia, que tem provocado a fadiga, o cansaço, não pode aumentar pela falta de medicamentos para atendimento dos casos mais graves da Covid-19, sob pena de comprometer também a saúde destes nossos incansáveis profissionais.

A Federação Brasileira de Hospitais/FBH soma-se à demais representações dos hospitais privados e solicita ao Ministério da Saúde e demais gestores de saúde que interfiram urgentemente para sanar as dificuldades para a manutenção dos estoques de medicamentos necessários para intubação e tratamento da Covid-19 em níveis normais.”

Adelvânio Francisco Morato

Presidente

Federação Brasileira de Hospitais/FBH

Ministro da Saúde afirma que país não deveria quebrar patente de medicamentos

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse hoje (4) que o país jamais deveria quebrar patentes de medicamentos, uma vez que isso prejudica a inventividade e o tempo gasto pela iniciativa privada com pesquisas e pesquisadores. Citando documento produzido pela Convenção de Genebra, Mandetta defendeu ainda maior transparência no cálculo dos preços cobrados por medicamentos.

A afirmação foi feita durante a abertura do Seminário Interfama – Inovação Tecnológica na Saúde e o Valor para o Paciente, em Brasília. Ao se dirigir a representantes do setor de saúde, o ministro disse ser o setor privado que produz, cabendo ao governo o papel de estimular iniciativas de produção.

“O Ministério da Saúde tem grande expectativa em relação ao setor. O século 21 será maravilhoso para se viver. Cada um de vocês pode estar na iminência de anunciar mais um passo; mais um avanço. Após decifrarmos o genoma e colocarmos esse quebra-cabeça à disposição da ciência e da indústria farmacêutica, sabíamos de antemão que teríamos o século de inovações na área genética”, disse o ministro

Diante do cenário, Mandetta defendeu a criação do Instituto Brasileiro de Genética, o aumento do número de geneticistas e dos estudos sobre o assunto no país. “Não podemos ficar com a dependência tecnológica tão perigosamente elevada”, afirmou.

Nesse sentido, ele disse que a quebra de patentes de medicamentos pode prejudicar os investimentos no setor. “Não é bom ameaçar quebras de patente. O país jamais deveria fazer isso. Temos de zelar pela inventividade e pelo tempo gasto no balcão de pesquisa e no balcão dos nossos pesquisadores. Sei que cada um de vocês gasta hoje algumas centenas de milhares de dólares para fazer seus sistemas de compliance [para estar em conformidade com leis e regulamentos], e que essa palavra passou a ser obrigatória nas empresas.”