Mamografia é o principal aliado para o combate ao câncer de mama

No mês da conscientização sobre o câncer de mama, a Rede D’Or São Luiz destaca a importância da mamografia para o diagnóstico precoce da doença. Criada no início da década de 90 e presente no Brasil desde 2002, a campanha Outubro Rosa vem desempenhando um importante papel na disseminação da informação sobre o segundo tumor mais frequente no mundo e o que tem maior incidência nas mulheres, havendo a estimativa de, somente no Brasil, 60.000 novos casos por ano. Entretanto, o oncologista da Oncologia D’Or Gilberto Amorim alerta que, por mais contraditório que pareça, a mamografia sofre preconceito das próprias mulheres.

“Infelizmente, ainda está presente na cabeça de muitas pessoas a terrível ideia de que “quem procura, acha”. Elas criam uma falsa expectativa de que a doença não vai se manifestar se não for ao médico ou realizar os exames preventivos. Também vemos casos de mulheres que evitam o exame devido à dor que ele provoca ou o medo da exposição à radiação, apesar do procedimento ser comprovadamente seguro e indicado pelos melhores especialistas como a principal forma de prevenção”, relata Gilberto.

O resultado é que há casos em que mulheres acabam recorrendo ao exame somente quando percebem algum sintoma, o que normalmente indica que a doença está em um estado avançado, com sérios riscos à saúde. Justamente para combater esses mitos que prejudicam o diagnóstico precoce da doença, é que a Rede D’Or São Luiz está mobilizando todo o Grupo (Hospitais, Oncologia D’Or, IDOR e a Consultoria D’Or) em prol da campanha “O Risco é Certo. O Câncer Não”. O objetivo é conscientizar que toda mulher pode apresentar o risco de desenvolver o câncer de mama, mas a realização da mamografia permite diagnosticar o tumor precocemente, aumentando as chances de cura. “Se diagnosticado no estágio inicial, a chance de sucesso do tratamento é de 95%”, destaca Gilberto.

O oncologista alerta que outro erro que as mulheres ainda cometem é confiar que o autoexame é suficiente para o rastreamento do câncer. Quando se consegue detectar o caroço com o toque, isso significa que a doença já não está em uma fase inicial. O autoexame pode levar mulheres à falsa sensação de estarem saudáveis quando o tumor já existe, mas não é possível sentir pelo toque. “A mamografia é o exame mais indicado para detectar precocemente a presença de nódulos nas mamas”, afirma Gilberto. Ele ainda explica que apenas com a realização de uma biópsia há a certeza de que a lesão é maligna ou não.

Gilberto observa que, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), a orientação é para que as mulheres, a partir dos 40 anos, realizem anualmente o exame. Também é preciso estar atento aos hábitos que auxiliam na prevenção da doença. Alimentação saudável, atividade física e controle do peso corporal podem cooperar para evitar 28% dos casos de câncer de mama. “Consumo excessivo de álcool, uso de contraceptivos orais, excesso de peso, principalmente na pós-menopausa, e terapia de reposição hormonal aumentam o risco de câncer de mama”, explica o oncologista.

Oncologia D’Or realizará seminário gratuito sobre o futuro do tratamento do câncer de mama

A Oncologia D’Or preparou uma programação especial para o mês de conscientização sobre o câncer de mama. No dia 17 de outubro, será realizado um seminário no Auditório do Hospital Quinta D’Or, em São Cristóvão, na Zona Norte. Especialistas vão falar sobre o futuro do tratamento do câncer de mama no mundo e como a nutrição e a atividade física podem ajudar na prevenção da doença. O evento é gratuito e aberto ao público.

As palestras serão ministradas das 8h30 às 11h. As mesas redondas vão contar com a participação dos oncologistas Henry Najman e Jacques Bines; do mastologista Marconi Luna; da radio-oncologista Maria Feijó; da psicóloga Elena Lener; da nutricionista Cristiane Feldman; e do mestre em Ciência do Esporte, Bruno Viana.

