Pandemia de covid-19 “está longe de terminar”, diz chefe da OMS
Cerca de 780 milhões de vacinas foram administradas globalmente

 

Da Agência Brasil

Confusão e negligência no combate à Covid-19 fazem com que a pandemia esteja longe de terminar, mas a situação pode ser controlada em meses com a adoção de medidas de saúde pública comprovadas, disse o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, nesta segunda-feira (12).

Até agora, cerca de 780 milhões de vacinas foram administradas globalmente, mas medidas como o uso de máscaras e a manutenção do distanciamento físico precisam ser aplicadas para reverter a trajetória da pandemia.

“Nós também queremos ver sociedades e economias reabrindo, e viagens e comércio recomeçando”, disse Tedros em uma coletiva de imprensa. “Mas, neste momento, unidades de tratamento intensivo de muitos países estão sobrecarregadas e pessoas estão morrendo — e isto é totalmente evitável”, acrescentou.

“A pandemia de Covid-19 está muito longe de terminar. Mas temos muitos motivos para otimismo. O declínio de casos e mortes durante os dois primeiros meses do ano mostra que este vírus e suas variantes podem ser detidos”, acrescentou.

Segundo ele, a transmissão está sendo impulsionada pela “confusão, negligência e inconstância nas medidas de saúde pública”.

A Índia superou o Brasil e se tornou a nação com o segundo número mais alto de infecções pelo novo coronavírus do mundo, só ficando atrás dos Estados Unidos, agora que enfrenta uma segunda onda gigantesca, tendo dado cerca de 105 milhões de doses de vacina para uma população de 1,4 bilhão de habitantes.

Rede D’Or financia a abertura de 120 leitos na rede pública para o combate ao Covid no Rio de Janeiro
Leitos permanecerão como legado após a pandemia

 

Da Redação

Como forma de apoiar o poder público na luta contra a pandemia, a Rede D’Or São Luiz entregou 120 leitos definitivos destinados a atender pacientes com Covid do Sistema Único de Saúde (SUS). Foram equipados 16 de terapia intensiva e 14 de unidades semi-intensiva no Hospital Estadual Pedro Ernesto e 90 leitos no Hospital São Francisco na Providência de Deus (HSF). “Há uma urgência por mais leitos devido à fila de pessoas que aguardam uma vaga em hospitais públicos. Mas, após a pandemia, esse investimento permanecerá como legado para a rede pública, afirma o vice-presidente médico do Grupo, Leandro Reis.

A Rede D’Or está avaliando mais formas de ajudar a população nesse momento de tanta necessidade. Está em negociação, por exemplo, a abertura e gestão de 50 leitos de UTI, também destinados a pacientes com Covid, em um hospital federal na Zona Sul do Rio. “Estamos aguardando certas definições dos governantes. A nossa intenção é agir o mais rápido, para que esses leitos estejam logo recebendo quem precisa ser internado”, explica Leandro.

O vice-presidente da Rede D’Or avalia que a situação que o país enfrenta exige fortalecer ainda mais a união do poder público e da iniciativa privada, para expandir a capacidade de atendimento do SUS e, assim, acabar com a fila de espera por leitos. Ele destaca que, desde o início da pandemia, a Rede D’Or assumiu o compromisso em apoiar o SUS. Foram mobilizados, até o momento, R$ 220 milhões do caixa da empresa, bem como outros R$ 100 milhões com apoio de empresas parcerias, que ajudaram a realizar dezenas de ações em diversas cidades do país.

No Rio, por exemplo, houve a construção e gestão de dois hospitais de campanha, que juntos atenderam a mais de mil vidas. Após o encerramento das atividades das duas unidades, os equipamentos foram doados para hospitais públicos da cidade. Ainda no ano passado, já haviam sido abertos outros 110 leitos no HSF. “Vivemos um momento em que a inciativa privada tem que ajudar, no que for possível, o poder público. No caso do Rio, estamos ainda mais atentos às necessidades. Nós temos um carinho muito especial pela cidade, pois foi aqui que a Rede D’Or começou”, destaca Leandro.

