ONU diz que cerca de 7 mil recém-nascidos morrem diariamente no mundo

Relatório divulgado por agências das Nações Unidas estima que quase 7 mil bebês morrem todos os dias antes de completar um mês de vida, e pede a nações que adotem medidas para melhorar a situação.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) anunciaram que as taxas de sobrevivência de recém-nascidos vêm melhorando desde 2000, mas cerca de 2,5 milhões de bebês morreram em 2018.

Segundo o relatório, uma em cada 37 mulheres na África Subsaariana morre durante a gestação ou o parto. O documento lembra que mulheres no parto e seus bebês enfrentam risco maior em países em que há conflitos ou crise humanitária, como Síria e Venezuela, por não tere acesso a tratamentos essenciais.

Meta

A meta global prevista nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável é reduzir a taxa de mortalidade materna global para menos de 70 por 100 mil nascidos vivos até 2030.

Mulheres e crianças estão sobrevivendo hoje mais do que antes na história, de acordo com as novas estimativas de mortalidade infantil e materna divulgadas no relatório.

Desde 2000, as mortes infantis diminuíram quase a metade e as mortes maternas em mais de um terço, principalmente devido ao acesso melhorado a serviços de saúde disponíveis e de qualidade.

“Nos países em que se fornecem serviços de saúde seguros, acessíveis e de alta qualidade para todos, mulheres e bebês sobrevivem e prosperam”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. “Esse é o poder da cobertura universal de saúde.”

Pequim deixa lista das 200 cidades mais poluídas do mundo

A qualidade do ar em Pequim melhorou nos últimos anos ao ponto de a cidade deixar de constar na lista das 200 mais poluídas do mundo. A informação consta de estudo publicado hoje (12).

Pequim “está no caminho certo” para reduzir em 2,5% a concentração de partículas PM 2,5 – as mais finas e suscetíveis de se infiltrarem nos pulmões -, este ano, em comparação com 2018, segundo a AirVisual, unidade de investigação da empresa suíça IQAir, especializada em purificadores de ar.

Entre janeiro e agosto, o nível médio de concentração das partículas foi de 42,6 microgramas por metro cúbico de ar, comparado com 52,8 no ano passado. “Comparando há dez anos, a diferença é ainda mais impressionante”, mostra o estudo.

“Nos primeiros oito meses de 2019, a concentração de PM2,5 fixou-se em metade do nível atingido no mesmo período de 2009”, acrescenta a pesquisa.

A China sofreu, nos últimas anos, algumas das piores ondas de poluição no mundo, devido à alta dependência do país da queima de carvão para produção de energia.

O governo chinês deslocou, entretanto, algumas das fábricas situadas nas redondezas de Pequim e substituiu o uso de carvão por gás natural no fornecimento de energia para a capital, diante da crescente pressão da opinião pública.

Apesar da melhora significativa, os níveis atuais permanecem quatro vezes acima do nível máximo de concentração recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) – 25 microgramas por metro cúbico.

Em 2018, Pequim ficou em 122º lugar entre as cidades mais poluídas do mundo.

O país continua, porém, a ser o maior emissor de gases poluentes do mundo e o principal produtor e consumidor de carvão.

Saúde e OMS fazem mobilização nacional contra hanseníase

O Ministério da Saúde, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a fundação japonesa Sasakawa firmaram esta semana uma parceria para o lançamento, em 2020, de mobilização nacional sobre a hanseníase. A doença ainda enfrenta uma série de estigmas no país e demanda o diagnóstico precoce para evitar sequelas mais graves.

Desde 2012, a Fundação Sasakawa repassou cerca de R$ 1 milhão para ações de enfrentamento à hanseníase no Brasil. Uma comitiva internacional visitou esta semana projetos financiados pela organização japonesa em unidades de saúde do Maranhão e do Pará.

“Estamos otimistas. Acreditamos que existe decisão política e capacidade técnica para o país eliminar a hanseníase”, avalia o presidente da fundação, Yohei Sasakawa, que se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro na segunda-feira.

