Rio de Janeiro recebe Congresso Internacional de Oncologia

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A última edição do Congresso reuniu 3,5 mil pessoas

De 22 a 23 de novembro, os principais nomes da oncologia do país vão estar no Rio de Janeiro para a realização da 7ª edição do Congresso Internacional Oncologia D’Or, que acontece no Centro de Convenções do Windsor Oceânico, na Barra da Tijuca. Ao todo, serão mais de 400 palestrantes, incluindo 14 convidados internacionais, distribuídos em 19 módulos temáticos abrangendo avanços recentes em diagnóstico e tratamento do câncer. Espaço para startups e uma campanha social estão entre as novidades deste ano. Miguel Srougi, um dos principais cirurgiões do país em câncer de próstata, será o palestrante de abertura. A edição passada reuniu 3,5 mil congressistas, entre médicos, profissionais de saúde e estudantes.

Entre os destaques internacionais estão nomes como o de Robert Peter Gale, um dos hematologistas mais prestigiados no mundo e que desenvolveu relevantes pesquisas sobre leucemia e transplante de medula. Ele também é reconhecido por suas atividades humanitárias. Gale coordenou os esforços de assistência médica às vítimas dos acidentes nucleares de Chernobyl e Fukushima, bem como do caso Césio 137, em Goiânia. Também estará no Congresso o Ehab Hanna, vice-presidente do Departamento de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do MD Anderson Cancer Center da Universidade do Texas e um dos mais renomados especialistas no mundo em câncer de cabeça e pescoço.

Outro convidado é o Nicholas James, consultor em oncologia clínica no Hospital Queen Elizabeth Birmingham e professor de oncologia clínica na Universidade de Birmingham. Ele é reconhecido internacionalmente por seu trabalho em câncer urológico, particularmente no inovador estudo STAMPEDE, que tem sido usado para avaliar, até o momento, 10 terapias diferentes para o câncer de próstata avançado em mais de 11.000 homens. O encerramento do evento terá a presença da Sonoo Thadaney, diretora executiva da Stanford Presence e especialista na incorporação da Inteligência Artificial (IA) na medicina.

Coordenador Científico do congresso, Daniel Herchenhorn destaca a abrangência do evento, que é planejado para atender todas as especialidades de câncer. Ele também observa que o congresso é uma oportunidade única do profissional se atualizar sobre o que há de mais atual em diagnóstico e tratamento de todos os tipos de câncer. “Toda a nossa programação visa apresentar o que está sendo feito nos principais centros oncológicos do mundo”, afirma, citando como exemplo o Living Lab, uma das novidades deste ano. O espaço em questão será um quarto hospitalar montado em pleno evento com todas as tecnologias mais modernas existentes.

Outra novidade será o módulo Open Talks, que vai trazer um espaço descontraído para a discussão de temas relevantes para o universo da saúde atual. Neste ano, serão debatidas questões como longevidade, a presença da fé do ambiente médico, bem como os sentimentos de medo e coragem. Os jornalistas Vinícius Rosada Dônola, repórter especial da TV Globo por 16 anos, e Mariza Tavarez, autora do blog “Longevidade: modo de usar”, no G1, são alguns dos nomes confirmados nesse módulo.

A Oncologia D’Or mantém a tradição de valorizar a multidisciplinaridade e a experiência do paciente, promovendo módulos específicos. O papel da nutrição no tratamento oncológico e o cuidado da enfermagem estão entre os temas presentes na programação e que destacam a importância da equipe multidisciplinar para o melhor desfecho possível. Enquanto que exemplos da comunicação em saúde para o engajamento do paciente e a apresentação de cases do projeto “O que importa para você: uma experiência Rede D’Or” fazem parte das mesas que vão refletir sobre a necessidade de pensar o que pode ser feito para melhorar, na medida do possível, a experiência de quem tem câncer.