O câncer de mama é o segundo tumor mais frequente no mundo e o que tem maior incidência nas mulheres.  Somente no Brasil, a estimativa é de 60 mil novos casos por ano. Mas quando diagnosticado precocemente, a chance de cura é de 95%. Mesmo com a realização da campanha Outubro Rosa no Brasil desde 2002, a falta de informação continua sendo um dos principais problemas para o combate à doença. Segundo o oncologista clínico e coordenador de oncologia mamária da Oncologia D’Or, Gilberto Amorim, o autoexame não é suficiente para o rastreamento do câncer. “A mamografia é o exame mais indicado para detectar precocemente a presença de nódulos nas mamas”, afirma Amorim. Na verdade, quando o autoexame consegue detectar o caroço significa que a doença já está em um estágio avançado.

A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) indica que, a partir dos 40 anos, toda mulher deve fazer a mamografia uma vez por ano. Além disso, é indispensável ter hábitos de vida saudáveis, que auxiliem na prevenção. Alimentação saudável, atividade física e controle do peso corporal podem ajudar a evitar 28% dos casos de câncer de mama. Consumo excessivo de álcool, uso de contraceptivos orais, excesso de peso, principalmente na pós-menopausa, e terapia de reposição hormonal aumentam o risco da doença.

Mamografias feitas no País crescem 37% em seis anos

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Mamografias feitas no País crescem 37% em seis anos

O número de mamografias no Brasil cresceu 37% entre os primeiros semestres de 2010 e 2016. O volume de exames feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) passou de 1,6 milhão para 2,2 milhões no período. Na faixa etária de 50 a 69 anos, considerada prioritária, o alcance foi ainda maior (64%), saindo de 854 mil para 1,4 milhão de mamografias.

Na comparação com anos fechados, o aumento foi de 36% entre 2010 (3 milhões) e 2015 (4,1 milhões). Já as mamografias realizadas na faixa etária prioritária aumentaram 61% entre 2010 (1,5 milhão) e 2015 (2,5 milhões). O rastreamento é uma estratégia de detecção precoce utilizada em políticas públicas para populações-alvo específicas a fim de reduzir a mortalidade por uma determinada doença.

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima 57 mil casos novos de câncer de mama em 2016. O SUS garante a oferta gratuita de exame de mamografia para as mulheres brasileiras em todas as faixas etárias, desde que exista recomendação médica.

Prioridade

A faixa dos 50 aos 69 anos é definida como público prioritário para a realização do exame preventivo, pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A orientação é seguida pelo Ministério da Saúde, baseada em estudos que comprovam maior incidência da doença e maior eficiência do exame.

Para tratar o câncer de mama, o SUS oferece cirurgias oncológicas (mastectomia, conservadoras e reconstrução mamária), radioterapia e quimioterapia. Em 2015, foram 18.537 mastectomias e cirurgias conservadoras, 2,9 milhões de procedimentos de radioterapia e 1,4 milhão de sessões de quimioterapia, além de 3.054 cirurgias de reconstrução mamária.

Dessa forma, o Ministério da Saúde tem garantido investimento crescente na assistência ao câncer de mama, com ampliação de 31% dos recursos nos últimos cinco anos, totalizando R$ 599 milhões em 2015. A prevenção da doença também teve um aumento de 15% no mesmo período, passando de R$ 195,3 milhões para R$ 224,7 milhões.

outubro rosa mamografia

Campanha

Para alertar as mulheres e desconstruir os mitos associados ao câncer de mama, o Ministério da Saúde e o Inca lançaram um hotsite específico da campanha. A ideia é informar e conscientizar sobre a doença e proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento para a redução da mortalidade.

A campanha “Câncer de mama: vamos falar sobre isso?” tem como um dos objetivos enfatizar a importância de a mulher ficar atenta a alterações suspeitas nas mamas.

Os principais sinais e sintomas do câncer de mama são: caroço (nódulo) fixo, endurecido e, geralmente, indolor; pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; alterações no bico do peito (mamilo); pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço ou saída espontânea de líquido dos mamilos.

Fonte: Portal Brasil, com informações do Portal Saúde.