O câncer de intestino, chamado também de câncer de cólon, é um dos que mais atingem homens e mulheres no Brasil. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), cerca de 45 mil casos da doença serão diagnosticados por ano até 2025. Após o aumento de celebridades jovens diagnosticadas com a doença, como Simony, Emilio Surita e Preta Gil, o assunto ganhou visibilidade.
A incidência de casos entre os jovens vem crescendo nos últimos anos. O Inca estima aumento de 10% na probabilidade de óbito prematuro entre pessoas de 30 a 69 anos até 2030. Para Rodrigo Almeida, oncologista do Hospital Unimed Volta Redonda, a principal causa de câncer de cólon em indivíduos abaixo dos 50 anos, tem relação com os hábitos alimentares.
O consumo exagerado de carne vermelha, alimentos embutidos, álcool e o baixo consumo de verduras e hortaliças são alguns dos fatores de risco que contribuem para o aumento da incidência do câncer de cólon. Ter uma alimentação mais saudável, praticando atividade física, evitando álcool, tabaco, embutidos, carne vermelha, pode impactar positivamente para diminuição da incidência deste câncer, diz Rodrigo Almeida, coordenador médico da Oncologia do Hospital Unimed Volta Redonda.
Segundo o especialista, caso o paciente seja diagnosticado com essa doença, o tipo de tratamento depende da fase e região que está localizado o tumor. “Em alguns casos, podemos realizar a cirurgia e dependendo do grau de invasão da doença nas paredes do intestino, iniciar a quimioterapia adjuvante no pós-operatório. Se o tumor já estiver em outro órgão, precisamos avaliar a possibilidade de cirurgia e se não for possível, o tratamento será quimioterápico, podendo ou não acrescentar imunoterapia. Além desses, existem casos que iniciamos com quimioterapia e radioterapia, visando reduzir a lesão e evitar a necessidade de uso de colostomia definitiva, seguido de cirurgia”, explicou o médico.
Os principais sintomas da doença são: sangue nas fezes, mudança do hábito intestinal, dor ou desconforto abdominal, alteração na forma das fezes, fraqueza e anemia, perda de peso sem causa aparente e massa (tumoração) abdominal. Essas alterações precisam ser investigadas quanto antes, mas podem não ser câncer de intestino. Se você tem alguns sintomas, procure atendimento médico.