Cirurgia pioneira na troca de válvula do coração é destaque de seminário que começou hoje no Rio de Janeiro
Realizado no Hospital São Luiz Itaim, em São Paulo, procedimento foi o primeiro a ser realizado na América Latina. Valve in Rio chega a sua 4ª edição

Vinícius Esteves, Cleverson Zukowski e Olga Souza, coordenadores da 4ª edição do VALVE IN RIO (Foto: EuroCom)

Da Redação

Acontece entre hoje e amanhã (sexta-feira), no Hotel Fairmont, em Copacabana, a 4ª edição do VALVE IN RIO. Promovido pela Cardiologia D’Or, o evento reúne renomados cardiologistas nacionais e estrangeiros para debater os principais avanços nos tratamentos intervencionistas minimamente invasivos das doenças valvares do coração. São mais de 100 palestrantes, incluindo 22 médicos da Europa e das Américas do Norte e do Sul. Presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro, Marcelo Heitor Vieira Assad esteve presente na abertura e destacou a importância desse evento para a medicina do estado. “O evento é de extrema relevância, pois reúne profissionais de reconhecida robustez de conhecimento. Isso mostra a pujança da Rede D’Or e a importância do Rio de Janeiro”, afirma o médico.

O envelhecimento da população vem exigindo uma atenção cada vez maior com a saúde do coração. Conforme o avançar da idade, é esperada uma degeneração das quatro válvulas, que garantem a circulação correta do sangue. Um mau funcionamento pode exigir que o coração faça um esforço maior para bombear o sangue. Estudos apontam, por exemplo, que de 3% a 5% da população pode apresentar algum grau de acometimento da válvula aórtica, a partir dos 65 anos.

Segundo Vinicius Esteves, um dos coordenadores do Simpósio, entre os destaques da programação estão os avanços de técnicas na intervenção da válvula tricúspide. Considerada por anos como a “válvula esquecida”, por não ter tido tanta atenção em estudos e pesquisas como a mitral e a aórtica, a tricúspide tem sido abordada em novos procedimentos cirúrgicos. Um dos destaques da programação será justamente a apresentação de uma cirurgia pioneira de troca de válvula tricúspide por cateter. O procedimento, realizado em fevereiro deste ano no Hospital São Luiz Itaim, em São Paulo, abre novos horizontes para pacientes idosos que desenvolvem insuficiência tricúspide. É o caso de uma paciente de 79 anos, a primeira a passar pela cirurgia. Responsável pelo procedimento, Esteves explica que, sem a intervenção, as perspectivas da paciente eram bem reduzidas. “Chegaria um momento em que os medicamentos não teriam mais efeito e, muito provavelmente, sofreria um quadro de insuficiência cardíaca irreversível”, relata. A expectativa é que retome rotinas que antes eram impeditivas, como sair para andar.

Evento receberá 22 palestrantes estrangeiros (Foto: EuroCom)

A cirurgia também é um exemplo dos avanços em procedimentos minimamente invasivos. O cateter é introduzido através de um pequeno furo preferencialmente na veia jugular direita, localizada na região do pescoço, e serve de veículo para transportar até o coração o dispositivo que será implantado no coração. “É uma técnica tão eficaz e segura quanto a cirurgia convencional, mas bem menos agressiva”, diz o coordenador do evento.

Presidente da Cardiologia D’Or, Olga Souza ressalta que, em paralelo às mesas, também haverá workshops para capacitar os profissionais que realizam a ecocardiografia, exame fundamental para o sucesso de uma cirurgia cardíaca, bem como de enfermagem em intervenção estrutural. “Teremos espaço para que os participantes dos seminários e workshops possam se atualizar discutindo casos concretos com alguns dos melhores profissionais do mundo”, celebra.

VALVE IN RIO

Dias: 14 e 15 de março
Local: Hotel Fairmont – Av. Atlântica, 4240 – Copacabana – Rio de Janeiro
Inscrições: https://www.valveinrio.com/

Dose dupla

Da Redação

Hospital Santa Helena, em Brasília, foi certificado na metodologia ACSA com nível Ótimo.

Em Brasília, os hospitais Santa Helena e Santa Luzia, da Rede D’Or, foram certificados na metodologia ACSA – Agência de Calidad Sanitaria de Andalucia, pelo Instituto Brasileiro de Excelência em Saúde – IBES. Ambas as unidades foram classificadas com nível Ótimo. Para conseguir este feito, a instituição precisa alcançar 100% dos padrões do Grupo I, que contemplam, entre outros aspectos, os direitos consolidados das pessoas, a qualidade de vida, os princípios éticos e a segurança dos usuários e dos trabalhadores, e mais de 40% dos padrões do Grupo II (inclui os elementos associados a um maior desenvolvimento da organização – sistemas de informação, novas tecnologias e redesenho de espaços organizacionais). Excelente conquista.