Ocupação de UTIs supera 90% e Rio de Janeiro amplia leitos
Ontem havia 507 pessoas internadas em UTIs por covid-19

 

Da Agência Brasil

Depois de ter atingido 93% ontem (8), a taxa de ocupação das unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para covid-19 na rede pública do município do Rio de Janeiro era de 90% nesta terça-feira (9), segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). 

O percentual de vagas ocupadas por pacientes graves de covid-19 começou o mês de março em 88% e, apesar da abertura de novos leitos, se mantém acima desse patamar.

Diante do aumento da demanda, a SMS converteu ontem 10 leitos de enfermaria do Hospital Municipal Ronaldo Gozolla para UTIs e abriu mais 58 leitos no Hospital Municipal Evandro Freire, sendo 29 de enfermaria e 29 de UTI. O município do Rio de Janeiro tinha ontem 507 pessoas internadas em UTIs por covid-19.

A alta nas internações também pode ser observada nos leitos de enfermaria. Em 1° de março, 66% dessas vagas estavam ocupadas, percentual que chegou a 80% hoje. Procurada pela Agência Brasil, a SMS informou que poderá abrir mais vagas se for necessário. Ontem, 616 pessoas estavam internadas em leitos de enfermaria por infecção pelo novo coronavírus na capital.

Medidas restritivas

A preocupação com os efeitos da pandemia levou a prefeitura a decretar medidas restritivas mais rígidas na última semana, o que inclui o fechamento do comércio, às 20h, e de bares, às 17h, além da proibição de permanecer em vias públicas entre 23h e 5h. Durante o anúncio, o prefeito Eduardo Paes explicou que o município pretende evitar um agravamento da situação semelhante ao que ocorre em diversos estados do país.

Panorama

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alertou na semana passada que 18 estados e o Distrito Federal haviam entrado na zona de alerta crítica de ocupação de leitos de UTI, com mais de 80% das vagas preenchidas.

Em alguns casos, como em Santa Catarina, a ocupação se aproximava dos 100%. O recrudescimento da pandemia de forma simultânea em vários estados fez com que pesquisadores classificassem o momento atual como o pior desde que o novo coronavírus chegou ao Brasil.

“A gravidade deste cenário não pode ser naturalizada e nem tratada como um novo normal. Mais do que nunca urge combinar medidas amplas e envolvendo todos os setores da sociedade e integradas nos diferentes níveis de governo”, afirmou o Observatório Covid-19 da Fiocruz ao divulgar os dados, no último dia 3 de março.

Na época, o estado do Rio de Janeiro era uma das unidades da federação que se encontrava na zona de alerta médio, com 63% de UTIs ocupadas. Na atualização de ontem do painel de dados da Secretaria Estadual de Saúde, o percentual de leitos de UTI ocupados no estado chegou a 69,3%.

Rock in Rio é adiado para setembro de 2022
Medida foi tomada em razão da pandemia

 

Da Agência Brasil

Rock in Rio, um dos principais festivais de música do mundo, adiou sua próxima edição, marcada para setembro e outubro deste ano, para setembro de 2022. O adiamento foi provocado pela pandemia de covid-19.

O Rock in Rio mobiliza pessoas dentro e fora da Cidade do Rock. Recebemos turistas de absolutamente todos os estados, além do Distrito Federal, e também de mais de 70 países. São 28 mil pessoas trabalhando para levar festa e alegria para as 700 mil pessoas que nos visitam. Vamos preservar vidas neste momento. Em setembro de 2022, estaremos juntos de novo e prontos para o melhor Rock in Rio de todos os tempos, quando vamos celebrar a paz e a vida”, informou o presidente do Rock in Rio, Roberto Medina, em nota publicada no site do evento.

A próxima edição do festival será realizada nos dias 2, 3, 4, 8, 9, 10 e 11 de setembro de 2022. Segundo os organizadores, as negociações com as atrações estão em andamento e algumas já devem ser anunciadas no primeiro semestre deste ano.