Socorro Gross, representante da OMS no Brasil, também considera que o país está no caminho correto para combater a doença. Ela faz um apelo para que toda a sociedade se envolva na campanha de conscientização que será realizada no ano que vem.

“Todos temos que ser embaixadores também para a eliminação da doença. E a eliminação vai ser trabalhada juntos. Jornalistas, comunidades, professores, médicos. Pessoas que vivem na comunidade.”

A sociedade civil também será chamada para colaborar na construção da campanha de combate à doença. Faustino Pinto, do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase, defende mais investimento em diagnóstico precoce e reabilitação.

“Se fizesse o diagnóstico precoce, nós não precisaríamos de reabilitação física. Mas ainda temos pessoas que foram de um diagnóstico tardio que precisam dessa reabilitação, que precisam de cirurgias, que precisam de uma atenção especial na questão de calçados, de fisioterapia e de muitos outros serviços. O Brasil precisa muito avançar nesse aspecto.”

Magda Levantezi, da coordenação de hanseníase do Ministério da Saúde, fala quais são as principais ações desenvolvidas pelo governo federal.

“Ações voltadas para gestão, onde a gente tem trabalhado para que os gestores deem prioridade para a doença. Ações voltadas para a melhoria da qualificação da assistência do paciente e uma terceira frente que é enfrentamento do estigma, da discriminação e a promoção de ações de inclusão social.”

O Brasil é o segundo país com o maior número de novos casos detectados de hanseníase por ano, atrás apenas da Índia. Em 2018, foram quase 29 mil novos casos diagnosticados.Os estados mais endêmicos são Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Rondônia, Pará e Piauí. Entre 2013 e 2018, o governo federal investimento R$ 76 mil em campanhas de prevenção à doença nas escolas e, apenas em 2018, cerca de R$ 1 milhão em ações de prevenção e reabilitação para atender os ex-hospitais colônia.

A hanseníase é uma doença causada por infecção bacteriana e transmitida por tosse ou espirro. A infecção compromete principalmente a pele, os olhos, o nariz e os nervos periféricos. Os sintomas da hanseníase são manchas claras ou vermelhas na pele com diminuição da sensibilidade, dormência e fraqueza nas mãos e nos pé. O tratamento dadoença possibilita a cura e evita sequelas. Os medicamentos estão disponíveis gratuitamente no SUS, Sistema Único de Saúde.

Mais de 7,5 mil doses de vacina contra o ebola foram enviadas ao Congo

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou hoje (21) que mais de 7.500 doses da vacina experimental contra o ebola já foram enviadas à República Democrática do Congo. De acordo com a entidade, o país já notificou pelo menos 46 casos suspeitos, prováveis e confirmados para a doença, além de 26 mortes.

A maioria das infecções, segundo a OMS, permanece na região remota de Bikoro. Entretanto, quatro casos de ebola foram confirmados em Bandaka, cidade com população de mais de 1 milhão de habitantes. “A vacinação será a chave para controlar este surto”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

O Ministério da Saúde local, em parceria com a própria OMS, Médicos sem Fronteiras e Fundo das Nações Unidas para a Infância, deve implementar a chamada vacinação em anel, onde todas as pessoas que tiveram contato com um novo caso confirmado de ebola são rastreadas e recebem a dose. Mais de 600 contatos já foram identificados até o momento.

Trabalhadores da saúde e outros com potencial exposição ao vírus – como equipes de laboratório e de vigilância em saúde, além de técnicos capacitados para realizar funerais – também serão imunizados contra o ebola.

“Precisamos agir rápido para interromper a transmissão do ebola por meio da proteção de pessoas em risco de serem infectadas pelo vírus, identificando e acabando com cadeias de transmissão e garantindo que os pacientes tenham acesso rápido e seguro a atendimento de qualidade”, avaliou o vice-diretor-geral de Prontidão e Emergência da OMS, Peter Salama.