Cursos de atualização

Pelo segundo ano seguido, a Oncologia D’Or promove, na véspera do congresso, uma programação especial, com cursos de atualização profissional. Serão sete opções à disposição, seis a mais do que em 2018. Somente sobre cirurgia robótica, é possível escolher entre a aplicação em casos de câncer pulmonar, ginecológico, urológico ou gastrointestinal. A eficácia do equipamento para situações diversas, bem como exemplos de casos clínicos serão abordados nos cursos. Para quem busca empreender na saúde, haverá o curso sobre Gestão e Inovação. O novo papel da liderança na era da transformação digital e experiências empreendedoras estão entre os temas previstos. Também haverá um curso específico sobre oncologia para acadêmicos e residentes

Empreendedorismo em destaque

Em parceria com o Open D’Or, plataforma de inovação do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), que visa agilizar a transformação de boas ideias em bons produtos disponíveis na área médica e hospitalar, o congresso organiza pela primeira vez um espaço voltado para startups. Os empreendedores convidados terão a oportunidade de apresentar suas soluções voltadas para melhorar a experiência do paciente, dos médicos e das equipes assistenciais. Aplicação da impressão 3D, inteligência artificial e internet das coisas estão entre tecnologias disruptivas que serão demonstradas.

 Ação social

Outra novidade deste ano será a parceria com a ONG Desiderata, que há 16 anos atua conjuntamente com gestores públicos e organizações no desenvolvimento e implementação de soluções para a prevenção, diagnóstico e cuidado para a saúde de crianças e adolescentes. Durante o Congresso, serão realizadas ações convocando os participantes a fazerem doações que serão voltadas para o Hospital Jesus, referência em especialidades pediátricas.

Serviço
7ª edição do Congresso Internacional Oncologia D’Or
Dias: 22 e 23 de novembro
Local: Windsor Oceânico – Rua Martinho de Mesquita, 129, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro – RJ
Site: https://congressooncologiador2019.com.br

Rio regulamenta, em caráter experimental, uso de patinetes

Foi publicado hoje (3), no Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro, o Decreto 46.181, que “disciplina a utilização da infraestrutura de mobilidade urbana no Município, por meio da exploração econômica do compartilhamento de patinetes elétricas”. O texto deixa claro que a regulamentação é “em caráter experimental”.

Os usuários dos equipamentos compartilhados só poderão circular em vias destinadas ao tráfego de veículos se a velocidade máxima for até 40 quilômetros por hora (km/h). Nesse caso, a velocidade da patinete não pode ultrapassar 20 km/h. Não é permitido circular com as patinetes pelas calçadas nem nas vias exclusivas do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).

Está permitido utilizar as ciclovias e ciclofaixas, também com velocidade de até 20 km/h. Nas faixas compartilhadas, em vias fechadas para lazer, parques urbanos e praças públicas, a velocidade permitida será de até 6 km/h. Para usuários iniciantes, considerados assim até a nona viagem realizada, as empresas deverão limitar a velocidade do equipamento a 12 km/h.

O uso de capacete é recomendado, e não obrigatório. Só poderão usar as patinetes quem tiver mais de 18 anos e ficou proibido o transporte de animais, passageiros e cargas.

Para estacionar, o usuário poderá utilizar calçadas com largura de pelo menos 2,5 metros, sem obstruir a passagem para pedestres e somente utilizando a faixa junto ao meio-fio. Além de locais com suportes específicos disponibilizados pelas operadoras do serviço.

Obrigações

As empresas interessadas em operar o serviço terão que fazer o cadastramento prévio junto à prefeitura e informar a quantidade de patinetes que será disponibilizada no sistema e os locais para disponibilização.

As patinetes elétricas são consideradas equipamentos de mobilidade individual autopropelidos e devem ter indicador de velocidade, campainha, sinalização noturna, dianteira, traseira e lateral, além de numeração para melhor identificação por parte do usuário e da fiscalização.

Segundo o decreto, “as reparações por eventuais danos ao município, aos usuários ou a terceiros, salvo em caso de culpa exclusiva destes, serão suportadas pela empresa operadora do sistema”. Os usuários deverão ser informados sobre o valor e sobre as coberturas do seguro e sobre a responsabilidade civil.