 

Diretora de Cardiologia da Rede D’Or alerta que ansiedade é fator de risco para hipertensão
Em seminário promovido pelo jornal O Globo, Olga Ferreira de Souza ressaltou que uso incessante de celular tem deixado as pessoas ansiosas

 

Olga Ferreira de Souza, diretora de cardiologia da Rede D’Or: “É hábito olhar o celular a toda hora”

 

Da Redação

Controlar o estresse e a ansiedade é primordial para reduzir os riscos de desenvolver hipertensão. Esse foi um dos alertas da diretora de cardiologia da Rede D’Or, Olga Ferreira de Souza em encontro sobre hipertensão arterial promovido pelo jornal O Globo na terça-feira. Mediada pela jornalista Adriana Dias Lopes, a mesa também reuniu o cardiologista Cláudio Domênico a presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, Marlene Oliveira e o subsecretário de Atenção Primária, Promoção e Vigilância em Saúde do Rio de Janeiro, Renato Cony.

O evento colocou em debate os fatores de risco e as formas de prevenir uma doença que responde por 40% das mortes cardiovasculares no Brasil. Olga ponderou que é importante promover campanhas e levar informação a população, pois metade dos pacientes não desenvolve sintomas. “Relatório da Organização Mundial de Saúde aponta que 45% da população brasileira desconhece que tem hipertensão”, contou a diretora da Rede D’Or.

Olga explicou que, na maioria dos casos, a adoção de hábitos saudáveis é a principal forma de prevenir ou controlar a doença. É assim que é possível aprender a evitar o estresse recorrente em situações do dia a dia que as pessoas não têm como controlar. “Quando ficamos estressados, aumenta a produção de cortisol a adrenalina e a pressão sobe”, explicou a diretora da Rede D’Or, que ressaltou que é preciso buscar atividades que ajudem a relaxar, como ouvir música.

No entanto, para ela, a ansiedade que as pessoas têm apresentado é um estado emocional ainda mais preocupante. E Olga é direta em apresentar o uso incessante do celular como uma das causas, por fazer as pessoas estarem conectadas o tempo inteiro. “Ninguém tem paciência de esperar uma resposta, por exemplo. É hábito olhar o celular a toda hora”, observou.

Para a diretora da Rede D’Or, é preciso que as pessoas mudem seus hábitos e passem a valorizar a atividade que estão fazendo. Se vai ao cinema, ao bar com amigos ou na refeição em família, o ideal, defende ela, é guardar o celular para aproveitar aquele momento. “Como vamos lidar com isso para não nos tornarmos pessoas ansiosas, é um desafio”, relata.

Oncologistas nacionais e do exterior vêm ao Rio para debater os avanços no tratamento e diagnóstico do câncer
Congresso Internacional Oncologia D’Or volta a acontecer após pausa devido à pandemia

De 14 a 15 de abril, o Rio de Janeiro recebe o Congresso Internacional Oncologia D’Or. É a primeira edição após quatro anos suspenso devido à pandemia do coronavírus. A oitava edição do encontro retorna ainda mais completa, com programação simultânea em 7 salas. Estão sendo aguardados mais de dois mil e quinhentos profissionais de diferentes especialidades médicas, envolvidos no diagnóstico e tratamento dos pacientes com câncer. O evento acontece no Hotel Windsor Oceânico, na Barra da Tijuca.

Presidente da Oncologia D’Or, o Prof. Dr. Paulo M. Hoff destaca a importância do encontro: “O Congresso retorna com uma nova agenda, oferecendo conteúdos e discussões que atendem as demandas dos diferentes perfis profissionais que atuam no setor. Serão dois dias de evento, onde aprofundaremos as discussões sobre o que há de mais importante no diagnóstico e tratamento do câncer, incluindo cirurgia robótica, transplante de órgãos, desafios da gestão na Oncologia, linhas de cuidado, novos testes moleculares, intervenções para tratamento da dor, pesquisa clínica, e banco de tumores, entre outros”, detalha o profissional.

Como destaque da atual edição, dois profissionais norte-americanos foram convidados para palestrar: o professor Felipe Ferreira de Souza, que leciona na Faculdade de Miami, na Flórida, e é especializado em radiologia e intervenção vascular; e a doutora Maria Arcila, que trabalha em um laboratório de patologia molecular nos Estados Unidos e irá desenvolverá um tema de grande interesse, às vésperas da inauguração do novo laboratório da área pela Rede D’Or.

Além disso, tópicos em cardio-oncologia, oncogenética, radio-intervenção, biópsia líquida, drogas psicoativas, e terapia com radioisótopos, fazem parte da programação.

O evento é voltado para médicos das diferentes especialidades envolvidas com o câncer, acadêmicos de medicina e demais profissionais da área da saúde. As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas pelo site do congresso.

Serviço:

8ª edição do Congresso Internacional Oncologia D’Or

Dias: 14 e 15 de abril

Hora: Início às 8h, se estendendo ao longo da tarde

Local: Hotel Windsor Oceânico – Rua Martinho de Mesquita, 129, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro – RJ

Site: https://eventosoncologiador.com.br/congresso2023/