A prefeitura vai recolher mensalmente 1,5% da receita bruta das empresas, além de um valor fixo de R$ 30 por patinete a título de exploração de receita publicitária.

A fiscalização será feita pela Secretaria Municipal de Transportes, Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-RIO) e pela Guarda Municipal. A multa para as empresas que descumprirem as regras varia de R$ 100 a R$ 20 mil.

Posição da empresa

A empresa Grow, que opera as marcas Grin e Yellow, patinetes atualmente disponíveis na cidade, considera que o decreto aprovado pela prefeitura “ajuda a promover a segurança e estimula a educação dos usuários ao recomendar o uso de capacetes e limitar a velocidade dos equipamentos nas primeiras corridas”.

A empresa, em nota, ressalta que segurança “é uma preocupação fundamental” e diz que promove ações educativas nas ruas e por meio dos aplicativos, “para conscientizar os usuários sobre a importância da segurança viária, independentemente do modal utilizado”.

A nota diz também que o decreto “facilita a inserção de um modal acessível, não poluente e popular no Rio ao permitir publicidade nos equipamentos e reserva de espaço público para estacionamento, além de estabelecer o pagamento de percentual da receita em contrapartida ao uso do espaço viário”.

Reforma da previdência e leilão do pré-sal devem ajudar a retomar o mercado aéreo no Rio

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Dilson prevê boas perspectivas para o setor

Em entrevista para a repórter Glauce Cavalcanti, do jornal O Globo, o diretor de Vendas da American Airlines para as Américas do Sul e Central, Dilson Verçosa, apontou quais medidas podem ajudar a recuperar o nível de oferta de voos no Rio de Janeiro. “Mexer no ICMS do querosene de aviação não faz diferença direta para as aéreas estrangeiras, embora ajude se as conexões domésticas aumentarem. Mas há perspectivas positivas com a aprovação da reforma da Previdência, o leilão do pré-sal e o possível fim da exigência de visto para os americanos. Planejamos a malha de voo seis meses antes. Por ora, não há previsão de adicionar voos no Rio”, destacou Verçosa na entrevista.

Rio de Janeiro regulamenta serviços de transporte por aplicativo

A prefeitura do Rio de Janeiro publicou decreto que regulamenta o serviço de transporte individual da passageiros por aplicativos, feito por empresas como a Uber, 99Pop e Cabify, entre outros. De acordo com o decreto, as empresas que operam esses serviços terão que repassar à prefeitura um percentual do valor total das viagens cobradas pelos motoristas.

Com a medida, a prefeitura espera arrecadar cerca de R$ 20 milhões por ano. Parte do dinheiro arrecadado pelo município será utilizado na melhoria do aplicativo Taxi.Rio. Uma das justificativas do prefeito para regulamentar o serviço é a geração de empregos, já que estima-se que haja 100 mil motoristas trabalhando com esses aplicativos no estado do Rio.

De acordo com a prefeitura, o decreto segue o que foi determinado pela Lei Federal 13.640, de 2018, sancionada pelo presidente Michel Temer no dia 26 de março passado.

Além de repassar parte das receitas, as empresas terão de apresentar ao município um cadastro dos veículos e motoristas que fazem o serviço. Os condutores também precisarão comprovar que possuem bons antecedentes criminais e vão passar por um curso específico, ministrado por instituição credenciada pela Secretaria Municipal de Transportes (SMTR), entre outras obrigações. Eles terão 180 dias para se adaptarem às novas exigências.

Por meio de nota, a Uber ressaltou o fato de o Rio ser a primeira cidade a regulamentar esse tipo de serviço depois da lei federal. “Ao mesmo tempo em que estipula regras claras para o transporte individual privado na cidade do Rio de Janeiro, o decreto repudia limitações artificiais, como uso de placas restritas para este tipo de serviço – liderando o debate sobre como a tecnologia pode servir melhor as cidades.” Apesar disso, a empresa se disse preocupada com o fato de que ainda há pontos pendentes de definição no decreto carioca. “É fundamental que o detalhamento futuro não abra espaço para a inclusão de burocracias que prejudiquem a atividade dos motoristas parceiros”, diz a nota.